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2 LICITAÇÃO

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UNICAP/CURSO DE DIREITO 
 DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO II 
SEMESTRE: 2018.1 
UNIDADE I LICITAÇÃO
 Profª. Ms. Roberta Cruz Silva
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Definição e previsão legal;
Finalidades;
Princípios;
Objeto;
Contratação direta: inexigibilidade e dispensa;
Modalidades;
Procedimento;
Anulação e Revogação.
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Licitação
Os particulares dispõem de ampla liberdade quando pretendem adquirir, alienar, locar bens, ou contratar a execução de obras ou serviços.
No caso do Poder Público, não há essa liberdade de escolha para celebração de contratos, em regra, é preciso adotar um procedimento preliminar rigoroso, que é nominado Licitação. 
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DEFINIÇÃO E PREVISÃO LEGAL
Segundo Marçal Justen Filho (2014, p. 495):
“A licitação é um procedimento administrativo, disciplinado por lei e por um ato administrativo prévio, que determina critérios objetivos de seleção da proposta de contratação mais vantajosa e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável, com observância do princípio da isonomia, conduzido por um órgão dotado de competência específica”.
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Trata-se de exigência da CF/88, prevista no art. 37, XXI: “ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações”. (grifos nossos)
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As linhas gerais sobre licitação estão na Lei n.º 8666/93, que nos artigos 1º e 2º determina:
 “Art. 1º. Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”. (grifos nossos)
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 “Art. 2º. As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei”. (grifos nossos)
Também tratam de questões relativas a procedimento licitatório as Leis nº. : 8987/95 (Concessão e Permissão de Serviço Público); 10520/02 (Pregão); 11079/04 (PPP); 12462/11 (RDC); e 13303/16 (Empresas Estatais).
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FINALIDADES E PRINCÍPIOS	
Determina a lei em comento:
 “Art. 3°  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos”. 
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PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO: 
 o instrumento convocatório (edital ou carta convite), é a lei interna da licitação, traz as condições básicas para participação no procedimento, bem como as normas a serem observadas no contrato que se tem em vista celebrar. 
Deve ser minuciosamente seguido pelo licitante e pela Administração (art. 41; art. 43, V; art. 48, I; entre outros).
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PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO: 
 determina que o julgamento das propostas deve ser feito de acordo com critérios objetivos (por exemplo, o preço, a técnica) fixados no instrumento convocatório, o que resultará na igualdade entre os licitantes e evitará a utilização de qualquer elemento subjetivo para escolher a melhor proposta. Está consagrado no art. 44; art. 45; entre outros. 
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OBJETO
Podem constituir objeto de licitação: 
obra; serviço; compra; alienação; concessão; permissão; e locação. 
É necessária a caracterização precisa do objeto, para que os interessados possam apresentar propostas adequadas, SEM QUE isso signifique opções subjetivas/condução do procedimento com o intuito de “limitar” a participação de interessados, ou direcionar as propostas. 
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OBRIGATORIEDADE 
A regra geral é que qualquer contratação realizada pela Administração Pública tenha, como antecedente, o procedimento licitatório, sendo as exceções rigidamente delimitadas no corpo da lei.
O art. 1º, parágrafo único, da Lei nº 8666/93, estabelece que as regras de licitação devem ser obedecidas pelos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), em todas as esferas administrativas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). 
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No tocante à Administração Pública, tanto a direta, quanto a indireta (autarquias, fund. públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista) estão obrigadas a licitar, bem como todas as entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios.
As empresas estatais possuem normatização própria:Lei n. 13300/16.
A CF/1988 exige licitação para obras, serviços, compras e alienações (art. 37, XXI), bem como para a concessão e permissão de serviço público (art. 175). 
A Lei n. 8666/93, exige licitação para obras, serviços, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública (art. 2 º).
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O Sistema “S” compreende entidades de natureza privada, como o SESC, SENAI. Estas, não estão obrigadas a seguir a Lei nº 8.666/93, devendo observar, no entanto, em seus regulamentos próprios, os princípios da Adm. Pública. 
As normas gerais para licitar, entretanto, serão observadas quando houver ausência de regra específica no regulamento próprio. 
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Os Conselhos de Classe são autarquias corporativas que fiscalizam o exercício das profissões e, como entes da administração pública indireta, sujeitam-se às regras da Lei 8.666/93. Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal, na ADI 1.717/DF, julgou, à falta de norma que ressalve a atividade das autarquias profissionais, que os conselhos de classe sujeitam-se às normas de licitação como qualquer outro ente administrativo. 
Ressalva: OAB. No Acórdão 1765/03, o Tribunal de Contas da União decidiu que a OAB não se sujeita a jurisdição daquele Tribunal e, está dispensada de licitar. 
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CONTRATAÇÕES DIRETAS
O art. 37, XXI, da CF/88, ao exigir licitação para os contratos ali mencionados, ressalta a possibilidade de serem fixadas hipóteses em que a licitação deixa de ser obrigatória.
 
Note-se, que o mesmo não ocorre com a concessão e a permissão de serviço público, que sempre serão precedidas de licitação, como exige o art. 175 da CF/88.		
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Há, portanto, casos de dispensa e de inexigibilidade, elencados na Lei de Licitações.
Devido a ausência de técnica legislativa na redação dos artigos relativos à contratação direta, é indispensável a leitura atenta dos mesmos.
Dispensa (rol taxativo): há duas hipóteses 
Licitação Dispensada (Art. 17, I e II);
Licitação Dispensável (Art. 24). 
Inexigibilidade (rol exemplificativo): art.25.
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DISPENSA:
Licitação Dispensada (Art. 17, I e II)
Em alguns casos de alienação de bens públicos (imóveis e móveis), seguidas as exigências legais, a licitação está dispensada pela própria lei de licitações.
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A alienação de bens imóveis, via de regra, ocorre por meio do seguinte roteiro legal:
CONDIÇÕES PARA ALIENAÇÃO DE BENS IMÓVEIS:
interesse público devidamente justificado (para todos);
autorização legislativa (para adm. direta, autárquica e fundacional);
avaliação prévia (para todos);
licitação na modalidade concorrência (para todos).	 
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Ocorre que, a própria lei determina os casos onde a licitaçãoestá dispensada. São, por exemplo, os casos onde a alienação do bem imóvel se dá por:
dação em pagamento (Administração dá imóvel em pagamento a uma dívida em dinheiro);
doação, exclusivamente para outro órgão ou entidade da Administração pública, de qualquer das esferas governamentais;
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Quanto aos bens móveis, a alienação ocorre, via de regra, da seguinte forma:
CONDIÇÕES PARA ALIENAÇÃO DE BENS MÓVEIS:
interesse público devidamente justificado;
avaliação prévia;
licitação;
Mais uma vez, a própria lei determina os casos onde a licitação está dispensada. São os casos onde a alienação do bem móvel se dá, por exemplo:
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doação (para fins e usos de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência);
venda de materiais e equipamentos para outros entes públicos, sem utilização previsível por quem deles dispõe.
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Licitação Dispensável (Art. 24):
Aqui, a lei faculta a dispensa. Existe a possibilidade de competição, o que ensejaria a licitação. Mas, fica a critério da Administração dispensar ou não o procedimento.
Atualmente, são 35 hipóteses de licitação dispensável, como por exemplo quando:
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Custo econômico da licitação é superior ao benefício dela extraível (Exemplos: incs. I e II):
I - obras e serviços de engenharia de valor até 10%  do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo 23 (R$15.000,00 = 10% de R$150.000,00);
 II - outros serviços e compras de valor até 10% do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo 23 e para alienações (R$ 8.000,00 = 10% de R$ 80.000,00);
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Obs.: Os percentuais serão 20% (respectivamente, R$ 30.000,00 e R$ 16.000,00) para consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa pública; e autarquia ou fundação qualificadas como Agências Executivas (art. 24, parágrafo primeiro).
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Custo temporal da licitação: a demora pode trazer a ineficácia do procedimento (Exemplos: incs. III e IV):
IV - casos de emergência ou de calamidade pública e, somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para obras e serviços que possam ser concluídos no prazo máximo de 180 dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; 
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Segundo Carvalho Filho (2014, p. 253): “ quanto ao prazo [...] atendendo ao espírito da norma, tem-se admitido a flexibilização quando inviável a sua observância sem culpa da Administração.” 
Nesse sentido: TCU/Decisões nº 820/96 e 927/00. 
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Ausência de potencialidade de benefícios (Exemplos: incs. V; VII; VIII; XI; XII; XIV; XVIII; XXIII; XXIV):
XI - contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em consequência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido. 
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Quando a contratação não tiver como intuito maior a vantagem econômica (Exemplos: VI; IX; XIII; XVI; XX; XXI; XXIV; XXV; XXVII; XXVIII):
VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento (ex: estoques reguladores);
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INEXIGIBILIDADE: 
“Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição(...):”
TCU: “Os exemplos a seguir auxiliam no entendimento de contratação por inexigibilidade.
Exemplo 1: Há necessidade de a Administração adquirir tratores do modelo “A” do fabricante CATTERP, pois somente esse modelo consegue, em razão da potência, abrir estradas na floresta amazônica. Só o fabricante do trator comercializa o produto. Nesse caso, configura-se a inexigibilidade de licitação para aquisição do objeto.
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Exemplo 2: Há necessidade de a Administração substituir o motor de um carro, marca VELOZ. Somente o motor fabricado pela VELOZ é capaz de fazer o carro funcionar. Empresas concessionárias ou revendedoras do fabricante comercializam o produto. Nesse caso, não se configura inexigibilidade. Deve a Administração licitar o objeto, a fim de que todos os interessados – concessionários, revendedores ou não – possam participar do certame para o fornecimento desse motor.
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“Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
 I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
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Segundo Carvalho Filho (2014, p. 270): “(...) a exclusividade pode ser absoluta ou relativa. Aquela ocorre quando só há um produtor ou representante comercial exclusivo no país; a relativa, quando a exclusividade se dá apenas na praça em relação à qual vai haver a aquisição do bem.
A praça é aferível em função do vulto do contrato. Se a licitação for convite, a exclusividade será considerada na localidade da futura contratação, se for tomada de preços, a exclusividade no registro cadastral; se for concorrência, no país.” 
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INDICAÇÃO DE MARCA:
TCU: “Experiências em licitações públicas têm demonstrado que os licitantes necessitam, para bem elaborar propostas, de especificações claras e precisas, que definam o padrão de qualidade e o desempenho do produto a ser adquirido. 
São exemplos de compras realizadas rotineiramente pelo menor preço, sem indicação de qualquer parâmetro de qualidade, que aparentemente refletem menores gastos, mas que trazem resultados, por vezes, insatisfatórios:
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canetas cuja tinta resseca, vaza ou falha ao ser usada;
tubos de cola que têm mais água do que componente colante;
lápis de grafite duro, que fura o papel ao escrever;
borrachas que, ao apagar, se desfazem e às vezes não apagam;
elásticos que ressecam;
copinhos de plástico para café ou água excessivamente finos (são necessários, às vezes, dois ou três para não queimar a mão ou derramar o líquido);
clipes que enferrujam; 
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grampeadores que não funcionam;
grampos para grampeadores que não perfuram o papel;
cadeiras em que, com pouco uso, os rodízios emperram e soltam da base, o poliuretano dos braços racha, os tecidos desbotam, dentre tantos outros defeitos;
mesas fabricadas com madeiras que incham, gavetas que não deslizam, parafusos que espanam e etc.”
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TCU: “Será admitida a indicação de marca como parâmetro de qualidade para facilitar a descrição do objeto a ser licitado, quando seguida das expressões “ou equivalente”, “ou similar” e “ou de melhor qualidade”. O que a Lei de Licitações veda e os Tribunais de Contas condenam, especialmente o TCU, é a preferência por determinada marca ou indicação sem devida justificativa técnica nos autos. Acórdão 88/2008 (Plenário)”.
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“Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: 
 II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
 
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 §1° Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato”.	
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Exemplos:
“Art.13.  Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:[...]
III-assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias; 
IV-fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V-patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; [...]”
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TCU:“Apresente prévias justificativas, quando das contratações de serviços advocatícios por inexigibilidade e caracterize, de forma individualizada, a natureza singular dos serviços objeto de cada ação judicial, bem assim justificativa de preço a ser contratado […]. Realize o devido certame licitatório para fins de contratação de serviços advocatícios de acompanhamento das ações judiciais que não sejam, de forma inequívoca, caracterizados como serviços de natureza singular. Acórdão 1299/2008 (Plenário).”
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 “Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: 
 III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública”.
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Modalidades Licitatórias
Modalidade de licitação é a forma específica de conduzir o procedimento licitatório, a partir de critérios definidos em lei.
“Art. 22.  São modalidades de licitação: 
I - concorrência; 
II - tomada de preços; 
III - convite; 
IV - concurso; 
V - leilão”. 
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Concorrência: 
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto”.
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Qualquer interessado, que preencha os requisitos previstos no edital para habilitação, poderá participar da concorrência. Esta é a modalidade indicada, via de regra, para contratos de grande porte. É obrigatória para:
obras e serviços de engenharia de valor superior a R$ 1.500.000,00 (art. 23, I, “c”);
compras e serviços (que não sejam de engenharia) de valor superior a R$ 650.000,00 (art. 23, II, “c”);
compra e alienação de bens imóveis, de qualquer valor (art. 23, § 3 º).	 
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Obs.: quando o bem imóvel for adquirido pela Administração Pública por meio de procedimento judicial ou dação em pagamento, poderão ser alienados por concorrência ou por leilão, de acordo com o art. 19 c/c art. 23, § 3º, da referida Lei;
concessão de direito real de uso (art. 23, § 3º):  tem como objeto a transferência da utilização de terreno público ao particular, para fins específicos de urbanização, industrialização, edificação, cultivo ou qualquer outra exploração de interesse social (art. 7º do Decreto-Lei nº 271/1967); 			
licitações internacionais ( art. 23, § 3º).
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Tomada de preços:
É a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
Tem o intuito de “acelerar” o procedimento, pois se todos são cadastrados (ou seja, possuem Certificado de Registro Cadastral/CRC), ganha-se tempo na fase de habilitação. 
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Com a possibilidade de não cadastrados participarem, há uma maior competitividade, mas, desnatura-se, de certa forma, o instituto, já que a comissão de licitação terá que examinar a documentação dos não cadastrados, e, não simplesmente consultar os Certificados de Registro Cadastral (arts. 34 a 37). 
O registro cadastral deve ser mantido por entes que realizem licitações com frequência, devendo ser atualizados anualmente. É permitido utilizar os registros cadastrais de outros órgãos. 
A pessoa cadastrada recebe um Certificado de Registro Cadastral, com validade de um ano, no máximo. 
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 A tomada de preços é indicada para:
obras e serviços de engenharia, de valor até R$ 1.500.000,00 (art. 23, I, “b”) ;
compras e serviços (que não sejam de engenharia), de valor até R$ 650.000,00 (art. 23, II, “b”).
Obs.: Admite-se, nas licitações internacionais, a tomada de preços, quando o ente dispuser de cadastro internacional de fornecedores, respeitados os valores de até R$ 1.500.000,00 para obras e serviços de engenharia; e até R$ 650.000,00 para compras e serviços (que não sejam de engenharia);
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Convite:
Modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 pela unidade administrativa, que afixará, em local apropriado, cópia da carta convite e a estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas.
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É a única modalidade de licitação em que a lei não exige publicação de edital, já que a convocação se faz por escrito, com antecedência mínima de 5 dias úteis (art. 21, § 2º, V), por meio da chamada carta-convite.
A lei inovou ao permitir a participação de outros interessados. Para que estes (não convidados) tomem conhecimento da licitação, será afixada cópia do convite em local apropriado. 
Havendo na praça mais de 3 interessados, a cada novo convite, para objeto semelhante, deve ser dirigida carta-convite para, pelo menos, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações (art. 22, § 6 º).
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O simples fato de se apresentem menos de 3 interessados não é suficiente, por si só, para determinar a repetição do convite. 
Pelo contrário, será possível prosseguir na licitação se ficar demonstrado o manifesto desinteresse dos licitantes convidados ou, pelo fato de inexistirem outros possíveis interessados em condições de atender ao convite (mercado limitado). 
Caso existam outros interessados, em condições de atender ao convite, este deve ser repetido (art. 22, §7º).
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TCU:
“Deve ser repetido o convite quando não houver três propostas válidas, salvo se limitações de mercado ou manifesto desinteresse de participantes, devidamente comprovados, sugerirem que a repetição acarretará custos administrativos desnecessários, atrasos na obtenção do produto desejado ou prejuízos ao ente público”. (Acórdão 292/2008 Plenário.)
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“Não permita, em licitações na modalidade convite, a participação de firmas que tenham sócios em comum ou relação de parentesco entre eles, por constituir afronta aos princípios insculpidos no art. 3º da Lei no 8.666/1993, em especial o da competitividade, da isonomia, da impessoalidade, da moralidade e da improbidade administrativa. (Acórdão 2900/2009 Plenário)”.
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O Convite é indicado para:
obras e serviços de engenharia, de valor até R$ 150.000,00 (art. 23, I, “a“);
compras e serviços (que não sejam de engenharia), de valor até R$ 80.000,00 (art. 23, II, “a”).
Obs. 1: admite-se, também, o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País, respeitados os valores de até R$ 150.000,00 para obras e serviços de engenharia; e até R$ 80.000,00 para compras e serviços.
Obs. 2: Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência (art. 23, § 4º).
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Obs. 3: No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á:
o dobro dos valores mencionados para concorrência, tomada de preços e convite, quando formado por até 3 (três) entes da Federação; 
e
o triplo, quando formado por maior número de entes da Federação (art. 23, § 8º). 
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Concurso:
Modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital;
Não se trata de concurso para o provimento de cargos e empregos públicos. 
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Leilão:
Modalidade de licitação entre quaisquer interessadospara a venda de bens móveis inservíveis para a administração (no valor de até R$ 650.000,00, art. 17, § 6º); ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis adquiridos pela Administração Pública por meio de procedimento judicial ou dação em pagamento (art. 19 c/c art. 23, § 3 º).
Fica com o bem aquele que oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. 
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Pregão:
Art. 1º, Lei 10.520/2002: pregão é a modalidade de licitação destinada à aquisição de bens e serviços comuns, que podem ser considerados aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital.
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*
*
Consulta: 
Modalidade de licitação cuja previsão surgiu no ordenamento pátrio na Lei Geral de Telecomunicações (LGT nº 9.472/1997);
A Resolução nº 5, de 15 de janeiro de 1998, disciplina a consulta realizada pela Anatel:				 
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*
*
“Art. 14. Para aquisição de bens ou serviços não comuns, a Agência adotará, preferencialmente, a licitação na modalidade de consulta, que será regida por este Regulamento e, de modo subsidiário, pelas normas procedimentais contidas no Regimento Interno, não se lhe aplicando a legislação geral para a Administração Pública”. (…)
“Art. 15. Consulta é a modalidade de licitação em que ao menos cinco pessoas, físicas ou jurídicas, de elevada qualificação, serão chamadas a apresentar propostas para fornecimento de bens ou serviços não comuns”.
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*
*
 P.único. Consideram-se bens e serviços não comuns aqueles com diferenças de desempenho e qualidade, insuscetíveis de comparação direta, ou que tenham características individualizadoras relevantes ao objeto da contratação, em casos como o dos trabalhos predominantemente intelectuais, da elaboração de projetos, da consultoria, da auditoria e da elaboração de pareceres técnicos, bem assim da aquisição de equipamentos sob encomenda(...).
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Fracionamento x parcelamento
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O que é fracionamento de despesa?
AGU, 2011, p. 19: “Fracionar a despesa consiste em dividir as contratações sem obedecer à modalidade cabível para o objeto como um todo, ou contratar diretamente, sem licitação, nos casos em que o procedimento é obrigatório. A Lei nº 8.666/1993, nos §§ 2º e § 5º, do art. 23, e no art. 24, I e II veda tal procedimento.
A estimativa do valor que se pretende contratar, para efeito de enquadramento na modalidade licitatória adequada, sempre deverá ser feita observando-se a integralidade do objeto a ser contratado”.
*
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O parcelamento do objeto da licitação é o mesmo que fracionamento da despesa?
AGU, 2011, p. 20: “Não. O parcelamento do objeto a ser licitado, quando houver viabilidade técnica e/ou econômica, é determinado pela lei: é obrigatório que seja feito parcelamento quando o objeto da contratação tiver natureza divisível, desde que não haja prejuízo para o conjunto a ser licitado. Cada etapa a ser licitada deverá corresponder a uma licitação distinta, respeitada a modalidade aplicável à integralidade do objeto. O parcelamento possibilita a participação de empresas de menor porte e amplia a competitividade.
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Um dos fatores que pode levar o gestor público a fracionar a despesa é a falta de planejamento adequado sobre quantitativos físicos e valores financeiros envolvidos na execução de determinada obra, contratação de determinado serviço ou compra de determinado produto. E, planejamento inadequado ou deficiente não serve como justificativa para a ocorrência do fracionamento de despesa”.
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TCU: “ Vale dizer, ilustrativamente: se a Administração tem conhecimento de que, no exercício, precisará substituir 1.000 cadeiras de um auditório, cujo preço total demandaria a realização de tomada de preços, não é lícita a realização de vários convites para compra das cadeiras, fracionando a despesa total prevista em várias despesas menores que conduzem à modalidade de licitação inferior à exigida pela lei”. 
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PROCEDIMENTO
O procedimento da Licitação fica a cargo de uma comissão permanente (quando o ente público realiza licitações constantemente) ou especial (para licitações específicas), organizada da seguinte forma (art. 51):
deve ser composta, no mínimo, por 3 membros, sendo que, pelo menos 2 deles devem ser servidores qualificados (dotados de conhecimentos, que os habilitem ao desempenho de avaliação técnica, jurídica e etc), pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos responsáveis pela licitação; 
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o mandato da comissão é de até 1 ano, vedada a recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão no período subsequente (§ 4 º), o que tem o objetivo de evitar fraudes, tão comuns nesse tipo de procedimento;
Todos os membros têm responsabilidade solidária pelos atos praticados, salvo se posição individual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada (§ 3º). Assim, há uma vigilância mútua entre os membros, pois o erro de um será assumido por todos que concordarem;
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no caso do convite, excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e, devido ao número reduzido de servidores, a comissão poderá ser substituída por servidor formalmente designado pela autoridade competente (§1 º);
quanto aos concursos, o julgamento será feito por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não (§ 5º);
na modalidade leilão, o procedimento pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela administração (art. 53) ;
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no pregão, a licitação é realizada por um pregoeiro, que é um servidor do órgão promotor do procedimento, escolhido e designado pela autoridade competente;
para ser pregoeiro, o servidor deve ter realizado curso de capacitação específica para exercer a atribuição (Decreto nº 3555/00, art. 7 º , p. único). 
ademais, o pregoeiro poderá contar com uma equipe de apoio. 
 
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De acordo com a Lei de Licitações, mais precisamente em seu art. 38, o procedimento de licitação é iniciado com a abertura do processo administrativo, formando uma pasta, na qual se arquiva tudo o que disser respeito ao procedimento, contando inicialmente com:
a autorização para realizar a licitação; 
descrição sucinta de seu objeto;
indicação dos recursos disponíveis para a despesa.
Os 3 atos, elencados acima, são prévios, internos, eles preparam a licitação que, tecnicamente, é iniciada com a divulgação do instrumento convocatório.No decorrer da licitação serão juntados, fase a fase, os demais elementos.
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EDITAL 
É o ato pelo qual se divulga a abertura da licitação (exceto na modalidade convite), fixa os requisitos para a participação, define o objeto e as condições básicas do contrato e convida todos os interessados para apresentarem suas propostas. 
O art. 40 estabelece os requisitos necessários ao edital, que devem ser rigorosamente observados, como ordena o princípio da vinculação ao instrumento convocatório (art. 41).
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A publicação do edital, que deve respeitar o prazo mínimo previsto em lei, deve, também, observar os seguintes requisitos (art. 21):
devem ser publicados, ao menos 1 vez: 
na imprensa oficial (de acordo com a esfera administrativa); 
em jornal de grande circulação; 
dependendo do vulto da licitação, podem ser utilizados outros meios de divulgação, para ampliar a área de competição. 
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PROCEDIMENTO DA CONCORRÊNCIA
PUBLICAÇÃO DO EDITAL (nas condições já apresentadas);
HABILITAÇÃO
É a segunda fase do procedimento.
é realizada em público (art. 43, §1º), a abertura dos envelopes contendo a documentação dos licitantes. 
Estes documentos foram exigidos no edital e, devem ser rubricados pelos licitantes e pela comissão, com o intuito de evitar substituições posteriores (art. 43, §2º). 
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Os documentos exigidospara a habilitação estão indicados no art. 27: 
habilitação jurídica (Exs.: art. 28 – cédula de identidade; registro da empresa);
qualificação técnica (Exs.:art. 30 – registro ou inscrição na entidade profissional competente; apresentação de certidões ou atestados que comprovem a realização de obras /serviços similares);
qualificação econômico-financeira (Ex.: art. 31 – balanços patrimoniais que comprovem boa situação financeira);
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regularidade fiscal e trabalhista (Ex.:art. 29 – prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ); prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal; regularidade perante a Seguridade Social; o recolhimento do FGTS; Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas - Lei nº 12.440/ de 7 de julho de 2011);
cumprimento ao disposto no art. 7º, XXXIII, da CF/88 (impede que participem de licitações empresas que descumpram a proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e de qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos). 
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Os documentos podem ser apresentados em original ou cópia autenticada (art. 32) e, ainda, podem ser substituídos pelo Certificado de Registro Cadastral. 
Examinados os documentos, serão considerados habilitados os licitantes que tiverem atendido às exigências do edital. 
Os licitantes que não estiverem com a documentação em ordem são considerados inabilitados e recebem de volta o envelope contendo sua proposta.
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JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO
Nesta fase, a Administração faz o julgamento das propostas, classificando-as, segundo os critérios do edital. 
Abertos os envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, há o julgamento, de acordo com o tipo de licitação previsto no instrumento convocatório. 
Os tipos de licitação estão elencados no art. 45:
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menor preço: vence o licitante que ofertar o menor preço;
melhor técnica: voltada para contratos que tenham por objeto serviços de natureza intelectual, como elaboração de projetos,engenharia consultiva, etc. (art. 46). Aqui, são abertos os envelopes contendo as propostas técnicas e feita sua classificação (art. 46, § 1º, I);
 Depois, são abertos os envelopes contendo as propostas de preço dos licitantes que tenham atingido a valorização mínima estabelecida no ato convocatório. Se a melhor técnica coincidir com o menor preço, a seleção está decidida (art. 46, § 1 º, II). 
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Porém, caso a melhor proposta técnica não seja a de menor preço, a Comissão negocia com o licitante, para reduzir o valor, tendo como limite a proposta de menor preço apresentada pelos demais licitantes classificados. Caso não consiga a redução, será feita a negociação com o segundo colocado e assim por diante, até conseguir o acordo para a contratação. 
técnica e preço: classifica-se a proposta técnica e, em seguida as propostas de preço. Serão classificados os candidatos de acordo com a média ponderada das valorações atribuídas às propostas, de acordo com os pesos preestabelecidos no instrumento convocatório (art. 46, § 2º I e II);
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maior lance ou oferta: usado nos casos de alienação de bens e concessão de direito real de uso.
Obs. 1: no caso de empate das propostas, observa-se o art. 3º, § 2º, que determina a preferência para bens e serviços:
produzidos no país;
produzidos ou prestados por empresas brasileiras;
produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no país; 
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produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. (incluído pela Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015)
Persistindo o empate, será feito sorteio (art. 45, § 2º).
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Obs. 2: de acordo com o art. 48, § 3º, caso todos os licitantes sejam inabilitados ou desclassificados, a Administração poderá fixar prazo de 8 dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de novas propostas. 
No caso de convite, o prazo é de 3 dias úteis. 
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HOMOLOGAÇÃO (art. 43, VI)
É a aprovação do procedimento. A autoridade superior à comissão licitante examina as fases da licitação. Estando tudo de acordo com a legalidade, ela homologa o procedimento. 
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ADJUDICAÇÃO
A mesma autoridade competente para homologar atribui ao vencedor o objeto da licitação, reconhecendo seu direito de preferência em uma possível contratação. É o ato final da licitação.
Feita a adjudicação, a Administração convocará o adjudicatário para assinar o contrato no prazo de 60 dias da data da entrega das propostas; ultrapassado esse prazo, ficam os licitantes liberados do compromisso assumido (art. 64, § 3º).
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Caso o interessado não compareça à convocação no prazo estabelecido, perderá o direito à contratação e ficará sujeito às penalidades do art. 87 (ex.: advertência, multa). 
O prazo pode ser prorrogado uma vez, por igual período, quando solicitado pela parte durante seu transcurso e desde que haja motivo para tal prática (art. 64, s 1 º).
Quando o interessado não comparece à convocação, possibilita que a Administração convoque os licitantes remanescentes, de acordo com a classificação, ou que revogue a licitação (art. 64, § 2º).
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PROCEDIMENTO DA TOMADA DE PREÇOS
Semelhante ao da concorrência.
Diferenças:
o prazo de antecedência para publicação do edital (30 ou 15 dias, dependendo do caso) 
fase de habilitação, onde a comissão examina o Certificado de Registro Cadastral dos candidatos e, caso se apresentem outros candidatos sem o registro (de acordo com as exigências que a lei estabelece) também poderão participar da licitação.
No mais, as fases são as mesmas da concorrência.
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PROCEDIMENTO DO CONVITE
A convocação é feita por carta-convite, a pelo menos 3 interessados, escolhidos pela Administração, com, no mínimo, cinco dias úteis de antecedência. 
Podem participar aqueles que, não sendo convidados, estiverem cadastrados na correspondente especialidade e manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas.
Recebidos os envelopes com as propostas, seguem-se as outras fases, semelhantes à concorrência.
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PROCEDIMENTO DO CONCURSO
A Lei de Licitações não estabelece o procedimento a ser adotado no concurso, posto que, cada um, de acordo com o tipo de trabalho a ser apresentado, possui regulamento próprio. Consta da lei, apenas, que o regulamento deverá indicar (art. 52):
a qualificação exigida dos participantes;
as diretrizes e forma de apresentação do trabalho;
as condições de realização do concurso e os prêmios a serem concedidos.
	
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PROCEDIMENTO DO LEILÃO
Todo bem a ser leiloado deve ser avaliado previamente, para fixação do preço mínimo (art. 53, § 1º).
Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual estabelecido no edital, não inferior a 5%.
 O bem será entregue ao arrematante, o qual se obrigará a pagar o restante no prazo estipulado no edital, sob pena de perder o valor já recolhido, em favor da Administração (art. 53, § 2º). 
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PROCEDIMENTO DO PREGÃO
O pregão é disciplinado Lei n.º 10.520/2002;
De acordo com o art. 9º da referida Lei, aplicam-se, subsidiariamente, as normas da Lei n.º 8.666/1993;
No âmbito do Governo Federal, o pregão foi regulamentado pelo Decreto n°. 3.555/2000;
Para atender à nova realidade no que tange à utilização da tecnologia da informação no pregão, o Governo Federal expediu o Decreto 5.450/2005, dispondo sobre o procedimento do pregão eletrônico, realizado via Internet;
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Ressalva: o decreto 5450/2005 não se aplica às esferas estaduais e municipais (art. 1º, Dec. 5450/2005); 
Portanto,cabe aos estados; municípios e Distrito Federal, a expedição de decretos regulamentadores do pregão eletrônico em suas esferas administrativas; 
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Objeto:
Art. 1º, Lei 10.520/2002: o pregão é a modalidade de licitação destinada à aquisição de bens e serviços comuns, que podem ser considerados aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital;
O critério de utilização desta modalidade de licitação está adstrito ao tipo de bem ou serviço a ser contratado, ou seja, a sua característica de comum, e não considerando o critério de valor do contrato. 
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O Decreto 3555/2000, que regulamenta o pregão, com o objetivo de auxiliar os trabalhos da Administração Federal, dispunha de uma lista de bens e serviços comuns que poderão ser adquiridos por pregão. (rol não taxativo, elencado no anexo II).Ocorre, que este anexo foi revogado: 
Bens comuns: água mineral; combustível; gás; material de limpeza; medicamentos; oxigênio; e outros;
Serviços comuns: Assinatura de jornal; revista; serviços de lavanderia; telefonia fixa; móvel; e outros; 
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Outro aspecto a ser extraído é que as obras, as locações imobiliárias e as alienações em geral não podem ser processadas por pregão, e devem continuar utilizando as modalidades tradicionais de licitação, conforme o art. 5º,do Decreto n. 3555/00:
“Art. 5º. A licitação na modalidade de pregão não se aplica às contratações de obras e serviços de engenharia, bem como às locações imobiliárias e alienações em geral, que serão regidas pela legislação geral da Administração”. (grifos nossos)
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Quanto à obrigatoriedade do uso do pregão, observe-se o Decreto 5.450/2005, aplicável à esfera federal:
“Art. 4º  Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a modalidade pregão, sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica.
 § 1º  O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justificada pela autoridade competente”.
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Fase interna (Preparatória), Lei 10520/02, art. 3º:
o órgão/entidade, por meio de uma autoridade competente, definirá o bem ou serviço comum a ser adquirido, seu quantitativo, justificando sua necessidade e verificando sua disponibilidade no mercado, (inclusive com a realização de orçamento);
estipula as exigências de habilitação;
determina os critérios de aceitação das propostas;
sanções para os casos de inadimplemento;
prazos para o fornecimento;
cláusulas do contrato.
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Fase externa, Lei n° 10520/02, art. 4 º:
Tem início com a divulgação do edital, com antecedência mínima, de oito dias úteis, para a apresentação da proposta:
art. 4º , inc. I da Lei nº 10.520/2002, “(...) a convocação dos interessados será efetuada por meio de publicação de aviso em diário oficial do respectivo ente federado ou, não existindo, em jornal de grande circulação local, e facultativamente, por meio eletrônico e conforme o vulto da licitação, em jornal de grande circulação (...)" 
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Pregoeiro: conduz o pregão, e deve possuir capacitação obrigatória para o exercício de suas funções, sendo escolhido dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação; 
Equipe de apoio: o pregoeiro poderá contar com a ajuda de uma equipe de apoio, composta, em sua maioria, por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego público, preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade que promover a licitação. Entende-se que essa equipe deverá ser composta por técnicos, que poderão auxiliar os trabalhos do pregoeiro nas mais diversas áreas (jurídica, econômica, fiscal, técnica e outras). 
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É importante salientar que essa equipe de apoio não tem a mesma função da tradicional "comissão de licitações“;
Ao passo que esta última se constitui num órgão colegiado, cuja decisão, dispõe uma característica de coletividade, com responsabilidade solidária de todos os integrantes, a equipe de apoio tem como função, apenas, auxiliar os trabalhos do pregoeiro, que age isoladamente no processo. 
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Fases: conforme o art. 4º, em sessão pública ocorrerá:
habilitação preliminar (por escrito, ou verbal, reduzida a termo pelo pregoeiro), onde o licitante declara estar em dia com a Fazenda Nacional, a Seguridade Social, o FGTS, bem como, que atende às exigências jurídicas, técnicas e econômicas. Trata-se de uma habilitação provisória (XIII);
abertura dos envelopes contendo as propostas, que serão julgadas e classificadas pelo critério de menor preço (X); 
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o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até 10% superiores a de valor mais baixo poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor (VIII);
Não havendo pelo menos 3 ofertas nessas condições os autores das melhores propostas, até o máximo de 3, poderão participar com novos lances, independentemente do preço inicialmente oferecido (IX);
Determinada a classificada em primeiro lugar, o pregoeiro examinará a aceitabilidade da proposta;
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Diante da aceitabilidade da proposta, ocorrerá a habilitação definitiva, onde a documentação do candidato que apresentou a melhor proposta será examinada;
Declarado o vencedor, a próxima fase é de adjudicação e, por fim a homologação, pela autoridade competente. 
No pregão, as fases de adjudicação e homologação são invertidas em relação às demais modalidades licitatórias.
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PREGÃO ELETRÔNICO:
Por esse sistema, o pregão será processado pela utilização de meio de comunicação à distância - a Internet;
Os editais nessa modalidade, além de serem divulgados na forma prevista na legislação (em diários oficiais e jornais de grande circulação), serão dispostos na Internet para obtenção por qualquer interessado; 
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Uma das principais diferenças entre o pregão presencial, visto anteriormente, e o pregão eletrônico, é que neste último todos os licitantes participarão da sessão de lances, e não só aqueles que apresentaram valores até 10% acima do menor preço;
Isso torna o procedimento muito mais competitivo; 
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Um outro aspecto relativo ao pregão eletrônico é que até o encerramento da sessão de lances não haverá qualquer identificação dos participantes, nem mesmo por parte dos administradores do sistema e do pregoeiro, o que torna o procedimento mais competitivo e com mais credibilidade, afastando eventuais conchavos.
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Quando do encerramento do pregão, a empresa que ofertou o menor preço deverá imediatamente enviar seus documentos de habilitação por meio digital, com posterior remessa dos originais ou cópia autenticada.
Encerrados os procedimentos do pregão eletrônico por meio da adjudicação, o processo segue o trâmite comum, passando para a fase de homologação.
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ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO DA LICITAÇÃO
“Art. 49.  A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.
§ 1o  A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei (quando a ilegalidade é de responsabilidade da Administração Pública).
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§ 2o  A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 3o  No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.
§ 4o  O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade de licitação”.

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