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Aula 07/11 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/ Del4657.htm Competência É a delimitação do espaço físico sobre o qual o único juízo ou alguns juízos podem decidir os conflitos de interesses ocorridos neste espaço físico. A competência dividi-se em interna e externa ou internacional. Na competência interna ela observa critérios para ser identificada qual o juízo compete para compor estes conflitos. Na competência externa ou internacional estabelece os critérios para a composição de conflitos envolvendo nacionais e estrangeiros não residente no país ou entre nacionais residente em outros países. Obs: se o conflito envolver nacionais e estrangeiros sobre fatos ocorridos no país a competência é interna, mas se o cumprimento dessa obrigação tiver que ser cumprida no estrangeiro há de se verificar se o Brasil mantém ou não relações diplomáticas com este país e se esta competência é absoluta ou concorrente. A competência interna e externa ou internacional está regulado na lei de introdução ao código civil de 41 e ao próprio CPC. A competência externa ou internacional se divide em absoluta e concorrente. Será absoluta quando o Brasil se reserva para si com Será absoluta quando o Brasil se reserva para si com exclusividade para compor conflitos de interesses envolvendo estrangeiros para fatos ocorridos no país, como por exemplo em relação aos bens de estrangeiros no país. A competência será concorrente quando o Brasil celebra tratados ou convenções com países esse estabelece que ambos os países podem conhecer e decidir a respeito de conflitos de interesses envolvendo pessoas jurídicas ou naturais desses países mesmo que a execução dessa decisão tenha que ocorrer no Brasil de sentença estrangeira ou no estrangeiro de decisão da justiça nacional desde que essa decisão respeite a soberania do país em que ela será executada. No Brasil uma sentença estrangeira cuja competência seja concorrente só poderá ser executada após autorização do supremo que verificará se a competência externa é concorrente e se ela respeita a soberania nacional. A competência interna observa alguns critérios para sua ficção. 1- critérios ratione loci : leva em consideração apenas o critério território ou seja onde o fato ou a obrigação ocorreu. O critério territorial gera uma competência relativa, e por isto admite prorrogação quando a demanda não for ajuizada no juízo competente mas o réu no prazo de constatação não anui a competência do juízo relativamente incompetente. do juízo relativamente incompetente. A competência relativa não pode ser declara de ofício pelo juiz, e admite a prorrogação da competência por conexão ou continência. Obs: reuni-se duas ou mais ações quando conexas quando as partes com pedir e a causa de pedir possam geram decisões conflitantes. A continência ocorre quando uma ação está mantida na outra por ser mais abrangente cuja a reunião se faz necessária para evitar-se duas decisões sobre o mesmo fato. A competência relativa também admite eleição pelas partes que podem eleger foro diverso do local em que o fato ocorreu. 2-critério ratione persona: Leva em consideração a pessoa da parte independentemente do local em que o fato ocorreu ou foi celebrado. A competência ratione persona é absoluta e pode ser declarada de ofício pelo juiz e os atos praticados pelo juízo absolutamente incompetente são nulos. Exemplos: Membros do poder judiciário do ministério público, deputado estaduais, federais, governadores, ministro de estado, presidente da república só podem ser acionados no tribunal de justiça, no STJ e no STF independentemente do local em que o fato ocorreu. 3- critério ad matéria: por este critério leva-se em consideração a matéria que está em litígio, e neste critério a competência também é absoluta e só pode critério a competência também é absoluta e só pode ser ajuizada onde a lei indica, como ocorrem por exemplo nas ações: 1) ação de usucapião de bens imóveis: só pode ser ajuizada no foro da situação da coisa. 2) nas ações pocessórias de bens imóveis: só podem ser ajuizadas no foro onde se localiza o bem imóvel. 3) nas ações de estado: só podem ser ajuizadas no foro em que estas pessoas residem. 4) nas ações de inventário: só podem ser ajuizadas no juízo do último domicílio do de cujos. OBS: envolvendo juízos diversos, sendo um de competência absoluta e outro de competência relativa, só quem detém a competência absoluta, quando também for competente. Para competência relativa, pode compor ambas as ações, mas a recíproca não é verdadeira, tendo em vista, que a competência absoluta não admite prorrogação. Perpetuação da competência A competência se perpetua quando relativa no momento da propositura da ação, e as alterações que ocorrerem no curso da lide não tem qualquer consequência ou modificação na competência. Obs: o código de organização judiciária é quem estabelece qual o foro competente e qual o juízo competente, para conhecer e decidir um conflito de interesse. Obs: a constituição federal estabelece que a união sua autarquias e empresas públicas tem foro especial na justiça federal, salvo se naquela área não haja vara da justiça federal, e neste caso a ação deve ser deflagrada no juízo estadual que o código de organização judiciária do Estado estabelece. *Conflito de competência* Ocorre quando dois juízos discordam quanto a competência que lhe é atribuída ou que se julga competente para apreciar feitos que tramitam em outro juízo. O conflito de competência pode ser, positivo ou negativo. Ele será positivo quando dois juízos, que tem sobre sua responsabilidade dois autos e ambos se declaram competentes para ambos. Obs: quando um dos dois concorda em remeter para o outro o auto que está sobre sua responsabilidade a pedido do outro, não a o que se falar em conflito de competência. O conflito positivo será decidido pelo órgão superior da mesma estrutura judiciária, que a lei judiciária estabelece. Conflito negativo, será negativo quando dois órgãos se declaram incompetentes para conhecer e decidir este conflito negativo que será sucitado pelo segundo órgão que não aceita a competência, e será resolvido pelo órgão judiciário superior da mesma estrutura. pelo órgão judiciário superior da mesma estrutura. Obs: Não confundir conflito de competência, com conflito de jurisdição, que ocorre quando envolve órgãos de estrutura diversa e ele sendo positivo ou negativo, será dirigido pelo órgão superior as duas estruturas envolvidas. Última modificação: 7 de nov de 2018
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