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Apostila Turismo - Módulo II

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1 
- 
 
 
2 
SUMÁRIO 
TURISMO CULTURAL..................................................................................................................3 
TURISMO CÍVICO.........................................................................................................................5 
TURISMO RELIGIOSO..................................................................................................................6 
TURISMO MÍSTICO E ESOTÉRICO.............................................................................................7 
TURISMO ÉTNICO........................................................................................................................8 
TURISMO CINEMATOGRÁFICO..................................................................................................9 
TURISMO ARQUEOLÓGICO.......................................................................................................11 
TURISMO GASTRONÔMICO.......................................................................................................13 
ENOTURISMO..............................................................................................................................15 
TURISMO FERROVIÁRIO............................................................................................................17 
AS 10 CIDADES COM MAIS PATRIMÔNIO TURÍSTICO DO MUNDO.....................................19 
ECOTURISMO..............................................................................................................................20 
ECOTURISMO E SUA RELAÇÃO COM O TURISMO SUSTENTÁVEL....................................24 
PRINCÍPIOS PARA O ECOTURISMO.........................................................................................26 
TURISMO DE NEGÓCIOS E EVENTOS......................................................................................49 
Principais Festas Populares do Brasil......................................................................................53 
PRINCIPAIS FEIRAS DE NEGÓCIO NO BRASIL.......................................................................58 
ANÁLISE E GESTÃO DE DESTINOS TURÍSTICOS...................................................................63 
TECNOLOGIA E O TURISMO......................................................................................................66 
APLICATIVOS LIGADOS AO TURISMO.....................................................................................72 
 
 
 
 
3 
TURISMO CULTURAL 
 
 
 
Desde os primeiros registros da humanidade existem referências sobre os 
deslocamentos do homem de um lugar para outro. Especulam-se as razões que levaram 
nossos antepassados a empreender aventuras arriscadas. Por necessidade, por 
vontade de conhecer novas terras, por prazer, etc. O homem sempre foi impulsionado a 
viajar e a empreender esforços para melhorar e aperfeiçoar os deslocamentos. 
Viajar é uma expressão de cultura presente em todas as sociedades e é isso que hoje 
faz girar um dos mais importantes setores da economia contemporânea: o turismo. 
Toda viagem turística é uma experiência cultural. Ao sair de seu ambiente, o turista entra 
em contato com novos sabores da culinária local, com as músicas mais pedidas nas 
estações de rádio do local ou com a forma dos habitantes locais de lidarem com 
visitantes, por exemplo. Mas nem todo turista é um turista cultural. 
O que define o Turismo Cultural é a motivação da viagem em torno de temas da cultura. 
As viagens de interesse cultural nasceram na Europa sob a égide do renascimento 
italiano, quando a aristocracia se deslocava interessada em conhecer os sítios históricos 
e arqueológicos que inspiraram artistas como Michelangelo e Da Vinci e depois as 
próprias cidades que foram o berço do movimento artístico. Inspirado pelas viagens do 
período renascentista, nasceu a “grand tour”, que consistia em uma longa temporada em 
diferentes cidades europeias consideradas como o berço da civilização ocidental e que 
podiam durar anos. 
O público da grand tour eram os aristocratas, nobres e burgueses da própria Europa e 
também das Américas, pessoas que tinham disponibilidade de tempo e recursos para 
investir nessas viagens culturais. Um dos aspectos mais interessantes do grand tour era 
 
 
4 
exatamente sua forma convencional e regular, considerada como uma experiência 
educacional, um atributo de civilização e de formação do gosto. O grand tour, sob o 
imponente e respeitável rótulo de “viagem de estudo”, assumia o valor de um diploma 
que lhes conferia significativo status social, embora, na realidade, a programação se 
fundamentasse em grandes passeios de excelente qualidade e repletos de atrativos 
prazeros. 
Os ingleses, importantes e ricos, consideravam detentos de cultura apenas quem tivesse 
sua educação ou formação profissional coroada por um grand tour através da Europa. 
Não havia ainda o mercado turístico, tal como conhecemos nos dias atuais, uma cadeia 
produtiva organizada, com todos os serviços e produtos. Isso só se concretizou séculos 
depois. 
 
 
O grand tour foi o embrião do Turismo Cultural, em que a principal motivação de viagem 
envolve algum aspecto de cultura. Desses primórdios até a atualidade, a cultura 
continua a ser uma das principais motivações das viagens em todo o mundo e durante 
muito tempo as destinações eram exclusivamente os grandes conjuntos arquitetônicos, 
os museus e os lugares que abrigavam os tesouros materiais de culturas passadas. 
Com o tempo, modificou-se o próprio conceito de cultura, ampliaram-se os limites do que 
os estudiosos e as instituições responsáveis pelas iniciativas de preservação entendiam 
como patrimônio cultural. As mudanças conceituais e das diretrizes de proteção à cultura 
tiveram influência direta na caracterização do Turismo Cultural, no perfil do turista 
cultural e na relação do turismo com a cultura. 
 
 
 
 
 
5 
Tipos de turismo cultural 
Existem formas de expressão da cultura que são classificadas em áreas de interesse 
específico e que geram demandas de viagem com motivação própria, mas se 
configuram dentro da dimensão e caracterização do Turismo Cultural, é o caso da 
religião, do misticismo e do esoterismo, os grupos étnicos, a gastronomia, a arqueologia, 
as paisagens cinematográficas, as atividades rurais, entre outros. No entanto, é 
importante ressaltar que, no caso das atividades rurais ou no âmbito do espaço rural, 
mesmo sendo consideradas como formas de expressão da cultura, em função de sua 
importância no contexto da formação econômica e histórico-social, são consideradas 
pelo Ministério do Turismo um segmento próprio definido como Turismo Rural. São 
definidas as caracterizações de alguns tipos do segmento, considerando aqueles temas 
e áreas onde a diversidade cultural brasileira apresenta maior potencial. 
 
 
 
TURISMO CÍVICO 
 
O Turismo Cívico ocorre em função de 
deslocamentos motivados pelo 
conhecimento de monumentos, 
acompanhar ou rememorar fatos, 
observar ou participar em eventos 
cívicos, que representem a situação 
presente ou da memória política e 
histórica de determinados locais. 
Entendem-se como monumentos as 
obras ou construções que remetem à 
memória de determinado fato relevante ou personagem. Os fatos são ações, 
 
 
6 
acontecimentos e feitos realizados ou que estejam ocorrendo na contemporaneidade. 
Do ponto de vista turístico, eles podem atrair pessoas para conhecer os locais onde se 
efetivaram, de forma a compreender o seu contexto e suas particularidades. Nesse 
caso, tais monumentos e fatos diferenciam-se dos demais por seu caráter cívico, ou 
seja, relativos à pátria. Os eventos cívicos são as programações em que o Estado, seus 
símbolos e datas são celebrados pelos cidadãos. Englobam-se aqui as comemorações 
de feriados nacionais relacionados a fatos e personagens da pátria, os eventos para 
troca debandeiras, as posses de presidentes, governadores e prefeitos, as visitas 
guiadas a lugares de evocação do espírito cívico de uma nação, entre outros. Assim, 
esse tipo de turismo abrange elementos do passado e do presente relacionados à pátria: 
fatos, acontecimentos, situações, personagens e monumentos referentes a feitos 
políticos e históricos. Cabe ressaltar que os deslocamentos turísticos característicos 
desse tipo de turismo ocorrem tanto no país do turista quanto em pátrias estrangeiras. 
As temáticas envolvidas podem relacionar-se à política municipal, estadual, nacional ou 
internacional. 
 
TURISMO RELIGIOSO 
 
O Turismo Religioso configura-se pelas 
atividades turísticas decorrentes da busca 
espiritual e da prática religiosa em espaços e 
eventos relacionados às religiões 
institucionalizadas, independentemente da 
origem étnica ou do credo. Está relacionado 
às religiões institucionalizadas, tais como as 
de origem oriental, afro-brasileiras, espíritas, 
protestantes, católica, compostas de 
doutrinas, hierarquias, estruturas, templos, 
rituais e sacerdócio. A busca espiritual e a prática religiosa, nesse caso, caracterizam-se 
pelo deslocamento a locais e a participação em eventos para fins de: 
 Peregrinações e romarias; 
 Roteiros de cunho religioso; 
 Retiros espirituais; 
 Festas, comemorações e apresentações artísticas de caráter religioso. 
 Encontros e celebrações relacionados à evangelização de fiéis; 
 Visitação a espaços e edificações religiosas (igrejas, templos, santuários, 
terreiros); 
 Realização de itinerários e percurso de cunho religioso e outros. 
 
 
7 
Muitos locais que representam importante legado artístico e arquitetônico de religiões e 
crenças são compartilhados pelos interesses sagrados e profanos dos turistas. As 
viagens motivadas pelo interesse cultural ou pela apreciação estética do fenômeno ou 
do espaço religioso serão, para efeitos deste documento, consideradas simplesmente 
como Turismo Cultural. 
Uma festa religiosa tradicional, com ritos ancestrais e mantida viva pela população, tem 
a capacidade de mobilizar o público de motivação religiosa e também o turista cultural. A 
Procissão do Fogaréu da Cidade de Goiás - GO, a Festa do Divino de Alcântara no 
Maranhão, o Círio de Nazaré em Belém - PA, a Semana Santa nas cidades históricas 
mineiras e as romarias em Nova Trento - SC são alguns exemplos de turismo religioso 
no Brasil. Mas a preservação dessas festividades em destinos turísticos em crescimento 
depende da compreensão e da valorização dos empreendimentos locais, no sentido de 
respeitar e promover essas formas de expressão da religiosidade popular. Uma 
importante referência de roteiro turístico de motivação religiosa e cultural do mundo é o 
Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. 
 
 
 
Sendo o mais antigo do mundo, tem uma grande atração e vários percursos com 
diferentes atrativos e serviços. 
 
TURISMO MÍSTICO E ESOTÉRICO 
 
O Turismo Místico e o Turismo Esotérico caracterizam-se pelas atividades turísticas 
decorrentes da busca da espiritualidade e do autoconhecimento em práticas, crenças e 
rituais considerados alternativos. Opta-se, nessa definição, pela utilização conjunta e 
não exclusiva dos termos Turismo Místico e Turismo Esotérico, uma vez que o 
 
 
8 
misticismo e o esoterismo estão relacionados às novas religiosidades, sendo que suas 
práticas se dão, muitas vezes, concomitantemente, tornando-se difícil separá-los em um 
produto turístico exclusivamente de caráter místico ou de caráter esotérico. Nesse 
sentido, para fins de caracterização de produtos turísticos, poderão ser utilizados os 
termos Turismo Esotérico ou Turismo Místico ou Turismo Místico Esotérico. 
Há atualmente a tendência de busca de novas religiosidades ou nova espiritualidade, 
desvinculadas das religiões tradicionais, o que se dá pela manifestação de crenças, 
rituais e práticas alternativas, associadas ao misticismo e ao esoterismo. Nesse 
contexto, o turismo refere-se ao 
deslocamento de pessoas para 
estabelecer contato e vivenciar tais 
práticas, conhecimentos e estilos de 
vida que configuram um aspecto 
cultural diferenciado do destino 
turístico. Entre as atividades típicas 
desse tipo de turismo, podem-se citar 
as caminhadas de cunho espiritual e 
místico, as práticas de meditação e de energização, entre outras. 
 
TURISMO ÉTNICO 
 
Constitui-se de atividades turísticas envolvendo a vivência de experiências autênticas e 
o contato direto com os modos de vida e a identidade de grupos étnicos. O conceito 
clássico de etnia remete a noção de origem, cultura, práticas sociais e raça, onde se 
considera o patrimônio histórico e cultural como elemento de identidade e diferenciação 
de um determinado grupo, bem como as interações sociais que ocorrem entre este 
grupo e a sociedade em seu entorno. Esse tipo de turismo envolve as comunidades 
representativas dos processos imigratórios europeus e asiáticos, as comunidades 
indígenas, as comunidades quilombolas e outros grupos sociais que preservam seus 
legados étnicos como valores norteadores de 
seu modo de vida, saberes e fazeres. 
O turista busca, neste caso, estabelecer um 
contato próximo com a comunidade anfitriã, 
participar de suas atividades tradicionais, 
observar e aprender sobre suas expressões 
culturais, estilos de vida e costumes 
singulares. Muitas vezes, tais atividades 
podem articular-se como uma busca pelas 
 
 
9 
próprias origens do visitante, em um retorno às tradições de seus antepassados. 
 
TURISMO CINEMATOGRÁFICO 
 
O segmento de audiovisual vem 
sendo incorporado às novas 
tendências mundiais do turismo como 
estratégia de atração de visitantes, 
colaborando também para o aumento 
da competitividade e da inovação de 
produtos turísticos. Esse segmento 
pode movimentar significativamente o 
turismo local e gerar resultados 
positivos para a comunidade onde 
será filmada uma produção audiovisual, devido o movimento de atividades que poderão 
ser envolvidas nas produções, dentre eles serviços como hospedagem, alimentação e 
logística de toda uma equipe de filmagem. Toda essa cadeia é capaz de gerar empregos 
diretos e indiretos, como bombeiros, eletricistas, costureiras, artistas gráficos, figurinos, 
pintores, cozinheiros, maquiadores, motoristas de ônibus e vários outros profissionais, 
podendo ter um gasto de até 60% de seu orçamento investido no destino associado à 
contratação de produtos e serviços locais. 
Além dos impactos na geração de renda e emprego, o Turismo Cinematográfico é uma 
ferramenta poderosa para a promoção da imagem do destino. Percebendo essa nova 
tendência, o Ministério do Turismo e a Embratur, em parceria com entidades do 
segmento e em consonância com as políticas do setor desenvolvidas por outros órgãos 
do Governo Federal, realizaram estudos com o propósito de identificar políticas bem 
sucedidas, programas de destinos referência no segmento para aprender com as 
experiências de outros países e adaptá-las à realidade brasileira, conhecendo novos 
nichos de turistas com vistas a desenvolver novos mercados. 
Nesse contexto, se insere o “Estudo de Sinergia e Desenvolvimento entre as Indústrias 
do Turismo e Audiovisual Brasileiras”, que sugere a consolidação de uma política pública 
integrada entre as áreas de turismo e audiovisual brasileiras. Este Estudo aponta que o 
Brasil tem uma inegável vocação para este tipo de turismo, e reforça que o país é 
reconhecido mundialmente por sua diversidade de locações, seus atributos culturais e 
criatividade, além do ambiente pacífico, livre de catástrofes naturais e distante dos 
palcos habituais de ações terroristas. 
O Turismo Cinematográfico caracteriza-se pelos deslocamentos motivados para a 
visitação a locais ou atrações que tiveram aparição no cinema ou na TV, dentro do 
 
 
10 
contexto da produção audiovisual em que estáinserido, sendo considerado um tipo de 
turismo específico do segmento cultural. Os turistas que viajam para as paisagens que 
servem de pano de fundo de filmes são chamados de set-jetters. O cinema, portanto, 
funciona como reforço de símbolos que podem influenciar a escolha de destinos de 
turistas 
Clássicos do cinema mundial possibilitaram que locações de filmagens fossem 
reconhecidas mundialmente, suscitando o desejo de expectadores a viverem as 
emoções e se deslocarem para os cenários retratados nas produções cinematográficas. 
Os impactos no turismo podem ser percebidos em filmes como “Coração Valente”, que 
possibilitou um incremento de 300% na visitação às terras altas da Escócia. 
 
 
 
 
Já em “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, duas décadas depois, o clássico de 
Steven Spielberg ainda é a motivação de 20% dos visitantes ao Devils Tower, Wyoming, 
nos EUA. E em menos de um mês, o filme “Um Lugar Chamado Notting Hill” trouxe 10% 
a mais de pessoas a Kenwood House. 
O turismo cinematográfico está relacionado ao segmento de Turismo Cultural, por 
considerar em sua essência recursos audiovisuais intrínsecos à área da cultura. No 
entanto, percebe-se que o mesmo é transversal a todos os outros segmentos turísticos, 
já que as produções cinematográficas podem se utilizar de diversas imagens e cenários 
 
 
11 
relacionados ao ecoturismo, turismo de aventura e/ou turismo de sol e praia, por 
exemplo. 
 
TURISMO ARQUEOLÓGICO 
 
O estudo e a prática do turismo 
arqueológico podem ser considerados 
atividades recentes no Brasil, bem 
como a discussões sobre os conceitos 
básicos do segmento. Levando-se em 
consideração que o segmento pode 
trazer benefícios para a atividade 
turística, quando desenvolvida em 
sítios planejados e estruturados, é 
necessário entender sua origem, para 
que a partir do entendimento da atividade possa ser possível a consolidação do 
segmento no Brasil. Assim, o segmento pode tornar se um aliado no desenvolvimento de 
localidades e atrativos turísticos que atendam a essa demanda, que relacionam-se 
especificamente com o Turismo Cultural, devido seus aspectos de caráter histórico-
cultural. 
O turismo arqueológico pode ser entendido a partir da associação da Arqueologia e o 
Turismo. Surgiu, de forma organizada e planejada, como uma alternativa para a difusão 
do conhecimento relacionado às pesquisas e aos achados arqueológicos, assim como a 
própria Arqueologia em si. Esse trabalho torna-se como um elemento essencial para o 
resgate e o conhecimento da cultura humana, bem como para o entendimento do ser 
humano e de seu processo evolutivo. 
Neste sentido, o turismo arqueológico torna-se uma importante ferramenta para a 
disseminação do conhecimento 
acerca dos elementos de cunho 
histórico-cultural dos quais a 
Arqueologia faz parte. A partir 
dessa relação, surge o Turismo 
Arqueológico, que pode ser 
definido como um segmento 
“no qual ocorre o deslocamento 
voluntário e temporário de 
 
 
12 
indivíduos motivados pelo interesse ou desejo de conhecimento de aspectos pertinentes 
a culturas passadas, a locais onde se encontram vestígios materiais representativos de 
processo evolutivo do homem no planeta, deixados por sociedades pretéritas”. 
 
 
 
Neste caso, o turista tem como elemento motivador da prática do Turismo Arqueológico, 
o patrimônio arqueológico, ou os chamados sítios arqueológicos. Esse patrimônio 
arqueológico pode ser tipificado de acordo com as características dos vestígios que as 
representam. Entre as principais tipologias de sítios podemos citar as cavernas, arte 
rupestre, oficina, cerâmico, lítico, monumental, submerso, dentre outros. 
No Brasil, os sítios arqueológicos são definidos e protegidos pela Lei nº 3.924/61. O 
tombamento de bens arqueológicos é feito pelo Iphan, e é realizado, excepcionalmente, 
por interesse científico ou ambiental. 
De acordo com o órgão, cerca de 10 mil sítios arqueológicos já foram identificados, 
sendo tombados como Patrimônio Arqueológico os seguintes sítios: Sambaqui do 
Pindaí, em São Luis/MA; Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo 
Nonato/PI; Inscrições Pré-Históricas do Rio Ingá, em Ingá/PB; Sambaqui da Barra do 
Rio Itapitangui, em Cananéia/SP; Lapa da Cerca 
Grande, em Matozinhos/MG; Quilombo do 
Ambrosio: remanescentes, em Ibiá/MG; e Ilha do 
Campeche, em Florianópolis/SC. 
Em função da fragilidade apresentada nesses 
espaços, é primordial, contudo, a realização de 
ações de planejamento e de infraestrutura que 
possibilitem o desenvolvimento do turismo, sem 
 
 
13 
que haja prejuízos ao patrimônio arqueológico utilizado como atrativo turístico. 
Para tanto, é indispensável à realização de estudos, pesquisas, trabalhos de 
monitoramento, organização de roteiros de visitação, ações de interpretação do 
patrimônio e envolvimento da comunidade local. O planejamento e a estruturação de 
sítios arqueológicos são práticas indispensáveis para o desenvolvimento do Turismo 
Arqueológico no País, visto que, sem essas premissas, os impactos negativos do 
turismo podem causar danos irreversíveis para o patrimônio arqueológico brasileiro. 
 
TURISMO GASTRONÔMICO 
 
O turismo gastronômico surge como um segmento turístico emergente capaz de 
posicionar destinos no mercado turístico, quando utilizado como elemento para a 
vivência da experiência da cultura local pelo turista por meio da culinária típica. A oferta 
turística de serviços de alimentação, item que faz parte da estada do turista, apresenta-
se, portanto, como uma vantagem competitiva no desenvolvimento do turismo de uma 
localidade, podendo ser utilizada como um diferencial passível de proporcionar 
experiências únicas para o turista, e assim tornar-se também um diferencial para sua 
comercialização. O segmento deve ser entendido a partir da articulação da atividade 
turística com a oferta gastronômica, que deve estabelecer uma conexão com a 
identidade da cultura local ao compartilhar os valores e costumes de um povo. Pode ser 
definido como uma vertente do Turismo Cultural no qual o deslocamento de visitantes se 
dá por motivos vinculados às práticas gastronômicas de uma determinada localidade. 
 
 
 
 
 
14 
As principais atividades que podem ser realizadas pelo turista que tem por motivação o 
segmento são: participação em eventos gastronômicos cujo foco de comercialização é a 
gastronomia típica de determinada localidade e a visitação a roteiros, rotas e circuitos 
gastronômicos. Além destes, a oferta de bares, restaurantes e similares de um destino 
são insumos para a viabilização do turismo gastronômico, podendo integrar e 
complementar a oferta turística do destino, além de se tornarem espaços de 
aproximação entre turista e comunidade local. Importante ressaltar que esse contexto no 
qual o turismo gastronômico se insere vai ao encontro das atuais mudanças que vem 
sendo observadas no padrão de consumo do produto turístico, resultantes de 
transformações configuradas pelas tendências econômicas mundiais oriundas da 
sociedade da informação. 
 
 
 
Tal fato está levando os turistas a almejarem cada vez mais a vivência de experiências 
únicas em suas viagens e a buscarem a autenticidade dos atributos históricos e culturais 
que uma localidade pode oferecer. Isso advém do surgimento do conceito Economia da 
Experiência, que emergiu a partir de 1999 com a obra do dinamarquês Rolf Jensen 
intitulada “A sociedade dos sonhos”. Além disso, o estudo intitulado Economia da 
Experiência, de James Gilmore e Joseph Pine, foi sendo incorporado pelo turismo, 
anunciando novos valores ao mercado. O conceito traz a concepção de “inovação” com 
vistas a agregar valor à oferta turística e qualificar destinos para atenderem as 
expectativas dos consumidores, cada dia mais exigentes. Está sendo seguida por 
aqueles que querem inovar nos processos de formatação e comercialização de 
produtos,especialmente na atividade turística. 
 
 
15 
Esse fenômeno atual faz com que o componente emocional, os valores e os sentimentos 
adquiram maior relevância que o componente racional. Os produtos e serviços turísticos 
tendem, com isso, priorizar a promoção e venda de experiências únicas como fator 
diferencial para sua comercialização. Assim, a identidade gastronômica, enquanto 
elemento de identidade da cultura de um povo, pode ser trabalhada como um atrativo 
turístico ao proporcionar para o turista o conhecimento da identidade cultural de 
determinada comunidade. E na perspectiva da economia da experiência, pode ser 
possível aproveitá-la como uma oportunidade para o desenvolvimento de destinos e 
produtos turísticos, ao ser capaz de valorizar suas características culturais e de atender 
a uma demanda específica em crescimento valorizando, com isso, a sua oferta turística. 
Na cidade de Belém/PA, a aplicação do conceito “Economia da Experiência” na 
atividade turística possibilitou ao 
destino a formatação de produtos 
turísticos que valorizassem a 
interação com sua cultura, história e 
costumes locais. Empreendimentos 
do destino desenvolveram a oferta 
de experiências únicas com base na 
valorização da história e da 
singularidade local por meio, por 
exemplo, da culinária regional, com 
vistas a inovar os produtos turísticos 
ofertados e melhorar seu posicionando no mercado. 
Com isso, se mantém a originalidade compartilhando dos costumes locais com os 
visitantes, realizando o resgate do patrimônio imaterial que, associado à identidade local, 
é um rico ingrediente para a promoção do destino e consequente captação de turistas. 
 
ENOTURISMO 
 
O termo enoturismo passou a ser utilizado 
na Itália, quando as visitas a locais onde se 
produziam vinhos passaram a ser 
considerados como atrativo âncora de 
roteiros, e não simplesmente uma atividade 
complementar destes. 
Contudo, em regiões da França e de 
Portugal, que acumulam conhecimento 
secular do assunto, observou-se as 
 
 
16 
primeiras iniciativas de formatação de roteiros de visitas em que fosse possível conhecer 
sobre o processo de produção do vinho, para o atendimento do público que aprecia ou 
consome o produto. Já no Brasil, as iniciativas pioneiras de enoturismo ocorreram na 
região sul do Brasil, quando a uva e o vinho passaram a ser tratados como atração 
turística. Desde então, empresas vinícolas começam a abrir as portas para visitação 
turística com a finalidade de possibilitar o conhecimento do processo de elaboração dos 
vinhos. 
 
Imagem: Hotel & Spa do Vinho Autograph Collection localizado em Bento Gonçalves – RS. 
 
O enoturismo ocorre em função de deslocamentos motivados para o conhecimento do 
processo da produção de vinhos, realizando visitas a vinhedos e vinícolas, fazendo parte 
da experiência a degustação de vinhos e de seus derivados. Além disso, pode-se 
caracterizar como uma atividade do segmento a visitação a festivais de vinhos e/ou 
mostras de vinhos onde a motivação principal da viagem seja a degustação de vinhos. 
O enoturismo pressupõe o 
contato direto do turista 
com os processos 
produtivos, o 
conhecimento e a prova 
dos vinhos das regiões 
visitadas, passeios e 
percursos que envolvem o 
patrimônio paisagístico e 
arquitetônico relacionados 
à cultura da vinha e à 
 
 
17 
produção do vinho. E são essas as características e os aspectos que colocam o turismo 
como uma atividade associada fundamental, não pelos recursos financeiros que ela 
mobiliza diretamente, mas por sua capacidade como instrumento promocional das 
regiões nas quais suas atividades se inserem. 
O exemplo de desenvolvimento do enoturismo em Portugal, que priorizou em seu Plano 
Estratégico Nacional de Turismo (Pent) dez produtos considerados estratégicos, 
elencando a “Gastronomia e Vinhos” dentre estes, pode ser utilizado como um exemplo 
de boas práticas na operação turística deste segmento, a ser utilizado como modelo de 
estruturação do enoturismo, adaptando-o a realidade brasileira. Sendo a vitivinicultura 
um dos setores mais dinâmicos da agricultura portuguesa, após a adesão do país à 
União Europeia, Portugal iniciou uma política de qualificação da produção de vinho, 
reorganizando institucionalmente o setor, criando novas denominações de origem e 
apoiando com investimentos massivos a produção de vinhos de qualidade. Com isso, a 
vitalidade comercial do setor vitivinícola português proporcionou a articulação da vinha e 
do vinho com outras atividades complementares, notadamente no setor do turismo. Em 
Portugal, na região do Vale do Douro, o roteiro de enoturismo conseguiu mobilizar os 
vinicultores, sobretudo, a partir do trabalho consistente da Associação para o 
Desenvolvimento do Turismo da Região Norte (Adeturn) e da compreensão que a 
atividade turística é uma excelente oportunidade para a promoção do vinho. A mídia 
espontânea e a imagem charmosa que envolve os espaços onde é desenvolvido o 
enoturismo, representada pela possibilidade da visita e degustação do vinho no local de 
produção, colocam-no em outro patamar de mercado inserido nos sonhos de consumo 
de um público extremamente seleto. 
Essa perspectiva é interessante para o produto de enoturismo, pois confere 
autenticidade e originalidade, afinal o que se oferece é a experiência de conhecer uma 
região produtora singular, que tem na vinha e no vinho sua vocação primordial e que, 
indiretamente, contribui para 
uma imagem do destino 
como um todo. Além disso, é 
fundamental do ponto de 
vista da sustentabilidade das 
atividades de turismo no 
espaço rural, pois não 
provoca mudanças drásticas 
no modo de vida da 
população, visto que 
depende da existência desse modelo produtivo. 
 
 
 
18 
TURISMO FERROVIÁRIO 
 
De acordo com a Cartilha de Orientação para Proposição de Projetos de Trens 
Turísticos e Culturais, os serviços de trens turísticos e culturais caracterizam-se pelo 
transporte não regular de passageiros, com o objetivo de agregar valor aos destinos 
turísticos, contribuindo para a preservação da memória ferroviária, configurando-se em 
atrativos culturais e produtos turísticos das cidades, auxiliando-as na diversificação da 
oferta. 
Desta forma, a expressão “turismo ferroviário”, em uma primeira análise, poderia ser 
considerada uma classificação do turismo 
quanto ao meio de transporte utilizado na 
viagem (segmentação dos meios de 
transporte), quando a finalidade da viagem é a 
utilização de trens, ou melhor, a realização de 
“passeios sobre trilhos,” atrativos cuja 
singularidade contribui para a diversificação 
da oferta turística brasileira. Contudo, como 
os atrativos habitualmente utilizados estão 
associados ao segmento de Turismo Cultural, 
o turismo ferroviário pode ser considerado um tipo de turismo deste segmento. 
Ainda, partindo-se do pressuposto que a análise das potencialidades turísticas tem como 
um dos elementos a análise dos meios de transporte, o turismo ferroviário constitui-se 
em um fator de atratividade turística e importante vetor na composição de um produto 
turístico. No Brasil, estão disponíveis alguns roteiros turísticos ferroviários, que na 
maioria das vezes fazem parte da programação cultural e turística do destino, dentre os 
quais se destacam: 
 Passeio de trem – Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá/PR; 
 Passeio de trem São João del-Rei/MG a Tiradentes/MG; 
 Trem da Vale – Ouro Preto/MG a Mariana/MG; 
 Trem das Águas – São Lourenço/MG a Soledade/MG ; 
 Trem da Serra – Passa Quatro/MG até o alto da Serra da Mantiqueira/MG; 
 Trem Vitória-Minas – Belo Horizonte/MG a Vitória/ES; 
 Trem do Corcovado – Rio de Janeiro/RJ; 
 Trem do Forró – Recife/PE a Caruaru/PE; 
 Trem Estrada Real – Paraíba do Sul/RJ a Cavaru/RJ; 
 Trem do Vinho – Bento Gonçalves/RS, Garibaldi/RS e Carlos Barbosa/RS 
 Estrada de Ferro Campos do Jordão – Pindamonhangaba/SPa Campos do 
Jordão/SP, passando pela Serra da Mantiqueira/SP. 
 
 
19 
Normalmente, os passeios são acompanhados de atividades culturais, tais como 
apresentações teatrais, de música e dança e de degustação de alimentos e bebidas. Há 
ainda, em alguns casos, pequenas paradas para visitas rápidas e compras. 
 
 
Imagem: Passeio Trem Maria Fumaça – Termas de Piratuba – SC 
 
AS 10 CIDADES COM MAIS PATRIMÔNIO TURÍSTICO DO MUNDO 
 
Conforme o portal TotallyMoney, que reúne e analisa dados tais como o número de 
teatros, museus, galerias, salas de shows, etc., e os compara com a população, com os 
turistas estrangeiros e o gasto que realizam, as dez cidades com uma maior oferta 
cultural são: 
1. Amsterdã: 96 teatros, 81 museus, 54 galerias de arte, 2 locais Patrimônio da 
Humanidade, 8 salas de shows, entre diversos restaurantes; 
2. Dublin: 127 teatros, 57 museus, 32 galerias de arte, 6 salas de shows, entre 
diversos restaurantes; 
3. Praga: 129 teatros, 110 museus, 201 galerias de arte, 1 local Patrimônio da 
Humanidade, 4 salas de shows, entre diversos restaurantes. 
4. Miami: 72 teatros, 18 museus, 27 galerias de arte, 1 local Patrimônio da 
Humanidade e 1 sala de shows. 
5. Paris: 245 teatros, 147 museus, 69 galerias de arte, 1 local Patrimônio da 
Humanidade, 6 salas de shows e diversos restaurantes. 
6. Barcelona: 80 teatros, 95 museus, 46 galerias de arte, 1 local Patrimônio da 
Humanidade, 3 salas de shows e diversos restaurantes. 
https://www.totallymoney.com/cultural-cities/
 
 
20 
7. Milão: 43 teatros, 76 museus, 42 galerias de arte, 1 local Patrimônio da 
Humanidade, 4 salas de shows e diversos restaurantes. 
8. Roma: 93 teatros, 151 museus, 42 galerias de arte, 5 locais Patrimônio da 
Humanidade, 3 salas de shows e diversos restaurantes. 
9. Viena: 55 teatros, 103 museus, 14 galerias de arte, 2 locais Patrimônio da 
Humanidade, 7 salas de shows e diversos restaurantes. 
10. Londres: 878 teatros, 186 museus, 125 galerias de arte, 4 locais Patrimônio da 
Humanidade, 17 salas de shows e diversos restaurantes. 
 
 
 
ECOTURISMO 
 
Também chamado de turismo ecológico, o ecoturismo começou a chamar a atenção do 
setor turístico brasileiro por volta da década de 80 e, principalmente, na década de 90, 
com a maior visibilidade dada às questões ambientais. Para um melhor aproveitamento 
de todo o potencial do território brasileiro e regularização da atividade ecoturística foi 
criado em 1987 a “Comissão Técnica Nacional” do projeto “Turismo Ecológico” da 
Embratur em parceria com o Ibama (Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais 
Renováveis). O projeto foi iniciado com a implantação de pólos de ecoturismo em todos 
os estados da Amazônia Legal. 
Em 1993, foi fundado o Instituto EcoBrasil, a primeira organização da sociedade civil 
(sem fins lucrativos) voltada para o fomento da atividade de ecoturismo através de 
capacitação e treinamento de profissionais e empresários e implementação de estudos, 
pesquisas e projetos. 
 
 
21 
 
Em 1994, foram criadas as “Diretrizes para a Política do Programa Nacional de 
Ecoturismo” que discorre sobre o potencial turístico do Brasil, os marcos referenciais 
internacionais, as possíveis vantagens do turismo bem organizado e os impactos 
negativos que podem ocorrer caso não haja o correto planejamento da atividade. 
Em 1995, foi criado o Instituto Brasileiro de Ecoturismo, IBE. Neste mesmo ano foi 
escrita a “Carta de Lanzarote” durante a Conferência Mundial de Turismo Sustentável 
realizada em Lanzarote, Ilhas Canárias, Espanha, que lançou um apelo à comunidade 
internacional e aos governos para que tomassem medidas para garantir o 
desenvolvimento turístico sobre uma base sustentável de forma a preservar as riquezas 
naturais e culturais. 
Em 2000, o “Acordo do Monhok” (ocorrido em New Paltz, EUA, na Monhok Montain 
House), definiu o ecoturismo como sendo o “turismo sustentável em áreas naturais, que 
beneficia o meio ambiente e as comunidades visitadas e que promove o aprendizado, 
respeito e consciência sobre aspectos ambientais e culturais.” Além disso, o acordo 
definiu os princípios do ecoturismo e padrões a serem respeitados voluntariamente pelas 
empresas do ramo turístico. 
A “Declaração de Ecoturismo de Quebec”, aprovada em 2002 pelo Programa de Meio 
Ambiente das Nações Unidas (Unep) e pela Organização Mundial do Turismo (OMT), 
oficializou o ano de 2002 como o “Ano Internacional do Turismo”, como reconhecimento 
de todos os países participantes, inclusive o Brasil, da importância do ecoturismo como 
atividade econômica e de preservação do patrimônio ambiental e cultural. 
 
Pólos de Ecoturismo 
De circuitos históricos em Minas Gerais ao imenso planalto central do Brasil, o roteiro 
dos ecoturistas que viajam por estas terras pode ser interminável. Para facilitar o 
trabalho, a Embratur e o IBE identificaram os principais pólos ecoturísticos brasileiros. 
São lugares que já conseguiram obter certo sucesso com a exploração do turismo 
ecológico e possuem estrutura para receber os visitantes: 
 
 
 
22 
 Região Sul 
 A região sul é uma das mais visitadas do Brasil, 
principalmente pelas praias. No Rio Grande do Sul, 
encontram-se o pólo ecoturístico da Serra Gaúcha 
e o pólo da Região Central; em Santa Catarina, tem 
o pólo ecoturístico do Planalto Serrano, da Ilha de 
Santa Catarina, e do Alto do Vale do Itajaí; no 
Paraná, há mais três pólos ecoturísticos, o do 
Paranaguá/Graciosa, dos Campos Gerais e da 
Costa do Oeste. 
 
 Região Sudeste 
Minas Gerais tem o pólo das Grutas, Serras e Diamantes, a Zona da Mata, o Circuito do 
Ouro, as Terras Altas da Mantiqueira, a Canastra e os Caminhos do Cerrado; o Espírito 
Santo tem os pólos de Itaúna, o Delta do Rio Doce, a Serra do Caparaó, e as Serras 
Capixabas; o Rio de Janeiro, um dos principais 
“portões de entrada” dos turistas no Brasil, tem 
os pólos ecoturísticos de Costa Verde, da 
Região do Itatiaia, o pólo Rio/Niterói, a Região 
Serrana, a Região dos Lagos, o Valo do 
Paraíba do Sul, e a Costa Doce; em São Paulo, 
encontram-se os pólos do Alto do 
Paranapanema, as Serras Paulistas, a Região 
das Cuestas, o Vale do Ribeira de Iguape, o 
Vale do Paraíba do Sul, a Mantiqueira, o Litoral Paulista e os Grandes Lagos. 
 
 Região Nordeste 
A região nordeste é hoje o destino preferido 
dos turistas estrangeiros, principalmente 
daqueles que buscam o turismo integrado a 
natureza. Lá, encontram-se os pólos 
ecoturísticos: o Maranhão tem o pólo das 
Reentrâncias Maranhenses, do Patrimônio 
Histórico-Cultural do Maranhão, os Lençóis 
Maranhenses, as Chapadas e o Delta do 
Parnaíba que também engloba parte do 
Estado do Piauí; neste último ainda se tem o Parque Nacional da Serra da Capivara, e o 
Parque Nacional Sete Cidades; no Ceará, é possível visitar o pólo do Vale Monumental 
 
 
23 
do Ceará, a Serra do Baturité, o Cariri, a Ibiapaba, e o Litoral Oeste e Leste; o Rio 
Grande do Norte tem o Litoral Norte e Leste, as Serras do Sul e do Sudeste, o Cabugi e 
o Seridó; a Paraíba tem os pólos ecoturísticos de João Pessoa, do Litoral Norte, 
da Serra da Borborema e o Sertão Paraibano; em Pernambuco além do famoso pólo de 
Fernando de Noronha, tem ainda o pólo do Litoral Norte e Sul, o 
Buique/Pesqueira/Venturosa, o Bonito/São Benedito do Sul, o Afogados da 
Ingazeira/Serra Talhada, e a Bacia do São Francisco; em Alagoas são encontrados os 
pólos ecotur ísticos do Litoral Norte, da Zona da Mata, do Sertão Alagoano, e do Baixo 
São Francisco; em Sergipe, o menor Estado da federação, encontram-se os pólos 
ecoturísticos do Sertão Sergipano do São Francisco, da Própria, da Contiguiba, 
do Agreste de Itabaiana, e do Litoral Sul; na Bahia, encontram-se os pólos ecoturísticos 
da Chapada Diamantina, da Costa dos Coqueiros, da Baía de Todos os Santos, da 
Costa do Dendê, da Costa do Cacau, da Costa do Descobrimento e da Costa das 
Baleias. 
 
 
 RegiãoCentro-Oeste: 
 Abrangendo o planalto central brasileiro e a 
região do pantanal, encontram-se os pólos 
ecoturísticos, em Goiás, da Chapada dos 
Veadeiros, de Pirenópolis, e do Parque das 
Emas; o Mato Grosso tem o Pantanal Norte, a 
Chapada dos Guimarães, e a Amazônia 
Matogrossensse; no Mato Grosso do Sul, é 
possível econtrar os pólos do Pantanal Sul e da 
Serra da Bodoquena. 
 
 Região Norte: 
Esta é considerada a região do país com maior potencial ecoturístico embora esta 
atividade esteja ainda muito aquém do ideal para a região. Os pólos ecoturísticos da 
 
 
24 
região norte são o Vale do Acre (AC), o Amapá (AP), o Amazonas (AM), Tapajós (PA), o 
Vale do Guaporé (RO), o Norte de Roraima (RR) e Cantão (TO). 
 
Entretanto, a atividade de ecoturismo no Brasil ainda necessita de muita atenção. 
Segundo um estudo publicado pela consultoria do mercado de hotelaria espanhol “Chias 
Marketing”, o Brasil ainda não aproveita todo o potencial ecoturístico que possui e a 
maioria dos hotéis e resorts que se dizem sustentáveis têm suas ações limitadas à 
reciclagem do lixo e outras ações esporádicas. Ainda segundo a pesquisa, 0.01% dos 
meios de hospedagem possui a certificação ISO14001 (selo de Gestão Ambiental, 
resumidamente exemplificando). E não é por falta de interesse dos turistas. Outra 
pesquisa feita por uma consultoria francesa, a TNS Sofres, concluiu que 69% dos 
turistas europeus estão dispostos a pagar até 30% a mais para contribuir com a 
preservação do local visitado. 
 
ECOTURISMO E SUA RELAÇÃO COM O TURISMO SUSTENTÁVEL 
 
O Ecoturismo tem liderado a introdução de práticas sustentáveis no setor turístico, mas 
é importante ressaltar a diferença e não confundi-lo como sinônimo de Turismo 
Sustentável. Sobre isso, a Organização Mundial de Turismo e o Programa das Nações 
Unidas para o Meio Ambiente referem-se ao Ecoturismo como um segmento do turismo, 
enquanto os princípios que se almejam para o Turismo Sustentável são aplicáveis e 
devem servir de premissa para todos os tipos de turismo em quaisquer destinos. Sob 
esse enfoque, o Ecoturismo caracteriza-se pelo contato com ambientes naturais, pela 
realização de atividades que possam proporcionar a vivência e o conhecimento da 
natureza e pela proteção das áreas onde ocorre. 
Ou seja, assim, o Ecoturismo pode ser entendido como as atividades turísticas 
baseadas na relação sustentável com a natureza e as comunidades receptoras, 
comprometidas com a conservação, a educação ambiental e o desenvolvimento 
 
 
25 
socioeconômico. Para se compreender as delimitações conceituais entre Ecoturismo e 
Turismo Sustentável, é interessante uma análise retrospectiva desses termos. A década 
de 1960 foi marcada pela eclosão do turismo de massa, quando se registraram e foram 
reconhecidos os impactos negativos da atividade turística, levando à desmistificação da 
idéia de “indústria sem chaminés”. 
 
Já no início dos anos 1970, começaram as discussões sobre “gestão de turistas”, 
consolidando o entendimento do turismo como atividade econômica potencialmente 
poluidora, a depender da maneira como ocorre. Nesse contexto, a temática passou a ser 
insistentemente debatida pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, criada em 1983 no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), 
de onde surgiu o termo Turismo Verde, que na década de 90 se amplia para a noção de 
Turismo Sustentável. Como existem pontos comuns na idéia de Turismo Sustentável e 
na de Ecoturismo a partir dos princípios da sustentabilidade, estabeleceu-se essa 
sobreposição nas definições conceituais. O elemento de diferenciação do Ecoturismo 
reside no enfoque da sustentabilidade evidenciado na conservação, interpretação e 
vivência com a natureza como fator de atratividade. Confirma-se, desse modo, como um 
segmento da oferta turística que, afora o social, institui-se e se caracteriza 
fundamentalmente em dois pilares da sustentabilidade, o ambiental e o econômico, 
carregando como premissas o cultural e o político no sentido da complementaridade. Já 
o Turismo Sustentável confere a cada um desses aspectos a mesma intensidade, 
impregnando-os na atividade turística como um todo, e empresta à segmentação da 
oferta requisitos que podem determinar alguns tipos de turismo, como é o caso do 
Ecoturismo. 
A adoção de estratégias e ações para o turismo sustentável está inserida nas formas de 
gestão ambiental territorial dos destinos turísticos, ao contemplar ações conjuntas, 
 
 
26 
organizadas e planejadas tanto em nível governamental, como nos diversos segmentos 
do setor privado do turismo e sociedade organizada, baseado em análises dos impactos 
ambientais e socioculturais previstos ou estabelecidos nos destinos turísticos, reais ou 
potenciais. 
 
 
 
A gestão ambiental dos destinos turísticos pode tornar-se um fator determinante no seu 
crescimento socioeconômico, visto que os produtos ecoturísticos dependem de áreas 
naturais conservadas para o seu desenvolvimento. Deve-se observar a importância de 
ser uma atividade econômica complementar às já existentes, de forma a salvaguardar as 
atividades realizadas pelas populações inseridas nestas áreas, especialmente as que 
apresentam formas tradicionais de manejo dos recursos naturais distintas das 
populações localizadas em grandes centros urbanos. 
 
PRINCÍPIOS PARA O ECOTURISMO 
 
O ecoturismo é uma das atividades que mais crescem no mundo, incentivada pela 
conscientização cada vez maior do viajante em busca de um consumo e qualidade de 
vida mais responsável. A Organização Mundial do Turismo (OMT) definiu ecoturismo 
como sendo “Todas as formas de turismo em que a motivação principal do turista é a 
observação e apreciação da natureza, de forma a contribuir para a sua preservação e 
minimizar os impactos negativos no meio ambiente natural e sociocultural onde se 
desenvolve.” 
Além da preservação e educação ambiental, o cuidado com a participação e 
envolvimento das comunidades locais é uma característica cada vez mais presente no 
ecoturismo, resultado do entendimento de que elas fazem parte do ciclo do 
 
 
27 
desenvolvimento sustentável. De acordo com a The International Ecotourism Society 
(Ties), “ecoturismo significa unir conservação, comunidades e turismo sustentável” e três 
fundamentos básicos o regem: 
 Ele é não destrutivo e não extrativo; 
 Cria consciência ecológica; 
 Detém valores ecocêntricos e ética na relação com a natureza. 
Desde 1990 a Ties vem desenvolvendo o que considera os princípios para um 
ecoturismo autêntico, que podem ser adotados tanto por viajantes, quanto por empresas 
de turismo. Veja quais são: 
 
 
 
Turismo Geológico 
O Turismo Geológico é a atividade mais recente praticada dentre todos os outros tipos 
de turismo de natureza. O seu conceito inclusive se encontra em um movimento 
construtivo, mas tendo como base o privilégio de se conectar com as características 
geográficas naturais de um local. 
A ideia é ir além do lazer, gerar uma maior conscientização sobre a importância dos 
elementos naturais e toda a sua preservação. Com isso, ter um recurso mais informativo, 
 
 
28 
explicando toda a história geológica do local, assim como a sua evolução ao longo do 
tempo. 
Essa atividade normalmente é praticada com visitação em cavernas, montanhas, grutas, 
e solos. No Brasil, alguns destinos que já vêm utilizando dessa ferramenta são Fernando 
de Noronha e a Chapada Diamantina. 
 
Melhores destinos de ecoturismo no Brasil 
O Brasil tem vários destinos que proporcionam verdadeiras aventuras de ecoturismo, 
contato com a natureza, relaxamento e aprendizado. Alguns destinos para curtir 
esse contato com o meio ambiente: 
 
 Chapada dos Veadeiros (GO): 
Um autêntico destino de ecoturismo. São belíssimas paisagens, rios de águas límpidas e 
cristalinas e natureza intocada. 
Patrimônio Natural da Humanidade, título concedidopela Unesco, Veadeiros é um 
verdadeiro berço de águas, pois de seus paredões brotam os rios que formam as 
principais bacias da América do Sul. 
É um destino que encanta turistas do mundo todo: o cerrado entrecortado por rios, 
cachoeiras e montes é convite irresistível a banhos, trilhas, caminhadas e passeios de 
bicicleta. 
Destacam-se os passeios pelas cachoeiras do Parque Nacional da Chapada dos 
Veadeiros, Vale da Lua, Catarata dos Couros, Almécegas, Santa Bárbara e 
Macaquinhos. 
 
 
 
 
 
29 
 Fernando de Noronha (PE): 
Praias de águas cristalinas, falésias, enseadas e baías. Morros, pontas, rochedos, 
grutas, cachoeiras, mirantes, corais, áreas próprias para mergulho submarino e trilhas. 
Morada de espécies raras, área de rigorosa preservação ambiental, marco zero de 
poluição mundial. Tudo isso é Fernando de Noronha. 
São 21 ilhas distribuídas em 26 quilômetros quadrados. Possui também monumentos 
históricos, a culinária à base de frutos do mar, artesanato, trabalhos dos artistas 
plásticos locais, histórias e costumes dos nativos. 
 
 
 
 Chapada Diamantina (BA): 
O Parque Nacional da Chapada Diamantina é detentor da mais qualitativa amostra da 
natureza de nosso país: montanhas, vales, desfiladeiros, cavernas, grutas, serras, rios, 
lagos, nascentes, piscinas naturais, cachoeiras, canyons e uma fauna das mais 
variadas. 
Sua ambientação é composta de: paredões rochosos erguidos sobre mata atlântica, 
cerrado e caatinga. Os casarões do período colonial, que marcaram a fase histórica de 
exploração dos diamantes são itens importantes neste visual. 
 
 
 
 
30 
 Bonito (MS): 
Ser o Paraíso das Águas define com muita fidelidade e exuberância o que é a cidade de 
Bonito. Uma cor azul compõe os rios e nascentes desta localidade situada na Serra da 
Bodoquena, centro e coração de nosso país. 
Por conta da imensa quantidade de calcário presente no solo, as águas destes rios 
passam por uma verdadeira filtragem natural e as impurezas depositam-se no fundo dos 
leitos. O resultado é a absoluta transparência das águas. 
Bonito é rica em cavernas e cachoeiras e apresenta inúmeras atrações para viajantes de 
todos os gostos e idades. Destacam-se a Gruta do Lago Azul, uma formação calcária e 
esverdeada que abriga o Lago Azul a 100 metros abaixo da terra; ou a descida do Rio 
Olho D'Água até o Rio da Prata, que proporciona um mergulho extraordinário em águas 
cristalinas e repletas de peixes. O Bote no Rio Formoso dá um toque de aventura e é a 
oportunidade de se impressionar com a vegetação e a fauna às suas margens. 
 
 
 
 Alter do Chão (PA): 
É uma autêntica e verdadeira praia de água doce. Alter do Chão brinda com praias que 
fascinam pela beleza e oferece a Ilha do Amor, o Lago Verde, a Floresta Amazônica, o 
rio Tapajós com sua cor verde-azulada, muito cristalina. 
Alter do Chão são transparências em um contínuo degradê de cores, do verde denso 
das florestas que encantam, ao azul mais vivo do céu e da água. Uma verdadeira 
experiência de ecoturismo, que se soma às vivências com os moradores locais, povos 
indígenas e a navegação por suas águas. 
 
 
 
31 
 
 
 Jalapão (TO): 
Jalapão tem atraído cada vez mais olhares para a sua imensidão paradisíaca. Chamado 
muitas vezes de “deserto do Jalapão”, é na realidade um complexo de oásis. Pois 
apresenta nascentes, córregos, fervedouros, corredeiras e cachoeiras com belezas 
impressionantes. 
Um dos grandes tesouros de Tocantins, destino perfeito para quem busca a pura 
conexão com a natureza. Com uma flora e fauna que surpreendem e provam o porquê 
do Jalapão ser essa imensidão cada vez mais atraente aos olhares externos. 
 
 
 
 Itacaré (BA): 
Itacaré, o paraíso baiano. Apenas um dos mais lindos destinos que o nosso país 
apresenta. São praias para de serem enquadradas como as mais belas do mundo. 
Todas elas rodeadas por mata atlântica, muita natureza e muita atividade ao ar livre. 
 
 
32 
Por lá, é possível encontrar trilhas, cachoeiras, praias praticamente virgens e belas 
paisagens. As principais praias são acessadas apenas por trilhas, o que significa um 
seguro para manter-se intacta a vegetação e as características típicas do lugar. 
 
 
 
 Amazônia (AM): 
 A Floresta Amazônica é um autêntico paraíso selvagem, que revela como foi a vida nos 
primórdios de nosso planeta. A selva densa, fechada, ainda intocada em sua maior 
parte, abriga fauna e flora riquíssimas, verdadeiramente únicas no mundo. 
Toda esta biodiversidade é representada por incontáveis espé cies de mamíferos e mais 
de 250 tipos de aves, além de jacarés, tartarugas, cobras, rãs e peixes. Um espetáculo à 
parte fica por conta dos inúmeros rios, alguns de dimensões oceânicas, que se 
desdobram em igarapés, corredeiras e formam bancos de areia e praias fluviais. 
Talvez por tudo isso é que a Floresta Amazônica sempre foi palco de lendas e mistérios 
capazes de contagiar desde os ribeirinhos até os estrangeiros que a visitam. 
 
 
 
 
 
33 
 Jericoacoara (CE): 
Dunas de areia clara, mar calmo, lagoas de águas cristalinas e pedras esculturais. Mais 
conhecida por Jeri, é um lugar fora do comum. 
A vila de Jeri conserva suas ruas ainda de areia, iluminadas pela energia dos 
estabelecimentos, tornando o lugar especial com suas belezas naturais, sofisticações e 
acima de tudo, sem perder o jeito nativo do vilarejo. 
 
 
 
 Lençóis Maranhenses (MA): 
Único em todo o mundo: dunas e lagoas que se estendem por 155 mil hectares. As 
dunas, rios, lagoas, praias e manguezais formam um dos mais atraentes complexos 
turísticos de nosso país, onde a diversão é garantida para quem aprecia sol, mar, praia e 
contato com belezas naturais. 
Trata-se de sucessão infindável de imensas dunas entremeadas por centenas de lagoas 
de água morna e cristalina. Uma mescla sem igual de deserto e água. 
 
 
 
 
 
34 
 Foz do Iguaçu (PR): 
Milhares de pessoas visitam as Cataratas do Iguaçu todos os dias. O lugar é 
simplesmente deslumbrante. É realmente uma maravilha da natureza, provavelmente 
uma das maiores do mundo. Um dos visuais mais espetaculares que existem no planeta. 
Fica na tríplice fronteira entre o Brasil, Paraguai e Argentina. 
 
 
 
 Chapada das Mesas (MA): 
Localizado no sul do Maranhão, o Parque Nacional da Chapada das Mesas é uma 
excelente receita para aliviar o estresse e se divertir muito: basta juntar o contato intenso 
da natureza local e a tranquilidade das cidades da região. 
As árvores retorcidas e os paredões de rochas de arenito revelam um cenário que pode 
ser convertido em números: são 89 cachoeiras, mais de 400 nascentes de águas 
cristalinas, em uma das regiões mais deslumbrantes do país, entre os municípios de 
Riachão, Carolina e Estreito. 
A vegetação brota em lugares improváveis, e o esplendor deste paraíso se mostra todo 
na água azul cristalina como a cor do céu. E tudo isto acontece durante o ano inteiro. 
 
 
 
 
35 
 Serra da Capivara (PI): 
O Parque Nacional da Serra da Capivara, Patrimônio Mundial da Unesco, é detentor de 
uma paisagem única, com cânions, baixões e serras, e de uma enorme concentração 
de arte rupestre pré-histórica, com pinturas que têm entre 6 mil e 12 mil anos. 
Os guias especialmente treinados ajudam a entender os significados dos desenhos, que 
foram tão bem conservadas pela natureza, através dos tempos. 
 
 
 
 Ilhabela (SP): 
Muito forte no ecoturismo, a ilha paulista possui mais de 70 praias, centenas de 
cachoeiras e muita mata atlântica preservada. 
Pode-se escolher cachoeira para trilhar, observar diversas espécies de aves, o mar e 
inúmeros outros atrativos naturais. 
 
 
 
 Itatiaia (RJ): 
Itatiaia, no Rio de Janeiro, abriga o famoso e pioneiro em preservação, Parque Nacional 
do Itatiaia. São mais de 300 mil metros de área florestal, que encanta quem o desbrava. 
 
 
36 
Alpinismo, escalada, montanhismo e ciclismosão alguns dos esportes procurados por 
quem se aventura pelo grande Itatiaia. 
 
 
 
 Praia da Pipa (RN): 
Pipa reúne infraestrutura para o turismo, atmosfera descontraída de sossego e diversos 
atrativos de ecoturismo. Passeios de barco, caiaque, trilhas, surfe e diversas opções 
gastronômicas. 
A Praia da Pipa pertence ao município de Tibau do Sul, o nome indígena que significa 
"entre duas águas,” que é cercada pela Lagoa de Guaraíras e o Oceano Atlântico. 
 
 
 
 Gruta da Lagoa Azul, Nobres (MT): 
Nobres, no Mato Grosso é uma bela região que merece uma visita. Fica próxima de 
Cuiabá e é repleta de águas azuis cristalinas. 
 
 
37 
Território habitado inicialmente por povos indígenas e de passagem do movimento 
garimpeiro há séculos. A região é rica em elementos de carbonato de cálcio e magnésio, 
o que oferece o belo tom transparente das águas. 
 
 
 
 Chapada dos Guimarães (MT): 
O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães abriga milhares de nascentes dos 
principais rios que deságuam no Pantanal. Cachoeiras, riachos, formações rochosas 
com uma natureza que encanta os nossos olhos. 
É possível passear de barco, fazer caminhadas, andar a cavalo e ter excelentes vistas 
para o pôr do sol. 
 
 
 
 Conceição do Ibitipoca (MG): 
Ibitipoca é um termo de origem tupi, que significa “montanha estourada”. O parque é 
maravilhoso e tem no Pico da Lombado, o seu ponto mais alto. 
 
 
38 
Janela do Céu, Cachoeirinha, Pico do Pião, Cruzeiro, Lago dos Espelhos, Cachoeira dos 
Macacos e Cachoeira da Pedra Quadrada são alguns dos atrativos que podem ser 
encontrados em Ibitipoca. Natureza incrível, lugar para se desconectar e encontrar o 
ecoturismo. 
 
 
 Aparados da Serra (SC): 
Um conjunto de cânions com as maiores diversas vertentes de águas cristalinas, mas 
também as menores temperaturas do país. Possui uma mata atlântica preservada, onde 
é possível contemplar diversos animais silvestres. 
 
 
 
 Pantanal (MT e MS) 
O Pantanal é a maior planície alagável do mundo. É lá que a vida explode e colore as 
matas, os rios e os lagos com os tons multicoloridos de todos os tipos de animais. 
Possui uma das mais variadas concentrações de fauna selvagem do planeta: uma 
infinidade de espécies de aves, jacarés, cervos, capivaras e outros animais compõem 
um cenário fascinante. 
 
 
39 
E a melhor forma possível de vivenciá-la é com um programa especial em uma típica 
fazenda pantaneira, com cavalgadas, caminhadas e safáris fotográficos de barco. 
Coroando tudo, a típica e imperdível gastronomia pantaneira. 
 
 
 
 Alto Caparaó (MG): 
Alto Caparaó, região das belezas naturais, destino completo para o ecoturismo para 
Vivenciar suas belas montanhas, sentir o ar puro, o clima agradável e banhar-se nas 
águas cristalinas e geladas. O Parque Nacional do Caparaó merece uma visita por seus 
cumes, picos e cachoeiras. 
 
 
 
 Brotas (SP): 
No meio do Estado de São Paulo também tem opções completas para o ecoturismo. É 
isso que se pode encontrar em Brotas, com bacias hidrográficas e formações 
privilegiadas para curtir cachoeira, rafting, rapel, arvorismo e tirolesa. Uma excelente 
opção de viagem curta para quem é de São Paulo, passar o final de semana e 
aproveitar a natureza. 
 
 
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 Canela (RS): 
Canela não é só para quem quer curtir sua acolhedora cidade no frio, mas também para 
os buscadores de aventura. Pois apresenta uma beleza natural formada por cachoeiras, 
rios, montanhas e é cenário perfeito de esportes de ecoturismo. 
Trekking, rafting, rapel, arvorismo, tirolesa e trenó são algumas formas de curtir a região. 
Quem quiser apenas desfrutar da natureza, as dicas são as cavalgadas e as 
caminhadas em meio às trilhas dos parques que circundam a cidade. 
 
 
 
 Florianópolis (SC): 
Das principais capitais brasileiras, Florianópolis é uma das mais procuradas para quem 
curte natureza. Praias paradisíacas e opções para todo tipo de público. 
A costa da ilha é diversificada, com movimentos badalados e praias tranquilas. A 
diversão é garantida, seja no mar, voo livre ou na terra. 
 
 
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 Itaúnas (ES): 
Distrito de Conceição da Barra, no Espírito Santo, o local abriga sítios arqueológicos, 
um maravilhoso mar e diversas opções para curtir a natureza. O nome de origem tupi 
significa “pedras negras”. Há uma base do Projeto Tamar, que monitora 38km do litoral e 
contribui muito para a preservação das tartarugas marinhas. 
 
 
 
 Ilha do Mel (PR): 
Para muitos, um dos lugares mais lindos do litoral paranaense. Caminhar, surfar, e 
pedalar são alguns dos atrativos que a ilha oferece aos seus visitantes. Vale a pena 
incluir as praias do Farol e de Fora, visitar a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres. 
 
 
 
 
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 Morro de São Paulo (BA): 
Esse é mais um dos privilegiados pontos do litoral baiano, na ilha já bem próxima de 
Salvador. Há muitos estrangeiros e natureza encantadora. Opção perfeita para quem 
quer encontrar águas esverdeadas e quer atrativos disponíveis nas 24 horas do dia. 
 
 
 
 Iporanga (SP): 
Iporanga é uma típica cidade do interior que apresenta inúmeras possibilidades e 
experiências. Está localizada a 325 quilômetros da capital paulista, mais precisamente 
na região do Vale do Ribeira. 
Dentre a diversidade de atrações que a cidade apresenta, está o Petar, como a principal 
delas. O Petar, ou o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira fica em plena Mata 
Atlântica preservada, com cerca de 35 mil hectares. O local é cercado por formações 
rochosas como estalagmites, estalactites, cavernas, cachoeiras, e muito mais. 
 
 
 
 
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 São José do Barreiro (SP): 
São José do Barreiro é um município no leste do Estado de São Paulo, na microrregião 
de Bananal. Um lugar que encanta com a sua tranquilidade e natureza, uma ótima 
opção para passear com a família. 
Há a opção de se hospedar em fazendas centenárias, que tem a porta de entrada ao 
Parque Nacional da Serra da Bocaina, curtir as áreas verdes, trilhas em meio a mata, 
cachoeiras, e uma comida caseira feita no fogão a lenha. 
 
 
 
 São Sebastião (SP): 
São Sebastião é uma cidade do litoral, repleta de praias e ilhas, e que preserva ainda 
alguns núcleos históricos em seu centro. Os seus pontos agradam a todos os grupos, 
mas principalmente os surfistas, que têm as suas praias preferidas, como a Maresias, 
local mais badalado inclusive durante a noite. 
A infraestrutura local já é bem desenvolvida, as praias já acolhem diversas pousadas, 
bares, restaurantes e lojas. Também tem a beleza natural da Mata Atlântica que abraça 
perfeitamente a Serra do Mar. 
 
 
 
 
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 Socorro (SP): 
Socorro se tornou a cidade das aventuras, com os seus mais diversos parques de 
ecoturismo, e as suas atividades radicais, como o arvorismo, rafting, caminhada, 
acquaride, boia-cross e escalada. Uma cidade muito acolhedora e com muitas opções 
de pousadas. 
 
 
 
 Ubatuba (SP): 
Ubatuba se encontra no litoral norte de São Paulo. São 102 praias diferentes para serem 
percorridas e curtidas, com águas nos mais diversos tons de verde e azul, ilhas para a 
prática do mergulho, trilhas, cachoeiras e muita onda para ser surfada. 
Há também opções de trekkings, que percorrem praias desertas, costões, rios e ruínas 
de fazendas, sempre envolvidos pela mata preservada. 
 
 
 
 
 
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 Paraty (RJ): 
Paraty é uma cidade histórica, onde muito do que já foi ainda se encontra bem 
preservado. Caminhar pelas suas ruas, observar a estrutura de suas casas é uma 
verdadeira viagem à época colonial. 
O seu grande diferencial se encontra em suas mais diversas trilhas abertas por escravos 
nos séculos XVIII e XIX, os mergulhos nas ilhas de água cristalina, os ateliês de joias 
locais lapidadas e a cultura indígena que pode ser encontrada no conhecido Armazém 
Paraty. 
 
 
 
 Petrópolis (RJ): 
Petrópolis é uma cidade localizadaao norte do Estado do Rio de Janeiro, local onde se 
encontra o Parque Nacional da Serra dos Órgãos e os seus mais diversos picos 
arborizados com quedas de água e montanhas. Sem falar nas construções da época do 
Brasil Império que permeiam todo o centro de Petrópolis. 
 
 
 
 
 
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 Visconde de Mauá (RJ): 
Visconde de Mauá é um povoado do município de Resende, que está a 1.300 metros de 
altitude. É o ambiente perfeito e bastante procurado para as temporadas de inverno, 
onde inclusive se encontra uma gastronomia de dar água na boca: trutas e fondues são 
alguns dos pratos que são servidos no alto da natureza exuberante. 
Durante o dia, atividades como caminhadas, passeios de bicicleta, cavalgadas e as mais 
diversas trilhas são algumas das atrações reservadas pela cidade. 
 
 
 
 Teresópolis (RJ): 
Teresópolis é uma cidade charmosa e tranquila, que fica a 90 km da cidade do Rio de 
Janeiro. Um local onde a natureza se mescla com a vida urbana de quem ali passa. Um 
dos seus principais pontos é o Mirante do Soberbo, com seu visual todo encantador. 
 
 
 
 
 
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 Gonçalves (MG): 
Gonçalves é considerada a grande pérola da Serra da Mantiqueira, onde se reúnem 
diversas belezas naturais. Sendo cachoeiras de águas cristalinas, rios e picos que 
chegam até 2.100 metros de altitude. 
A gastronomia é um dos principais atrativos da cidade, com várias opções de cafés, 
restaurantes, pizzarias, padarias e bares. 
 
 
 
 Monte Verde (MG): 
Monte Verde é outra cidade localizada na Serra da Mantiqueira, um lugar que reúne 
tranquilidade, com os seus hotéis e os serviços de spa, sauna, piscinas e as mais 
variadas atividades de aventura e diversão, como os passeios de quadriciclo, tirolesa, 
arco e flecha, arvorismo, patinação de gelo, dentre outros. 
 
 
 
 
 
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 Santa Bárbara (MG): 
Santa Bárbara é uma importante cidade histórica de Minas Gerais, por todas as suas 
histórias do ciclo do ouro. O que gerou diversas atrações turísticas para a cidade, como 
os passeios pelas belas igrejas históricas, os casarões do período colonial, estação 
ferroviária, museu e o tradicional mel de Santa Bárbara 
 
 
 
 Serra da Canastra (MG): 
O Parque da Serra da Canastra é o lugar ideal para quem gosta de ecoturismo e o 
turismo de aventura. É um dos principais parques do Brasil, onde se encontram atrações 
históricas, como a nascente do Rio São Francisco, e a observação de alguns animais 
silvestres, como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o pato mergulhão, que se 
encontra ameaçado de extinção. 
Há também o famoso Queijo da Canastra, que conta com a experiência de visitação 
para acompanhar a produção artesanal nas fazendas. Sendo este, um Patrimônio 
Cultural Imaterial Brasileiro. 
 
 
 
 
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 Serra do Cipó (MG): 
A Serra do Cipó é um dos recantos mais bonitos de Minas Gerais, com paisagens 
encantadoras, em uma natureza que permite o contato com diversas atividades de 
aventura, como o trekking, ciclismo, rapel, alpinismo e o rafting. Pode-se destacar 
também suas grutas, cachoeiras e campos floridos, com as mais diversas espécies de 
plantas. 
 
 
 
O Brasil é um país com dimensões continentais e atrações não faltam em todos os 
cantos. A lista que foi aqui apresentada é apenas uma exemplificação de uma variedade 
imensa de lugares para serem visitados. É possível encontrar muitos outros lugares que 
oferecem praticamente os mesmos atrativos, em todas as regiões do país. 
 
TURISMO DE NEGÓCIOS E EVENTOS 
 
O Ministério do Turismo reconhece a 
tendência do Turismo de Negócios e Eventos 
(TNE) como uma excelente oportunidade de 
valorizar as particularidades do país. Isso 
porque foi observado um crescimento 
significativo no número de pessoas que 
viajam exclusivamente por interesses 
profissionais, movimentando a economia 
brasileira. 
O TNE, como o nome sugere, trata as duas temáticas que vêm crescendo: eventos 
corporativos e viagens de negócios. Ambas promovem um giro na economia, sendo o 
principal motivo o fato de que o turista aumenta o consumo de produtos no mercado 
 
 
50 
nacional. Além disso, as políticas públicas de turismo têm a missão de reduzir a 
pobreza e promover a inclusão social. 
Desde os períodos mais antigos, as civilizações já realizavam deslocamentos com 
finalidades comerciais. O primeiro evento foi em 
776 A.C., na Grécia, com a realização da Primeira 
Olimpíada (em Olímpia) para homenagear Zeus, 
Deus dos trovões, filho de Cronos e Reia. 
Contudo, foi somente depois da Revolução 
Industrial que essa economia se tornou mais 
evidente, uma vez que houve a evolução dos meios 
de comunicação e transporte, facilitando as 
transações comerciais. Esse movimento veio para o 
Brasil com a globalização. 
O nosso país é um ótimo destino para a realização de eventos e efetivação de bons 
negócios: além dos meios para promover a comercialização, não se podem deixar de 
lado as diversas opções de lazer, cultura e recursos naturais. Outro aspecto importante 
foi o desenvolvimento do setor de turismo, que organiza e promove diversos eventos 
nacionais e internacionais para promover a economia do país. 
De acordo com as orientações básicas do TNE, elaboradas pelo Ministério do Turismo, 
os eventos que promovem a economia do país podem ser categorizados como 
comerciais, técnico-científicos, promocionais ou sociais. Dentro deles, existem 
diversos tipos de formatos de encontros do segmento, tais como: 
 Congressos; 
 Feiras; 
 Workshops; 
 Missões empresariais; 
 Visitas técnicas; 
 Reuniões de negócio; 
 Convenções; 
 Cursos; 
 Conferências; 
 Seminários; 
 Rodadas de negócio; 
 Viagens corporativas. 
 
Quanto às atividades realizadas no TNE, encontram-se: 
 Palestra; 
 Painel; 
 
 
51 
 Simpósio; 
 Debate; 
 Mesa-redonda; 
 Plenária. 
 
Benefícios do turismo de negócios e eventos 
É possível perceber que o Turismo de Negócios 
e Eventos se desenvolveu e se tornou uma das 
atividades econômicas mais interessantes e 
lucrativas. Esses deslocamentos realizados com 
as finalidades comerciais possibilitam diversos 
benefícios: 
 Combate à sazonalidade: 
Se for observar, a maioria das pessoas procura 
viajar por lazer durante as férias escolares ou em períodos quentes. 
Por isso, o Turismo de Negócios e Eventos é uma oportunidade para promover o 
equilíbrio entra a demanda e a oferta durante todo o ano. Independentemente das 
condições climáticas e períodos de férias escolares, é possível realizar viagens com 
finalidades empresariais e estimular a economia. 
 Atração de novos públicos: 
O Turismo de Negócios e Eventos atrai pessoas de todos os cantos do Brasil, 
favorecendo a diversidade, a integração e a mistura das culturas: quem vai, ensina um 
pouco da sua região local; e quem está lá, apresenta os seus costumes, história e 
tradição. Além disso, os eventos trazem para o país diversos públicos internacionais. 
 Promoção à economia: 
O Turismo de Negócios e Eventos proporciona alta rentabilidade, já que a empresa 
investe em hospedagem, alimentação, cursos e translado. O turista, por sua vez, 
aproveita o seu tempo livre para conhecer os pontos turísticos e investir na economia 
local. Um dos aspectos mais importantes é que essa demanda não reduz 
exacerbadamente em períodos de crise econômica. 
 Arrecadação de impostos: 
Para ser ressarcido pela empresa, o turista normalmente precisa de notas fiscais para 
comprovar a sua estadia, alimentação e translado. Por esse motivo ele acaba 
favorecendo a arrecadação de impostos. 
 
 
 
 
52 
Compreenda os impactos da economia no país 
Quando uma empresa investe em uma feira do segmento ou em um encontro de 
negócios, ela proporciona aos seus funcionários uma viagem (com tudo ou quase tudo 
pago) e traz grandes benefícios para a sua marca, tais como: 
 Analisar a concorrência; 
 Promover o networking; 
 Encontrar parceiros; Conhecer novos fornecedores; 
 Tornar a marca mais conhecida; 
 Apresentar os seus produtos e serviços. 
Essas estratégias de negócio promovem a economia do país, gerando mais eventos, 
mais empregos e mais rotatividade comercial, há o investimento na infraestrutura do 
local, softwares, hospedagem, 
alimentação, visita em pontos turísticos 
e muitos outros aspectos. 
A ideia é agrupar, com base em quatro 
variáveis (número de estabelecimentos, 
empregos, estimativa de fluxo de 
turistas internacionais e estimativa de 
fluxo de turistas nacionais) as cidades 
com características semelhantes para 
atender as suas necessidades. 
 
Entenda os aspectos gerais para a estruturação de um TNE 
Alguns aspectos gerais para realizar um turismo de negócios e eventos: 
 Agenciamento turístico: contratar uma agência de viagens; 
 Acessibilidade: o destino deve oferecer acesso fácil para pessoas com 
deficiência ou mobilidade reduzida; 
 Hospedagem: local para acomodação dos participantes; 
 Alimentação e bebidas: refeições completas para os participantes; 
 Espaço para o evento: local onde será realizada a ação; 
 Informações turísticas: guia informativo atualizado e de qualidade. 
O turismo de negócios e eventos engloba todas as atividades provenientes de 
encontros com interesses profissionais, categorizadas como comerciais, técnico-
científicas, promocionais ou sociais. É por meio do TNE que as empresas combatem a 
sazonalidade, promovendo o giro na economia. 
 
 
 
 
53 
PRINCIPAIS FESTAS POPULARES DO BRASIL 
 
Diversão, cultura e originalidade. As festas populares brasileiras agitam e compõem a 
identidade do país. De Norte a Sul, das celebrações religiosas e folclóricas, passando 
por eventos culturais e chegando às festividades regadas a muita cerveja, há opções 
para todos os tipos de crenças e foliões. 
Conheça a seguir 10 festas populares brasileiras para curtir durante o ano. 
 
A Lavagem do Bonfim abre a série de festas populares brasileiras 
O banho de folhas e a lavagem das escadarias com água de cheiro marcam o festejo. 
Celebrada por católicos e candomblecistas, a Lavagem do Bonfim é uma das maiores 
manifestações populares e religiosas de Salvador, na Bahia, e acontece 
tradicionalmente na segunda quinta-feira de janeiro. A procissão começa na Igreja da 
Conceição da Praia e arrasta uma multidão vestida de branco que caminha por 7 km até 
a Basílica do Senhor do Bonfim. Chegando lá, aproximadamente 200 baianas vestidas a 
caráter lavam as escadarias do templo com água-de-cheiro em homenagem a Oxalá, um 
dos orixás mais importantes do candomblé e da umbanda. Elas são acompanhadas por 
palmas, toques de atabaque e cânticos africanos. 
 
 
 
Em fevereiro (e às vezes em março): o Carnaval. 
Para muitos, o Carnaval é uma paixão e é presença garantida na lista de festas 
populares brasileiras. A celebração atrai turistas do mundo inteiro e oferece muitas 
opções. A festa no país é garantida nesta época do ano e tem opções para todos os 
gostos. Regado a muito luxo e imponência, os desfiles na Marquês de Sapucaí marcam 
 
 
54 
o carnaval no Rio de Janeiro. Em Salvador, os trios elétricos são os destaques, 
enquanto em São Paulo os blocos de rua crescem a cada ano. Para curtir as tradicionais 
marchinhas, a dica é viajar até Ouro Preto, em Minas Gerais. Olinda, em Pernambuco, 
tem um dos carnavais mais famosos do país e por lá a festa é ditada pelo frevo e 
bonecos gigantes. 
 
 
 
A Rainha do Mar, Iemanjá! 
Na Festa de Iemanjá, fiéis e simpatizantes pulam sete ondas, acendem velas e lançam 
ao mar diversas oferendas. Salvador é palco de outro festejo candomblecista. 
Tradicionalmente, no dia 2 de fevereiro, a cidade baiana homenageia, no bairro do Rio 
Vermelho, o orixá feminino Iemanjá, mais conhecida como “Rainha do Mar”. O cortejo, 
que acontece há cerca de 100 anos, começa na madrugada do dia 2 e é acompanhado 
por batuques no atabaque, fogos de artifício e cantos. Considerada a maior 
manifestação pública da religião na Bahia, reúne aproximadamente 200 mil pessoas e 
300 embarcações, que levam as oferendas e balaios. 
 
 
 
 
55 
As populares festas juninas agitam inúmeras cidades brasileiras 
Quadrilhas, quentão, fogueira e bandeirinhas coloridas. As Festas Juninas embalam o 
país durante o mês de junho. Uma das festas brasileiras mais populares ganha maior 
destaque no Nordeste. O São João de Campina Grande, na Paraíba, é considerado o 
maior do mundo e recebe mais de 3 milhões de visitantes em 31 dias de festa. O agreste 
pernambucano também é abrigo de outra grandiosa festa junina, o São João do 
Caruaru. Desde 1994, o evento é realizado no Pátio de Eventos Luiz Gonzaga e, além 
dos atrativos típicos de quermesses, também conta com shows. 
 
 
 
Parada do Orgulho LGBT de São Paulo 
Além de toda a alegria, uma das reivindicações da Parada LGBT em São Paulo é o 
combate à LGBTfobia. Desde 1997, a Parada do Orgulho LGBT leva cor, alegria e 
reivindicações à Avenida Paulista, um dos maiores símbolos de São Paulo. O evento, 
que recebe em média 4 milhões de pessoas, é um dos que mais atraem turistas e 
movimentam a economia da cidade. A parada acontece uma vez por ano, geralmente no 
mês de junho, e conta com trios elétricos que recebem artistas e personalidades 
conhecidas do universo LGBT. 
 
 
 
 
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A Virada Cultural em São Paulo leva música e cultura para a cidade 
Promovida anualmente pela Prefeitura de São Paulo, a Virada Cultural é um dos eventos 
mais esperados pelos paulistas quando chega o mês de maio. Como o próprio nome 
sugere, são 24h de manifestações culturais por toda a cidade, incluindo shows, teatros e 
danças. Com o intuito de ocupar a zona central de São Paulo, incentivar o convívio 
social e a mistura de classes através da cultura, o evento conta com palcos temáticos de 
todos os gêneros musicais, do samba ao rap, por exemplo. Em um balanço feito pela 
Prefeitura da cidade, o evento recebe cerca de 5 milhões de pessoas. 
 
 
 
Parintins: O Amazonas na rota das festas populares brasileiras 
As apresentações do Festival de Parintins duram três dias. Junho é ainda um excelente 
mês para viajar para o Amazonas. Isso porque o estado no Norte do país é sede do 
colorido e eletrizante Festival Folclórico de Parintins. A festa acontece na última semana 
de junho e sua temática gira em torno da disputa histórica entre dois bois: o Caprichoso 
e o Garantido. As apresentações, inspiradas na história e rituais dos nativos e 
acompanhadas por cerca de 400 ritmistas, são realizadas no Bumbódromo, com 
capacidade para 35 mil pessoas. 
 
 
 
 
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Flip: Literatura e arte em sintonia em Paraty 
Festas populares no Brasil podem render boas memórias e histórias. A Festa Literária 
Internacional de Paraty, mais conhecida como Flip, proporciona desde 2003 um 
encontro permeado pela literatura. O evento surgiu a partir do desejo de promover em 
Paraty, cidade a cerca de 250km de São Paulo e do Rio de Janeiro, uma experiência 
artística, ocupando espaços públicos e estimulando o debate de ideias, além de ser um 
ponto de encontro de toda a diversidade. A cidade fica tomada por tendas, mesas-
redondas para conversas, realiza palestras, conta com estandes de lançamentos de 
obras, slams e atividades para crianças e adolescentes. 
 
 
Festa do Peão 
Em agosto, uma da festas populares brasileiras é ditada pelo ritmo sertanejo. A Festa do 
Peão de Barretos é a maior do gênero musical no mundo. Tradicionalmente promovida 
pelo grupo “Os Independentes”, o evento acontece anualmente na cidade de Barretos, a 
cerca de 430km da capital paulista. Entre as atrações da festa estão o rodeio, queima do 
alho e a programação musical. 
 
 
 
 
 
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A Oktoberfest tem cerveja e cultura germânica 
Inspirada no festival original de Munique, na Alemanha, a Oktoberfest se tornou tradição 
no Brasil e movimenta todo o estado de Santa Catarina.