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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO BERNARDO Processo nº: XXXXXXX-XX.XXX.X.XX.XXXX REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA AUTOR: Ministério Público RÉ: Adriana ADRIANA, nacionalidade, estado civil (existência de união estável)..., funcionária pública estadual, residente e domiciliada..., por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, requerer a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, com fulcro no artigo 316 do CPP, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: DOS FATOS A RÉ foi presa preventivamente pela suposta prática de crime de corrupção passiva, previsto no art. 317, caput, do CPB, fundamentando-se a respeitável decisão judicial no fato de que a RÉ estava constrangendo as testemunhas de acusação para que estas não comparecessem ao fórum e depusessem contra ela. DO DIREITO De acordo com o art. 312, do CPP: “A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria." Observa-se que, no caso em tela, a prisão preventiva foi fundamentada sob a justificativa de que a RÉ supostamente estaria constrangendo as testemunhas de acusação para que estas não comparecessem ao fórum e depusessem contra ela. Diante do fato de que fora designada e realizada audiência de instrução, debates e julgamento, tendo as testemunhas de defesa e acusação sido devidamente ouvidas, entretanto não houve o interrogatório da RÉ, o qual foi adiado para outra data, não há mais presente o fundamento que ensejou a prisão preventiva, uma vez que todas as testemunhas já foram ouvidas. Assim, com base no exposto, faz-se imperiosa a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTINA, pois inexistentes motivos para sua manutenção, sendo completamente injusto e ilegal que a RÉ aguarde seu interrogatório presa, vez que não subsistem indícios de que a mesma em liberdade ponha em risco a instrução criminal nos autos. Ademais, a RÉ é primária, portadora de bons antecedentes e possui residência fixa. Portanto, verifica-se que estão ausentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva previstos no art. 312 do CPP, razão pela qual requer seja revogada nos termos do art. 316 do CPP. DO PEDIDO Diante do exposto, requer seja revogada a prisão preventiva, por estarem ausentes os requisitos do art. 312 do CPP, com a expedição do alvará de soltura. Nesses Termos, Pede Deferimento. São Bernardo, 22 de janeiro de 2019. Advogado