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3 PRINCÍP ECA 2015

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PRINCÍPIOS ORIENTADORES DO DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SANTA TEREZINHA-FEST
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
A Natureza Jurídica do Direito da Criança e do Adolescente
Sofreu uma transformação essencial com o advento da Constituição de 1988;
a natureza jurídica defendida por Munir Cury:
“Pela natureza de suas normas, o Direito do Menor é jus cogens - o Estado surge para fazer valer a sua vontade, diante de sua função protecional e ordenadora.
O Direito do Menor está situado na esfera do Direito Público, em razão do interesse do Estado na proteção e reeducação dos futuros cidadãos que se encontram em situação irregular.”
 Norma cogente - não podem os particulares quererem alterar as normas do ECA a seu bel prazer.
O Estatuto da Criança e do Adolescente é um sistema aberto de regras e princípios.
As regras fornecem a segurança AO delimitar a conduta;
Os princípios 
Expressam valores e fundamentam as regras.
Exercem função de integração sistêmica
Valores fundantes da norma
Princípios que Regem o Estatuto da Criança e do Adolescente
1- Princípio da dignidade humana 
perpassa por todo ordenamento jurídico - amplamente utilizado no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Metas Princípios
2- Princípio da Prioridade Absoluta
Postulado normativo
3- Princípio do Melhor Interesse
 4-Princípio da Municipalização
Paulo Lúcio Nogueira elenca 14 princípios pertinentes à proteção infanto-juvenil - os chamados derivados.
O Paragrafo Único do artigo 100 do ECA.
Princípios derivados
a) Condição da criança e do adolescente como sujeito de direitos;
b)Responsabilidade primária e solidária do Poder Público;
c) Privacidade;
d) Intervenção precoce;
e) Intervenção mínima;
f) Proporcionalidade e atualidade;
g) Responsabilidade parental;
h) Prevalência familiar;
i) Obrigatoriedade de informação;
j) Oitiva obrigatória e participação.
2- Princípio da Prioridade Absoluta
O princípio da Prioridade Absoluta
Constitucional - previsto no artigo 227 da CF e no artigo 4º. Da Lei 8.069/90 – ECA
No artigo 227 da CF:
“ é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
No art. 4º da Lei 8.069/90
 
É dever da família, comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: 
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; 
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; 
C) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; 
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. 
Princípio da Prioridade Absoluta
Primazia em favor da criança e dos adolescentes em todas as esferas de interesse;
Família tem o dever pelo bem-estar de suas crianças e adolescentes;
A sociedade tem a comunidade parcela mais próxima da criança e do adolescente comungando dos mesmos costumes responsáveis pelo resguardo de seus direitos;
O Poder Público em todas as esferas – legislativa, judiciária e executiva- é determinado o respeito e resguardo com primazia dos direitos fundamentais infanto-juvenil.
Princípio do Melhor Interesse
- Tem a sua origem no instituto do direito anglo-saxônico do parens patrie - Estado assumia a responsabilidade pelos indivíduos juridicamente limitados - os loucos e os menores.
EM 1959 com a Declaração dos Direitos da Criança o princípio do melhor interesse consolidou-se.
Na égide da doutrina da situação irregular - princípio presente no Código de Menores em seu art. 5º.
Com a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança - a doutrina da proteção integral, mudou o paradigma de orientação do princípio do melhor interesse.
- Esse princípio tornou-se tanto orientador para o legislador como para o aplicador da norma jurídica - determina a primazia das necessidades infanto-juvenis como critério de interpretação da norma jurídica ou mesmo como forma de elaboração de futuras demandas.
Artigo 100 do Eca inciso IV
Superior interesse da criança - toda intervenção deve atender prioritariamente aos interesses das pessoas em desenvolvimento;
No sistema de Proteção dos direitos da criança e do adolescente - condição de norma supra legal - interesse superior da criança é norma de cumprimento obrigatório;
 Postulado normativo que serve como norte para aplicação de todos os princípios e regras referentes ao direito infanto-juvenil.
Princípio da Cooperação
O princípio da cooperação decorre de que todos – Estado, família e sociedade – compete o dever de proteção contra a violação dos direitos da criança e do adolescente
É dever de todos prevenir a ameaça aos direitos do menor.
Princípio da Municipalização
A partir da Constituição Federal de 1988 - descentralização das ações governamentais na área da assistência social, conforme art. 204, I da CF/88.
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes:
I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;
Seguindo essa linha de raciocínio, o Estatuto da Criança e do Adolescente traz
 Art. 88 São diretrizes da política de atendimento
I – municipalização do atendimento (...)
Para que se possa atender as necessidades das crianças e dos adolescentes é necessário a municipalização do atendimento, para atender as características específicas de cada região. Além do que, quanto mais próximo dos problemas existes e com isso conhecendo as causas da existência desses problemas será mais fácil resolvê-los.
Artigo 100 do ECA
Estado e União são solidários ao município na tutela e resguardo dos direitos infanto-juvenil
III - responsabilidade primária e solidária do poder público: a plena efetivação dos direitos assegurados a crianças e a adolescentes por esta Lei e pela Constituição Federal, salvo nos casos por esta expressamente ressalvados, é de responsabilidade primária e solidária das 3 (três) esferas de governo, sem prejuízo da municipalização do atendimento e da possibilidade da execução de programas por entidades não governamentais.
Sistema de Garantias de Direito 
Responsabilidade do município - cumprir sua função principalmente pelo desenvolvimento social básico nas áreas de educação, saúde e assistência social;
Oferecer condições aos conselhos tutelares, que deverão zelar pelas diretrizes e controle dos fundamentos da direito da criança e do adolescente;
A regra da municipalização - deve estar em consonância com o princípio da responsabilidade solidária, do poder público, bem como da razoabilidade da proporcionalidade. 
Lei 12.010 de 2009
Foi positivado recentemente
O município deverá diligenciar para que exista efetiva política de atendimento direcionada à criança e ao adolescente;
É de responsabilidade do precípua do município instituir essa políticas públicas, considerando as necessidades coletivas de criança e do adolescentes;
Na ausência de política pública geral ou específica poderá o prejudicado (ou o ministério público) valer-se da respectiva ação para exigir
atendimento específico de suas necessidades. 
Lei 12.594 de 18 de Janeiro de 2012
Constituiu o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo –SINASE;
Conferiu ao município o dever de formular , instituir, coordenar e manter o Sistema Municipal de Atendimento Socioeducativo criando e mantendo programas de atendimento para execução das medidas socioeducativas em meio aberto.
Deixa de ser integral do Estado e passa em parte para o município.
Paulo Lúcio Nogueira e seus princípios norteadores do direito da criança e do adolescente 
1- Princípio da prevenção geral
2- Princípio da prevenção especial
3- Princípio do atendimento integral
4- Princípio da garantia Prioritária
5- Princípio da Proteção Estatal
6- Principio da Prevalência dos interesses do menor
7- Princípio da Indisponibilidade dos direitos do menor
8 -Princípio da escolarização fundamenta e profissionalização 
9- Princípio da reintegração e reeducação do Menor
10- Princípio da Sigilosidade
11- Princípio da Respeitabilidade
12- Princípio da Gratuidade
13- Princípio do Contraditório
14- Princípio do compromisso

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