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Questões de Provas Questões de Concursos Página 4 Qconcursos.com

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13/11/2018 Questões de Provas - Questões de Concursos - Página 4 | Qconcursos.com
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=1&examining_board_ids%5B%5D=152&page=4&public… 1/13
www.qconcursos.com
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Nova Odessa - SP 
                            Cotas têm prós e contras
      Levantamento feito pela Folha de São Paulo ao �nal de 2017 mostrou que, em boa parte dos cursos universitários,
alunos que ingressam por meio de cotas se formam com notas próximas dos demais. O estudo usou os resultados de mais
de 250 mil estudantes nas três últimas edições do Enade e constatou que alunos cotistas chegam a ter notas melhores que
os outros, por exemplo, em odontologia.
      É refrescante dispormos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias. É inegável que ações
a�rmativas, como as cotas, são importantes mecanismos de justiça social em um país tão profundamente injusto como o
nosso. E as conclusões do levantamento indicam que tais ferramentas são válidas também no plano acadêmico: não se
con�rmam os prognósticos de que o ingresso de alunos cotistas resultaria em degradação da qualidade dos cursos.
      O perigo é alguém acreditar que cotas resolvem alguma coisa no médio prazo. Nosso sistema educacional está doente, e
cotas são como um antitérmico, que reduz o desconforto do paciente, mas não ataca as causas da febre. O que precisamos
é que a escola pública, democrática e gratuita, ofereça formação de qualidade, para que as cotas se tornem desnecessárias.
Não é uma utopia: acontece em muitos outros países, inclusive mais pobres que o Brasil.
      Ações a�rmativas não podem servir de álibi para continuarmos oferecendo formação inferior aos �lhos das classes mais
desfavorecidas. Até porque propiciar acesso à universidade a alguns desses jovens deixa muita coisa por resolver. O mesmo
levantamento mostra que as notas de cotistas são sim inferiores à média nos cursos de exatas, possivelmente os mais
críticos para o desenvolvimento do país.
      Não é difícil aventar uma explicação. Em matemática, cada etapa prepara a seguinte, não é possível pular. Quem não
aprendeu multiplicação, não vai nunca entender frações. Se a matemática não é ensinada na escola, na faculdade é
simplesmente tarde demais. E aí os benefícios da ação a�rmativa foram desperdiçados.
      Na virada do ano, outra notícia alvissareira: a Unicamp, talvez a mais inovadora de nossas universidades, aprovou a
criação de até 10% de vagas extras em seus cursos para candidatos premiados em competições escolares, como as
Olimpíadas Brasileiras de Matemática e Física. Uma espécie de “cotas por mérito”.
      Como todas as ideias inteligentes e com potencial para fazer diferença, essa também desperta oposição. Inclusive de
setores que advogam as cotas sociais, o que talvez não seja surpreendente, mas é certamente lamentável. Tomara que a
inteligência prevaleça.
                      (Marcelo Viana. Folha de S.Paulo, 21.01.2018. Adaptado)
Alterando-se a frase – É refrescante dispormos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias. –,
ela permanece correta quanto ao emprego dos verbos, conforme a norma-padrão da língua portuguesa, em:
A Se dispuséssemos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias, estaríamos aliviados. 
B Se dispuséssemos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias, estaremos aliviados.
C Se dispomos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias, estaríamos aliviados.
D Se dispusermos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias, estávamos aliviados.
E Se dispormos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias, estaríamos aliviados.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Nova Odessa - SP 
                                Tuíto, logo existo
      Não tenho Twitter nem estou no Facebook. A Constituição me permite isso. Todavia, há no Twitter um falso per�l meu,
assim como de muitas pessoas. Certa vez uma senhora me disse com o olhar cheio de reconhecimento que sempre me lê
no Twitter e que já interagiu muitas vezes comigo, para seu grande proveito intelectual. Tentei explicar que se tratava de um
falso eu, mas ela olhou para mim como se estivesse dizendo que eu não sou eu. Se estava no Twitter, eu existia. Tuíto, logo
existo.
      Não me preocupei em convencê-la porque, a despeito do que a senhora pensasse de mim, essa história não mudaria a
história do mundo – aliás não mudaria sequer a minha própria história pessoal.
61 Q935222 > Português Sintaxe , Concordância verbal, Concordância nominal
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de Nova Odessa - SP - Assistente
Legislativo
62 Q935227 > Português Interpretação de Textos , Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de Nova Odessa - SP - Assistente
Legislativo
13/11/2018 Questões de Provas - Questões de Concursos - Página 4 | Qconcursos.com
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=1&examining_board_ids%5B%5D=152&page=4&public… 2/13
      A irrelevância das opiniões expressas no Twitter é que todos falam, e entre estes todos há quem acredite nas coisas
mais insensatas. Falam de tudo e mais alguma coisa, um contradiz o outro e todos juntos não dão uma ideia do que
pensam as pessoas, mas apenas do que pensam certos pensadores desarvorados.
      O Twitter é igual ao bar da esquina de qualquer cidadezinha ou periferia. Falam o idiota da aldeia, o pequeno
proprietário que se considera perseguido pela receita, o médico do interior amargurado por não ter conseguido o diploma
de uma grande universidade, o passante que já bebeu todas. Mas tudo se consome ali mesmo: os bate-bocas no bar nunca
mudaram a política internacional. No geral, o que a maioria das pessoas pensa é apenas um dado estatístico no momento
em que, depois de re�etir, cada um vota – e vota pelas opiniões emitidas por outro alguém.
      Assim, o éter da internet é atravessado por opiniões irrelevantes, mesmo porque não é possível expressar
magistralmente ideias em menos de cento e quarenta caracteres*.
(Umberto Eco. Pape satàn aleppe: Crônicas de uma sociedade líquida. Editora Record, Rio de Janeiro: 2017. Adaptado)
* antigo limite de caracteres para postagem de mensagens no Twitter 
Com a frase – A Constituição me permite isso. –, o autor enfatiza a ideia
A do direito de não ser incomodado por suas opiniões expressas em redes sociais.
B do direito de não ser interpelado por seguidores do seu falso per�l no Twitter.
C do equívoco de se condicionar a existência de uma pessoa a um per�l em rede social.
D de sua liberdade para, na contramão da maioria, recusar-se a utilizar redes sociais. 
E de sua liberdade de acessar no Twitter apenas opiniões que tragam proveito intelectual.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Nova Odessa - SP 
                                Tuíto, logo existo
      Não tenho Twitter nem estou no Facebook. A Constituição me permite isso. Todavia, há no Twitter um falso per�l meu,
assim como de muitas pessoas. Certa vez uma senhora me disse com o olhar cheio de reconhecimento que sempre me lê
no Twitter e que já interagiu muitas vezes comigo, para seu grande proveito intelectual. Tentei explicar que se tratava de um
falso eu, mas ela olhou para mim como se estivesse dizendo que eu não sou eu. Se estava no Twitter, eu existia. Tuíto, logo
existo.
      Não me preocupei em convencê-la porque, a despeito do que a senhora pensasse de mim, essa história não mudaria a
história do mundo – aliás não mudaria sequer a minha própria história pessoal.
      A irrelevância das opiniões expressas no Twitter é que todos falam, e entre estes todos há quem acredite nas coisasmais insensatas. Falam de tudo e mais alguma coisa, um contradiz o outro e todos juntos não dão uma ideia do que
pensam as pessoas, mas apenas do que pensam certos pensadores desarvorados.
      O Twitter é igual ao bar da esquina de qualquer cidadezinha ou periferia. Falam o idiota da aldeia, o pequeno
proprietário que se considera perseguido pela receita, o médico do interior amargurado por não ter conseguido o diploma
de uma grande universidade, o passante que já bebeu todas. Mas tudo se consome ali mesmo: os bate-bocas no bar nunca
mudaram a política internacional. No geral, o que a maioria das pessoas pensa é apenas um dado estatístico no momento
em que, depois de re�etir, cada um vota – e vota pelas opiniões emitidas por outro alguém.
      Assim, o éter da internet é atravessado por opiniões irrelevantes, mesmo porque não é possível expressar
magistralmente ideias em menos de cento e quarenta caracteres*.
(Umberto Eco. Pape satàn aleppe: Crônicas de uma sociedade líquida. Editora Record, Rio de Janeiro: 2017. Adaptado)
* antigo limite de caracteres para postagem de mensagens no Twitter 
Assinale a alternativa em que a reescrita do trecho – Não me preocupei em convencê-la porque, a despeito do que a
senhora pensasse de mim, essa história não mudaria a história do mundo... – permanece correta quanto ao emprego das
vírgulas, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
A
Já que, essa história não mudaria a história do mundo, a despeito do que a senhora pensasse de mim não me
preocupei em convencê-la...
B
Já que essa história, não mudaria a história do mundo a despeito, do que a senhora pensasse de mim, não me
preocupei em convencê-la... 
C
Já que essa história não mudaria, a história do mundo a despeito do que a senhora pensasse de mim não me
preocupei, em convencê-la... 
D
Já que essa história não mudaria a história do mundo, a despeito do que a senhora, pensasse de mim não me
preocupei em convencê-la...
63 Q935231 > Português Pontuação , Uso da Vírgula
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de Nova Odessa - SP - Assistente
Legislativo
13/11/2018 Questões de Provas - Questões de Concursos - Página 4 | Qconcursos.com
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=1&examining_board_ids%5B%5D=152&page=4&public… 3/13
E
Já que essa história não mudaria a história do mundo, a despeito do que a senhora pensasse de mim, não me
preocupei em convencê-la...
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Nova Odessa - SP 
                            Cotas têm prós e contras
      Levantamento feito pela Folha de São Paulo ao �nal de 2017 mostrou que, em boa parte dos cursos universitários,
alunos que ingressam por meio de cotas se formam com notas próximas dos demais. O estudo usou os resultados de mais
de 250 mil estudantes nas três últimas edições do Enade e constatou que alunos cotistas chegam a ter notas melhores que
os outros, por exemplo, em odontologia.
      É refrescante dispormos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias. É inegável que ações
a�rmativas, como as cotas, são importantes mecanismos de justiça social em um país tão profundamente injusto como o
nosso. E as conclusões do levantamento indicam que tais ferramentas são válidas também no plano acadêmico: não se
con�rmam os prognósticos de que o ingresso de alunos cotistas resultaria em degradação da qualidade dos cursos.
      O perigo é alguém acreditar que cotas resolvem alguma coisa no médio prazo. Nosso sistema educacional está doente, e
cotas são como um antitérmico, que reduz o desconforto do paciente, mas não ataca as causas da febre. O que precisamos
é que a escola pública, democrática e gratuita, ofereça formação de qualidade, para que as cotas se tornem desnecessárias.
Não é uma utopia: acontece em muitos outros países, inclusive mais pobres que o Brasil.
      Ações a�rmativas não podem servir de álibi para continuarmos oferecendo formação inferior aos �lhos das classes mais
desfavorecidas. Até porque propiciar acesso à universidade a alguns desses jovens deixa muita coisa por resolver. O mesmo
levantamento mostra que as notas de cotistas são sim inferiores à média nos cursos de exatas, possivelmente os mais
críticos para o desenvolvimento do país.
      Não é difícil aventar uma explicação. Em matemática, cada etapa prepara a seguinte, não é possível pular. Quem não
aprendeu multiplicação, não vai nunca entender frações. Se a matemática não é ensinada na escola, na faculdade é
simplesmente tarde demais. E aí os benefícios da ação a�rmativa foram desperdiçados.
      Na virada do ano, outra notícia alvissareira: a Unicamp, talvez a mais inovadora de nossas universidades, aprovou a
criação de até 10% de vagas extras em seus cursos para candidatos premiados em competições escolares, como as
Olimpíadas Brasileiras de Matemática e Física. Uma espécie de “cotas por mérito”.
      Como todas as ideias inteligentes e com potencial para fazer diferença, essa também desperta oposição. Inclusive de
setores que advogam as cotas sociais, o que talvez não seja surpreendente, mas é certamente lamentável. Tomara que a
inteligência prevaleça.
                      (Marcelo Viana. Folha de S.Paulo, 21.01.2018. Adaptado)
Considere as frases:
• Ações a�rmativas não podem servir de álibi para continuarmos oferecendo formação inferior...
• Até porque propiciar acesso à universidade a alguns desses jovens...
• Na virada do ano, outra notícia alvissareira...
As palavras destacadas nas frases têm como sinônimos, respectivamente:
A in�uência; conquistar; con�itante.
B justi�cativa; oferecer; promissora.
C motivo; realizar; polêmica.
D iniciativa; permitir; inconsistente.
E propósito; disponibilizar; impactante.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Nova Odessa - SP 
                            Cotas têm prós e contras
      Levantamento feito pela Folha de São Paulo ao �nal de 2017 mostrou que, em boa parte dos cursos universitários,
alunos que ingressam por meio de cotas se formam com notas próximas dos demais. O estudo usou os resultados de mais
de 250 mil estudantes nas três últimas edições do Enade e constatou que alunos cotistas chegam a ter notas melhores que
os outros, por exemplo, em odontologia.
64 Q935216 > Português Interpretação de Textos , Signi�cação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos.
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de Nova Odessa - SP - Assistente
Legislativo
65 Q935218 > Português Interpretação de Textos , Coesão e coerência
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de Nova Odessa - SP - Assistente
Legislativo
13/11/2018 Questões de Provas - Questões de Concursos - Página 4 | Qconcursos.com
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=1&examining_board_ids%5B%5D=152&page=4&public… 4/13
      É refrescante dispormos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias. É inegável que ações
a�rmativas, como as cotas, são importantes mecanismos de justiça social em um país tão profundamente injusto como o
nosso. E as conclusões do levantamento indicam que tais ferramentas são válidas também no plano acadêmico: não se
con�rmam os prognósticos de que o ingresso de alunos cotistas resultaria em degradação da qualidade dos cursos.
      O perigo é alguém acreditar que cotas resolvem alguma coisa no médio prazo. Nosso sistema educacional está doente, e
cotas são como um antitérmico, que reduz o desconforto do paciente, mas não ataca as causas da febre. O que precisamos
é que a escola pública, democrática e gratuita, ofereça formação de qualidade, para que as cotas se tornem desnecessárias.
Não é uma utopia: acontece em muitos outros países, inclusive mais pobres que o Brasil.
      Ações a�rmativas não podem servir de álibi para continuarmos oferecendo formação inferioraos �lhos das classes mais
desfavorecidas. Até porque propiciar acesso à universidade a alguns desses jovens deixa muita coisa por resolver. O mesmo
levantamento mostra que as notas de cotistas são sim inferiores à média nos cursos de exatas, possivelmente os mais
críticos para o desenvolvimento do país.
      Não é difícil aventar uma explicação. Em matemática, cada etapa prepara a seguinte, não é possível pular. Quem não
aprendeu multiplicação, não vai nunca entender frações. Se a matemática não é ensinada na escola, na faculdade é
simplesmente tarde demais. E aí os benefícios da ação a�rmativa foram desperdiçados.
      Na virada do ano, outra notícia alvissareira: a Unicamp, talvez a mais inovadora de nossas universidades, aprovou a
criação de até 10% de vagas extras em seus cursos para candidatos premiados em competições escolares, como as
Olimpíadas Brasileiras de Matemática e Física. Uma espécie de “cotas por mérito”.
      Como todas as ideias inteligentes e com potencial para fazer diferença, essa também desperta oposição. Inclusive de
setores que advogam as cotas sociais, o que talvez não seja surpreendente, mas é certamente lamentável. Tomara que a
inteligência prevaleça.
                      (Marcelo Viana. Folha de S.Paulo, 21.01.2018. Adaptado)
O termo destacado em – E aí os benefícios da ação a�rmativa foram desperdiçados. – pode ser substituído, sem alteração
do sentido da frase e de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, por
A tampouco.
B às vezes.
C então.
D aos poucos.
E provavelmente.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Nova Odessa - SP 
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto a seguir, conforme a norma-padrão da
língua portuguesa.
Frequentemente ______________ , as opiniões manifestadas em redes sociais não raro_____________ inapropriadas. A falta de
critério é uma constante, resultando na disseminação de conteúdos muitas vezes ____________ a determinadas pessoas ou a
certos grupos que, quando muito _____________ para distrair, sem qualquer outra utilidade.
A insipida ... mostra-se ... ofensivos ... serve
B insípidas ... mostram-se ... ofensivos .... servem
C insípidos ... mostra-se ... ofensivos ... servem
D insípidas ... mostram-se ... ofensivo ... serve
E insípida ... mostram-se ... ofensivo ... servem
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Nova Odessa - SP 
                            Cotas têm prós e contras
      Levantamento feito pela Folha de São Paulo ao �nal de 2017 mostrou que, em boa parte dos cursos universitários,
alunos que ingressam por meio de cotas se formam com notas próximas dos demais. O estudo usou os resultados de mais
de 250 mil estudantes nas três últimas edições do Enade e constatou que alunos cotistas chegam a ter notas melhores que
os outros, por exemplo, em odontologia.
66 Q935232
 > Português Fonologia , Acentuação grá�ca: Proparoxítonas, Paroxítonas, Oxítonas e Hiatos , Sintaxe
Concordância verbal, Concordância nominal
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de Nova Odessa - SP - Assistente
Legislativo
67 Q935213 > Português Interpretação de Textos , Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de Nova Odessa - SP - Assistente
Legislativo
13/11/2018 Questões de Provas - Questões de Concursos - Página 4 | Qconcursos.com
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=1&examining_board_ids%5B%5D=152&page=4&public… 5/13
      É refrescante dispormos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias. É inegável que ações
a�rmativas, como as cotas, são importantes mecanismos de justiça social em um país tão profundamente injusto como o
nosso. E as conclusões do levantamento indicam que tais ferramentas são válidas também no plano acadêmico: não se
con�rmam os prognósticos de que o ingresso de alunos cotistas resultaria em degradação da qualidade dos cursos.
      O perigo é alguém acreditar que cotas resolvem alguma coisa no médio prazo. Nosso sistema educacional está doente, e
cotas são como um antitérmico, que reduz o desconforto do paciente, mas não ataca as causas da febre. O que precisamos
é que a escola pública, democrática e gratuita, ofereça formação de qualidade, para que as cotas se tornem desnecessárias.
Não é uma utopia: acontece em muitos outros países, inclusive mais pobres que o Brasil.
      Ações a�rmativas não podem servir de álibi para continuarmos oferecendo formação inferior aos �lhos das classes mais
desfavorecidas. Até porque propiciar acesso à universidade a alguns desses jovens deixa muita coisa por resolver. O mesmo
levantamento mostra que as notas de cotistas são sim inferiores à média nos cursos de exatas, possivelmente os mais
críticos para o desenvolvimento do país.
      Não é difícil aventar uma explicação. Em matemática, cada etapa prepara a seguinte, não é possível pular. Quem não
aprendeu multiplicação, não vai nunca entender frações. Se a matemática não é ensinada na escola, na faculdade é
simplesmente tarde demais. E aí os benefícios da ação a�rmativa foram desperdiçados.
      Na virada do ano, outra notícia alvissareira: a Unicamp, talvez a mais inovadora de nossas universidades, aprovou a
criação de até 10% de vagas extras em seus cursos para candidatos premiados em competições escolares, como as
Olimpíadas Brasileiras de Matemática e Física. Uma espécie de “cotas por mérito”.
      Como todas as ideias inteligentes e com potencial para fazer diferença, essa também desperta oposição. Inclusive de
setores que advogam as cotas sociais, o que talvez não seja surpreendente, mas é certamente lamentável. Tomara que a
inteligência prevaleça.
                      (Marcelo Viana. Folha de S.Paulo, 21.01.2018. Adaptado)
Conforme os dois primeiros parágrafos do texto,
A
os alunos bene�ciados por instrumentos como cotas, geralmente em desvantagem, levam muito tempo para ter
rendimento próximo ao dos demais.
B
a con�rmação do bom aproveitamento dos alunos cotistas requer uma análise mais objetiva dos dados disponíveis,
isenta de ideologias.
C
a relevância das cotas está estreitamente relacionada ao plano ideológico, já que, na prática, os bene�ciários
apresentam fraco desempenho.
D
ações a�rmativas como o oferecimento de cotas para acesso ao ensino superior acabam adquirindo grande relevância
na correção de injustiças sociais.
E
os efeitos da abertura das universidades aos cotistas precisam ser melhor investigados, ante fortes indícios de queda
na qualidade dos cursos.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Nova Odessa - SP 
                            Cotas têm prós e contras
      Levantamento feito pela Folha de São Paulo ao �nal de 2017 mostrou que, em boa parte dos cursos universitários,
alunos que ingressam por meio de cotas se formam com notas próximas dos demais. O estudo usou os resultados de mais
de 250 mil estudantes nas três últimas edições do Enade e constatou que alunos cotistas chegam a ter notas melhores que
os outros, por exemplo, em odontologia.
      É refrescante dispormos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias. É inegável que ações
a�rmativas, como as cotas, são importantes mecanismos de justiça social em um país tão profundamente injusto como o
nosso. E as conclusões do levantamento indicam que tais ferramentas são válidas também no plano acadêmico: não se
con�rmam os prognósticos de que o ingresso de alunos cotistas resultaria em degradação da qualidade dos cursos.
      O perigo é alguém acreditar que cotas resolvem alguma coisa no médio prazo. Nosso sistema educacional está doente, e
cotas são como um antitérmico, que reduz o desconforto do paciente, mas não ataca as causas da febre. O que precisamos
é que a escola pública, democrática e gratuita, ofereça formação de qualidade,para que as cotas se tornem desnecessárias.
Não é uma utopia: acontece em muitos outros países, inclusive mais pobres que o Brasil.
      Ações a�rmativas não podem servir de álibi para continuarmos oferecendo formação inferior aos �lhos das classes mais
desfavorecidas. Até porque propiciar acesso à universidade a alguns desses jovens deixa muita coisa por resolver. O mesmo
levantamento mostra que as notas de cotistas são sim inferiores à média nos cursos de exatas, possivelmente os mais
críticos para o desenvolvimento do país.
      Não é difícil aventar uma explicação. Em matemática, cada etapa prepara a seguinte, não é possível pular. Quem não
aprendeu multiplicação, não vai nunca entender frações. Se a matemática não é ensinada na escola, na faculdade é
simplesmente tarde demais. E aí os benefícios da ação a�rmativa foram desperdiçados.
68 Q935219 > Português Interpretação de Textos , Signi�cação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos.
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de Nova Odessa - SP - Assistente
Legislativo
13/11/2018 Questões de Provas - Questões de Concursos - Página 4 | Qconcursos.com
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=1&examining_board_ids%5B%5D=152&page=4&public… 6/13
      Na virada do ano, outra notícia alvissareira: a Unicamp, talvez a mais inovadora de nossas universidades, aprovou a
criação de até 10% de vagas extras em seus cursos para candidatos premiados em competições escolares, como as
Olimpíadas Brasileiras de Matemática e Física. Uma espécie de “cotas por mérito”.
      Como todas as ideias inteligentes e com potencial para fazer diferença, essa também desperta oposição. Inclusive de
setores que advogam as cotas sociais, o que talvez não seja surpreendente, mas é certamente lamentável. Tomara que a
inteligência prevaleça.
                      (Marcelo Viana. Folha de S.Paulo, 21.01.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa que apresenta passagem do texto caracterizada pelo emprego de palavras em sentido �gurado.
A O estudo usou os resultados de mais de 250 mil estudantes nas três últimas edições do Enade... 
B ... cotas são como um antitérmico, que reduz o desconforto do paciente, mas não ataca as causas da febre.
C ... alunos cotistas chegam a ter notas melhores que os outros, por exemplo, em odontologia.
D Não é uma utopia: acontece em muitos outros países, inclusive mais pobres que o Brasil.
E O mesmo levantamento mostra que as notas de cotistas são sim inferiores à média nos cursos de exatas...
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Nova Odessa - SP 
                            Cotas têm prós e contras
      Levantamento feito pela Folha de São Paulo ao �nal de 2017 mostrou que, em boa parte dos cursos universitários,
alunos que ingressam por meio de cotas se formam com notas próximas dos demais. O estudo usou os resultados de mais
de 250 mil estudantes nas três últimas edições do Enade e constatou que alunos cotistas chegam a ter notas melhores que
os outros, por exemplo, em odontologia.
      É refrescante dispormos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias. É inegável que ações
a�rmativas, como as cotas, são importantes mecanismos de justiça social em um país tão profundamente injusto como o
nosso. E as conclusões do levantamento indicam que tais ferramentas são válidas também no plano acadêmico: não se
con�rmam os prognósticos de que o ingresso de alunos cotistas resultaria em degradação da qualidade dos cursos.
      O perigo é alguém acreditar que cotas resolvem alguma coisa no médio prazo. Nosso sistema educacional está doente, e
cotas são como um antitérmico, que reduz o desconforto do paciente, mas não ataca as causas da febre. O que precisamos
é que a escola pública, democrática e gratuita, ofereça formação de qualidade, para que as cotas se tornem desnecessárias.
Não é uma utopia: acontece em muitos outros países, inclusive mais pobres que o Brasil.
      Ações a�rmativas não podem servir de álibi para continuarmos oferecendo formação inferior aos �lhos das classes mais
desfavorecidas. Até porque propiciar acesso à universidade a alguns desses jovens deixa muita coisa por resolver. O mesmo
levantamento mostra que as notas de cotistas são sim inferiores à média nos cursos de exatas, possivelmente os mais
críticos para o desenvolvimento do país.
      Não é difícil aventar uma explicação. Em matemática, cada etapa prepara a seguinte, não é possível pular. Quem não
aprendeu multiplicação, não vai nunca entender frações. Se a matemática não é ensinada na escola, na faculdade é
simplesmente tarde demais. E aí os benefícios da ação a�rmativa foram desperdiçados.
      Na virada do ano, outra notícia alvissareira: a Unicamp, talvez a mais inovadora de nossas universidades, aprovou a
criação de até 10% de vagas extras em seus cursos para candidatos premiados em competições escolares, como as
Olimpíadas Brasileiras de Matemática e Física. Uma espécie de “cotas por mérito”.
      Como todas as ideias inteligentes e com potencial para fazer diferença, essa também desperta oposição. Inclusive de
setores que advogam as cotas sociais, o que talvez não seja surpreendente, mas é certamente lamentável. Tomara que a
inteligência prevaleça.
                      (Marcelo Viana. Folha de S.Paulo, 21.01.2018. Adaptado)
Considere as frases:
• Nosso sistema educacional está doente, e cotas são como um antitérmico...
• ... candidatos premiados em competições escolares, como as Olimpíadas Brasileiras de Matemática e Física.
Os termos em destaque no trecho expressam ideia de, respectivamente,
A proporção e comparação.
B modo e intensidade.
C comparação e modo.
69 Q935223 > Português Sintaxe , Análise sintática
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de Nova Odessa - SP - Assistente
Legislativo
13/11/2018 Questões de Provas - Questões de Concursos - Página 4 | Qconcursos.com
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D intensidade e conformidade.
E comparação e comparação.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Nova Odessa - SP 
                            Cotas têm prós e contras
      Levantamento feito pela Folha de São Paulo ao �nal de 2017 mostrou que, em boa parte dos cursos universitários,
alunos que ingressam por meio de cotas se formam com notas próximas dos demais. O estudo usou os resultados de mais
de 250 mil estudantes nas três últimas edições do Enade e constatou que alunos cotistas chegam a ter notas melhores que
os outros, por exemplo, em odontologia.
      É refrescante dispormos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias. É inegável que ações
a�rmativas, como as cotas, são importantes mecanismos de justiça social em um país tão profundamente injusto como o
nosso. E as conclusões do levantamento indicam que tais ferramentas são válidas também no plano acadêmico: não se
con�rmam os prognósticos de que o ingresso de alunos cotistas resultaria em degradação da qualidade dos cursos.
      O perigo é alguém acreditar que cotas resolvem alguma coisa no médio prazo. Nosso sistema educacional está doente, e
cotas são como um antitérmico, que reduz o desconforto do paciente, mas não ataca as causas da febre. O que precisamos
é que a escola pública, democrática e gratuita, ofereça formação de qualidade, para que as cotas se tornem desnecessárias.
Não é uma utopia: acontece em muitos outros países, inclusive mais pobres que o Brasil.
      Ações a�rmativas não podem servir de álibi para continuarmos oferecendo formação inferior aos �lhos das classes mais
desfavorecidas. Até porque propiciar acesso à universidade a alguns desses jovens deixa muita coisa por resolver. O mesmo
levantamento mostra que as notas de cotistas são sim inferiores à média nos cursosde exatas, possivelmente os mais
críticos para o desenvolvimento do país.
      Não é difícil aventar uma explicação. Em matemática, cada etapa prepara a seguinte, não é possível pular. Quem não
aprendeu multiplicação, não vai nunca entender frações. Se a matemática não é ensinada na escola, na faculdade é
simplesmente tarde demais. E aí os benefícios da ação a�rmativa foram desperdiçados.
      Na virada do ano, outra notícia alvissareira: a Unicamp, talvez a mais inovadora de nossas universidades, aprovou a
criação de até 10% de vagas extras em seus cursos para candidatos premiados em competições escolares, como as
Olimpíadas Brasileiras de Matemática e Física. Uma espécie de “cotas por mérito”.
      Como todas as ideias inteligentes e com potencial para fazer diferença, essa também desperta oposição. Inclusive de
setores que advogam as cotas sociais, o que talvez não seja surpreendente, mas é certamente lamentável. Tomara que a
inteligência prevaleça.
                      (Marcelo Viana. Folha de S.Paulo, 21.01.2018. Adaptado)
Considere o trecho:
• Como todas as ideias inteligentes e com potencial para fazer diferença, essa também desperta oposição. Inclusive de
setores que advogam as cotas sociais...
Os termos em destaque no trecho têm como antônimos, respectivamente,
A incerteza e exigem.
B aceitação e combatem.
C indicação e contestam.
D indiferença e repelem.
E confrontação e desprezam.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP 
70 Q935224 > Português Interpretação de Textos , Signi�cação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos.
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de Nova Odessa - SP - Assistente
Legislativo
71 Q894858 > Português Interpretação de Textos
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara Municipal de São
José dos Campos - SP - Técnico Legislativo
13/11/2018 Questões de Provas - Questões de Concursos - Página 4 | Qconcursos.com
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Na tira, a crítica à televisão e ao celular reside na capacidade de ambos
A evidenciarem a so�sticação das modernas tecnologias.
B provocarem alheamento da realidade.
C levarem os usuários a buscar outras fontes de informação.
D evitarem desentendimento familiar.
E impedirem o uso de tecnologias modernas.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP 
      Nas minhas pesquisas, tenho constatado que muitas mulheres brasileiras reproduzem e fortalecem, consciente ou
inconscientemente, a lógica da dominação masculina. É verdade que o discurso hegemônico atual é o de libertação dos
papéis que aprisionam a maioria das mulheres. No entanto, os comportamentos femininos não são tão livres assim; muitos
valores mais tradicionais permanecem internalizados. Existe uma enorme distância entre o discurso libertário das
brasileiras e seu comportamento e valores conservadores.
      Não pretendo alimentar a ideia de que as mulheres são as piores inimigas das mulheres, mas provocar uma re�exão
sobre os mecanismos que fazem com que a lógica da dominação masculina seja reproduzida também pelas mulheres.
Nessa lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre superiores: mais velhos, mais altos, mais
fortes, mais poderosos, mais ricos, mais escolarizados. Essa lógica constitui as mulheres como objetos, e tem como efeito
colocá-las em um permanente estado de insegurança e dependência. Delas se espera que sejam submissas, contidas,
discretas, apagadas, inferiores, invisíveis.
Em O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir escreveu que não de�niria as mulheres em termos de felicidade, e sim de
liberdade. Ela acreditava que, para muitas, seria mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se
libertar. A �lósofa francesa a�rmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas mulheres preferem a prisão à sua
possível libertação. No entanto, ela acreditava que só existiria uma saída para as mulheres: recusar os limites que lhes são
impostos e procurar abrir para si e para todas as outras o caminho da libertação.
            (Miriam Goldenberg, O inferno são as outras. Veja, 07.03.2018)
As pesquisas da autora levaram-na a constatar que,
A
embora defendam a tese da liberdade feminina, muitas brasileiras têm comportamentos que reforçam a lógica da
dominação masculina.
B
do ponto de vista patriarcal, as mulheres são superiores aos homens quando preferem a segurança doméstica ao
mundo do trabalho.
C
mantendo a coerência com o discurso que prega a superação dos limites femininos, há uma clara tendência a
posturas conservadoras.
D
reforçando a tese da hegemonia masculina, as mulheres brasileiras se mostram cada vez mais propensas a conseguir
sua autonomia.
E com a internalização de valores tradicionais, é ampliada a liberdade feminina de comportamentos.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP 
      Nas minhas pesquisas, tenho constatado que muitas mulheres brasileiras reproduzem e fortalecem, consciente ou
inconscientemente, a lógica da dominação masculina. É verdade que o discurso hegemônico atual é o de libertação dos
papéis que aprisionam a maioria das mulheres. No entanto, os comportamentos femininos não são tão livres assim; muitos
valores mais tradicionais permanecem internalizados. Existe uma enorme distância entre o discurso libertário das
brasileiras e seu comportamento e valores conservadores.
72 Q894861 > Português Interpretação de Textos
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara Municipal de São
José dos Campos - SP - Técnico Legislativo
73 Q894865 > Português Interpretação de Textos , Redação - Reescritura de texto , Crase Sintaxe , Regência
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara Municipal de São
José dos Campos - SP - Técnico Legislativo
13/11/2018 Questões de Provas - Questões de Concursos - Página 4 | Qconcursos.com
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      Não pretendo alimentar a ideia de que as mulheres são as piores inimigas das mulheres, mas provocar uma re�exão
sobre os mecanismos que fazem com que a lógica da dominação masculina seja reproduzida também pelas mulheres.
Nessa lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre superiores: mais velhos, mais altos, mais
fortes, mais poderosos, mais ricos, mais escolarizados. Essa lógica constitui as mulheres como objetos, e tem como efeito
colocá-las em um permanente estado de insegurança e dependência. Delas se espera que sejam submissas, contidas,
discretas, apagadas, inferiores, invisíveis.
Em O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir escreveu que não de�niria as mulheres em termos de felicidade, e sim de
liberdade. Ela acreditava que, para muitas, seria mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se
libertar. A �lósofa francesa a�rmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas mulheres preferem a prisão à sua
possível libertação. No entanto, ela acreditava que só existiria uma saída para as mulheres: recusar os limites que lhes são
impostos e procurar abrir para si e para todas as outras o caminho da libertação.
            (Miriam Goldenberg, O inferno são as outras. Veja, 07.03.2018)
Assinale a alternativa em que a passagem – Ela acreditava que, para muitas, seria mais confortável suportar uma escravidão
cega do que trabalhar para se libertar. – está reescrita de acordo com a norma-padrão de regência e de emprego do sinal
de crase.
A
Ela descon�ava de que, para muitas, suportar uma escravidão cega valeria mais à pena do que optar por trabalho que
às levasse a libertação.
B
Ela descon�ava em que, para muitas, suportar uma escravidãocega valeria mais à pena do que optar por trabalho
que as levasse a libertação.
C
Ela con�ava de que, para muitas, suportar uma escravidão cega valeria mais a pena do que optar por trabalho que às
levasse à libertação.
D
Ela con�ava em que, para muitas, suportar uma escravidão cega valeria mais a pena do que optar por trabalho que as
levasse à libertação. 
E
Ela con�ava em que, para muitas, suportar uma escravidão cega valeria mais à pena do que optar por trabalho que as
levasse a libertação.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP 
      Nas minhas pesquisas, tenho constatado que muitas mulheres brasileiras reproduzem e fortalecem, consciente ou
inconscientemente, a lógica da dominação masculina. É verdade que o discurso hegemônico atual é o de libertação dos
papéis que aprisionam a maioria das mulheres. No entanto, os comportamentos femininos não são tão livres assim; muitos
valores mais tradicionais permanecem internalizados. Existe uma enorme distância entre o discurso libertário das
brasileiras e seu comportamento e valores conservadores.
      Não pretendo alimentar a ideia de que as mulheres são as piores inimigas das mulheres, mas provocar uma re�exão
sobre os mecanismos que fazem com que a lógica da dominação masculina seja reproduzida também pelas mulheres.
Nessa lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre superiores: mais velhos, mais altos, mais
fortes, mais poderosos, mais ricos, mais escolarizados. Essa lógica constitui as mulheres como objetos, e tem como efeito
colocá-las em um permanente estado de insegurança e dependência. Delas se espera que sejam submissas, contidas,
discretas, apagadas, inferiores, invisíveis.
Em O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir escreveu que não de�niria as mulheres em termos de felicidade, e sim de
liberdade. Ela acreditava que, para muitas, seria mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se
libertar. A �lósofa francesa a�rmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas mulheres preferem a prisão à sua
possível libertação. No entanto, ela acreditava que só existiria uma saída para as mulheres: recusar os limites que lhes são
impostos e procurar abrir para si e para todas as outras o caminho da libertação.
            (Miriam Goldenberg, O inferno são as outras. Veja, 07.03.2018)
Assinale a alternativa em que a expressão entre colchetes substitui o trecho destacado obedecendo à norma-padrão de
emprego e colocação do pronome.
A Essa lógica constitui as mulheres como objetos ... [constitui elas]
B .. Simone de Beauvoir escreveu que não de�niria as mulheres em termos de felicidade ... [de�niria-as]
C ... seria mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar ... [suportar-lhe]
D ... muitas mulheres brasileiras fortalecem a lógica da dominação masculina. [fortalecem-a] 
E ... muitas mulheres preferem a prisão à sua possível libertação. [preferem-na]
74 Q894866 > Português Morfologia - Pronomes , Colocação Pronominal
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara Municipal de São
José dos Campos - SP - Técnico Legislativo
75 Q894853 > Português Interpretação de Textos
13/11/2018 Questões de Provas - Questões de Concursos - Página 4 | Qconcursos.com
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Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP 
      Teria eu meus seis, meus sete anos. Perto da gente, morava o “casal feliz”. Ponho as aspas porque o fato merece. Vamos
que eu pergunte, ao leitor, de supetão: – “Você conhece muitos ‘casais felizes’?” Aí está uma pergunta trágica. Muitos
a�rmam: – “A coabitação impede a felicidade” etc. etc. Não serei tão radical. Nem podemos exigir que marido e mulher
morem um no Leblon e outro para lá da praça Saenz Peña. Seja como for, uma coisa parece certa: – o “casal feliz” constitui
uma raridade.
      Normalmente, marido e mulher têm uma relação de arestas e não de a�nidades. Tantas vezes a vida conjugal é tecida
de equívocos, de irritações, ressentimentos, dúvidas, berros etc. etc. Mas o “casal feliz” de Aldeia Campista conseguira,
graças a Deus, eliminar todas as incompatibilidades. Era a mais doce convivência da rua, do bairro, talvez da cidade.
Quando passavam, de braços, pela calçada, havia o sussurro espavorido: – “Olha o casal feliz!”. Da minha janela, eu os via
como dois monstros.
      Estavam casados há quinze anos e não havia, na história desse amor, a lembrança de um grito, de uma impaciência, de
uma indelicadeza. Até que chegou um dia de Carnaval e, justamente, a terça-feira gorda. O marido saiu para visitar uma tia
doente, não sei onde. A mulher veio trazê-lo até o portão. Beijaram-se como se ele estivesse partindo para a guerra. E, no
penúltimo beijo, diz a santa senhora: – “Meu �lho, vem cedo, que eu quero ver os blocos”. Ele fez que sim. E ainda se
beijaram diante da vizinhança invejosa e frustrada. Depois, ela esperou que ele dobrasse a esquina. E as horas foram
passando. A partir das seis da tarde �cou a esposa no portão. Sete, oito, nove da noite. Os relógios não paravam. Dez da
noite, onze. E, por �m, o marido chegou. Onze.
      O “casal feliz” foi parar no distrito.
      Pois bem, contei o episódio para mostrar como o “irrelevante” in�ui nas leis do amor e do ódio. Por causa de uma
mísera terça-feira gorda, ruía por terra toda uma pirâmide de a�nidades laboriosamente acumuladas. No dia seguinte,
separaram-se para sempre.
           (Nelson Rodrigues, O reacionário – memórias e con�ssões. Adaptado)
Assinale a alternativa que apresenta a passagem do texto na qual o narrador reitera sua declaração – Não serei tão radical.
– e se expressa evitando ser categórico acerca do assunto de que trata.
A Seja como for, uma coisa parece certa: – o “casal feliz” constitui uma raridade.
B Aí está uma pergunta trágica.
C Da minha janela, eu os via como dois monstros.
D E ainda se beijaram diante da vizinhança invejosa e frustrada.
E Até que chegou um dia de Carnaval e, justamente, a terça-feira gorda.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP 
      Teria eu meus seis, meus sete anos. Perto da gente, morava o “casal feliz”. Ponho as aspas porque o fato merece. Vamos
que eu pergunte, ao leitor, de supetão: – “Você conhece muitos ‘casais felizes’?” Aí está uma pergunta trágica. Muitos
a�rmam: – “A coabitação impede a felicidade” etc. etc. Não serei tão radical. Nem podemos exigir que marido e mulher
morem um no Leblon e outro para lá da praça Saenz Peña. Seja como for, uma coisa parece certa: – o “casal feliz” constitui
uma raridade.
      Normalmente, marido e mulher têm uma relação de arestas e não de a�nidades. Tantas vezes a vida conjugal é tecida
de equívocos, de irritações, ressentimentos, dúvidas, berros etc. etc. Mas o “casal feliz” de Aldeia Campista conseguira,
graças a Deus, eliminar todas as incompatibilidades. Era a mais doce convivência da rua, do bairro, talvez da cidade.
Quando passavam, de braços, pela calçada, havia o sussurro espavorido: – “Olha o casal feliz!”. Da minha janela, eu os via
como dois monstros.
      Estavam casados há quinze anos e não havia, na história desse amor, a lembrança de um grito, de uma impaciência, de
uma indelicadeza. Até que chegou um dia de Carnaval e, justamente, a terça-feira gorda. O marido saiu para visitar uma tia
doente, não sei onde. A mulher veio trazê-lo até o portão. Beijaram-se como se ele estivesse partindo para a guerra. E, no
penúltimo beijo, diz a santa senhora: – “Meu �lho, vem cedo, que eu quero ver os blocos”. Ele fez que sim. E ainda se
beijaram diante da vizinhança invejosa e frustrada. Depois, ela esperou que ele dobrasse a esquina. E as horas foram
passando. A partir das seis da tarde �cou a esposa no portão. Sete, oito, noveda noite. Os relógios não paravam. Dez da
noite, onze. E, por �m, o marido chegou. Onze.
      O “casal feliz” foi parar no distrito.
      Pois bem, contei o episódio para mostrar como o “irrelevante” in�ui nas leis do amor e do ódio. Por causa de uma
mísera terça-feira gorda, ruía por terra toda uma pirâmide de a�nidades laboriosamente acumuladas. No dia seguinte,
separaram-se para sempre.
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara Municipal de São
José dos Campos - SP - Técnico Legislativo
76 Q894855 > Português Morfologia , Conjunções: Relação de causa e consequência
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara Municipal de São
José dos Campos - SP - Técnico Legislativo
13/11/2018 Questões de Provas - Questões de Concursos - Página 4 | Qconcursos.com
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           (Nelson Rodrigues, O reacionário – memórias e con�ssões. Adaptado)
Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado na passagem – “Meu �lho, vem cedo, que eu quero ver os blocos.”
– empregando conjução que expressa o sentido do original.
A Meu �lho, vem cedo, portanto eu quero ver os blocos.
B Meu �lho, vem cedo, mas eu quero ver os blocos.
C Meu �lho, vem cedo, pois eu quero ver os blocos.
D Meu �lho, vem cedo, apesar de eu querer ver os blocos.
E Meu �lho, vem cedo, quando eu quero ver os blocos.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP 
      Nas minhas pesquisas, tenho constatado que muitas mulheres brasileiras reproduzem e fortalecem, consciente ou
inconscientemente, a lógica da dominação masculina. É verdade que o discurso hegemônico atual é o de libertação dos
papéis que aprisionam a maioria das mulheres. No entanto, os comportamentos femininos não são tão livres assim; muitos
valores mais tradicionais permanecem internalizados. Existe uma enorme distância entre o discurso libertário das
brasileiras e seu comportamento e valores conservadores.
      Não pretendo alimentar a ideia de que as mulheres são as piores inimigas das mulheres, mas provocar uma re�exão
sobre os mecanismos que fazem com que a lógica da dominação masculina seja reproduzida também pelas mulheres.
Nessa lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre superiores: mais velhos, mais altos, mais
fortes, mais poderosos, mais ricos, mais escolarizados. Essa lógica constitui as mulheres como objetos, e tem como efeito
colocá-las em um permanente estado de insegurança e dependência. Delas se espera que sejam submissas, contidas,
discretas, apagadas, inferiores, invisíveis.
Em O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir escreveu que não de�niria as mulheres em termos de felicidade, e sim de
liberdade. Ela acreditava que, para muitas, seria mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se
libertar. A �lósofa francesa a�rmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas mulheres preferem a prisão à sua
possível libertação. No entanto, ela acreditava que só existiria uma saída para as mulheres: recusar os limites que lhes são
impostos e procurar abrir para si e para todas as outras o caminho da libertação.
            (Miriam Goldenberg, O inferno são as outras. Veja, 07.03.2018)
Assinale a alternativa em que a expressão destacada está empregada para introduzir uma ideia que se contra-põe à ideia
anteriormente expressa.
A
... tenho constatado que muitas mulheres brasileiras reproduzem e fortalecem, consciente ou inconscientemente, a
lógica da dominação masculina. 
B
... o discurso hegemônico atual é o de libertação dos papéis que aprisionam a maioria das mulheres. No entanto, os
comportamentos femininos não são tão livres assim...
C Nessa lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre superiores... 
D ... seria mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se libertar.
E ... a�rmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas mulheres preferem a prisão...
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP 
      Teria eu meus seis, meus sete anos. Perto da gente, morava o “casal feliz”. Ponho as aspas porque o fato merece. Vamos
que eu pergunte, ao leitor, de supetão: – “Você conhece muitos ‘casais felizes’?” Aí está uma pergunta trágica. Muitos
a�rmam: – “A coabitação impede a felicidade” etc. etc. Não serei tão radical. Nem podemos exigir que marido e mulher
morem um no Leblon e outro para lá da praça Saenz Peña. Seja como for, uma coisa parece certa: – o “casal feliz” constitui
uma raridade.
      Normalmente, marido e mulher têm uma relação de arestas e não de a�nidades. Tantas vezes a vida conjugal é tecida
de equívocos, de irritações, ressentimentos, dúvidas, berros etc. etc. Mas o “casal feliz” de Aldeia Campista conseguira,
graças a Deus, eliminar todas as incompatibilidades. Era a mais doce convivência da rua, do bairro, talvez da cidade.
Quando passavam, de braços, pela calçada, havia o sussurro espavorido: – “Olha o casal feliz!”. Da minha janela, eu os via
como dois monstros.
77 Q894864 > Português Sintaxe , Análise sintática
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara Municipal de São
José dos Campos - SP - Técnico Legislativo
78 Q894856 > Português Sintaxe , Concordância verbal, Concordância nominal
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara Municipal de São
José dos Campos - SP - Técnico Legislativo
13/11/2018 Questões de Provas - Questões de Concursos - Página 4 | Qconcursos.com
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=1&examining_board_ids%5B%5D=152&page=4&publi… 12/13
      Estavam casados há quinze anos e não havia, na história desse amor, a lembrança de um grito, de uma impaciência, de
uma indelicadeza. Até que chegou um dia de Carnaval e, justamente, a terça-feira gorda. O marido saiu para visitar uma tia
doente, não sei onde. A mulher veio trazê-lo até o portão. Beijaram-se como se ele estivesse partindo para a guerra. E, no
penúltimo beijo, diz a santa senhora: – “Meu �lho, vem cedo, que eu quero ver os blocos”. Ele fez que sim. E ainda se
beijaram diante da vizinhança invejosa e frustrada. Depois, ela esperou que ele dobrasse a esquina. E as horas foram
passando. A partir das seis da tarde �cou a esposa no portão. Sete, oito, nove da noite. Os relógios não paravam. Dez da
noite, onze. E, por �m, o marido chegou. Onze.
      O “casal feliz” foi parar no distrito.
      Pois bem, contei o episódio para mostrar como o “irrelevante” in�ui nas leis do amor e do ódio. Por causa de uma
mísera terça-feira gorda, ruía por terra toda uma pirâmide de a�nidades laboriosamente acumuladas. No dia seguinte,
separaram-se para sempre.
           (Nelson Rodrigues, O reacionário – memórias e con�ssões. Adaptado)
A alternativa que está redigida de acordo com a norma-padrão de concordância é:
A Estavam casados fazia quinze anos e não existiam entre eles quaisquer desavenças.
B Já era onze horas quando o marido chegou e encontrou a esposa meia descontrolada.
C Existe realmente coisas irrelevantes que in�uem na relação do casal e a prejudica.
D Dado a história de harmonia do casal, não se esperava desavenças por causa do atraso do marido.
E Diz-se que já não se faz mais casais como os de antigamente, leal e dedicado. 
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP 
      Teria eu meus seis, meus sete anos. Perto da gente, morava o “casal feliz”. Ponho as aspas porque o fato merece. Vamos
que eu pergunte, ao leitor, de supetão: – “Você conhece muitos ‘casais felizes’?” Aí está uma pergunta trágica. Muitos
a�rmam: – “A coabitação impede a felicidade” etc. etc. Não serei tão radical. Nem podemos exigir que marido e mulher
morem um no Leblon e outro para lá da praça Saenz Peña. Seja como for, uma coisa parece certa: – o “casalfeliz” constitui
uma raridade.
      Normalmente, marido e mulher têm uma relação de arestas e não de a�nidades. Tantas vezes a vida conjugal é tecida
de equívocos, de irritações, ressentimentos, dúvidas, berros etc. etc. Mas o “casal feliz” de Aldeia Campista conseguira,
graças a Deus, eliminar todas as incompatibilidades. Era a mais doce convivência da rua, do bairro, talvez da cidade.
Quando passavam, de braços, pela calçada, havia o sussurro espavorido: – “Olha o casal feliz!”. Da minha janela, eu os via
como dois monstros.
      Estavam casados há quinze anos e não havia, na história desse amor, a lembrança de um grito, de uma impaciência, de
uma indelicadeza. Até que chegou um dia de Carnaval e, justamente, a terça-feira gorda. O marido saiu para visitar uma tia
doente, não sei onde. A mulher veio trazê-lo até o portão. Beijaram-se como se ele estivesse partindo para a guerra. E, no
penúltimo beijo, diz a santa senhora: – “Meu �lho, vem cedo, que eu quero ver os blocos”. Ele fez que sim. E ainda se
beijaram diante da vizinhança invejosa e frustrada. Depois, ela esperou que ele dobrasse a esquina. E as horas foram
passando. A partir das seis da tarde �cou a esposa no portão. Sete, oito, nove da noite. Os relógios não paravam. Dez da
noite, onze. E, por �m, o marido chegou. Onze.
      O “casal feliz” foi parar no distrito.
      Pois bem, contei o episódio para mostrar como o “irrelevante” in�ui nas leis do amor e do ódio. Por causa de uma
mísera terça-feira gorda, ruía por terra toda uma pirâmide de a�nidades laboriosamente acumuladas. No dia seguinte,
separaram-se para sempre.
           (Nelson Rodrigues, O reacionário – memórias e con�ssões. Adaptado)
A frase do narrador em que ele emprega linguagem �gurada para se referir aos relacionamentos é: 
A O “casal feliz” foi parar no distrito.
B Beijaram-se como se ele estivesse partindo para a guerra.
C No dia seguinte, separaram-se para sempre.
D Tantas vezes a vida conjugal é tecida de equívocos, de irritações...
E E ainda se beijaram diante da vizinhança invejosa...
79 Q894857 > Português Interpretação de Textos
Prova: VUNESP - 2018 - Câmara Municipal de São
José dos Campos - SP - Técnico Legislativo
80 Q894859 > Português Funções morfossintáticas da palavra COMO
13/11/2018 Questões de Provas - Questões de Concursos - Página 4 | Qconcursos.com
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Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP 
               
A frase em que a palavra “como” está empregada com o mesmo sentido que tem na fala do primeiro quadrinho é: 
A Como eu previa, ele passou a ver televisão todas as noites. 
B Tudo na casa continua como ela deixou ao viajar. 
C Não se sabe como o celular dele foi parar na mão do garoto. 
D Como vamos resolver esse assunto, só Deus sabe!
E Como ninguém conseguia contê-lo, ele se metia em confusões. 
Respostas
16: A 17: D 18: E 19: B 20: C 21: B 22: D 23: B 24: E 25: B 26: B 27: A
28: D 29: E 30: A 31: C 32: B 33: A 34: D 35: E
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José dos Campos - SP - Técnico Legislativo

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