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RESENHA PSICOLOGIA E O COTIDIANO (1)

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FCV – FACULDADE CIDADE VERDE
Disciplina: Introdução á Psicologia
Curso: Neuropsicologia Clínica e Orientação Educacional
Aluno(a): Atenise Ferreira Sales Barbosa
Data: 2018-12-02
PSICOLOGIA E O COTIDIANO
De acordo com Bock (2003, p. 32-41) o próprio termo psicologia vem do grego psyché, que significa alma, e de logos que significar razão. Portanto epistemologicamente, psicologia significa “estudo da alma”. A alma ou espírito era concebido como a parte imaterial do ser humano e abarcaria o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo a sensação e a percepção.
O termo psicologia pode ser mais amplo do que imaginamos, pois se trata de estudos profundos relacionados, não somente a parte física como também a parte espiritual do ser humano tornando-a assim de difícil compreensão e total domínio, pois é no comportamento do ser humano que pode estar a mais instigante de todas as complicações, logo a psicologia está dividida em diversas áreas e subáreas justamente para explicar o porquê de todas as questões socioemocionais, por exemplo: como os fatores psicológicos afetam a saúde física e mental do individuo; como as pessoas se sentem, percebem, aprendem e pensam sobre o mundo; quais as fontes de mudanças e estabilidade no comportamento durante o ciclo da vida; herança de traços comportamentais; dificuldades na aprendizagem; relaciona o mau de Parkinson a nervos emocionais e físicos e vice-versa. 
A psicologia ainda cresce sem precedentes, inclusive a psicologia evolucionista, genética comportamental e a neuropsicologia clinica foram recentemente adicionadas a arvore genealógica da psicologia.
De acordo com Feldman, Robert S. esses três novos membros da arvore genealógica da psicologia provocaram especial excitação e debate dentro da psicologia.
Para conhecermos uma breve historia da psicologia do desenvolvimento, acompanhe o texto a seguir: “Como o estudo do desenvolvimento humano evoluiu”.(PAPALIA, OLDS; FELDMAN, 2006, p. 47-50).
Ao final do século XIX, diversas tendências importantes estavam preparando o caminho para estudo cientifico do desenvolvimento infantil. Os cientistas haviam desvendado o mistério da concepção e se debatiam sobre “natureza versus experiências”, ou seja, sobre a importante relativa das características inatas e das influencias externas. [...] A nova ciência da psicologia ensinava que as pessoas podiam entender a si mesmas, aprendendo o que as havia influenciado durante a infância.
A ideia de que o desenvolvimento continua depois da infância é relativamente nova. A adolescência não era considerada em período separado de desenvolvimento até o inicio do século XX, quando G Stanley Hall, o pioneiro no estudo de crianças, publicou Adolescence (Adolescência), um livro popular, mas não cientifico. Hall também foi um dos primeiros psicólogos a se interessar pelo envelhecimento [...].
Os estudos do ciclo vital, nos Estados Unidos, surgiram a partir de programas destinados a acompanhar crianças ate a fase adulta. Os estudos de crianças superdotadas da Universidade de Stanford acompanham o desenvolvimento de pessoas (hoje na velhice) que foram identificadas como especialmente inteligentes na infância [...]
Á medida que estes estudos se estendiam á vida adulta, os cientistas do desenvolvimento começaram a se concentrar em como determinadas experiências, vinculadas a tempo e lugar, influenciavam o rumo da vida das pessoas [...]
Hoje, a maioria dos cientistas do desenvolvimento reconhece que o desenvolvimento ocorre durante toda a vida. Esse conceito de um processo vitalício de desenvolvimento que pode ser estudado cientificamente é conhecido como desenvolvimento do ciclo vital. 
Paul B. Baltes (1987), líder no estudo da psicologia desse desenvolvimento, identifica os princípios fundamentais de uma abordagem do desenvolvimento no ciclo vital da vida, os quais servem de estrutura para seu estudo. São eles:
O desenvolvimento é vitalício. Cada período do tempo de vida é influenciado pelo que aconteceu antes e irá afetar o que estar por vir. Cada período tem suas próprias características e um valor sem igual; nenhum é mais ou menos importante do que qualquer outro.
O desenvolvimento depende de historia e contexto. Cada pessoa desenvolve-se dentro de um conjunto especifico de circunstancias ou condições definidas por tempo e lugar. Ao seres humanos influenciam seu contexto histórico e social e são influenciados por eles. Eles não apenas respondem aos seus ambientes físicos e sociais, mas também interagem com eles e os mudam.
O desenvolvimento é multidimensional e multidirecional. O desenvolvimento durante toda a vida envolve um equilíbrio entre o crescimento e declínio. Quando as pessoas ganham em um aspecto, podem perder em outro, e em taxas variáveis. As crianças crescem, sobretudo, em uma direção – para cima – tanto como em habilidades. Na idade adulta, o equilíbrio muda gradualmente. Algumas capacidades, como vocabulário, continuam aumentando; outras, como a capacidade de resolver problemas desconhecidos podem diminuir; alguns novos atributos, como pericia, podem aparecer. As pessoas procuram maximizar ganhos e minimizar perdas, aprendendo a administrá-las ou compensá-las.
O desenvolvimento é flexível ou plástico. Plasticidade significa capacidade de modificação do desempenho. Muitas capacidades, como memória, força e persistência podem ser significativamente aperfeiçoadas com treinamento e prática, mesmo em idade avançada. Entretanto, nem mesmo as crianças são infinitamente flexíveis; o potencial para mudança tem limites. 
O desenvolvimento humano e muito complexo e, por isso, seu estudo exige uma parceria entre estudiosos de muitas disciplinas, incluindo psicologia, psiquiatria, sociologia, antropologia, biologia, genética, ciência da família (estudos das relações familiares), educação, historia, filosofia e medicina.

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