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Sistema Digestório (Resumo Cap 24 Tortora)

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SISTEMA DIGESTÓRIO - clivagem de moléculas maiores de alimentos em moléculas menores . ˃Composto por dois grupos principais de órgãos: o canal alimentar e os órgãos digestórios acessórios. O canal alimentar é um tubo contínuo que se prolonga desde a boca até o ânus (a boca, a maior parte da faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado e o intestino grosso). Os órgãos digestórios acessórios incluem os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas. 
A digestão inclui seis processos básicos: ingestão, secreção, mistura e propulsão, digestão mecânica e química, absorção e defecação.
˃ A digestão mecânica consiste em mastigação e movimentos do canal alimentar, que ajudam na digestão química. 
˃A digestão química é uma série de reações de hidrólise que fragmentam grandes carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos dos alimentos em moléculas menores que podem ser utilizadas pelas células do corpo.
Camadas do canal alimentar- A disposição básica das camadas na maior parte do canal alimentar é, da profunda à superficial:
> Túnica mucosa 
1-Epitélio: Localizadas entre as células epiteliais estão as células exócrinas que secretam muco e líquidos para o lúmen do canal alimentar, e vários tipos de células endócrinas, chamadas coletivamente células enteroendócrinas, que secretam hormônios.
2- Lâmina Própria: A lâmina própria é composta por tecido conjuntivo areolar contendo muitos vasos sanguíneos e linfáticos, que são as vias pelas quais os nutrientes absorvidos no canal alimentar alcançam os outros tecidos do corpo.Associada à lâmina própria da túnica mucosa existem placas extensas de tecido linfático chamadas de tecido linfoide associado à mucosa (MALT).
3-Lâmina muscular da mucosa produz múltiplas pequenas pregas na túnica mucosa do estômago e intestino delgado, que aumentam a área de superfície para a digestão e absorção
>Tela submucosa consiste em tecido conjuntivo areolar que liga a túnica mucosa à túnica muscular. Contém muitos vasos sanguíneos e linfáticos que recebem moléculas dos alimentos absorvidos. Uma extensa rede de neurônios conhecida como plexo submucoso também está localizada na tela submucosa. A tela submucosa também pode conter glândulas e tecidos linfáticos.
>Túnica serosa é uma membrana serosa composta por tecido conjuntivo areolar e epitélio escamoso simples (mesotélio).
Inervação do canal alimentar 
O canal alimentar é regulado por um conjunto intrínseco de nervos conhecido como sistema nervoso entérico (SNE) e por um conjunto extrínseco de nervos que fazem parte da divisão autônoma do sistema nervoso (SNA). O SNE consiste em neurônios dispostos em dois plexos: o plexo mioentérico e o plexo submucoso. O plexo mientérico, situado entre as camadas de músculo liso longitudinal e circular da túnica muscular, regula a motilidade do canal alimentar. O plexo submucoso, que está localizado na tela submucosa, regula a secreção no canal alimentar. Embora os neurônios do SNE possam funcionar de modo independente, estão sujeitos à regulação por parte dos neurônios do SNA. As fibras parassimpáticas do nervo vago (NC X) e os nervos esplâncnicos pélvicos aumentam a secreção e a motilidade do canal alimentar pelo aumento da atividade dos neurônios do SNE. As fibras simpáticas das regiões lombares e torácicas superiores da medula espinal diminuem a secreção e a motilidade do canal alimentar pela inibição dos neurônios do SNE.
Peritônio
O peritônio é a maior túnica serosa do corpo; ele reveste a parede da cavidade abdominal e abrange alguns órgãos abdominais. As pregas do peritônio incluem o mesentério, o mesocolo, o ligamento falciforme, o omento menor e o omento maior.
Boca 
A boca é formada pelas bochechas, pelos palatos duro e mole, pelos lábios e pela língua. O vestíbulo da boca é o espaço delimitado externamente pelas bochechas e lábios e internamente pelos dentes e gengivas. A cavidade própria da boca estendese desde o vestíbulo da boca até as fauces. A língua, juntamente com seus músculos associados, forma o assoalho da cavidade oral. É composta por músculo esquelético recoberto por túnica mucosa. A face superior e os lados da língua são recobertos por papilas, algumas das quais contêm papilas gustativas.
 As glândulas na língua secretam lipase lingual, que digere os triglicerídios em ácidos graxos e diglicerídios uma vez no ambiente ácido do estômago.
 A maior parte da saliva é secretada pelas glândulas salivares maiores, que se encontram fora da boca e despejam o seu conteúdo em ductos que desembocam na cavidade oral. Há três pares de glândulas salivares maiores: parótidas, submandibulares e sublinguais. 
>As glândulas parótidas estão localizadas inferior e anteriormente às orelhas, entre a pele e o músculo masseter. Cada uma delas secreta saliva na cavidade oral por meio de um ducto parotídeo, que perfura o músculo bucinador para se abrir em um vestíbulo oposto ao segundo dente molar maxilar (superior).
>As glândulas submandibulares são encontradas no assoalho da boca; são mediais e parcialmente inferiores ao corpo da mandíbula. Seus ductos, os ductos submandibulares, passam sob a túnica mucosa em ambos os lados da linha média do assoalho da boca e entram na cavidade própria da boca lateralmente ao frênulo da língua.
>As glândulas sublinguais estão abaixo da língua e superiormente às glândulas submandibulares. Seus ductos, os ductos sublinguais menores, se abrem no assoalho da boca na cavidade própria da boca.
A saliva lubrifica a comida e inicia a digestão química dos carboidratos. A salivação é controlada pelo sistema nervoso. A sensação e o sabor dos alimentos também são potentes estimuladores das secreções das glândulas salivares. Produtos químicos nos alimentos estimulam os receptores nas papilas gustativas, e os impulsos são transmitidos das papilas gustativas para dois núcleos salivares no tronco encefálico (núcleos salivatório superior e salivatório inferior). Os impulsos parassimpáticos que retornam pelas fibras dos nervos facial (VII) e glossofaríngeo (IX) estimulam a secreção de saliva. A saliva continua sendo intensamente secretada durante algum tempo depois que o alimento é ingerido; esse fluxo de saliva lava a boca e dilui e isola os restos de produtos químicos irritantes, como molhos saborosos (mas picantes!). Cheirar, ver, ouvir ou pensar em alimentos também podem estimular a secreção de saliva.
 Os dentes se projetam na boca e são adaptados à digestão mecânica. 
Um dente típico consiste em três regiões principais: coroa, raiz e colo. Os dentes são compostos principalmente de dentina e são recobertos por esmalte, a substância mais dura do corpo. Há duas dentições: a decídua e a permanente. Por meio da mastigação, a comida é misturada à saliva e moldada em massa macia e flexível chamada bolo alimentar. A amilase salivar então inicia a digestão do amido, e a lipase lingual atua sobre os triglicerídios.
Faringe
é um tubo em forma de funil que se estende dos cóanos até o esôfago posteriormente e a laringe anteriormente. A faringe tem tanto funções digestórias quanto respiratórias.
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Esôfago é um tubo muscular flexível que liga a faringe ao estômago. Contém um esfíncter esofágico superior e um inferior. O esôfago secreta muco e transporta os alimentos para o estômago. Ele não produz enzimas digestórias nem realiza absorção.
Deglutição
A deglutição, ou o ato de engolir, move o bolo alimentar da boca ao estômago. A deglutição consiste nas fases voluntária, faríngea (involuntária) e esofágica (involuntária).
>Fase Voluntária: o bolo alimentar é forçado para a parte posterior da cavidade oral e pelo movimento da língua para cima e para trás contra o palato;
>Fase Faríngea (involuntária): O bolo alimentar estimula os receptores da parte oral da faringe, que enviam impulsos para o centro da deglutição no bulbo e parte inferior da ponte do tronco encefálico. Os impulsos que retornam fazem com que o palato mole e a úvula se movam paracima para fechar a parte nasal da faringe, o que impede que os alimentos e líquidos ingeridos entrem na cavidade nasal. Além disso, a epiglote fecha a abertura da laringe, o que impede que o bolo alimentar entre no restante do trato respiratório. O bolo alimentar se move pelas partes oral e laríngea da faringe. Quando o esfíncter esofágico superior relaxa, o bolo alimentar se move para o esôfago.
>Fase Esofágica (involuntária): Durante esta fase, o peristaltismo, uma progressão de contrações e relaxamentos coordenados das camadas circular e longitudinal da túnica muscular, empurra o bolo alimentar para a frente (O peristaltismo ocorre em outras estruturas tubulares, incluindo outras partes do canal alimentar e ureteres, ductos biliares e tubas uterinas; no esôfago é controlado pelo bulbo.)
Estômago 
O estômago liga o esôfago ao duodeno. As principais regiões anatômicas do estômago são a cárdia, o fundo gástrico, o corpo gástrico e o piloro. As adaptações do estômago para a digestão incluem as pregas gástricas; glândulas que secretam muco, ácido clorídrico, pepsina, lipase gástrica e fator intrínseco; e uma túnica muscular de três camadas. 
Células glandulares exócrinas
>Células mucosas superficiais e as células mucosas do colo: Secretam muco
>Células parietais: produzem fator intrínseco (necessário para a absorção de vitamina B12) e ácido clorídrico.
>Células principais gástricas: secretam pepsinogênio e lipase gástrica.
Suco Gástrico: soma das secreções das células à cima 
(2.000 a 3.000 mℓ /dia) 
A digestão mecânica consiste em propulsão e retropulsão. 
>Propulsão: Cada onda peristáltica move o conteúdo gástrico do corpo gástrico para baixo para dentro do antro pilórico
>Retropulsão: Como a maior parte das partículas de alimento no estômago inicialmente são demasiadamente grandes para passar através do estreito óstio pilórico, elas são forçadas para trás para o corpo gástrico.
-O resultado líquido destes movimentos é que o conteúdo gástrico é misturado ao suco gástrico, por fim sendo reduzido a um líquido com consistência de sopa chamado quimo. Uma vez que as partículas de alimento no quimo são suficientemente pequenas, elas podem passar através do óstio pilórico, em um fenômeno conhecido como esvaziamento gástrico.
-Logo, no entanto, a ação de agitação mistura o quimo com o suco gástrico ácido, inativando a amilase salivar e ativando a lipase lingual produzida pela língua, que começa a digerir os triglicerídios em ácidos graxos e diglicerídios. Embora as células parietais secretem os íons hidrogênio (H + ) e íons cloreto (Cl – ) separadamente no lúmen do estômago, o efeito líquido é a secreção de ácido clorídrico (HCl). As bombas de prótons alimentadas pela H + K + ATPase transportam ativamente o H + para o lúmen enquanto trazem os íons potássio (K + ) para dentro da célula.Ao mesmo tempo, o Cl – e o K + se difundem para fora para o lúmen através dos canais de Cl – e K + da membrana apical. A enzima anidrase carbônica, que é especialmente abundante nas células parietais, catalisa a formação de ácido carbônico (H2CO3) a partir da água (H2O) e dióxido de carbono (CO2). Quando o ácido carbônico se dissocia, ele fornece uma fonte pronta de H + para as bombas de prótons, mas também produz íons bicarbonato (HCO3 – ). Conforme o HCO3 – se acumula no citosol, ele sai da célula parietal na troca por Cl – via antiportadores Cl – HCO3 – na membrana basolateral (próxima da lâmina própria). O HCO3 – se difunde nos capilares sanguíneos próximos. Esta “maré alcalina” de íons bicarbonato entrando na corrente sanguínea após uma refeição pode ser grande o suficiente para elevar ligeiramente o pH do sangue e deixar a urina mais alcalina.
-O líquido fortemente ácido do estômago mata muitos microrganismos dos alimentos. O HCl desnatura parcialmente as proteínas dos alimentos e estimula a secreção de hormônios que promovem o fluxo da bile e do suco pancreático. A digestão enzimática das proteínas também começa no estômago. A única enzima proteolítica (que digere proteína) no estômago é a pepsina, que é secretada pelas células principais gástricas. A pepsina rompe certas ligações peptídicas entre os aminoácidos, fragmentando uma cadeia proteica de muitos aminoácidos em fragmentos peptídicos menores. A pepsina é mais efetiva no ambiente ácido do estômago (pH 2); tornase inativa em um pH mais alto. Em primeiro lugar, a pepsina é secretada em uma forma inativa chamada pepsinogênio; nesta forma, ela não é capaz de digerir proteínas nas células principais gástricas que a produzem. O pepsinogênio não é convertido em pepsina ativa até que tenha entrado em contato com o ácido clorídrico secretado pelas células parietais ou moléculas de pepsina ativa. Em segundo lugar, as células epiteliais do estômago são protegidas do suco gástrico por uma camada de 1 a 3 mm de espessura de muco alcalino secretado pelas células mucosas da superfície e células mucosas do colo. Outra enzima do estômago é a lipase gástrica, que cliva os triglicerídios (gorduras e óleos) das moléculas de gordura (como as encontradas no leite) em ácidos graxos e monoglicerídios. Um monoglicerídio é composto por uma molécula de glicerol ligada a uma molécula de ácido graxo. Esta enzima, que tem um papel limitado no estômago adulto, opera melhor a um pH entre 5 e 6. Mais importante do que qualquer lipase lingual ou lipase gástrica é a lipase pancreática, uma enzima secretada pelo pâncreas para o intestino delgado. Apenas uma pequena quantidade de nutrientes é absorvida no estômago, porque suas células epiteliais são impermeáveis à maior parte dos materiais. No entanto, as células mucosas do estômago absorvem um pouco de água, íons e ácidos graxos de cadeia curta, bem como determinados fármacos (especialmente o ácido acetilsalicílico) e álcool. Dentro de 2 a 4 h após a ingestão de uma refeição, o estômago já esvaziou seu conteúdo para o duodeno. Os alimentos ricos em carboidratos permanecem menos tempo no estômago; alimentos ricos em proteína permanecem um pouco mais, e o esvaziamento é mais lento após uma refeição rica em gordura contendo grandes quantidades de triglicerídios.
Pâncreas 
consiste em uma cabeça, um corpo e uma cauda; é ligado ao duodeno pelo ducto pancreático e ducto acessório. 
>As ilhotas pancreáticas endócrinas secretam hormônios, e os ácinos exócrinos secretam suco pancreático. O suco pancreático contém enzimas que digerem o amido (amilase pancreática), proteínas (tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase e elastase), triglicerídios (lipase do pâncreas) e ácidos nucleicos (ribonuclease e desoxirribonuclease).
Fígado e vesícula biliar
O fígado tem lobos direito e esquerdo; o lobo esquerdo inclui um lobo quadrado e um lobo caudado. 
A vesícula biliar é um saco localizado em uma depressão na face posterior do fígado que armazena e concentra a bile. Os lobos hepáticos são constituídos por lóbulos que contêm hepatócitos (células do fígado), vasos sinusoides, células estreladas do fígado e uma veia central. 
Os hepatócitos produzem bile, que é transportada por um sistema de ductos até a vesícula biliar para concentração e armazenamento temporário. A contribuição da bile para a digestão é a emulsificação dos lipídios dietéticos. 
>Metabolismo de carboidratos. O fígado é especialmente importante na manutenção de um nível normal de glicose no sangue. Quando a glicose no sangue está baixa, o fígado cliva o glicogênio em glicose e libera glicose para a corrente sanguínea. O fígado também pode converter determinados aminoácidos e o ácido láctico em glicose, e pode converter outros açúcares, como a frutose e a galactose, em glicose. Quando a glicemia está elevada, como ocorre logo depois de uma refeição, o fígado converte a glicose em glicogênio e triglicerídios para armazenamento. >Metabolismo de lipídios. Os hepatócitos armazenam alguns triglicerídios; clivam ácidos graxos para gerar ATP; sintetizam lipoproteínas, que transportam ácidos graxos, triglicerídios e colesterol de e para ascélulas do corpo; sintetizam colesterol; e utilizam o colesterol para produzir sais biliares. 
>Metabolismo de proteínas. Os hepatócitos desaminam (removem o grupo amino, NH2) dos aminoácidos, de modo que eles possam ser utilizados para a produção de ATP ou ser convertidos em carboidratos ou gorduras. A amônia (NH3) resultante é então convertida em ureia, que é muito menos tóxica e é excretada na urina. Os hepatócitos também sintetizam a maior parte das proteínas plasmáticas, como a alfaglobulina e betaglobulina, a albumina, a protrombina e o fibrinogênio. 
>Processamento de fármacos e hormônios. O fígado desintoxica substâncias, como o álcool etílico, e excreta medicamentos como a penicilina, a eritromicina e as sulfonamidas na bile. Também pode alterar quimicamente ou excretar hormônios tireóideos e esteroides, como estrogênio e aldosterona.
>Excreção de bilirrubina. Conforme observado anteriormente, a bilirrubina, derivada do grupo heme de eritrócitos envelhecidos, é absorvida pelo fígado a partir do sangue e secretada na bile. A maior parte da bilirrubina da bile é metabolizada no intestino delgado por bactérias e eliminada nas fezes. 
>Síntese de sais biliares. Os sais biliares são utilizados no intestino delgado durante a emulsificação e absorção de lipídios 
>Armazenamento. Além do glicogênio, o fígado é o principal local de armazenamento de determinadas vitaminas (A, B12 , D, E e K) e minerais (ferro e cobre), que são liberadas do fígado quando necessárias em outras partes do corpo Fagocitose. As células estreladas do fígado fagocitam eritrócitos envelhecidos, leucócitos e algumas bactérias >Ativação da vitamina D. A pele, o fígado e os rins participam na síntese da forma ativa da vitamina D.
Intestino delgado 
se estende do músculo esfíncter do piloro até o óstio ileal. Está dividido em duodeno, jejuno e íleo.
>Células absortivas do epitélio: liberam enzimas que digerem o alimento e contêm microvilosidades que absorvem os nutrientes no quimo do intestino delgado.
>Células caliciformes: secretando muco.
>Glândulas intestinais ou criptas de Lieberkühn:
A)Células de Paneth secretam lisozima, uma enzima bactericida, e são capazes de realizar fagocitose. Estas células podem atuar na regulação da população microbiana do intestino delgado.
B)Células S, células CCK e células K, que secretam os hormônios secretina, colecistocinina (CCK) e polipeptídio inibidor gástrico (PIG).
As pregas circulares, vilosidades e microvilosidades de sua parede fornecem uma grande área de superfície para digestão e absorção. 
>A tela submucosa do duodeno contém glândulas duodenais que secretam um muco alcalino que ajuda a neutralizar o ácido gástrico no quimo.
>Aproximadamente 1 a 2 ℓ de suco intestinal, um líquido amareloclaro, são secretados diariamente. O suco intestinal contém água e muco e é ligeiramente alcalino (pH 7,6). O pH alcalino do suco intestinal é decorrente da sua elevada concentração de íons bicarbonato (HCO3 – ). Juntos, os sucos pancreático e intestinal fornecem um meio líquido que auxilia na absorção de substâncias a partir do quimo do intestino delgado.
>As enzimas da borda em escova estão quatro enzimas que digerem carboidratos chamadas αdextrinase, maltase, sacarase e lactase; enzimas que digerem proteínas chamadas peptidases (aminopeptidase e dipeptidase); e dois tipos de enzimas que digerem nucleotídios, as nucleosidases e fosfatases.
>Digestão mecânica no intestino delgado
A) Segmentações são contrações localizadas de mistura que ocorrem em partes do intestino distendido por um quimo volumoso. As segmentações misturam o quimo aos sucos digestórios e colocam as partículas de alimentos em contato com a túnica mucosa para serem absorvidos; elas não empurram o conteúdo intestinal ao longo do canal alimentar.
B) Complexo mioelétrico migratório (CMM), inicia-se na parte inferior do estômago e empurra o quimo para a frente ao longo de um trecho curto do intestino delgado antes de cessar. O CMM desce lentamente pelo intestino delgado, alcançando o final do íleo em 90 a 120 min. Em seguida, outro CMM começa no estômago. Ao todo, o quimo permanece no intestino delgado por 3 a 5 h.
>As enzimas pancreáticas e da borda em escova intestinal clivam o amido em maltose, maltotriose e αdextrina (amilase pancreática), a αdextrina em glicose (αdextrinase), amaltose em glicose (maltase), a sacarose em glicose e frutose (sacarase), a lactose em glicose e galactose (lactase) e as proteínas em peptídios (tripsina, quimotripsina e elastase). 
>Além disso, as enzimas clivam aminoácidos na extremidade carboxila dos peptídios (carboxipeptidases) e clivam aminoácidos nas extremidades amina dos peptídios (aminopeptidases). Por fim, as enzimas fragmentam os dipeptídios em aminoácidos (dipeptidases), os triglicerídios em ácidos graxos e monoglicerídios (lipases) e os nucleotídios em pentoses e bases nitrogenadas (nucleosidases e fosfatases)
> A absorção ocorre por meio da difusão, difusão facilitada, osmose e transporte ativo; a maior parte da absorção ocorre no intestino delgado. 
>Os monossacarídios, aminoácidos e ácidos graxos de cadeia curta passam para os capilares sanguíneos. 
>Os ácidos graxos de cadeia longa e monoglicerídios são absorvidos a partir das micelas, ressintetizados em triglicerídios e configurados em quilomícrons. 
>Os quilomícrons se movem para a linfa pelos vasos lactíferos de uma vilosidade. 
>O intestino delgado também absorve eletrólitos, vitaminas e água.
Intestino grosso
se estende do óstio ileal ao ânus. Suas regiões incluem o ceco, o colo, o reto e o canal anal. 
FUNÇÕES DO INTESTINO GROSSO 
1.A agitação das saculações do colo, o peristaltismo e o peristaltismo da massa movem o conteúdo do colo para o reto. 
2.As bactérias do intestino grosso convertem as proteínas em aminoácidos, clivam os aminoácidos e produzem algumasvitaminas B e vitamina K. 
3.Absorção de umpouco de água, íons e vitaminas. 4.Formação dasfezes. 
5.Defecação (esvaziamento do reto).
>A túnica mucosa contém muitas células caliciformes e a túnica muscular consiste em tênias do colo e saculações do colo. 
> Células absortivas: atuam principalmente na absorção de água;
> Células caliciformes: secretam muco, que lubrifica a passagem do conteúdo do colo.
Digestão Mecânica do Intestino Grosso
A passagem do quimo do íleo para o ceco é controlada pela ação do óstio ileal. Imediatamente após uma refeição, o reflexo gastroileal intensifica o peristaltismo no íleo e força um eventual quimo em direção ao ceco. O hormônio gastrina também relaxa o óstio.
Um movimento característico do intestino grosso é a agitação das saculações do colo. Neste processo, as saculações do colo permanecem relaxadas e são distendidas enquanto se enchem. Quando a distensão alcança um determinado ponto, as paredes se contraem e espremem o conteúdo para a próxima saculação do colo. Um último tipo de movimento é o peristaltismo em massa, uma forte onda peristáltica que começa aproximadamente na metade do colo transverso e leva rapidamente o conteúdo do colo para o reto. Como os alimentos no estômago iniciam esse reflexo gastrocólico no colo, o peristaltismo em massa geralmente ocorre 3 ou 4 vezes/dia, durante ou imediatamente após uma refeição.
Digestão química no intestino grosso
 A fase final da digestão ocorre no colo por meio da ação das bactérias que habitam o lúmen. O muco é secretado pelas glândulas do intestino grosso, mas não são secretadas enzimas. O quimo é preparado para a eliminação pela ação de bactérias, que fermentam quaisquer carboidratos restantes e liberam hidrogênio, dióxido de carbono e gases metano. Estes gases contribuem para os flatos no colo, denominada flatulência quando é excessiva. As bactérias também convertem quaisquer proteínas restantes em aminoácidos e fragmentam os aminoácidos em substâncias mais simples: indol, escatol, sulfeto de hidrogênio e ácidos graxos. Um pouco de indole escatol é eliminado nas fezes e contribui para o seu odor; o restante é absorvido e transportado para o fígado, onde estes compostos são convertidos em compostos menos tóxicos e excretados na urina. As bactérias também decompõem a bilirrubina em pigmentos mais simples, incluindo a estercobilina, que dá às fezes a sua coloração marrom. Os produtos bacterianos que são absorvidos pelo colo incluem várias vitaminas necessárias para o metabolismo normal, entre as quais algumas vitaminas B e a vitamina K.
>As fezes consistem em água, sais inorgânicos, células epiteliais, bactérias e alimentos não digeridos. A eliminação das fezes pelo reto é chamada defecação. A defecação é uma ação reflexa auxiliada por contrações voluntárias dos músculos diafragma e abdominais e pelo relaxamento do esfíncter externo do ânus.
Fases da digestão
As atividades digestórias ocorrem em três fases que se sobrepõem: a fase cefálica, a fase gástrica e a fase intestinal.
>Fase cefálica: o olfato, a visão, o pensamento ou o gosto inicial da comida ativam centros neurais no córtex cerebral, no hipotálamo e no tronco encefálico. O tronco encefálico então ativa os nervos facial (NC VII), glossofaríngeo (NC IX) e vago (NC X). Os nervos facial e glossofaríngeo estimulam as glândulas salivares a secretar saliva, enquanto o nervo vago estimula as glândulas gástricas a secretar suco gástrico. A finalidade da fase cefálica da digestão é preparar a boca e o estômago para o alimento que está prestes a ser ingerido.
>Fase gástrica 
A)Regulação neural. O alimento de qualquer tipo distende o estômago e estimula os receptores de estiramento em suas paredes. Os quimiorreceptores no estômago monitoram o pH do quimo no estômago. Quando as paredes do estômago são distendidas ou o pH aumenta porque proteínas entraram no estômago e tamponaram um pouco do seu ácido, os receptores de estiramento e quimiorreceptores são ativados, e um ciclo de feedback negativo neural é acionado .Dos receptores de estiramento e quimiorreceptores, os impulsos nervosos se propagam para o plexo submucoso, onde ativam neurônios parassimpáticos e entéricos. Os impulsos nervosos resultantes causam ondas de peristaltismo e continuam estimulando o fluxo de suco gástrico das glândulas gástricas. As ondas peristálticas misturam os alimentos com o suco gástrico; quando as ondas se tornam fortes o suficiente, uma pequena quantidade de quimo passa pelo esvaziamento gástrico para o duodeno. O pH do quimo do estômago cai (torna-se mais ácido) e a • distensão das paredes do estômago diminui, porque o quimo passou para o intestino delgado, suprimindo a secreção de suco gástrico 
B)Regulação hormonal. A secreção gástrica durante a fase gástrica também é regulada pelo hormônio gastrina. A gastrina é liberada pelas células secretoras de gastrina das glândulas gástricas em resposta a vários estímulos: distensão do estômago pelo quimo, proteínas parcialmente digeridas no quimo, pH elevado do quimo decorrente dos alimentos no estômago, cafeína no quimo gástrico e acetilcolina liberada pelos neurônios parassimpáticos. Quando é liberada, a gastrina entra na corrente sanguínea, percorre todo o corpo e, por fim, chega a seus órgãosalvo no sistema digestório. A gastrina estimula as glândulas gástricas a secretar grandes quantidades de suco gástrico. Ela também reforça a contração do esfíncter esofágico inferior para impedir o refluxo do quimo ácido para o esôfago, aumenta a motilidade do estômago e relaxa o músculo esfíncter do piloro, que promove o esvaziamento gástrico. 
>Fase intestinal os reflexos que ocorrem durante a fase intestinal têm efeitos inibitórios que retardam a saída do quimo do estômago. Isso impede que o duodeno seja sobrecarregado com mais quimo do que pode suportar. Além disso, as respostas que ocorrem durante a fase intestinal promovem a digestão continuada dos alimentos que chegaram ao intestino delgado. Estas atividades da fase intestinal da digestão são reguladas por mecanismos neurais e hormonais.
A) Regulação neural. A distensão do duodeno pela presença de quimo causa o reflexo enterogástrico. Os receptores de estiramento da parede duodenal enviam impulsos nervosos para o bulbo, onde inibem o estímulo parassimpático e estimulam os nervos simpáticos que inervam o estômago. Como resultado, a motilidade gástrica é inibida e há um aumento na contração do músculo esfíncter do piloro, o que diminui o esvaziamento gástrico.
B) Regulação hormonal. A fase intestinal da digestão é mediada por dois hormônios principais secretados pelo intestino delgado: a colecistocinina e a secretina. A colecistocinina (CCK) é secretada pelas células CCK das glândulas intestinais no intestino delgado em resposta ao quimo contendo aminoácidos de proteínas parcialmente digeridas e ácidos graxos de triglicerídios parcialmente digeridos. A CCK estimula a secreção de suco pancreático, que é rico em enzimas digestórias. Também provoca a contração da parede da vesícula biliar, que comprime a bile armazenada na vesícula biliar para o ducto cístico e ao longo do ducto colédoco. Além disso, a CCK provoca o relaxamento do esfíncter da ampola hepatopancreática, que possibilita que o suco pancreático e a bile fluam para o duodeno. A CCK também retarda o esvaziamento gástrico por meio da promoção da contração do músculo esfíncter do piloro, produz saciedade pela ativação do hipotálamo no encéfalo, promove o crescimento normal e manutenção do pâncreas, e incrementa os efeitos da secretina. O quimo ácido que entra no duodeno estimula a liberação de secretina pelas células S das glândulas intestinais no intestino delgado. Por sua vez, a secretina estimula o fluxo de suco pancreático que é rico em íons bicarbonato (HCO3 – ) para tamponar o quimo ácido que entra no duodeno a partir do estômago. Em adição a este importante efeito, a secretina inibe a secreção de suco gástrico, promove o crescimento normal e a manutenção do pâncreas, e incrementa os efeitos da CCK. De modo geral, a secretina causa o tamponamento do ácido do quimo que chega ao duodeno e diminui a produção de ácido no estômago.
Outros hormônios do sistema digestório Além da gastrina, CCK e secretina, pelo menos 10 outros hormônios ditos intestinais são secretados e têm efeitos sobre o canal alimentar. Eles incluem motilina, substância P e bombesina, que estimulam a motilidade dos intestinos; o polipeptídio intestinal vasoativo (PIV), que estimula a secreção de íons e água pelos intestinos e inibe a secreção de ácido gástrico; o peptídio liberador de gastrina, que estimula a liberação de gastrina; e a somatostatina, que inibe a liberação de gastrina. Acreditase que alguns destes hormônios atuem como hormônios locais (parácrinos); outros são secretados no sangue ou até mesmo no lúmen do canal alimentar.

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