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Aula 2 ACÚMULOS INTRACELULARES

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ACÚMULOS INTRACELULARES- DEGENERAÇÃO
Acúmulos intracelulares estão associados a mudanças no metabolismo:
-Genética
-Adquiridas
Degeneração: Termo inespecífico e impreciso, mas útil para designar coletivamente vários tipos de alteração a nível celular em que há perturbação ou redução do metabolismo, podendo levar a acúmulo de substancias intracelulares ou extracelulares.
Tipos: alterações no metabolismo dos carboidratos, alterações no metabolismo das proteínas, alterações no metabolismo dos lipídeos, alterações no metabolismo dos pigmentos e substancias minerais, atrofias, necrose e apoptose, calcificação.** As degenerações são lesões celulares reversíveis (dependendo do tempo em que essas células estão estimuladas); decorrem de alterações celulares bioquímicos – acúmulos de substâncias intracelulares.
Causas mais comuns de lesão celular: isquemia (persistente), lesão por agentes vivos (ex: vírus da hepatite C), lesão por agentes químicos (ex: poluição), lesão por agentes físicos (ex: luz solar), doenças autossômicas.
Vias metabólicas mais comumente afetadas: respiração aeróbica (fosforilação oxidativa e produção de ATP), manutenção da integridade das membranas celulares, síntese de enzima e de proteínas estruturais, manutenção do aparelho genético
*Se falta ATP, falta energia para a célula. Falta energia para manutenção da bomba de Na+ e K+, causando um acumulo de água na célula.
Degerações ocorrem devido à alterações metabólicas de células lesadas.São caracterizadas por acúmulos intracelulares. São lesões subletal, reversíveis (maioria) /irreversíveis.
Acúmulos Intracelulares
1ª categoria: constituinte celular normal. Água, lipídeos, proteínas e carboidratos. São mais comuns e na sua grande maioria, são reversíveis.
2ª categoria: substancia anormal. 2 subtipos:
-Endógeno: produto da síntese ou metabolismo anormal
-Exógeno: minerais e produtos de agentes infecciosos
Podem acumular transitoriamente ou permanentemente. Podem ser inofensivas para as células ou intensamente tóxicas.
Ex: Na HAS, as proteínas começam a se depositar no endotélio das artérias, diminuindo a luz e atrapalhando a saída do plasma 
**Um elemento pode ser transitório e intensamente tóxico. Ex: beber um pouco de cerveja todos os dias.
-Se a carga for controlada ou interrompida, o acúmulo é reversível. Porém se ocorrer doenças por depósito genético, pode causar lesão celular com morte de tecido ou morte do paciente. Esteatose: acúmulo de triglicerídeo em células do parênquima de um órgão. Ocorre principalmente no fígado, mas pode ocorrer no coração, nos rins e nos músculos.
O fígado é o principal por conta do metabolismo dos lipídeos acontecer nele.
*Parênquima de um órgão: principais células de um órgão.
No fígado é os hepatócitos.
Causas: abuso de álcool (causa principal); toxinas; desnutrição proteica; obesidade e hipóxia.
Álcool: Induz hepatoxinas. Altera as funções mitocondriais e microssômicas, aumentando a síntese e a redução da degradação dos lipídeos, levando ao acúmulo de depósitos intracelulares.
Tetracloreto de carbono E Desnutrição proteica: ambos causam a redução de sínteses de apoproteínas. (Proteína que liga os lipídeos formando lipoproteína)
Hipóxia: pouco o2. Causa a inibição dos ácidos graxos.
Inanição: aumento da mobilização de ácidos graxos de reserva (estão nas células de reserva. Fazem caminho contrário e passam a se depositar nos órgãos, mas não há aproveitamento). Oxidação das reservas de energia gerando acúmulo.
Qualquer perturbação que ocorre nas células do fígado pode levar ao acúmulo de drogas.
Morfologia Macroscópica da Esteatose Hepática
Esteatose leve pode não afetar a aparência macroscópica do fígado. (Mas se tirar um fragmento do fígado, terá alterações significativas). Se o acumulo for progressivo o órgão aumenta e torna-se progressivamente amarelo. Em casos extremos pesa de 2 a 4 vezes mais, com bordas arredondadas e com aparência amarela, brilhante, macia e uniforme.
Degeneração turva/Hidrópica: alterações degenerativas que atinge células parenquimatosas, principalmente no fígado, rins e coração. Essas alterações ocorrem nas mitocôndrias com acúmulo de agua. 
Causas: infecções agudas (septicemia, pneumonia, difteria e meningite); tóxico endógenos (icterícia); carência de o2; desnutrição grave. 
Evolução: processo reversível (se afastar as causas). Se houver alterações profundas, é irreversível e produz morte celular.
Órgão fica com aumento de volume, é pálido, com diminuição de brilho (Aspecto Macroscópico). Quantidade variável de grânulos no citoplasma, devido à diluição que a água causa no citoplasma, empurrando “partes”. (Aspecto Microscópico)
Patogênese: Redução das oxidações nas mitocôndrias, por causas variadas. Fica com uma carência de energia na membrana celular, causando a perda da capacidade de regular a permeabilidade celular. Tem a saída de potássio da célula e a entrada de sódio da célula (tem a entrada de água junto, e não tem a bomba funcionando para tirar), há o aumento da pressão osmótica, entra agua na célula, tendo a tumefação das mitocôndrias.
Importância: Existem algumas condições de anoxia aguda (intoxicações), há alterações morfológicas celulares precoces. Na medicina forense, indica anoxia grave de causa variada (monóxido de carbono, hipovolemia, ácido cianídrico). Alterações vascular nos hepatócitos centrolobulares tem como característica a morte por impedimento de respiração.
Degeneração Hialina: Acúmulos de proteínas no interior das células, formando pequenos grânulos acidófilos. Material proteico. Morfotintorial, material acidófilo, vítrio no interior da célula. Alterações que levam ao seu acúmulo, variam de caso a caso. Presente: Hipertensão essencial (arterial), doença difusa do tecido conjuntivo, etc. 
Degenerações Hialinas epiteliais (celular)
Vão ocorrer principalmente dentro das células. Abrange: corpúsculo de Russel; degeneração hialina gotícular do túbulo renal; alterações hialinas hepáticas. 
1) O corpúsculo de Russel é encontrado em processos inflamatórios crônicos ricos em plasmócitos. Encontra-se no citoplasma dos plasmócitos e, mais frequentemente, livre nos tecidos. Apresenta-se de forma esférica hialina. 
2) Degeneração Gotícular do túbulo renal: surgimento de várias gotículas hialinas dentro das células. Ocorre principalmente em doenças renais onde o glomérulo permitirá a passagem de proteínas que serão pinocitadas. Há um aumento na reabsorção de proteínas nas vesículas e proteinúria;
 3) Alteração Hialina hepática: Descrita por Mallory na cirrose alcoólica do fígado e carcinoma hepático. São massas hialinas de tamanho e forma irregular em grumos no citoplasma dos hepatócitos. Encontrada em alcoólatras crônicos (sendo característica e não sinal patognomico) ou na hipóxia, choque e avitaminose. Pode evoluir para morte celular. Ocorre devido a destruição de proteínas do citoesqueleto, por exemplo.
Degeneração Hialina conjuntiva
Origem sanguínea e estruturas conjuntivas. Encontradas em glomérulos renais e cicatrizes. Presentes em hipertensão essencial, diabetes mellitus, glomerulonefrites, arteriosclerose. Microscopicamente os glomérulos atingidos vão reduzir o volume e pode transformar-se em uma bola hialina (halinose). Pode ter o estreitamento da luz da artéria pouco a pouco., causando hialinização sobre os glomérulos.
Ocorre fora da célula; Deposição extracelular ou intersticial de material hialino (vítreo, claro, homogêneo, translúcido, amorfo, denso, eosinofílico e refringente) no tecido conjuntivo e nas membranas basais, de modo a alterar a proporção Núcleo/Colágeno e aumentar a eosinofilia do tecido

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