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1º Simulado ENEM 2º dia

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LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145110/PU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
REDAÇÃO 
 
Em face do massacre contra doze crianças inocentes na escola Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, 
perpetrado por um jovem notoriamente insano que fora vítima de humilhações e torturas – quando adolescente – no 
colégio onde realizou o bárbaro ataque, emerge uma discussão social acerca da prática de bullying. A respeito desse 
assunto, leia atentamente os seguintes textos. 
 
Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes 
agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e que são exercidas 
por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a 
possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder. 
O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas 
interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre 
vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desco-
nhecem o problema, ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a 
presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejo-
rativos criados para humilhar os colegas. 
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem tornar-se adultos com sentimentos negativos e 
baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comporta-
mento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio. 
Os autores das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes a famílias 
desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Em 
contrapartida, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reagir ou 
de fazer cessar os atos prejudiciais contra si, que possuem forte sentimento de insegurança, o que as impede de 
solicitar ajuda. 
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que 
as humilhações típicas do bullying são mais comuns em alunos da 5
a
 e 6
a
 séries. As três cidades brasileiras com 
maior incidência dessa prática são Brasília, Belo Horizonte e Curitiba. 
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e o 
Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenização por parte do 
infrator. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, 
tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que o-
corram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho. 
 
Orson Camargo 
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP 
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP 
 
Texto adaptado, disponível em www.brasilescola.com/sociologia/bullying.htm no dia 18/4/2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.DrPepper.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com base na leitura desses textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija 
texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema A responsabilidade das 
famílias e das instituições de ensino a fim de evitar a prática de bullying, apresentando experiência ou proposta de 
ação social, que respeite os direitos humanos. 
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
 
Instruções: 
 Seu texto tem de ser escrito a tinta, na folha própria. 
 Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração, nem poema. 
 O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco. 
 O texto deve ter, no máximo, 30 linhas. 
 O Rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
RASCUNHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 6 
 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
 
LINGUAGENS E CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 
 
 
ESPANHOL 
 
 
TEXTO I 
 
La tarjeta de crédito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
La tarjeta de crédito magnética ha adquirido mayor 
vigencia que la cédula de identidad y el pasaporte, los 
cuales padecen de las limitaciones de la nacionalidad, del 
nacionalismo o de las limitaciones de la provincia. Con ella 
se puede ir y venir por el mundo, cruzando territorios y 
fronteras, regímenes políticos y culturas, lenguas y religiones. 
Compra lo que se quiera y donde se quiera, siempre con la 
tranquila confiabilidad de alguien que demuestra confiabilidad. 
Así se combinan la tarjeta y el consumismo, las dos facetas 
más evidentes del tipo de ciudadanía característico del 
neoliberalismo. 
Por otra parte, la tarjeta constituye un símbolo de 
inclusión en el grupo de los que tienen poder de compra 
mayor y, por tanto, crédito. Sin embargo, esa visión es 
todavía superficial, puesto que existe un gran número de 
semiexcluidos que se quedan sobre el muro de las 
circunstancias: tiene tarjeta, pero poquísimo crédito y deudas 
cada vez mayores. Pero lo peor es que hay un gran número 
de “ciudadanos” brasileños excluidos por completo y que 
desconocen la tarjeta, el crédito bancario y la satisfacción 
de las propias necesidades básicas. 
 
(Adaptado de la Revista Fundação SEADE, São Paulo, SEADE, 
1998, vol. 2. Adaptación y traducción de Henrique Romanos.) 
 
 
01. Que tipo de denúncia faz o autor no texto? 
a) que o cartão de crédito é um instrumento que leva o 
cidadão à miséria. 
b) uma denúncia em relação ao tipo de cidadania exis-
tente no neoliberalismo. 
c) a utilização do cartão de crédito como documento 
de identificação em substituição à carteira de identi-
dade. 
d) ao uso indevido do cartão de crédito por parte do 
consumidor. 
e) a falta de segurança na utilização do cartão de cré-
dito. 
 
TEXTO II 
 
 
Brasil lanza marca para promover 
turismo y comercio exterior 
 
 
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El Gobierno brasileño presentó la “Marca Brasil”, 
un logotipo que identificará al país en el exterior y se 
usará para promocionar el turismo y los productos 
locales. La “Marca Brasil”, una superposición de formas 
sinuosas de varios colores, con el nombre del país en el 
centro, ha sido presentada a la prensa y a empresarios 
de São Paulo por los ministros de Turismo, Walfrido 
Mares Guía, y del Desarrollo, Industria y Comercio, 
Luiz Fernando Furlan. 
Las formas del logotipo se basan en el sinuoso 
“jardín acuarela”, diseñado en 1938 por el paisajista 
brasileño Roberto Burle Marx para el Palacio Capanema 
de Río de Janeiro, y reflejan tanto el patrimonio natural 
como la alegría del pueblo brasileño, explicó el director 
de Mercadotecnía, Édson Campos, de la oficial 
Empresa Brasileña de Turismo (Embratur). 
La “Marca Brasil”, escogida por medio de 
concurso público, reúne el color verde, que representa la 
selva brasileña, el amarillo (playa, luz y calor), el azul 
(aguas y cielo), el blanco (de las manifestaciones 
religiosas como las del Estado de Bahía), el rojo y el 
naranja (que reflejan las fiestas populares del país). 
“No se trata de una marca limitada al turismo, ni 
será de un único gobierno, sino que será una referencia 
nacional”, dijo el ministro Furlan, quien destacó la 
necesidad de mostrar en el exterior que Brasil ofrece 
muchas cosas más, además de “samba, café y Pelé”. 
El logotipo se usará en todas las campañas de 
promoción turística de Brasil y en los próximos días, se 
va a formar un grupo de trabajo que se encargará de 
reglamentar su uso por parte de las empresas 
privadas que quieran usarla en sus productos de 
exportación. 
Por su parte, el ministro de Turismo señaló que 
la “Marca Brasil” resalta la “alegría, la cordialidad y la 
hospitalidad” del pueblo brasileño. 
http://www.exportapymes.com/ 
 
 
02. De acordo com o texto, é correto afirmar que 
a) “Marca Brasil” tem como finalidade promover o 
turismo e os produtos brasileiros no exterior. 
b) “Marca Brasil” reafirmará, no exterior, que o Brasil é 
samba, café e Pelé. 
c) a “Marca Brasil” foi escolhida por um grupo de políti-
cos nacionalistas. 
d) uma crítica feita à “Marca Brasil” é que ela é de uso 
exclusivo do governo. 
e) a “Marca Brasil” ressalta os valores ideológicos do 
Partido dos Trabalhadores (PT). 
 
 
 
 
 7 
 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
03. No fragmento “... las empresas privadas que quieran 
usarla...” (Ls. 31 e 32), o termo sublinhado faz referência 
a) à referência nacional. 
b) à declaração do ministro Furlan. 
c) a muitas coisas além de samba, café e Pelé. 
d) à Marca Brasil. 
e) à alegria do povo brasileiro. 
 
TEXTO III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
04. Observando o conteúdo da tira, é correto afirmar que 
a) percebemos uma ironia em relação ao fato dos apo-
sentados não utilizarem seu tempo livre em algo 
realmente útil. 
b) Libertad e Mafalda enfatizam o importante papel dos 
aposentados na sociedade atual. 
c) há uma crítica violenta aos aposentados, pois eles 
nada fazem e recebem um salário excelente. 
d) a utilização dos aposentados como álibe para criticar 
a política social do governo. 
e) há um humor negro ao utilizar-se de um segmento 
social vilipendiado para defender uma ideologia 
socialista. 
 
05. Na tira o humor reside no fato de 
a) Libertad e Mafalda discordarem quanto à utilização do 
exército. 
b) Libertad propor uma greve geral dos aposentados. 
c) Libertad representar o sonho e Mafalda a realidade. 
d) Libertad representar o socialismo e Mafalda o capi-
talismo. 
e) Libertad fazer uma proposta coerente e factível. 
 
 
INGLÊS 
 
 
Rehab 
 Amy Winehouse 
 
They tried to make me go to rehab 
But I said 'no, no, no' 
Yes, I've been black, but when I come back 
You'll know-know-know 
I ain't got the time 
And if my daddy thinks I'm fine 
He's tried to make me go to rehab 
But I won't go-go-go 
 
I'd rather be at home with Ray 
I ain't got seventy days 
'Cause there's nothing 
There's nothing you can teach me 
That I can't learn from Mr. Hathaway 
 
I didn't get a lot in class 
But I know it don't come in a shot glass (…) 
 
 
01. O trecho acima faz parte da letra da música “Rehab” 
da cantora britânica Amy Winehouse, que evidencia 
um dos maiores problemas enfrentados pelas famílias 
de dependentes químicos. O problema é apresentado 
em qual das alternativas abaixo? 
a) O dependente químico se recusa a admitir a sua 
dependência e a procurar por tratamento adequado 
em clínicas de reabilitação. 
b) O dependente químico está sempre em conflito com 
a família, principalmente com o pai, que para ele 
representa a figura do opressor dentro do seio familiar. 
c) O dependente químico se recusa a procurar a ajuda 
da família, fazendo a opção de se internar em uma 
clínica de recuperação para viciados em drogas. 
d) O dependente químico acaba por desenvolver déficit 
de aprendizagem na escola, o que leva a constantes 
conflitos com os pais. 
e) O dependente químico normalmente foge de casa 
para procurar ajuda em clínicas especializadas na 
recuperação de viciados em entorpecentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
02. A página acima pertence ao hotel Bonft and Mountain Lodge, localizado na cidade canadense de mesmo nome. Após 
analise das informações contidas no “site”, qual dos serviços abaixo é oferecido pelo hotel? 
a) Café da manhã. 
b) Quarto para bagagens. 
c) Roupas de cama. 
d) Traslado para o aeroporto. 
e) Preços em dólar americano. 
 
 
 The way we travel is changing fast. Today many people book their holidays through the Internet. Low cost 
airlines like Ryan Air work almost exclusively online. The Internet also offers photographs and information about any 
destination in the world. In the past a computer was necessary – it isn`t anymore. “Smart” mobile phones – and now iPad – 
are revolutionizing travel again. 
Speak Up – Ano XXIII – No 283 – p. 8 
 
 
03. O texto acima evidencia uma tendência observada nos últimos anos no uso de novas tecnologias. Essa tendência 
pode ser resumida com a seguinte informação: 
a) Para se viajar com segurança e pontualidade, nos dias de hoje, é necessário que todos os arranjos da viagem sejam 
feitos pela Internet. 
b) A maioria das empresas de transporte aéreo do planeta usam, quase que exclusivamente, o serviço de venda e 
reserva de passagens pela Internet. 
c) A Internet é a opção mais utilizada por turistas do mundo inteiro para compra de passagens e reserva em hotéis no 
mundo inteiro. 
d) O uso de smart phones e tablets vem substituindo o computador como opção para a contratação de serviços 
de viagens. 
e) Os computadores vêm causando uma revolução na forma como as pessoas escolhem seus destinos durante 
as férias. 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
teasing
leaving
some
body
outthreats
G
O
S
S
I
P
I
N
G
meanwords
BULLYING
name-calling
hittin
g
steali
ng
ki
ck
in
g
pus
hin
g
damaging
property
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.googlecom/imgres?imgurl=htpp://lisarusse
ll.org/blog/wp-content/upoads/2010/10/bullying. 
 
04. O cartaz acima faz parte de uma campanha contra o 
bullying, a prática de violência física e psicológica contra 
crianças e adolescentes fragilizados, muito comum em 
escolas de todo o planeta. Dentre as ações dos agres-
sores que são rechaçadas pelo cartaz estão: 
a) Violência sexual e invenção de boatos. 
b) Ameaças e danos ao patrimônio. 
c) Chutes e cárcere privado. 
d) Provocações e estupro. 
e) Isolamento e mutilação. 
 
Sweet dreams 
 
“Sleep has its own world,” said the poet Lord Byron. 
We all sleep. We all dream. We spend around a third of 
our lives doing it, but still we know little about this strange 
other world. Sleep is a natural process, following the circadian 
rhythm and the cycles of darkness and light. It is something 
that humans have in common with most living things: 
plants, birds and animals. However, what has gone almost 
unnoticed until recently is that human sleep patterns have 
undergone significant change. “Our society has seen a 
steady decline in the number of hours that people sleep,” 
says Professor Francesco Cappuccio, head of sleep 
research at the University of Warwick in England. “Our 
ancestors used to sleep probably nine hours a night and 
now we hardly sleep six or seven hours a night.” 
 
Speak Up – Ano XXIII – N
o
 283 – p. 37 
 
05. A frase atribuída ao poeta Lord Byron serve como 
explicação 
a) para o fato de o ser humano dormir menos nos dias 
de hoje do que no tempo dos nossos ancestrais. 
b) para o pouco conhecimento que ainda dispomos do 
mundo do sono e dos sonhos. 
c) para as mudanças ocorridas na forma de dormirmos, 
verificada nas últimas décadas. 
d) para o fato dos nossos ancestrais dormirem muito 
mais do que nós. 
e) para o fato dos seres humanos, das plantas, dos 
animais e dos pássaros dormirem, em média, o 
mesmo tempo todas as noites. 
PORTUGUÊS 
 
 
 Texto para a questão 06. 
 
 
 
Linguagem inata 
 
 
Se você é uma daquelas pessoas que odeiam estudar 
gramática, talvez se sinta mais confortável em saber que 
você já “nasceu sabendo”. É o que sugere um estudo de 
Marie Coppola e Elissa Newport, especialistas em ciências 
cognitivas da Universidade de Rochester, em Nova York. 
Um experimento com um grupo de surdos da Nicarágua 
indica que a língua de sinais que utilizam – aprendida em 
casa, sem uma educação formal – incorpora o conceito 
gramatical de sujeito da oração, presente em todas as 
línguas humanas conhecidas. Tal fato parece confirmar 
uma tese que o linguista americano Noam Chomsky 
defende desde os anos 50: a de que a gramática é inata 
ao homem, em vez de adquirida pelo aprendizado. Para 
Chomsky, a rapidez com que uma criança aprende uma 
língua se deve a uma disposição inata para o domínio da 
gramática. 
Superinteressante, São Paulo, mar. 2006. 
 
 
 
06. Em um processo de comunicação, a linguagem é 
expressa de acordo com a função que se deseja enfa-
tizar. No texto posto acima observamos que 
a) a ênfase é dada à função referencial, que ocorre 
quando o destaque na comunicação é o referente, 
que representa o objeto ou assunto abordado na 
mensagem. A intenção essencial do emissor do texto 
é transmitir informações sobre o referente, limitando 
as interferências pessoais ao mínimo. 
b) o destaque é dado à função poética que ocorre 
quando se enfatiza a mensagem ou o texto, quando é 
trabalhada a própria forma da linguagem. A ênfase 
recai sobre a construção do texto, a seleção e a 
disposição das palavras. 
c) o texto em questão enfatiza a função fática, pois o 
destaque é dado ao canal de comunicação ou de 
contato. A intenção é iniciar um contato, através de 
cumprimentos. 
d) predomina a função metalinguística que tem como 
fator essencial o código. O objetivo da mensagem é 
referir-se a própria linguagem. 
e) o destaque é dado à função apelativa, a ênfase recai 
no receptor a quem se deseja persuadir através da 
mensagem do texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
07. Figuras de linguagem são recursos semânticos usados 
para realçar as palavras e dar a elas maior expressivi-
dade, permitindo empregá-las num sentido diferente 
da significação convencional a que se está habituado. 
Observe a tira posta abaixo e marque o que estiver 
correto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Folha de S. Paulo, São Paulo, 12 nov. 2002. 
 
 
a) Observamos a presença de antonomásia que é a 
substituição de um nome próprio por uma expressão 
que lembra uma característica, uma qualidade ou 
que, de alguma outra forma, identifica a pessoa a 
qual ela se refere. 
b) A tira apresenta metáfora que é uma comparação 
oculta, ou o emprego de uma palavra em sentido 
figurado. 
c) Temos um caso de eufemismo que é a suavização 
da linguagem, para não chocar o interlocutor. 
d) A tira exemplifica um caso de prosopopeia, pois 
atribui atitudes humanas a objetos. 
e) Temos, na tira, um caso de pleonasmo que se 
caracteriza pelo uso redundante das palavras, para 
reforço ou realce da ideia. 
 
 
 Texto I 
 
 
João Paulo e Barbieri não preocupam 
 
 
 
A final de hoje com o Guarani é a coroação de um 
trabalho que se iniciou em janeiro. O resultado depende do 
que ocorrer dentro das quatro linhas. Fizemos tudo o que 
tinha que ser feito. Resta esperar pela partida. Acredito no 
meu time apesar das entradas de João Paulo e Barbieri na 
equipe deles. Nós também teremos o Paulinho Carioca. 
 
 
Durante a semana fui sempre entrevistado sobre as 
modificações do Guarani. Estão dando muita importância 
a isso. Eles são dois bons jogadores, mas não sei se 
muda alguma coisa. Achei que o Tozin e o Careca foram 
muito bem no domingo passado e estão com mais ritmo. 
Vou colocar o Paulinho para jogar nas costas do 
Marquinhos. Sei que dará preocupação. Esta história de 
que o jogador do Guarani vai bater não me preocupa. 
Jogador não pode ter medo de ninguém. 
Quanto ao Neto, não pretendo colocar ninguém 
marcando-o. É um bom jogador e que precisa ser vigiado, mas 
não haverá alguém destacado especialmente para isso. 
Jair Pereira (técnico do Corinthians) 
 
 
 Texto II 
 
Paulinho pode atrapalhar o Corinthians 
 
 
 
Com o empate alcançado pelo Guarani no último 
domingo, em pleno Morumbi lotado quase que exclusiva-
mente com a torcida adversária, aumentaram em muito as 
responsabilidades do Corinthians para o jogo de hoje. 
Nesse meu primeiro contato com o Corinthians pude reforçar 
minha ideia de que eles não têm um plano de jogo definido. 
Tanto que somente pressionaram o Guarani nos primeiros 
minutos do segundo tempo. Para o jogo final, dois fatores 
poderão agravar esse aspecto: a escalação do Paulinho 
Carioca e a contusão de Marcelo. 
A obrigação de vencer por parte do Corinthians foi 
redobrada. Dessa forma, o que eu aguardo é um adversário 
mais ofensivo em relação ao último jogo. Mas só aparen-
temente isso poderá ser uma vantagem. O time que joga 
forçando o ataque arrisca o sistema defensivo, expõe a 
defesa aos contra-ataques. 
O Guarani, certamente, vai manter o padrão de jogo 
apresentado durante todo o campeonato. 
 
José Luiz Carbone (técnico do Guarani) 
 
08. Para compreender o significado dos dois textos acima, 
é necessário considerar as condiçõesem que foram 
produzidos. Eles seriam lidos pelos torcedores e talvez 
pelos próprios jogadores horas antes da realização do 
jogo decisivo. Após uma atenta leitura dos textos assi-
nale o que está correto. 
a) Nenhum dos dois técnicos pode ser acusado de estar 
dizendo mentiras. Apesar disso, na perspectiva do 
técnico corintiano, a vantagem é do Guarani; 
enquanto que na opinião do técnico do Guarani a 
vantagem é do Corinthians. 
b) O técnico do Guarani ressalta que a escalação de 
Paulinho e a contusão de Marcelo são pontos positivos; 
o técnico do Corinthians interpreta a escalação de 
Paulinho como um problema e faz silêncio sobre a 
contusão de Marcelo. 
c) Como se pode notar, ambos os técnicos colocaram 
em evidência as qualidades do próprio time, escon-
dendo os defeitos; e explicitaram os defeitos da e-
quipe contrária, escondendo ou subestimando as 
qualidades. 
 
 
 
 11 
 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
d) Carbone faz referência ao empate do jogo anterior 
como vantajoso para o Corinthians, já que foi um 
resultado conseguido no campo adversário e sob 
pressão da torcida adversária; Jair Pereira prefere 
desprezar esses aspectos e ressaltar que o Guarani 
fez uma boa campanha e que o jogo será decidido 
dentro das quatro linhas. 
e) A escalação de Barbieri e de João Paulo no lugar 
de Tozin e Careca é valorizada pelo técnico do 
Corinthians. Com efeito, ao desvalorizar a atuação dos 
dois atletas que seriam substituídos, Jair Pereira 
pretende desqualificar a exagerada importância que 
vinham dando à entrada de Barbieri e João Paulo. 
 
 Texto para a questão 09. 
 
 
 
Tente outra vez 
 
 
Veja 
Não diga que a canção está perdida 
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida 
Tente outra vez. 
 
Beba 
Pois a água viva ainda está na fonte 
Você tem dois pés para cruzar a ponte 
Nada acabou, não, não 
 
Tente 
Levante sua mão sedenta e recomece a andar 
Não pense que a cabeça aguenta se você parar 
Não, não, não 
 
 
 
 Texto para a questão 10. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há uma voz que canta 
Há uma voz que dança 
Uma voz que gira, bailando no ar 
 
Queira 
Basta ser sincero e desejar profundo 
Você será capaz de sacudir o mundo 
Vai 
 
Tente outra vez, tente 
E não diga que a vitória está perdida 
Se é de batalhas que se vive a vida 
Tente outra vez. 
 
RAUL SEIXAS; PAULO COELHO; MARCELO MOTTA. 
In: Raul Seixas – Minha História – 14. 
 
09. Após a leitura do texto é correto afirmar que 
a) a expressão “a canção está perdida” faz referência 
à perda dos valores materiais e à conservação dos 
sonhos. 
b) o sentido conotativo de “a água viva ainda está na 
fonte” pode ser entendido como uma referência à 
morte dos sonhos. 
c) a frase “Você tem dois pés para cruzar a ponte” pode 
ser interpretada como um indicativo da morte como 
solução para os problemas. 
d) na letra da canção há um incentivo para que aquele 
que se sente vencido continue a sua luta, persistindo 
em busca dos sonhos. 
e) a mensagem da canção é de cunho pessimista 
evidenciando uma visão de mundo cética por parte 
do eu lírico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10. O e-mail é um gênero textual usado para trocar 
mensagens pela Internet, comunicando a alguém um 
assunto pessoal ou profissional. 
Um grande número de pessoas hoje utiliza o e-mail 
para se comunicar a distância com maior rapidez e 
eficiência. Muitas vezes ele é usado em substituição 
ao telefone, à carta, ao telegrama. Suas mensagens 
podem ser enviadas e recebidas a qualquer instante, 
conforme a conveniência do remetente e do destinatário. 
Observando o e-mail posto na página anterior é correto 
afirmar: 
a) A linguagem empregada foi a informal, visto que os 
interlocutores são pessoas amigas e têm certa 
intimidade. 
b) A repetição do ponto de exclamação sugere forma-
lidade por parte dos interlocutores. 
c) No texto do e-mail não há nenhum ponto de seme-
lhança com a carta pessoal. 
d) O objetivo da mensagem é informar sobre a saudade 
sentida pelo remetente. 
e) O fato de ter usado uma linguagem informal com 
traços giriáticos torna a mensagem hermética. 
 
 Texto para a questão 11. 
 
 
 
“Seja feliz! Isto é uma ordem!” 
 
 Eugênio Bucci 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[...] Será possível que alguém seja feliz por obediência? 
A felicidade pode ser produzida por um comando, por uma 
ordem? 
Claro, qualquer um responderá que não. A ideia de 
felicidade, por mais precária que seja entre nós, supõe um 
grau mínimo de liberdade. A gente é feliz quando faz o 
que quer, mesmo que ninguém consiga saber direito o que 
quer e o que deseja. Feliz é quem sabe o quer e o que 
deseja (querer e desejar são níveis diferentes do ser) e se 
concilia com isso. 
[...] Pode até haver algum tipo de prazer em deixar-se 
dominar, mas não há felicidade nisso. A felicidade, 
pensamos, e pensamos com razão, não se impõe. 
Não obstante, a felicidade nos é imposta como 
obrigação. Digo isso a propósito da massa cada vez mais 
avassaladora da publicidade natalina e da programação 
“felicidificante” que toma conta da TV quando chegam as 
festas de fim de ano. As criancinhas produzidinhas multi-
culturaizinhas e devidamente multiétnicas entoam em torno 
da árvore de Natal a velhíssima canção “hoje é um novo 
dia de um novo tempo” etc. A moça linda chora porque 
ganhou um anel. Roberto Carlos geme num acorde perfeito 
maior. Os astros têm dentes alvos modelados na ortodôntica 
indústria do entretenimento e sorriem seus sorrisos pré-
fabricados. Os embrulhos de Natal e os votos de feliz Ano 
Novo se confundem num único e ininterrupto imperativo: 
“Seja feliz! Isso é uma ordem!”. 
É incrível como o discurso que reprime se esconde 
por trás do discurso que vende a felicidade como a mais 
preciosa das mercadorias. O discurso da TV, que é o 
discurso do comércio disfarçado de informação e diversão, 
que procura estabelecer os padrões de comportamento, 
obriga o telespectador a ser feliz. Como se fosse um general 
ou um feitor de escravos, de chicote na mão. Um coman-
dante que ordena: “Goze, seja feliz, seu verme inútil e 
tristonho!” O inferno, quem diria?, é feito de votos de felici-
dade comercial. Que não são votos, mas ordens: “Compre, 
embriague-se de mercadorias. E depois ache tudo ótimo, 
inenarrável.” [...] 
 
Folha de S. Paulo, São Paulo, 29 dez. 2002. (Fragmento) 
 
11. A crítica é um texto argumentativo cujo objetivo é 
informar o leitor e levá-lo a refletir. No texto, posto 
acima, o objetivo do autor é mostrar ao consumidor a 
verdadeira intenção das campanhas publicitárias, que 
impõem a compra de produtos, com a promessa da 
obtenção de felicidade. 
Com base na leitura do texto é correto afirmar que 
a) de acordo com o texto, a ideia de felicidade não está 
necessariamente ligada à ideia de liberdade, pois 
quando se tem liberdade de escolha nem sempre se 
escolhe o que é melhor. 
b) quando o autor argumenta que não há felicidade 
imposta ele se refere às campanhas publicitárias, ao 
marketing, que querem nos impor uma felicidade 
“pré-fabricada”, alcançável apenas pela compra de 
algo. 
c) na passagem “... as criancinhas produzidinhas 
multiculturaizinhas...” o diminutivo tem caráter 
carinhoso, pois a criança é sempre símbolo de 
inocência e felicidade. 
d) a passagem “... o inferno, quem diria?, é feito de votos 
de felicidade comercial. Que não são votos,mas 
ordens...”. Pode ser interpretada como a coerência 
que há entre a obtenção da felicidade e obrigação 
de seguir as propostas das campanhas publicitárias. 
e) o autor do texto ao usar a variedade padrão da língua, 
no registro informal com marcas regionais buscou 
uma maior proximidade com o leitor. 
 
 Texto para a questão 12. 
 
A senhora, uma dona de casa, estava na feira, no 
caminhão que vende galinhas. O vendedor ofereceu a ela 
uma galinha. Ela olhou para a galinha, passou a mão 
embaixo das asas da galinha, apalpou o peito da galinha, 
alisou as coxas da galinha, depois tornou a colocar a galinha 
na banca e disse para o vendedor: 
–– Não presta! 
Aí o vendedor olhou para ela e disse: 
–– Também, madame, num exame assim nem a 
senhora passava! 
(Millôr Fernandes) 
 
 
 
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12. A repetição, como o próprio nome indica, corresponde 
à ação de voltar ao que foi dito antes pelo recurso de 
fazer reaparecer uma unidade que já ocorreu previa-
mente. Essa unidade pode ser uma palavra, uma se-
quência de palavras ou até uma frase inteira. No texto 
de Millôr Fernandes observamos a repetição da pala-
vra “galinha”. 
Sobre esse fato é correto afirmar: 
a) Demonstra, de modo claro, a pobreza vocabular do 
autor. 
b) Torna o texto repetitivo rompendo a relação de coesão 
e coerência. 
c) Evidencia o modo de falar das classes menos favo-
recidas, o que se pode perceber pelo uso da palavra 
galinha, quando o ideal seria frango. 
d) A palavra galinha foi repetida quase a exaustão, de 
propósito, exatamente, para provocar no leitor a 
mesma sensação de desagrado que o detalhamento 
da análise feita pela mulher causou no vendedor. 
e) A repetição exaustiva da palavra galinha procura 
mostrar o aborrecimento da mulher diante do vendedor 
que queria que a mesma comprasse a ave sem 
examiná-la. 
 
 Texto para a questão 13. 
 
 
 
Interlúdio 
 
As palavras estão muito ditas 
e o mundo muito pensado. 
Fico ao teu lado. 
 
Não me digas que há futuro 
nem passado. 
Deixa o presente –– claro muro 
sem coisas escritas. 
 
Deixa o presente. Não fales. 
Não me expliques o presente, 
pois é tudo demasiado. 
 
Em águas de eternamente, 
o cometa dos meus males 
afunda, desarvorado. 
Fico ao teu lado. 
 
CECÍLIA MEIRELES. Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1978. 
 
 
13. Após a leitura do poema é correto afirmar que 
a) na duas primeiras estrofes o eu lírico apela para que 
haja mais debates e discussões sobre o passado e 
o futuro. 
b) pela leitura das duas últimas estrofes percebemos 
que o eu lírico reforça toda sua carga de dor e decide 
viver com a pessoa que pode fazê-lo infeliz. 
c) o eu lírico torna claro que teme o presente pelo fato 
de ser incerto e duvidoso. 
d) o desejo do eu lírico em ampliar os debates e as 
discussões sobre o presente e o futuro constitui o 
eixo central do poema. 
e) o eu lírico prefere viver o presente porque esse tempo 
ainda não está definido, escrito, há muito a registrar, 
a ser vivido com intensidade. 
 
14. O cartum é uma espécie de anedota gráfica sobre o 
comportamento humano, o cartum pode usar apenas 
linguagem não verbal ou misturá-la com a verbal. Em 
geral, aborda situações atemporais e universais, isto é, 
que poderiam acontecer em qualquer tempo e lugar. 
Observe o cartum, de autoria do argentino Quino, posto 
abaixo e assinale o que for correto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) O cartum, posto acima, faz uma crítica à impaciência 
do ser humano, isso fica claro pelo comportamento 
das pessoas, na fila, que não deixam o homem 
concluir sua ligação. 
b) Percebemos uma crítica à deficiência no serviço de 
telefonia pública, isso é demonstrado pelo número 
de cidadãos, na fila, disputando um único telefone 
público. 
c) O objetivo do cartunista ao criar esse cartum 
era criticar a maneira irreverente de certas pessoas 
que não sabem conviver socialmente e extrapolam 
seus direitos como cidadãs. 
d) O cartum objetiva destacar a capacidade criadora 
do artista plástico que consegue produzir sua tela 
apenas com informações recebidas pelo telefone. 
e) O cartum objetiva, de modo implícito, mostrar 
a vantagem de ter um telefone celular ao exemplifi-
car visualmente o drama do cidadão ao utilizar a tele-
fonia pública. 
 
 
 
 
 
 
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15. Enquanto a charge costuma transmitir a sua mensagem em uma única imagem, as histórias em quadrinhos podem 
ser definidas como arte sequencial, pois são desenhos em sequência que narram uma história. 
Na arte sequencial, a comunicação se faz por intermédio de imagens que o emissor e o receptor identificam. Para 
“ler” uma história em quadrinhos, é preciso interpretar imagens, relacionar estas com as palavras e perceber relações 
de causa e efeito. 
Os quadrinhos estão por toda a parte. Servem para divertir, mas podem veicular uma mensagem instrucional –– 
podem ser usados para uma campanha de economia de água, para alertar sobre riscos de doenças ou para transmitir 
informativos de trânsito. 
Com base nas informações fornecidas e na análise da história em quadrinhos posta abaixo assinale a informação 
correta. 
 
 
a) O humor, presente nos quadrinhos, se baseia no fato de o personagem Durwood ser um motorista extremamente 
negligente e não perceber isso, culpando os outros motoristas pelo acidente ocorrido. 
b) Observamos uma forte crítica às condições precárias das rodovias brasileiras, fato que gera graves acidentes 
provocando muitas mortes. 
c) A história em quadrinhos mostra o contraste que há entre a grande habilidade dos motoristas e as péssimas condições 
das rodovias brasileiras. 
d) Nos quadrinhos, percebemos uma crítica à atitude alienada e negligente dos policiais de trânsito. 
e) A fala do personagem Durwood ao dizer que lia um anúncio de jornal, estava com uma xícara de café na mão e 
também um laptop, e ainda ligou para uma loja, tudo isso enquanto dirigia mostra quão versátil é o motorista 
brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16. O título sintetiza a ideia principal do texto, por isso é 
curto, nem sempre possui verbo. Ele é uma “moldura” 
do texto e delimita o tema, com uma breve referência 
ao que vai ser exposto. Com base nas informações 
apresentadas indique a opção que apresenta o título 
mais adequado ao texto posto abaixo. 
O aparelho celular é o passaporte da vida 
moderna e, em breve, vai reunir tudo o que você precisa 
na vida digital. Hoje já é um item indispensável. Em 
todo o mundo, há 1,5 bilhão de usuários, número três 
vezes maior que o de proprietários de computadores. 
Só no Brasil são 32 milhões de usuários ativos. A 
grande expectativa para os próximos dois anos é a 3G, 
a próxima geração de celulares. Essa tecnologia vai 
possibilitar o acesso simultâneo e em tempo real a 
serviços e aplicativos de voz, dados, áudio e imagem 
com qualidade de cinema. Vai permitir também que o 
usuário do celular se conecte a serviçosde mensagem 
instantânea, como ICQ e Messenger, e até organize 
uma videoconferência. 
Aparelhos celulares com diversas funções já 
estão se tornando lugar-comum. 
 
Superinteressante. São Paulo, mar. 2005. Edição 
especial: O Livro do Futuro. 
 
a) O drama do celular. 
b) O baixo custo da telefonia móvel. 
c) Ter ou não ter um celular? 
d) Danos à audição. 
e) O melhor amigo do homem moderno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ MARIA DE MEDEIROS (1849-1925): Lindoia, 1882. 
Óleo sobre tela. 54,5cm x 81,5 cm 
Rio de Janeiro, Coleção Cultura Inglesa 
 
 
17. A imagem posta acima representa a morte de Lindoia, 
personagem de uma famosa obra literária do Arcadismo 
brasileiro. Sobre essa obra, é correto afirmar que 
a) trata-se de “Vila Rica”, de Cláudio Manuel da Costa. 
Nessa obra, o autor fala da fundação de Vila Rica, 
hoje Ouro Preto, como, também, da descoberta das 
minas e da ação dos bandeirantes. 
b) a obra em questão é "O Uraguai", de Basílio da Gama. 
Trata-se de um poema épico que apresenta críticas 
aos jesuítas e já antecipa a exploração estética do 
índio. 
c) trata-se do poema épico "Caramuru", de Santa Rita 
Durão. Essa obra, além de valorizar o elemento in-
dígena, apresenta a empresa colonizadora como 
forma de expansão da fé católica. 
d) trata-se de "Obras Poéticas", de Cláudio Manuel da 
Costa. Nessa obra, podemos observar a referência 
à mutação das coisas e das pessoas como, tam-
bém, à privação amorosa. 
e) a obra é "O Uraguai", de Gonçalves Dias. Nessa 
obra, o poeta já evidencia sua tendência indianista 
que será fortemente explorada no Romantismo 
brasileiro. 
 
 Leia o texto a seguir para responder a questão 18. 
Dadá nasce em Zurique, em 1916, (...) a partir da 
fundação, por parte dos seus membros, do Cabaret Voltaire, 
círculo literário e artístico destituído de programa, mas 
decidido a ironizar e desmistificar todos os valores consti-
tuídos da cultura passada, presente e futura. O nome 
Dadá também é casual, escolhido abrindo-se um dicioná-
rio ao acaso. As manifestações do grupo dadaísta são 
deliberadamente desordenadas, desconcertantes, escan-
dalosas (...) 
 
(OLIVEIRA, Clenir Bellezi de. Arte Literária Brasileira. 
São Paulo: Moderna, 2000) 
 
18. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o 
Dadaísmo, é correto afirmar: 
a) O movimento dadaísta propõe a destruição dos va-
lores burgueses e usa o non-sense como forma de 
crítica feroz à sociedade. Procura desprogramar a 
arte de qualquer premeditação; mistura o pessimismo 
sarcástico de Voltaire com a ingenuidade de 
Rimbaud. 
b) O referido movimento foi uma importante influência 
na obra de Monteiro Lobato, pois esse escritor sem-
pre foi um grande divulgador das vanguardas euro-
peias, como também da arte moderna. 
c) A presença de letras e numerais nos trabalhos dos 
artistas dadaístas indica que o movimento havia si-
do influenciado pela poesia concreta e tinha Augus-
to de Campos como seu grande mestre. 
d) Trata-se de um movimento cuja pintura apresentava 
um caráter realista, com grande apuro técnico, sen-
do, na realidade, caudatário do academicismo da ar-
te neoclássica. 
e) Em virtude do volume adquirido em consequência 
da colagem, os trabalhos dadaístas transitam entre 
pintura e escultura, apresentando uma visão positiva 
da realidade. Esse fato também pode ser observado 
na literatura dadaísta. 
 
 
 
 
 
 
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 Leia o fragmento abaixo para responder a questão 19. 
 
“...Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas 
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas 
Da feia fumaça que sobe apagando as estrelas 
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços 
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva...” 
 
 (Sampa, Caetano Veloso) 
 
19. Quando Caetano Veloso diz no fragmento acima “... da 
feia fumaça que sobe apagando as estrelas, / eu vejo 
surgir seus poetas de campos e espaços...”, refere-se 
a um grupo no qual se incluem Décio Pignatari, Haroldo 
de Campos e Augusto de Campos. 
Sobre esse grupo, é correto afirmar: 
a) Trata-se da Poesia Concreta cuja proposta é, basi-
camente, usar todos os recursos de que a palavra 
dispõe com os termos, adquirindo validade não só 
pelo significado, como também pelos aspectos 
visuais. 
b) Trata-se da Poesia Práxis que valoriza o conteúdo 
semântico e a subjetividade das palavras, pois a 
ideia é mais importante que a distribuição formal. 
c) Trata-se do Poema Processo que promove o aban-
dono, quase absoluto, do sistema linguístico, pois, 
na visão desse grupo, a mensagem é feita mais pa-
ra ser vista do que lida. 
d) Trata-se da Poesia Social que faz do verso um ins-
trumento de participação social, buscando uma 
maior comunicação com o leitor. 
e) Trata-se da linha introspectiva pós-moderna que faz 
uma sondagem psicológica dos dramas humanos 
sob um prisma pessoal. 
 
 Texto para a questão 20. 
 
Era alta e esbelta. Tinha um desses talhes flexíveis 
e lançados, que são hastes de lírio para o rosto gentil; 
porém na mesma delicadeza do porte esculpiam-se os 
contornos mais graciosos com firme nitidez das linhas e 
uma deliciosa suavidade nos relevos. 
Não era alva, também não era morena. Tinha sua 
tez a cor das pétalas da magnólia, quando vão desfalecendo 
ao beijo do sol. Mimosa cor de mulher, se a aveluda a 
pubescência juvenil, e a luz coa pelo fino tecido, e um 
sangue puro a escumilha de róseo matiz. A dela era 
assim. 
 Uma altivez de rainha cingia-lhe a fronte, como 
diadema cintilando na cabeça de um anjo. Havia em toda 
a sua pessoa um quer que fosse de sublime e excelso que 
abstraía da terra. Contemplando-a naquele instante de 
enlevo, dir-se-ia que ela se preparava para sua celeste 
ascensão. 
 
 
 (ALENCAR, José de. Diva. Rio de Janeiro, José Olympio, 1951) 
 
20. Pela leitura do fragmento, observamos 
a) que o herói romântico é, muitas vezes, marginal, 
desregrado, entregue ao ópio e ao álcool. Contudo 
esse procedimento revela não má índole, mas de-
sespero, repulsa pelo mundo tal como ele o é. 
b) que o herói romântico é um tipo movido por propósitos 
elevados, solitários em seus anseios e atitudes, um 
incompreendido pela sociedade a qual ele pertence. 
c) que a idealização da mulher romântica é evidente. 
Ela não existe, paira; não respira, pulsa; não anda, 
flutua; tem a prodigiosa propriedade de irradiar luz 
pelos poros; é dotada de virtudes tão maravilhosas que 
fazem dela uma semideusa praticamente intingível. 
d) que os limites entre loucura e sanidade não são 
muito simples de delimitar. Muitas vezes, eles estão 
condicionados a fatores culturais, temporais, locais 
ou a todos ao mesmo tempo. Frequentemente, a 
loucura se manifesta como uma forma de rejeição 
da realidade e da chamada “normalidade”. 
e) que o imaginário romântico é riquíssimo e, muitas 
vezes, suplanta a noção de realidade. Do mesmo 
modo, o sonho, ou a capacidade de projetar os de-
sejos e anseios, permeou a atitude romântica. 
 
 Texto para a questão 21. 
O texto a seguir apresenta uma crítica feita por Monteiro 
Lobato, publicada em 1917, por ocasião da exposição de 
Anita Malfatti. 
“ Todas as artes são regidas por princípios imutá-
veis, leis fundamentais que não dependem do tempo 
nem da latitude. As medidas de proporção e equilíbrio, na 
forma ou na cor, decorrem do que chamamos sentir. 
Quando as sensações do mundo externo transformam-se 
em impressões cerebrais, nós “sentimos”; para que 
sintamos de maneira diversa, cúbica ou futurista, é for-
çoso ou que a harmonia do universo sofra completa alte-
ração, ou que onosso cérebro esteja em “pane” por vir-
tude de alguma grave lesão. Enquanto a percepção sen-
sorial se fizer normalmente no homem, através da porta 
comum dos cinco sentidos, um artista diante de um gato 
não poderá “sentir” senão um gato, e é falsa a “interpre-
tação” que do bichano fizer um “totó”, um escaravelho, 
um amontoado de cubos transparentes.” 
(LOBATO, Monteiro. Paranoia ou mistificação. Texto publicado 
no Estadinho, suplemento infantil do Estado de São Paulo, 
em 1917) 
 
21. Com base no texto, é correto afirmar que, para Monteiro 
Lobato: 
a) a arte moderna busca valorizar o poder de abstração 
do artista, mostrando todo seu talento e sua capaci-
dade de interpretar a realidade, portanto deve ser 
valorizada e estimulada. 
b) a arte moderna é uma imitação do mundo visível, 
logo representa uma estagnação artística e uma 
negação do próprio avanço da humanidade. 
c) a arte moderna é fruto da distorção cognitiva de seu 
criador, pois o mesmo não observa que as leis fun-
damentais da arte são: proporção, equilíbrio de forma 
e cor. 
 
 
 
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 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
d) a harmonia do universo ampara a arte moderna, 
pois as coisas não devem ser reproduzidas exata-
mente como são, mas como a percepção do artista 
capta. 
e) a arte moderna marca a revolta do homem do início 
do século XX profundamente marcado pelo deca-
dentismo simbolista que o levou para o plano da 
abstração da realidade, sendo, pois, uma expressão 
artística de grande valor. 
 
 Texto para a questão 22. 
“A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão 
e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são 
fatos estéticos. O carnaval no Rio é o acontecimento reli-
gioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante os cor-
dões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação étnica 
rica. Riqueza vegetal. O minério. A cozinha. O vatapá o 
ouro e a dança...” 
 
(REIS, Carlos. O Conhecimento da Literatura: introdução 
aos estudos literários. Lisboa: Almeida 2008 ) 
 
22. O fragmento posto acima está relacionado a um movi-
mento surgido após a Semana de Arte Moderna. 
Sobre esse movimento é correto afirmar que 
a) pregava uma arte genuinamente nacional, de tom 
ufanista, com a valorização do elemento indígena e 
sem fazer quaisquer concessões aos estrangeirismos. 
b) apresentava franco caráter direitista, com enuncia-
ções fascistas e forte teor nacionalista. 
c) pregava a devoração da cultura e das técnicas 
importadas e sua reformulação com autonomia, 
transformando o produto importado em exportável. 
d) propunha uma arte brasileira de exportação, de raiz, 
telúrica e primitiva. 
e) propunha que o escritor se voltasse para a sua 
região, a fim de retratar os dramas nordestinos e 
preservar os valores culturais. 
 
 Leia o texto abaixo para responder a questão 23. 
“Nesta época de grande luta pela nova arte nós bri-
gamos como “selvagens” não organizados contra um anti-
go poder organizado. A luta parece desigual; mas em as-
suntos espirituais não vence o número, e sim a força das 
ideias. As armas temidas dos selvagens são as ideias 
novas; elas matam melhor que aço e quebram o que era 
considerado inquebrável.” 
(Franz Marc) 
 
23. O início do século XX certamente era um mundo sem 
precedentes, que gravava sem reservas suas marcas 
profundas na retina da História. Nesse contexto, surge 
o Expressionismo. 
Sobre essa vanguarda europeia, podemos afirmar que 
a) a pintura expressionista trabalha com partes de uma 
mesma imagem, recompondo-as e utilizando-as ao 
mesmo tempo, a fim de criar várias perspectivas e 
dar a impressão de que um objeto pode ser visto ao 
mesmo tempo sob todos os ângulos. 
b) pintando diretamente sobre a tela branca, utilizando 
somente cores puras justapostas em vez de 
misturá-las previamente na paleta, os pintores 
expressionistas buscavam obter a vibração da luz, 
pesquisavam os cambiantes efeitos da luz na 
atmosfera e nos objetos a fim de fixá-los na tela. 
c) a proposta do Expressionismo é de que a arte flua 
livremente a partir do inconsciente, da livre associa-
ção, com a incorporação de elementos ilógicos do 
sonho, da fantasia, sem se submeter a qualquer 
teoria vigente e a nenhuma lógica. 
d) o expressionista é inclinado a deformar a realidade 
de modo cruel, caricatural, muitas vezes hilário; o 
exagero, a distorção e a dramaticidade das formas, 
linhas e cores revelam uma atitude emocional do 
artista. 
e) o movimento expressionista propõe a construção de 
valores burgueses, utilizando-se do lirismo para 
afirmar conceitos da sociedade; suas manifestações 
são intencionalmente ordenadas e objetivam con-
quistar a crítica. 
 
 Texto para a questão 24. 
 A Semana de Arte Moderna foi possível graças à 
arrecadação de fundos promovida pelo jornalista René 
Thiollier, que conseguiu 847 mil réis junto aos fazendeiros 
e exportadores de café. O primeiro a subscrever a lista foi 
Pedro Paulo Prado. O acontecimento teve também o apoio 
do presidente do Estado e do prefeito. O Teatro Municipal 
de São Paulo, fundado em 1913, com projeto de Domizia-
no Rossi e construção de Ramos de Azevedo, foi alugado 
para a ocasião. 
A Semana concentrou-se em três sessões, nos dias 
13, 15, e 17 de fevereiro de 1922. Em cada um desses 
dias houve a predominância de um tema. 
 
(MOISÉS, Massaud. A Literatura brasileira através dos tex-
tos. São Paulo: Cultrix, 2007) 
 
24. A Semana de Arte Moderna de 1922 tinha como principal 
objetivo: 
a) A convicção estética e política de modernizar a arte 
brasileira, livrando-a da influência europeia e bus-
cando criar uma cultura nacional pura. 
b) Celebrar a cultura nacional como base ideológica e 
romper com as correntes artísticas europeias que 
dominavam a arte brasileira, assimilando e reelabo-
rando alguns de seus aspectos. 
c) Retomar a arte acadêmica como forma de oposição 
ao Barroco, celebrado até então como verdadeira 
arte nacional. 
d) Usar o nacionalismo romântico com sua busca por 
uma “cor local” como principal referência para se 
criar uma arte nacional. 
e) Romper com a influência das culturas primitivas dos 
trópicos (ameríndias e africanas), buscando aliar a 
nossa arte à vanguarda europeia. 
 
 
 
 
 
 18 
 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
25. A pintura abstrata caracteriza-se pela ausência de 
relação imediata entre as formas e cores representadas 
e as formas e as cores reais. Assim, uma tela abstrata 
não representa a realidade que nos cerca, nem narra 
com imagens uma cena histórica, literária, religiosa ou 
mitológica. Considera-se que a moderna arte abstrata 
tenha sido iniciada pelo pintor Wassily Kandinsky 
(1866-1944). 
Com base nas informações apresentadas, assinale a 
opção que apresenta a obra de arte que exemplifica a 
moderna arte abstrata. 
 
 
a) 
 
 
 
 
 
b) 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) 
 
 
 
 
 
 
 
 
d) 
 
 
 
 
 
 
 
e) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26. A escultura posta abaixo foi idealizada em 1913, mas 
foi fundida em bronze apenas em 1931. Observe como 
a obra, com mais de um metro de altura e feita com 
material pesado, transmite a ideia de um movimento 
vigoroso. Essa obra pertence ao Futurismo, vanguarda 
europeia que valorizava a velocidade, elemento que 
passava a fazer parte do cotidiano da época. 
Com base nas informações e na observação da obra 
abaixo, assinale a obra que também pertence ao 
Futurismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b)19 
 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
 
c) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
d) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27. No fim da Idade Média e no Renascimento, predomina 
uma interpretação científica do mundo. Sobretudo na 
pintura, isso se traduz nos estudos da perspectiva 
segundo os princípios da matemática e da geometria. 
O uso da perspectiva conduz a outra tendência do 
período: o uso do claro-escuro, que consiste em pintar 
algumas áreas iluminadas e outras na sombra. Esse 
jogo de contraste dá aos corpos uma aparência de 
volume. A combinação da perspectiva e do claro-
escuro contribui para dar maior realismo às pinturas, 
isto é, torna-as mais próximas da realidade. 
Com base nos comentários feitos sobre a pintura do 
Renascimento assinale a opção cuja imagem exempli-
fica esse tipo de pintura. 
a) 
 
 
 
 
 
 
 
b) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) 
 
 
 
 
 
 
d) 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
28. Com base no texto e na figura postos a seguir assinale 
a opção que apresenta a informação correta. 
Texto 
 Há a propensão para uma forma que se abre em 
indeterminação de limites e imprecisão de contornos, 
apelando para os recursos da impressão sensorial, 
que não quer apenas conter a informação estética, 
mas sobretudo, comunicá-la sob um alto grau de tensão 
que transporte o receptor, o espectador, da simples 
esfera da plenitude intelectual e contemplativa para 
uma estesia mais franca e envolvente, mais do que 
isso, para o êxtase dos sentidos sugestionadamente 
acesos e livres. 
 
(ÁVILA, A. O lúdico e as projeções do Barroco. São Paulo: 
Perspectiva,1980. p. 20) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(ATAÍDE, M. C. Pintura do forro da nave da Igreja de 
São Francisco de Assis, em Ouro Preto) 
 
a) O texto apresenta as principais características da 
pintura romântica e a figura refere-se à pintura 
barroca, principal movimento artístico do período 
colonial brasileiro. 
b) Enquanto a figura representa a arte colonial brasileira, 
o texto discorre sobre a projeção do Barroco na arte 
concreta e sua busca por um envolvimento mais 
efetivo e completo do espectador com a obra. 
c) Não é possível afirmar que o texto e a imagem estejam 
relacionados ao mesmo assunto, pois a figura é do 
Barroco mineiro, mas o texto trata do Barroco baiano. 
d) Tanto o texto como a imagem tratam da arte neo-
clássica no momento máximo de sua penetração na 
cultura brasileira como um todo e não sobre algo 
específico. 
e) O texto explicita as principais características da 
pintura barroca tal qual foi praticada em Minas 
Gerais no século XVlll, muitas delas presentes na 
obra de Manoel da Costa Ataíde. 
 Imagem para a questão 29. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29. Com base nos conhecimentos sobre o período da obra, 
de autoria de Tarsila do Amaral, e os movimentos 
sociais e artísticos da época, é correto afirmar que a 
obra se refere 
a) à clara indicação do distanciamento da artista da 
realidade brasileira, principalmente, dos dramas 
vividos pelas classes menos favorecidas. 
b) às preocupações da artista em usar as pessoas de 
segunda classe no seu trabalho para reforçar sua 
ligação com o movimento romântico na pintura 
brasileira. 
c) às preocupações da artista com as diferenças sociais, 
reveladas pela imagem em que tematiza a pobreza, 
por meio da representação de pessoas descalças e 
franzinas, diante de um vagão de trem da segunda 
classe. 
d) à tentativa, por parte da artista, de comover o público 
ao mostrar uma família pobre lutando pela sobrevi-
vência na zona urbana. 
e) a um tema comum aos artistas expressionistas 
modernos, que gostavam de mostrar em seus trabalhos 
pessoas maltrapilhas e pobres, a fim de sensibilizar 
os apreciadores e vender mais trabalhos. 
 
 
 Texto para a questão 30. 
Ferreira Gullar, referindo-se à obra “Bicho”, de Lygia 
Clark, diz: 
É que, com eles, a relação entre o espectador e a 
obra se modifica. O espectador, que já então não é apenas 
o espectador imóvel, é chamado a participar ativamente da 
obra, que não se esgota, que não se entrega totalmente, no 
mero ato contemplativo: a obra precisa dele para se revelar 
em toda a sua extensão. Mas aquela estrutura móvel 
possui uma ordem interna, exigências, e por isso não 
bastará o simples movimento mecânico para revelá-la. 
Ela exige do espectador uma participação integral, uma 
vontade de conhecimento e apreensão. 
 
 (GULLAR, F. Etapas da Arte Contemporânea. São 
Paulo: Nobel, 1985, p. 253.) 
 
 
 
 
 
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 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
30. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, 
é correto afirmar que Ferreira Gullar se refere à figura 
presente na opção 
 
a) 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) 
 
 
 
 
 
 
c) 
 
 
 
 
 
 
 
 
d) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lição sobre a água 
 
Este líquido é água. 
Quando pura 
é inodora, insípida e incolor. 
Reduzida a vapor, 
sob tensão e a alta temperatura, 
move os êmbolos das máquinas que, por isso, 
se denominam máquinas de vapor. 
 
É um bom dissolvente. 
Embora com exceções, mas de um modo geral, 
dissolve tudo bem, ácidos, bases e sais. 
Congela a zero graus centesimais 
e ferve a 100, quando à pressão normal. 
 
Foi neste líquido que numa noite cálida de verão, 
sob um luar gomoso e branco de camélia, 
apareceu a boiar o cadáver de Ofélia 
com um nenúfar na mão. 
 
(António Gedeão) 
 
31. Certos traços linguísticos, tais como vocabulário, 
descrições, estrutura sintática, ajudam a marcar o tipo 
a que pertence um texto (isto é, ajudam a dizer se ele 
é científico, ou se ele é literário). O texto em estudo 
enquadra-se em um gênero literário, lírico (poesia), por 
apresentar, dentre outras características a(s): 
a) Linguagem objetiva, sistemática, impessoal. 
b) Linguagem monossêmica. 
c) Uso de versos e rimas e desfecho inesperado para 
reações peculiares de cada leitor. 
d) Uma linguagem que transmite uma leitura objetiva 
do mundo. 
e) Linguagem sem ambiguidades. 
 
Confessional 
 
Eu fui um menino por trás de uma vidraça – um 
menino de aquário. 
Via o mundo passar como numa tela cinematográfica, 
mas que repetia sempre as mesmas cenas, as mesmas 
personagens. 
Tudo tão chato que o desenrolar da rua acabava me 
parecendo apenas em preto e branco, como nos filmes 
daquele tempo. 
O colorido todo se refugiava, então, nas ilustrações 
dos meus livros de história, com seus reis hieráticos e 
belos como os das cartas de jogar. 
E suas filhas nas torres altas – inacessíveis princesas. 
Com seus cavalos – uns verdadeiros príncipes na 
elegância e na riqueza dos jaezes. 
Seus bravos pajens (eu queria ser um deles...) 
Porém, sobrevivi... 
E aqui, do lado de fora, neste mundo em que vivo, 
como tudo é diferente! Tudo, ó menino do aquário, é muito 
diferente do teu sonho... 
(Só os cavalos conservam a natural nobreza). 
 
(Mário Quintana) 
 
 
 
 22 
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32. Para você lidar melhor com a literatura, além de distinguir 
denotaçãode conotação, você precisa saber a forma 
em que o texto se apresenta. Ao longo da história de 
nossa literatura, você encontrará alguns literatos que 
fazem prosa em verso e outros, verso em prosa. 
Somam, em sua criação, as riquezas das duas formas 
literárias. O essencial é que essas duas formas se 
revistam de poesia. 
Assinale a opção que faz que o texto de Mário Quintana 
seja considerado uma produção poética: 
a) A divisão do texto em parágrafos. 
b) A temática do texto. 
c) A disposição gráfica. 
d) Frases curtas, ritmadas e uso expressivo de compa-
rações. 
e) Utilização de rimas. 
 
Dom Casmurro 
 (Fragmento) 
 
Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho 
Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, 
que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, 
sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e 
acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os 
versos pode ser que não fossem inteiramente maus. 
Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os 
olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele inter-
rompesse a leitura e metesse os versos no bolso. 
–– Continue, disse eu acordando. 
–– Já acabei, murmurou ele. 
–– São muito bonitos. 
Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, 
mas não passou do gesto, estava amuado. No dia 
seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou 
alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não 
gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso 
à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei. 
 
(Machado de Assis) 
 
33. Ao compararmos textos literários, notamos que as 
mesmas características aparecem em vários deles. 
Pelo fato de apresentarem claras afinidades entre si, 
nós os agrupamos em blocos. Cada um desses grandes 
grupos de textos constitui o que se convencionou 
chamar de gênero literário. 
O texto apresenta-se, fundamentalmente, como um texto 
a) expositivo, orientado para trazer informações acerca 
de um tema. 
b) narrativo, centrado em uma sequência de episódios, 
com uma linguagem disciplinada e objetiva. 
c) lírico, centrado na emoção. 
d) dramático, pois não termina no texto escrito. 
e) expressivo, centrado nas impressões interiores do 
autor e dos personagens. 
 
O moleque 
 (Fragmento) 
 
A cozinha é feita fora, sob um telheiro tosco, um 
puxado no telhado da edificação, para aproveitar o abrigo 
de uma das paredes da barraca; e tudo cercado do mais 
desolador abandono. Se o morador cria galinhas, elas 
vivem soltas, dormem nas árvores, misturam-se com as 
dos vizinhos e, por isso, provocam rixas violentas entre as 
mulheres e maridos, quando disputam a posse dos ovos. 
(Lima Barreto) 
 
34. Além de inferir e de resumir, existe um recurso especial, 
que identifica os fins para os quais a linguagem está 
sendo utilizada no texto que estamos lendo. Esses fins 
têm nome de função de linguagem. 
Os textos se servem da linguagem: eles a encarregam 
de representar papéis diferenciados e cumprir funções 
diversificadas. 
Leia o texto acima e assinale a opção em que as ca-
racterísticas estão associadas ao trecho em estudo. 
a) Função referencial por expressar uma realidade, um 
fato externo. 
b) Função apelativa por expressar conselhos, mudança 
de comportamentos. 
c) Função emotiva por expressar atitudes e emoções. 
d) Função poética por expressar por meio da forma um 
contexto expressivo singular. 
e) Função metalinguística por explicar o significado da 
própria mensagem. 
 
 Texto para as questões 35 e 36. 
Esqueceu o projeto do sinete; mas a fórmula viveu 
no espírito de Rubião, por alguns dias – Ao vencedor, as 
batatas! Não a compreenderia antes do testamento; ao 
contrário, vimos que a achou obscura e sem explicação. 
Tão certo que a paisagem depende do ponto de vista, e 
que o melhor modo de apreciar o chicote ter-lhe o cabo na 
mão.” 
 
35. Assinale a resposta correta a respeito da passagem 
“Não a compreenderia antes do testamento; ao contrário, 
vimos que a achou obscura e sem explicação.” 
a) “sem explicação” refere-se ao verbo, atribuindo-lhe 
uma circunstância. 
b) “vimos que a achou obscura e sem explicação”, as 
orações aí existentes trazem a mesma classificação 
quanto ao predicado. 
c) “Não a compreenderia”, o pronome sublinhado 
poderia ser substituído por “lhe” sem que houvesse 
falha de natureza gramatical. 
d) Se a frase “Não a compreenderia antes do testa-
mento” for transposta para a voz passiva, o termo a 
passaria a exercer a função de sujeito com adaptação. 
e) A palavra “que” inicia uma oração com valor adjetivo e 
não exerce função sintática. 
 
 
 
 23 
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36. Analise a seguinte passagem: “... e que o melhor modo 
de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão”. O termo 
destacado exerce a mesma função sintática que o 
termo grifado na frase: 
a) “... mas a fórmula viveu no espírito de Rubião.” 
b) “que a achou obscura e sem explicação.” 
c) “a paisagem depende do ponto de vista.” 
d) “esqueceu o projeto do sinete.” 
e) “mas a fórmula viveu no espírito de Rubião. 
 
37. Os níveis de linguagem do ponto de vista sociolinguís-
tico enquadram-se em três níveis: nível culto, nível co-
loquial e nível popular. Leia-o com atenção. 
A borboleta preta 
No dia seguinte, como eu estivesse a preparar-me 
para descer, entrou no meu quarto uma borboleta, tão 
negra como a outra, e muito maior do que ela. 
Lembrou-me o caso da véspera, e ri-me; entrei logo a 
pensar na filha de D. Eusébia, no susto que tivera, e 
na dignidade que, apesar dele, soube conservar. A 
borboleta, depois de esvoaçar muito em torno de mim, 
pousou-me na testa. Sacudi-a, ela foi pousar na vidraça; 
e, porque eu a sacudisse de novo, saiu dali e veio parar 
em cima de um velho retrato de meu pai. Era negra 
como a noite. O gesto brando com que, uma vez posta, 
começou a mover as asas, tinha um certo ar escarninho, 
que me aborreceu muito. Dei de ombros, saí do quarto; 
mas tornando lá, minutos depois, e achando-a ainda 
no mesmo lugar, senti um repelão dos nervos, lancei 
mão de uma toalha, bati-lhe e ela caiu. 
Machado de Assis 
No trecho acima, predomina uma linguagem de 
a) nível culto, por apresentar uma linguagem precisa, 
utilizando vocabulário específico, monossêmico, 
científico. 
b) nível culto, por apresentar linguagem obediente aos 
padrões linguísticos, supressão da gíria, exploração 
da conotação, uso de vocabulário variado, criação 
de um texto capaz de despertar emoções. 
c) nível culto, por apresentar uma linguagem despida 
de criatividade (quer vocabular, quer sintática). 
d) nível coloquial, por apresentar uma linguagem que 
foge às formalidades e aos requintes gramaticais. 
e) nível popular, por apresentar uma linguagem que se 
distancia das normas gramaticais. 
 
38. A comunicação verbal baseia-se na interação dos 
seguintes fatores: emissor, destinatário, contexto, 
mensagem, contato e código. Ainda que isoladamente, 
esses fatores dão origem a uma função. No entanto, 
uma delas predomina sobre as outras. Assim sendo a 
estrutura verbal de uma mensagem depende primaria-
mente da função que nela é predominante. 
Assinale a alternativa em que haja somente caracterís-
ticas e recursos da função emotiva: 
a) Mostrar a realidade transfigurada, valorizar a linguagem 
como o meio de expressão, utilizando frases conota-
tivas, linguagem figurada e vocabulário sonoro. 
b) Transmitir informações, utilizando frases diretas, obje-
tivas e denotativas. 
c) Tem em vista, principalmente, exteriorizar emoções, 
apresentando sua atitude em relação ao objeto, quepoderá ser bom, ruim, belo, feio, agradável, desa-
gradável, utilizando pronomes e verbos na primeira 
pessoa, emprego reiterados de adjetivos, superlativos, 
interjeições. 
d) Persuadir, influenciar comportamento, utilizando frases 
imperativas, ideias indutivas, súplicas, vocativos. 
e) Centrada no contato físico ou psicológico, utilizando 
frases de manutenção, breves exclamações. 
 
39. A dinâmica da linguagem, a criatividade dos falantes, a 
necessidade de obter diferentes níveis de expressivi-
dade, tudo isso faz que, às palavras, se possam a-
crescentar valores significativos diferentes daqueles 
que normalmente apresentam. 
Assinale a opção em que há uma adjetivação do subs-
tantivo. 
a) “Ele é o homem 
Eu sou apenas uma mulher.” (Caetano Veloso) 
b) Juliana estava triste, triste, triste... 
c) O português foi o carrasco do índio, no processo da 
colonização. 
d) “Menina veneno 
O mundo é pequeno 
Para nós dois.” (Ritchie) 
e) Ele saiu fazendo aquele barulho. 
 
40. No trecho “Esses gerais são sem tamanho. Enfim cada 
um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães é 
questão de opiniões... O sertão está em toda a parte.” 
Guimarães Rosa 
 
Assinale a afirmação verdadeira sobre o fragmento 
acima: 
a) Em “Enfim cada um o que quer aprova”, o termo 
sublinhado poderá ser classificado como palavra 
expletiva. 
b) Em “que quer”, a oração em destaque é substantiva. 
c) Nesse trecho, há formas típicas de regionalismo. 
d) A presença de um interlocutor (“o senhor sabe...”) 
lembra o estilo de uma narrativa jornalística. 
e) Há uma manipulação linguística para produzir um 
texto de linguagem burocrática. 
 
41. São elementos relevantes numa narração o local (onde) 
e o tempo (quando). O ambiente é o local em que se 
passa a ação, onde vivem as personagens. Há autores 
preocupados em provar a influência do ambiente sobre 
as pessoas, como os escritores realistas e naturalistas, 
e há muitos que utilizam o local apenas como palco 
das ações das personagens. 
“Na planície avermelhada os juazeiros alargavam 
duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado 
o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinaria-
 
 
 
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 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
mente andavam pouco, mas como haviam repousado 
bastante na areia do rio seco, a viagem progredira 
bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma 
sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, a-
través dos galhos pelados da caatinga rala. 
Arrastaram-se para lá, devagar, Sinha Vitória 
com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú 
da folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a 
tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, 
a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais 
velho e a cachorra Baleia iam atrás. 
Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumi-
ram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se 
no chão.” 
(Graciliano Ramos) 
 
Leia o trecho acima, e, em seguida, assinale a opção 
em que há fragmentos que identificam respectivamente 
a inclemência do clima e o espaço arredio à vida. 
a) “Na planície avermelhada os juazeiros alargavam 
duas manchas verdes” / “Ordinariamente andavam 
pouco.” 
b) “Arrastaram-se para lá...” / “Sinha Vitória com o filho 
mais novo escanchado no quarto.” 
c) “Na planície avermelhada...” / areia do rio seco – 
Fazia horas que procuravam uma sombra – galhos 
pelados – caatinga rala. 
d) “Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se” / 
“a cachorra Baleia ia atrás.” 
e) “Na planície avermelhada...” / “O menino mais velho 
pôs-se a chorar, sentou-se no chão.” 
 
42. Marque a única das substituições propostas que man-
tém a correção gramatical do texto abaixo transcrito. 
Todo o aprendizado – raciocínio, memória, pen-
samento, ação e imaginação – depende de um órgão 
do corpo humano que pesa mais ou menos 1,3 quilo-
grama e é formado por cem bilhões de neurônios, que 
têm a capacidade de se multiplicarem mais de 250 mil 
vezes por minuto nos dois primeiros meses de gestação 
e cujos prolongamentos parecem um emaranhado de 
fios: o cérebro. 
Ciência – Amélia Gentil 
 
 Substitui Por 
a) o duplo travessão: 
–– ... –– 
parênteses: (...) 
b) que pesa mais ou 
menos 1,3 quilograma. 
que pesa mais ou 
menos 1,3 quilogramas. 
c) 1,3 quilograma. um quilo e trezentas 
gramas. 
d) que têm a capacidade que possui a capaci-
dade 
e) e cujos prolongamentos e seus prolongamentos 
 
 
43. Os textos jornalísticos são, com frequência, expositivos, 
ou seja, apresentam fatos e suas circunstâncias, com 
análises de causas e efeitos, de forma aparentemente 
neutra ou não. Em geral, as redações jornalísticas 
recomendam que as ideias sejam apresentadas de 
forma clara e objetiva. 
Leia o texto abaixo e indique a que tipo de texto jorna-
lístico tal fragmento pertence: 
“Andrea Guglieri é a prefeita da cidade italiana 
de Diano Marina, na região de Gênova, e desde a 
segunda-feira, 14, ela tornou-se o centro de uma 
polêmica. Motivo: Guglieri proibiu as mulheres feias 
(feias na opinião dela, é claro) de andar de biquíni 
pelas ruas da cidade (nas praias, é liberado.) 
Isto É, São Paulo: Edição 1371. 
a) Reportagem. d) Artigo. 
b) Nota. e) Crônica. 
c) Editorial. 
 
44. Em 
E mereço esperar mais do que os outros, eu? 
Tu não me enganas, mundo, não te engano a ti 
Esses monstros atuais, não os cativa Orfeu, 
A vagar, taciturno, entre o talvez e o se. 
Carlos Drummond de Andrade 
 
Assinale a afirmação verdadeira sobre o trecho acima. 
a) A primeira frase do fragmento em estudo é composta 
apenas por uma oração. 
b) Em “... não te engano a ti”, os termos sublinhados 
complementam o verbo, exercendo a função sintática 
de objeto indireto. 
c) Em “entre o talvez e o se”, estabelece uma relação 
locativa, tendo como termo regente o verbo “vagar”. 
d) Em “não os cativa”, o pronome sublinhado poderia ser 
substituído por “lhes”. 
e) O pronome “os” (não os cativa) tem como termo refe-
rente “os outros”. 
 
45. Analise a seguinte passagem: ‘Estas propostas são 
semelhantes às que tivemos antes.” 
Assinale a afirmação verdadeira sobre o trecho em 
estudo: 
a) Há uma oração completiva nominal. 
b) As formas verbais “são e tivemos” são respectiva-
mente de ligação e intransitivo. 
c) Há uma oração adjetiva de valor restritivo. 
d) O vocábulo “que” é exclusivamente conectivo. 
e) Uma das orações possui predicado verbo nominal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 LINGUAGENS E CÓDIGOS/MATEMÁTICA 145121/PU 
 
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 
 
 
 O enunciado refere-se às questões 46 e 47. 
 
A figura abaixo representa o marcador de combustível de 
um carro com tanque de capacidade 48 litros (dividido em 
partes iguais). Em um posto de combustível, o tanque do 
carro (inicialmente vazio) foi abastecido com álcool até o 
ponteiro do marcador ficar alinhado com uma das mar-
cas, como indicado abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esse combustível foi suficiente para percorrer 135 km, 
sendo de R$ 1,95 o preço de um litro de álcool. 
 
 
 
 
46. Qual o rendimento do carro, ou seja, quantos quilômetros 
por litro de álcool o carro percorreu? 
a) 7,5 km/L. 
b) 8,0 km/L. 
c) 8,5 km/L. 
d) 9,0 km/L. 
e) 9,5 km/L. 
 
 
47. Quanto o motorista pagou para abastecer o carro? 
a) R$ 25,10. 
b) R$ 28,10. 
c) R$ 39,10. 
d) R$ 32,10. 
e) R$ 35,10. 
 
 
 
 
 
 
 
48. Leia o texto abaixo: 
 
O pagamento “antecipado” ao FMI

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