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Programas de melhoramento de suínos: cruzamentos Podem ser feitos com base na seleção genética e com base nos cruzamentos. Dentro do programa de seleção existem várias formas de selecionar reprodutores. Há seleção pela progênie, desempenho (performance) – dados produtivos e reprodutivos, fenotípica, e genealogia. Cruzamentos: índices heterose e complementaridade. Objetivos: - quando acasalo duas raças diferentes posso chamar de cruzado, mestiço, híbrido (em suíno tem uma colocação especial, pode caracterizar o animal advindo de duas raças, mas é muito utilizado para denominar o filho do cruzamento de duas linhas ou linhagens genéticas diferentes – programa de hibridação), F1. - quando cruzo duas raças diferentes, selecionadas, a minha progênie é sempre melhor que os pais! 1) Obter progênie superior, por ser a combinação das diferentes genéticas existentes. 2) Aumentar a produtividade e lucratividade da progênie. * Complementaridade: quando eu complemento características que estão presentes nos pais puros na minha progênie. * Puro sintético: animal que cruzo Duroc com LW, depois com Landrace, até chegar um animal que consigo caracterizar como puro. Quando chega na sexta geração é um animal considerado puro, tendo 94% de composição genética de um pai, e 6% do outro. * Heterose: consigo medir em números. Quanto mais diferentes são as raças participantes de um cruzamento, maior é o efeito da heterose. Heterose ou vigor híbrido Superioridade da progênie (cruzados) em relação aos pais (puros); Maiores diferenças genéticas <-> maior expectativa de heterose. H = (média dos mestiços – média das raças puras) / média das raças puras * 100 * Esse resultado mostra o quanto a progênie é superior aos pais. Para a maioria das características de carcaça é baixa (é o contrário da herdabilidade). Primeiro seleciono características com alta herdabilidade, para ter boas condições nos animais – se expressam rapidamente. Depois cruzo com outros animais, pois a heterose é mais alta para características de baixa herdabilidade. Quanto mais diferentes os pais, maior o choque de genes, maior o vigor hibrido, e maior o desempenho dos animais. Cruzamento Rotacionado P (geração parietal) = Duroc (macho) * Large White (fêmea) F1 = ½ DU ½ LW (cruza com macho LW) ¾ LW ¼ DU (cruza com macho DU) 1/8 DU 3/8 LW e ½ DU = 5/8 DU 3/8 LW * Para saber a fração, primeiro, para saber as partes, faz multiplicação: ¾ vai meio para o filho, então faz ¾ dividido por 2. Inverte-se os valores ¾ * ½ = 3/8. Depois, no outro cruzamento, vai meio de outra raça. Para somar, faz-se o MMC, neste caso, de 8 e 2, resulta em 8, que vai na parte de baixo da fração. Ele divide pelo percentual, e multiplica pelo numero de cima da fração. Soma-se as raças iguais. Esquema de cruzamento simples ou industrial P = macho landrace * fêmea LW F1 = ½ LD ½ LW Animal pode ir ao abate ou ser reposto. Tenho heterose de 100%. Incorporam as melhores características, que as raças puras de origem não apresentam em conjunto. Esquema de cruzamento industrial em Backcross Duas raças diferentes, e na F1 cruzo de novo com uma raça participante da sua composição, esta segue a mesma raça do pai. P = macho LD * fêmea LW F1 = ½ LD ½ LW * macho LD F2 = ½ LD ½ LW Abate. Heterose de 50%. Esquema de cruzamento industrial em Threecross Começo igual aos outros, só que na F1 introduzo uma terceira raça diferente da composição dela. P = macho LD * fêmea LW F1 = ½ LD ½ LW * macho DU F2 = 1/3 LD 1/3 LW 1/3 DU Abate. Heterose de 100%. Fala-se terminal, pois são as características desejáveis para a produção. Nada impede de se melhorar e criar uma nova raça. Sempre, ao mesmo tempo, trabalha-se com seleção. Pirâmide de produção: núcleo – rebanhos multiplicadores, rebanhos comerciais. O fluxo de material genético dá-se pelo núcleo aos rebanhos multiplicadores e rebanhos comerciais, e também dos rebanhos multiplicadores para os rebanhos comerciais. Núcleo: onde ocorre o melhoramento genético; desenvolve-se os programas de melhoramento. São granjas de altíssima biosseguridade, e é onde se formam as linhas ou linhagens genéticas de machos e fêmeas. * Linha é um animal resultante do cruzamento de pais de mesma raça onde eu busco reunir características altamente selecionadas (de interesse). * A taxa de reposição é altíssima. * Bisavós (100% de reposição ao ano – macho 6 meses e fêmea dois partos) e Avós (vida útil de 2,5 anos – macho um ano e fêmea três a quatro partos). * Se a progênie não adquirir as características que eu quero, começo novamente com outros pais, até que eu chego em F1 desejável. Estabeleço-o como linha. * Essa linha é destinada ao multiplicador. Multiplicador: Produção de matrizes e reprodutores híbridos. Recebe as linhas, cruza e vende para o rebanho comercial – produz os híbridos (filho de duas linhas genéticas diferentes). * Vende esses híbridos para o comercial. * Pais/Matrizes (macho 2,5 anos e fêmea 5 a 6 partos). Comercial: cruza os híbridos para o abate. Nada impede de comprar uma linha, depende do poder aquisitivo do rebanho comercial. * Filhos (macho 2,5 anos e fêmea 5 a 6 partos). Etapas do programa de melhoramento genético Selecionar animais superiores – as linhas de seleção (machos e fêmeas). Cruzamento entre linhas de seleção (hibridação) para obtenção de animais híbridos. AULA TARDE Toda vez que você compra um animal, tem-se o certificado GRSC. Granjas GRSC: rebanhos ligados ao programa de melhoramento genético de suínos munidos do Certificado de Granja de Reprodutores de Suídeos pelo MAPA: livre de PSC, doença de Aujeszky, Brucelose, Tuberculose, Sarna e livre ou controlada para Leptospirose. Os animais vem com registro genealógico: comprova que os suínos de reprodução foram produzidos em granjas certificadas pelo MAPA. Meta de leitegada: acima de 10. Kg ao nascimento: 1,5 por leitão no mínimo. Peso a desmama 6,7-7,5kg. Desempenho da leitegada reflete o desempenho reprodutivo da mãe em HM e prolificidade. CERTIFICADO DE REGISTRO GENEALÓGICO Sistema de identificação de suínos – sistema australiano de identificação de suínos Trabalha com 1 á 1599 / 1 à 1621 (modificado pelo brasileiro). Pode ser numero do animal, de controle, ou do pai, da mãe e a data de nascimento no calendário zootécnico, ou a data de nascimento inicialmente, depois número do pai e da mãe. Esse sistema se baseia em piques nas orelhas. Os furos no centro das orelhas, onde não tem nervuras. São feitos nas pontas das orelhas e admite-se dois furos nas pontas das orelhas. Faz furos na borda superior, embaixo, na ponta e no meio na OD, tem-se borda superior 3, embaixo 1, ponta 100, meio 400; na OE conta-se 30 superior, 100 na ponta, 10 embaixo, e 800. Embaixo da mãe tem um DR (desempenho reprodutivo). Primeiro número do DR é o número de partos, o segundo é a média do número de leitões nascidos (prolificidade); terceiro número é a taxa de mortalidade de leitões no período de maternidade (admite-se sete); próximo número é o número de leitões desmamados aos 21 dias; o último número é o peso médio da leitegada no desmame. ETRS (Estação de reprodutores suínos): basicamente trabalhavam com GDPD, CA (30 aos 100 kg) e espessura de toucinho aos 100 kg. TG (teste de granja): primeiro número é o GDP do nascimento até 154 dias (22 semanas – período que estaria pronto para o abate); espessura de toucinho em mm mensurada aos 154 dias, C.A., e idade que levou para atingir o peso de abate (110-120kg). * Espessura de toucinho avalia entre a última VL e a primeira VS por US ou pistola (tipificação eletrônica), na altura da décima e décima primeira costela, da última costela e na última VL e primeira VS (mais comum). * ET: alta correlação negativa com rendimento em carne; alta herdabilidade. CERTIFICADO DE CONTROLE DE GENEALOGIA EMBRAPA Ms58 (1995): LD X LW F1 LL Hampshire x DU F1: HD x Pietran F2: HDP x LL MS58 MS60 (2000) DU x LW F1: DL x Pietran F2: MS60 MS115 (2008) a nova geração light. TopigsPi x LW F1: ½ Pi ½ LW x Pietran ¾ pi ½ LW (Tybor) Topigs 40 (1/2 Pietran x ½ LW) Simulação de dois cruzamentos P: Tybor x Topigs 40 5/8 Pietran 3/8 LW P = Chico x LWLD Chico: LD ¾ LD ¼ LW P = Morfeu x LWLD Morfeu: ¼ LW ¼ DU ½ Pietrain 3/8 LW 1/8 DU 2/8 PI 2/8 LD
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