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FICHAMENTO - CURATELA

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Professora: Eunicélia de Fátima 
Aluno: Artur Araújo Lacerda 
2º Período – Noite 
 
 
 
 
DIREITO ROMANO 
FICHAMENTO CAPÍTULO VI – CURATELA 
 
 
 
 
 
 
 
João Pessoa – PB 
 
 
 
FICHAMENTO DO CAPÍTULO VI – CURATELA 
 
 O conceito de curatela ou cura no Direito Romano, como hoje, tinha o 
significado abrangente: era a administração pública ou privada de patrimônios. 
 No caso específico do ius personarum, curatela era o instituto do Direito 
Romano que tinha por finalidade a proteção das pessoas e dos bens dos loucos, dos 
prodígios e dos menores de 25 anos. Sua origem remota à lei das XII Tábuas, que 
determinava que, se uma pessoa estivesse louca e não tivesse guarda, seus 
agnados ou gentis deveriam ter poder sobre ela e seu patrimônio. 
 As espécies da curatela eram três, dos loucos, dos prodígios e dos menores 
de 25 anos. 
Dos Loucos: No direito antigo, os loucos eram chamados de furiosi, 
abrangendo todas as espécies de loucura. No direito clássico, surgiu o conceito de 
duas espécies de loucura, furiosus (loucura com intervalo de lucidez) e mentecaptus, 
demens ou insanus (no sentido de loucura permanente). E no direito pós-clássico, a 
palavra furiosus passou a designar os loucos de todos os gêneros. No direito antigo, 
a curatela era mais um instrumento de proteção ao curador, herdeiro presuntivo do 
curatelado, e ao patrimônio, ou seja, o curador cuidava da pessoa do louco e 
administrava seu patrimônio, como um gestor de negócios. 
Dos Pródigos: A curatela era de certa forma limitada, pois o curador devia 
intervir tão-somente nos negócios ou atos referentes à disposição ou administração 
dos bens ou naqueles em que o pródigo contraía uma nova obrigação. No direito 
antigo, pródigo era o que dispersava desordenadamente os bens, oriundos da 
herança paterna, em detrimento dos filhos. No direito clássico, o conceito se amplia: 
pródigo passa a ser o que dilapida seu patrimônio, qualquer que seja a procedência, 
desde que tivesse filho. Ao contrário dos loucos que ficavam sobre curatela desde 
que a doença se manifestasse, o pródigo precisava ser interdito pelo magistrado. 
Dos Menores de 25 anos: Surgiu na época clássica, no bojo de uma lei 
chamada Plaetoria ou Laetoria (século II a.C.). Esse tipo de curatela teve grande 
 
 
significado. Até o século II a.C., alcançada a puberdade, após os 25 anos, o homem 
se tornava plenamente capaz. Considerando, então, que antes dessa idade a 
pessoa não tinha pleno amadurecimento para reger seus negócios, diante da 
complexidade da vida econômica e social. 
Estabeleceu-se então que dos 14 aos 25 anos o romano deveria ter alguém 
que lhe completasse a capacidade, o curador. 
Para a administração dos bens o curador dos loucos cuidava da pessoa e da 
manutenção do curatelado, separados daqueles dos quais era titular. O curador do 
pródigo tinha poderes semelhantes ao do furiosus, administrava-lhes os bens por 
meio da negotiorum gestio (ofertas de negócios). E quanto aos menores de 25 anos, 
a administração dos bens competia ao próprio menor, que era assistido pelo 
curador. 
Muitos confundem “Tutela” com “Curatela”. Tutela se aplicava aos incapazes 
por fatores normais, por exemplo: idade (impúrberes de ambos os sexos) e sexo 
(mulheres púberes sui iuris); o tutor podia administrar os bens de duas maneiras: 
negotiorum gestio (ofertas de negócios) e auctoritas tutoris (autoridade guardiã); o 
tutor podia ser nomeado por testamento. Enquanto a curatela se aplicava aos 
incapazes por fatos anormais, ou seja: doenças mentais (furiosus, mentecaptus, 
demens ou insanus) e aos pródigos; o único modo de administração dos bens do 
curatelado era a negotiorum gestio; não existia a curatela testamentária; no período 
clássico, também desapareceu a curatela legitima, subsistindo apenas a curatela 
dativa, honorária ou atiliana; em regra, é referente a maiores de idade; e, 
geralmente, durava enquanto a incapacidade existisse, não tendo prazo certo. 
A extinção da curatela ocorria com a morte do curador ou curatelado: pela 
maioridade ou emancipação, no caso dos maiores de 14 e menores de 25 anos; 
pela capitis deminutio do curador ou curatelado; pela justa escusa do curador; ou 
pelo seu termo, no caso da curatela dos menores de 25 anos. 
A comparação da curatela com o Código Civil Brasileiro de acordo com o 
código de 1916 estabelecia, no seu Art. 446. “Estão sujeitos à curatela: I – Os loucos 
de todo gênero; II – Os surdos-mudos, em educação que os habilite a enunciar 
precisamente a sua vontade, e por fim; III – Os pródigos”.

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