AD1 de POT Turismo

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Unirio/cederj
Aluno: Caroline Gomes da Silva
Matrícula: 16116100026
Matéria: Planejamento e Organização do Turismo
SISTUR de Rio das Ostras
A origem de Rio das Ostras é de cerca de 4 mil anos, quando era habitada por caçadores e coletores semi-nômades e centenas de anos depois se transformou em uma pequena vila de pescadores, onde os europeus exploradores faziam paradas em busca de água fresca para seguir viagem. Dentre essas paradas, em 1847, recebeu o Imperador D. Pedro II, que descansou a sobra da, hoje centenária, figueira a beira-mar, transformando assim em um dos símbolos da cidade.
Construído pelos escravos em meados do século XVIII, o Poço de Pedras do Largo de Nossa Senhora da Conceição serviu como marco para a construção da cidade de Rio das Ostras. Outro ponto histórico de Rio das Ostras seu museu a céu aberto inaugurado em 1998, o museu é um dos únicos “in situ” do Brasil. Aberto à visitação pública com exposição permanente de peças catalogadas por época, origem e denominação pelo Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB), em reconstituição da pré-história da região.
Possui uma área escavada com restos de esqueletos e exposição de objetos de adorno, ostras gigantes, conchas, pedras , que caracterizam a ocupação de uma antiga civilização estimada entre 4 mil anos.
O Sítio Arqueológico foi registrado com o nome Tarioba pelo próprio IAB em 1967. O termo sambaqui é de origem tupi-guarani e significa acúmulo de conchas. No interior de Rio das Ostras podemos encontrar o Centro Ferroviário de Cultura funciona na antiga Estação Ferroviária de Rocha Leão. Sua construção, utilizando mão de obra escrava, iniciou em 1877 e foi concluída em 1887. 
Rio das Ostras também possui praias lindas, onde há a possibilidade de prática de esportes como surf, vôlei, kitesurf entre vários outros, e também possui lagoas com água de tom escuro, que são perfeitas para banho e ideais para crianças.
A partir das informações acima, faremos uma análise sistêmica de Rio das Ostras baseado na teoria de Marcio Carlos Beni, o preconizador do Modelo Referencial do Sistur e também Doutor em Ciências da Comunicação e Livre Docente em Turismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP); Mestre em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política da Universidade de São Paulo (USP); Professor titular aposentado da ECA/USP; professor do curso de Pós Graduação da UnB – Universidade de Brasília; Professor convidado de diversos programas de pós graduação stricto sensu em Turismo e Hospitalidade no país e no exterior. É colaborador de importantes periódicos científicos de Turismo. Foi editor associado de Annals of Tourism Research.Pertence ao Conselho Superior da Internacional Association of Cientific Experts in Tourism e da International Academy of Tourism. Foi membro do Comitê de Ética da Organização Mundial do Turismo, representando as Américas. É membro da Associação Mundial de Formação em Hotelaria e Turismo, pela qual foi agraciado com o Prêmio Tourism Award 2003. Autor de livros na área de Turismo e da Academia Internacional de Turismo. Membro do Conselho nacional de Turismo do Ministério do Turismo e pertencente à academia Brasileira de Eventos e Turismo. Reitor da Universidade Corporativa e presidente do Conselho Nacional da Confederação nacional de Turismo.
Podemos entender que o Sistema de Turismo preconizado por Beni, se um caracteriza por um sistema aberto, ele não se resume a resultados de seus elementos internos, porém é diretamente influenciado pelos sistemas externos que dialogam com os conjuntos das Relações Ambientais, organização estrutural e as Ações Operacionais, que neles se inserem os subsistemas de infraestrutura, como transporte e comunicação entre outros, os subsistemas de estrutura, como a organização público privada.
Há também as Ações Operacionais que possibilitam conhecer a “ dinâmica do turismo”, como os subsistemas de demanda que se analisa os atrativos, equipamentos e serviços ofertados ao turista, a interação de oferta e demanda no subsistema de mercado, que basicamente discute como será produzido um produto turístico e por último o consumo, que se baseia no processo de decisão de compra e de consumo do turista.
Com base nesses conceitos, podemos analisar a cidade de Rio das Ostras como um produto turístico ainda em formação, apesar de sua base riquíssima histórica e cultural e de suas praias belíssimas, onde tanto os turistas com o perfil mais radical quando com o perfil mais familiar possam se divertir, e também os turistas com o perfil de conhecimento histórico local tenham uma gama de informações e contato direto com o passado histórico, a cidade ainda deixa muito a desejar em seu contexto organizacional, pois seu subsistema de infraestrutura ainda deixam muito a desejar, como por exemplo grande parte do sistema de tratamento de esgoto da parado, apesar desse sistema já estar pronto para uso e já quitado pela Prefeitura de Rio das Ostras para a Odebrest, esse sistema é um sistema de extrema importância para se ter um produto turístico praiano de qualidade, porém, atualmente a coleta de esgoto tem sido feita através de empresas terceirizadas e de foças domesticas, que é extremamente inadequado. Há também a questão da iluminação, que em muitas praias é precária, onde dessa forma acaba ocorrendo um grande uso de drogas no local e assaltos, que nos traz a destacar a falta de segurança pública no município.
 Além disso seu subsistema de oferta se torna muito frágil a frente da concorrência de destinos próximos como Arraial do Cabo e Cabo Frio por exemplo, que investem pesado em marketing o ano todo, mostrando suas belezas naturais e suas várias opções de diversão e lazer, o que não é feito em Rio das Ostras, pois em épocas de chuva não há muitas opções a se fazer.
Já no sistema superestrutural, podemos destacar falta de organização público-privada, para a estruturação de novos produtos turísticos em Rio das Ostras devido a desavenças políticas, onde tantos os empresários, quanto o poder público deixam a desejar no desenvolvimento de projetos importantes por estarem mais preocupados em qual partido político a ideia foi criada, gerando assim um grande desconforto e atraso no desenvolvimento do município. 
Pois se houvesse uma interação maior entre as organizações público-privadas, as ofertas turísticas seriam ainda maiores do que as atuais, pois Rio das Ostras oferece uma gama de trilhas e um produto rural gastronômico e cultural maravilhoso, onde falta apenas organização e marketing para que haja o interesse dos turistas pela localidade, gerando assim, emprego para a população local, desenvolvimento estrutural e com um bom planejamento e organização, sem destruir a fauna e flora local. 
Com isso podemos concluir que o município de Rio das Ostras ainda é um município em desenvolvimento turístico, onde ainda há muito que se avançar em suas diversas áreas, mas que apesar disso, é um destino promissor e muito rico em ofertas turísticas, que só precisa se organizar para que haja uma maior demanda do mesmo e que um sistur organizado há uma grande possibilidade de Rio das Ostras ser, futuramente, uma referência turística.
BIBLIOGRAFIA:
https://www.riodasostras.rj.gov.br/historia/ 
https://mariocarlosbeni.com.br/curriculum/ 
ANEXOS: