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Lista de Exercícios - Linguagens e Códigos

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Redação
A psicologia mal-entendida
Os psicólogos têm tido bastante trabalho para corrigir uma das 
maiores distorções que o uso popular fez das teorias psicológicas: a 
de que não se deve frustrar a criança para que ela não fique trauma-
tizada. Não existe teoria cientificamente validada que recomende a 
falta de limites como método de criar filhos sem problemas.
São nebulosas as origens desse erro de interpretação: remon-
tam à década de 60, com as experiências de Summerhill, a onda da 
liberação sexual e do movimento hippie.
 No Brasil, a revolta contra o autoritarismo – não só da família 
patriarcal como também do regime ditatorial –, o horror à repressão e 
à censura (“é proibido proibir”), entre outros fatores, acrescentaram 
outras pinceladas a esse quadro que, segundo o ditado, fez com que 
muitas famílias acabassem por “jogar fora o bebê junto com a água 
do banho”.
Temendo serem vistos como castradores, repressivos e auto-
ritários, muitos pais deixaram de exercer a autoridade parental e 
tornaram-se permissivos, inaugurando a “era da infantocracia” que 
tem tido resultados desastrosos, porque não consegue transmitir os 
valores básicos do convívio: respeito, consideração, generosidade, 
solidariedade, responsabilidade.
Em vários países um grande número de famílias está com difi-
culdades de colocar limites para educar para liberdade com respon-
sabilidade. Entre as causas mais comuns da educação permissiva, 
encontramos o desejo de oferecer aos filhos uma educação diferente 
da que receberam no regime autoritário; sentimento de culpa (por 
trabalharem muito, por terem se separado, por terem pouco tempo 
com os filhos), gerando a necessidade de “indenizá- los”, dando tudo 
que pedem ou deixando fazer tudo que querem; o desejo de conquis-
tar o amor do filho, distorcendo a noção de “bons pais” como aqueles 
que cedem a todos os desejos.
É grande também a confusão de conceitos: estimular a liber-
dade e a espontaneidade para expressar o que se sente não significa 
tolerar grosseria nem falta de educação; encorajar a expressão da 
raiva não significa aceitar todas as suas manifestações (como, por 
exemplo, xingar), combater a violência doméstica (dar surras) não 
significa deixar de disciplinar utilizando as consequências cabíveis 
quando crianças e jovens se conduzem de modo inadequado ou abu-
sivo.
As principais consequências de ser criado com falta de limi-
tes são: falta de controle da impulsividade, dificuldade de controlar 
a raiva, pouca tolerância à frustração, incapacidade de esperar para 
conseguir o que quer, tirania, egocentrismo, dificuldade de perceber 
que os outros também têm direitos e desejos. 
Isso resulta em vários distúrbios de conduta e, sobretudo, na 
sensação de vazio e de insatisfação (quanto mais tem, mais quer). O 
uso de drogas e outras formas de consumo compulsivo são tentativas 
de preencher, inutilmente, esse vazio.
Educar com amor e sensibilidade significa respeitar os direitos 
da criança: de receber amor, carinho e bons cuidados para crescer 
construindo a noção de cidadania (com direitos e deveres); de rece-
ber orientação firme e clara sobre o que é permitido e proibido; de 
desenvolver habilidades e competências; de canalizar sua habilidade 
para fins construtivos, tais como assertividade e persistência para en-
frentar os desafios e os obstáculos da vida (medida essencial para a 
prevenção da violência).
Entre autoritarismo e permissividade há “o caminho do meio”: 
diferenciar ocasiões em que “não é não” (condições inegociáveis) 
e inúmeras outras ocasiões em que crianças e jovens pensam, junto 
com os adultos, meios de solucionar impasses e conflitos de modo 
satisfatório para todos, em clima de respeito e consideração.
Limites colocados com firmeza e serenidade são expressões de 
amor e de cuidado que estimulam crianças e jovens a se desenvolve-
rem plenamente como pessoas capazes de dar contribuições positi-
vas para a sociedade. É o que diz a psicologia.
(Adaptações de Maria Thereza Maldonado – O Globo, 24 de abril de 2003.)
Com base na leitura do texto motivador anterior e nos conhecimentos 
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-
argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: É 
possível educar para liberdade com responsabilidade?, apresentando 
proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. 
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos 
e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções:
O texto definitivo deve ser escrito à tinta em até 30 linhas.
A redação que não atender ao tema e ao tipo de texto dissertativo-argu-
mentativo receberá nota zero.
Inglês
A Year Later, Haiti Struggles Back
Fabienne Jean, a dancer who lost a leg in the 2010 quake in Haiti, now has a prosthetic limb. 
Dance makes up part of her exercise routine.
(Damon Winter, By DEBORAH SONTAG The New York Time Published: January 3, 2011.)
PORT-AU-PRINCE, Haiti – In 2010, Daphne Joseph, a slim, shy 
teenager, took a pounding from life.
She watched with horror as her mother’s mangled body was carted 
off in a wheelbarrow after the Jan. 12 earthquake. She fell in with a ragtag 
group of orphans taken under the wing of a well-meaning but ill-equipped 
community group. She left them unwillingly when a self-proclaimed relati-
ve took her away to use her as a servant.
And then last fall, not long before her 15th birthday, Daphne found 
herself in an actual home, reunited with the other orphans stranded after 
the disaster they all call “goudou-goudou” for the terrible sound of the 
2
ground shaking. She wore a party dress; she blew out candles; she smiled.
“I believe that Daphne was a fragile, sensitive girl even before 
‘goudou-goudou,’ ” said Pierre Joseph, a psychologist who counsels 
her. “After, she was like a glass that got filled to the brim and then 
overflowed. You could say she is still in shock. But she is finding her 
equilibrium.”
After a year of almost unfathomable hardship in Haiti, there is 
little reason to be hopeful now.
More than a million displaced people still live under tents and 
tarpaulins. Reconstruction, of the build-back-better kind envisioned 
last March, has barely begun. Officials’ sole point of pride six months 
after the earthquake – that disease and violence had been averted – va-
nished with the outbreak of cholera and political unrest over a disputed 
presidential election.
And indeed, for some, misery is a constant. Rose, a young wo-
man abducted, repeatedly raped and torturously stashed in earthquake 
ruins last June, was forced to flee to the countryside after her kidna-
ppers made a second attempt. Marie Claude Pierre, whose son was 
whisked abroad in an orphan airlift, was sad even before the earth-
quake. She is sadder now.
Yet despite this gloomy backdrop, many Haitians, like Daphne, 
have started to find some equilibrium – to heal, to rebuild or simply 
to readjust their sights. A dancer whose leg was amputated is walking 
on a new limb. A pastor whose church was devastated is reveling in a 
congregation doubled in size. A businessman, stubbornly loyal to Hai-
ti, is opening an earthquake-proof factory where his old one collapsed. 
Here, haunting and hopeful, are some of their stories.
(New York Time)
01 Associando o texto aos vocábulos ‘haunting’ e ‘hopeful’, conclui--se que há uma associação de ideias que expressam:
(A) razão
(B) alternativa.
(C) contraste.
(D) tempo.
(E) conclusão.
02 Associando vocábulos e expressões do texto ao tema, qual é a melhor tradução para palavra “heal” na frase “to heal, to 
rebuild or simply to readjust their sights”?
(A) piorar. (D) sintonizar.
(B) danificar. (E) prejudicar.
(C) curar.
03 Ampliando as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas, o texto aborda a situação do Haiti, sendo 
possível inferir que:
(A) todos no Haiti estão vislumbrando melhoras.
(B) Daphne é a única haitiana que tem uma vida tranquila.
(C) não existeesperança no discurso do texto.
(D) somente há desgraça no Haiti.
(E) Daphne, assim como outros mencionados no texto, no Haiti tem 
perspectiva de melhora.
04 
U.S. Releases Graphic Images to Deter 
Smokers
The different images, to be shown on packs of cigarettes beginning 
in 2012, have been opposed by the tobacco industry
(By DUFF WILSON Published: June 21, 2011 The New York Times – Wednesday, June 21, 
2011.)
Observando as informações acima, é correto concluir que a intenção 
das figuras é:
(A) alertar sobre os danos que o cigarro pode causar à saúde.
(B) mostrar que o cigarro não prejudica os pulmões.
(C) revelar que o cigarro, em hipótese alguma, pode levar à morte.
(D) informar que as crianças jamais serão afetadas pelo cigarro.
(E) convencer que determinadas doenças não têm relação com o 
cigarro.
05 
Flooding in Rio de Janeiro state kills scores
ADVERTISEMENT
Landslides and floods wreaked ha-
voc in the area
In January, at least 39 people were 
killed by mudslides in the resort area of 
Angra dos Reis, half way between Rio de 
Janeiro and Santos.
At least 95 people have died in the Brazilian state of Rio de 
Janeiro after the most torrential rain for decades caused lands-
lides and flooding.
A state of emergency has been declared and officials have war-
ned the death toll may rise as many more are missing.
At least 33 people died in Rio de Janeiro city after 28cm (11in) 
of rain fell in 24 hours, while 33 were killed in the neighbouring city 
of Niteroi.
De acordo com o texto, o que ocasionou a morte de 95 pessoas no 
Estado do Rio de Janeiro?
(A) Chuva fraca. (D) Crise na área da saúde.
(B) Calor intenso. (E) Falta de educação.
(C) Chuva torrencial.
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Espanhol
01 
Sigue en alza el precio de los departamentos 
en Capital Federal
Posteado el 9 May, 2012
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Edificio en torre.
Según un estudio de la UADE, el valor promedio del metro 
cuadrado a estrenar creció 8,1%, 5,2% y 6% en Recoleta, Palermo 
y Núñez, respectivamente, comparando con los niveles relevados en 
noviembre del año pasado.
Los inmuebles a estrenar en el corredor norte de la ciudad de 
Buenos Aires, en los barrios de Recoleta, Palermo y Núñez, regis-
traron aumentos de 8,1%, 5,2% y 6%, respectivamente, durante el 
primer trimestre de este año, en comparación con noviembre pasado, 
según un relevamiento de la Universidad Argentina de la Empresa 
(UADE). Asimismo son los barrios que registran los valores de de-
partamentos más elevados, tanto en el segmento de nuevos como en 
el de usado.
El informe, elaborado en base a los precios de oferta de depar-
tamentos en dólares en un conjunto de catorce barrios porteños pu-
blicados en medios gráficos e internet, indicó que el valor del metro 
cuadrado en el caso de los inmuebles a estrenar osciló entre 2.637 
dólares (Belgrano) y los 3.257 dólares (Recoleta).
Los barrios relevados fueron: Recoleta, Palermo, Núñez, Bel-
grano, Caballito, Colegiales, Barracas, Almagro, Villa Urquiza, Saa-
vedra, Balvanera, San Telmo, Boedo y Flores.
En materia de departamentos usados y para una medición simi-
lar, todos los barrios presentaron incrementos en el valor promedio 
del metro cuadrado, si bien en algunos casos fueron leves (Belgrano 
creció 0,2% y Almagro 1,3%, por ejemplo).
(La Nacion)
Através de um estudo realizado pela UADE, pode-se perceber que ocor-
reu um aumento nos valores do metro quadrado dos imóveis em Buenos 
Aires. De acordo com o bairro, esse valor pode variar; por exemplo: no 
bairro de Palermo o aumento foi de 5,2%, porém em Bergrano foi 0,2%. 
Diante dessa informação, é correto concluir que:
(A) o aumento ocorreu apenas em apartamentos usados.
(B) houve uma diminuição nos valores dos apartamentos novos.
(C) tanto nos apartamentos usados e não usados o aumento ocorreu.
(D) o aumento foi inferior ao ano anterior nos dois tipos de apartamentos. 
(E) o aumento ocorreu só nos apartamentos novos.
02 
Sarampión: alerta de brote en Buenos Aires 
por un caso importado
Detectaron un caso en una mujer que volvió de Europa; hace más de 
10 años que no hay circulación autóctona en la Argentina; recomiendan 
tener al día la vacunación
Por Sebastián A. Ríos | La Nacion
El Ministerio de Salud emitió un alerta epidemiológico ante la 
detección de un caso de sarampión en la ciudad de Buenos Aires, ya 
que se trata de una enfermedad que no tiene circulación autóctona 
desde 2000. El caso se descubrió ayer: se trata de una mujer de 35 
años, residente en esta ciudad, que volvió al país tras estar en Europa 
durante cuatro semanas.
“Si bien en la Argentina no circula el sarampión desde el año 
2000, el riesgo de inserción de esta enfermedad a nuestro país es alto 
y permanente ya que el virus circula actualmente con intensidad en 
Europa, el sudeste asiático, el Pacífico oriental y África”, comentó 
Carla Vizzotti, a cargo del Programa Nacional de Enfermedades In-
munoprevenibles del Ministerio de Salud. Como en la Argentina no 
se registra circulación viral de sarampión autóctona desde hace doce 
años, la aparición de un solo caso se considera brote.
Si bien ya se implementaron las tareas de “bloqueo de foco”, 
que tienen por objetivo evitar el potencial contagio del virus, “es 
importante advertir a los equipos médicos en todo el país que resulta 
fundamental reconocer precozmente cada caso y que se debe infor-
mar rápidamente a las autoridades nacionales ante cualquier sospe-
cha de esta enfermedad”, agregó la funcionaria.
Após a leitura do texto, percebe-se a preocupação com uma epidemia de 
sarampo por parte das autoridades argentinas, pois há 12 anos não se 
registra uma circulação viral relacionada a esta doença.
O caso detectado foi de uma mulher de 35 anos que estava na Europa 
durante quatro semanas e que reside em Buenos Aires.
Diante da informação vinculada à reportagem, pode-se situar a desco-
berta do caso na seguinte referência temporal:
(A) No dia da reportagem.
(B) Na semana passada.
(C) Foi detectado ontem o caso.
(D) O caso ainda é uma suspeita.
(E) Hoje foi identificada a doença.
4
03 
Pedaleá a la velocidad de Audi
La automotriz alemana presentó una e-bike con un motor que 
permite superar los 80 km/h
El laboratorio de diseño de Audi 
presentó una bicicleta todo terreno. El 
modelo pesa 10 kilos y está compuesto 
por un marco de fibra de carbon y poliés-
ter, con un centro de gravedad bajo, para 
darle mayor agilidad. El material de alta 
densidad que compone el cuadro también se utilizó para crear las llan-
tas de la bicicleta, que son de 26 pulgadas.
Pero la peculiaridad de este reodado no sólo esta en su diseño y 
en sus materiales, sino en su corazón. La bicicleta cuenta con un motor 
de 2.3 kw, que funciona con una bateria de litio, con un poder de 184 
lb-ft y una autonomía de 2.5 horas con carga completa.
La E-Bike de Audi también viene con un smartphone que, en-
chufado a la bicicleta, te permite controlar diferentes caracteristicas 
de la misma mientras la manejas. Se puede elegir diferentes sistema 
de pedaleo, dependiendo de las características del terreno o del paseo.
(www.conexionbrando.com)
Dentre várias características da E-Bike da Audi, como, por exemplo, 
smartphone, diferentes sistemas para pedalar dependendo do tipo de 
terreno, um motor de 2.3 kw, etc., uma outra característica da bicicleta 
é que:
(A) o carvão e o poliéster proporcionam menos agilidade.
(B) a capacidade da bateria permite uma autonomia de mais de 6 horas.
(C) o motor da bicicleta supera os 100 km/h.
(D) ela é específica para um tipo de terreno.
(E) o material do quadro é o mesmo da roda.
04 
Una retina electrónica devuelve parte de la 
visión a dos pacientes ciegos
Les implantaron un microchip que les permite ver “flashes de 
luz” y así distinguir objetos de color blanco sobre un fondo negro.
07/05/12 – 13:29
Dos pacientes que habían perdido la vista debido a una enferme-
dad degenerativa pudieron recuperarla en parte gracias al implante de 
una retina electrónica, realizado por primera vezen Gran Bretaña.
Cirujanos del King’s College Hospital de Londres implantaron 
detrás de la retina de esos pacientes un microchip de apenas tres milíme-
tros, que transforma la luz que penetra en el globo ocular en impulsos 
eléctricos que el cerebro es capaz de reconocer.
La retina electrónica – fabricada por la alemana Retina Implant 
AG – cuenta con 1.500 diodos fotosensibles que actúan como los píxe-
les de una imagen digital y transmiten esa información a través del ner-
vio óptico, al que están conectados.
El dispositivo, según los propios pacientes, les permite percibir 
“flashes de luz”, algo que, por el momento, les facilita ver objetos blan-
cos sobre un fondo negro.
Chris James y Robin Millar, que recibieron los implantes a media-
dos del mes pasado, señalaron además a los investigadores una serie de 
efectos inesperados que Robert MacLaren, profesor de Oftalmología en 
la Universidad de Oxford, describió como “extraordinarios”.
Uno de ellos aseguró a los médicos que ahora tiene “sueños en co-
lor”, algo que no le sucedía desde que perdió la vista como consecuencia 
de una enfermedad degenerativa llamada retinosis pigmentaria.
“Desde que encendieron el dispositivo puedo detectar la luz y 
distinguir la figura de ciertos objetos, es esperanzador. Parece que se 
ha despertado una parte de mi cerebro que estaba dormida”, celebró 
Millard, un productor musical de 60 años.
Por su parte, Tim Jackson, cirujano en el King’s College Hospital, 
indicó que el tratamiento está destinado a “mejorar en gran medida la 
vida de las personas con retinitis pigmentaria”, pero subrayó que se en-
cuentra todavía “en las primeras etapas”. Los responsables del estudio, 
en el que se implantarán chips similares a otros diez pacientes británicos, 
indicaron que esta tecnología podría adaptarse en el futuro para tratar 
formas más comunes de ceguera progresiva.
(http://www.clarin.com)
A ciência obteve um progresso ao conseguir fazer com que essa nova 
tecnologia permita que deficientes visuais tenham parte de sua visão 
recuperada. Segundo o texto, um dos pacientes:
(A) está sonhando com cores, o que antes já não mais acontecia.
(B) um chip similar à retina eletronica melhorou sua vida.
(C) está sonhando em branco e negro e não mais em cinza.
(D) se reabilitou totalmente com a nova tecnologia.
(E) seu cérebro ainda não despertou da cegueira.
05 
De acordo com a charge, é possível reconhecer que:
(http://www.gocomics.com)
(A) Calvin já está imaginando o que está à sua frente.
(B) Calvin é um menino complexo.
(C) Calvin é uma personagem informada e esperta.
(D) Calvin se descreve engenhoso e divertido.
(E) Calvin é uma personagem preocupada em fazer a coisa certa.
5
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06 
Poesia e Prosa
(fragmento)
(...)
A prosa é como trem, vai sempre em frente.
A poesia é como o pêndulo dos relógios de
parede de antigamente, que ficava balançando
de um lado para outro.
Embora balançasse sempre no mesmo lugar, o
pêndulo não marcava sempre a mesma hora.
Avançava de minuto a minuto, registrando a
passagem das horas: 1, 2, 3, até 12.
Também a poesia vai marcando, na passagem da
vida, cada minuto importante dela.
De tanto ir e vir de um verso a outro, de uma
rima a outra, a gente acaba decorando um
poema e guardando-o na memória.
E quando vê acontecer alguma coisa parecida
com um poema que já leu, a gente logo se recorda dele.
Geralmente, a prosa entra por um ouvido e sai pelo outro.
A poesia, não: entra pelo ouvido e fica no coração.
(José Paulo Paes)
No texto acima, o autor estabelece uma diferença entre as construções em 
prosa e em verso. Pode-se concluir que uma tal diferença é apresentada:
(A) através de uma construção metonímica, que atribui ao verso uma 
característica parcial em relação à prosa.
(B) através de comparações, que aproximam e opõem tais construções, 
com elementos do mundo concreto.
(C) através da personificação de um dos dois elementos textuais, que 
contribui para sua valorização.
(D) através da construção hiperbólica, que nega à prosa a condição de 
estabelecer comunicação.
(E) através de construção metafórica, que estabelece implicitamente a 
comparação entre os elementos.
07 
“A sinalização nas vias públicas é fundamental para o bem-estar 
de motoristas e pedestres. Esses sinais podem ser feitos por meio de 
placas, luzes, gestos e sons. No site http://www.detran.rj.gov.br, você 
encontra o significado de cada um dos sinais manuais que podem ser 
feitos por condutores e agentes de trânsito, além das reproduções de to-
das as placas.”
(http://www.amigosdoriodejaneiro.com.br)
Abaixo, estão exemplificados sinais da linguagem de trânsito que repre-
sentam a mesma mensagem. Tais sinais seguem um código previamen-
te arbitrado, fácil de ser traduzido e interpretado. Da análise dos sinais 
abaixo apresentados pode-se concluir que:
PARE
(A) tanto o primeiro sinal quanto o segundo dão prioridade à cor e ao 
movimento por serem elementos inibidores do movimento do veículo.
(B) além de a cor vermelha ser um símbolo previamente arbitrado de que 
o veículo deve parar, o primeiro sinal recebeu reforço do apelo verbal.
(C) nem sempre a linguagem de trânsito apresenta signos de fácil tradução, 
sendo, por isso, necessário o uso de vários outros tipos de linguagem.
(D) todos os sinais de trânsito representados na ilustração são signos 
verbais, porque traduzem a mesma mensagem, ou seja, a ordem de 
parar.
(E) a linguagem dos sinais de trânsito não obedece ao mesmo código, pois, 
além do apelo visual, necessita de outros apelos para ser interpretada.
08 
TexTo I
Parecer de agência recomenda proteção de 
30 metros às margens de rios
Documento será analisado pela presidente Dilma para decidir sobre veto 
ao Código Florestal, que prevê recuperação de 15 metros em rios estreitos
BRASÍLIA – Parecer técnico feito pela Agência Nacional de 
Águas (ANA) defende que os rios brasileiros tenham uma faixa de 
vegetação mínima de 30 metros em suas margens para a proteção da 
qualidade da água, estabilização das encostas e prevenção de inun-
dações. O parecer foi encaminhado ao Planalto e será considerado na 
decisão da presidente Dilma Rousseff de vetar a reforma do Código 
Florestal aprovado no mês passado na Câmara.
(Marta Salomon – O Estado de S.Paulo, 15/5/2012.)
TexTo II
(http://3.bp.blogspot.com)
A charge que constitui o texto II, em relação ao que se contém no texto I:
(A) é ilustrativa de como deve ser aplicado o parecer feito pela Agência 
Nacional de Águas.
(B) tem o objetivo de criticar a não observância da proteção requerida para 
as margens dos rios.
(C) revela a criatividade dos madeireiros, que conseguem atender ao 
governo sem prejuízos para o seu negócio.
(D) apresenta elementos verbais e não verbais dissonantes semanticamente, 
o que lhe retira expressividade.
(E) traduz o comprometimento dos setores madeireiros com as políticas 
de preservação preconizadas na lei.
6
09 
Não faça do seu carro uma arma
“(...)
A posse irresponsável ou criminosa de veículo automotor é um 
dos mais graves problemas vividos pela sociedade brasileira. Tão ou 
mais letal que o problema das drogas, pois não depende de trafican-
tes nem de usuários, envolvendo a totalidade da população. Conduto-
res imperitos, psicopatas, bêbados, mal-educados e criminosos fazem a 
alarmante estatística do trânsito brasileiro. Suas máquinas, concebidas 
para o transporte pessoal ou de mercadorias são lançadas contra o ser 
humano e sacam-lhe a vida, seu bem mais precioso. Anualmente 40 mil 
brasileiros morrem todos os anos em acidentes de trânsito.
O problema não é novo, mas seu agravamento ocorre nos últi-
mos 40 anos, como decorrência da industrialização e da urbanização 
das populações. O número de veículos, especialmente os de motocicle-
tas, aumenta vertiginosamente e as vias públicas crescem em proporção 
bem menor. A simples questão espacial é um foco natural de tensão; 
mais veículos para as mesmas vias causa congestionamentos e proble-
mas. Mas há que se considerar também questõessociais e educacionais. 
Motoristas despreparados, estressados e impunes constituem o grande 
ingrediente para o caos instalado.
Desde o começo, a impunidade levou à crença de que o veículo, 
em vez de meio de transporte, é instrumento de poder. Tradicionalmen-
te, os motoristas brasileiros que causam acidentes não recebem punição 
e, por isso, continuam na vida errante. Muitos deles, quando ao volante, 
transformam-se em bestas-feras, esquecendo-se de que no outro veículo 
pode haver um psicopata e que, quando descem, também são pedestres.
A necessidade do veículo como meio de transporte e o direito da 
população a esse bem são inegáveis. Mas a sociedade brasileira preci-
sa, urgentemente, encontrar a fórmula da posse responsável. Tem de, a 
qualquer custo, recuperar o respeito, a urbanidade e a cortesia entre as 
pessoas, principalmente quando elas conduzem veículos que, mal uti-
lizados, podem causar a morte própria ou de terceiros. Viver é o mais 
importante e a máquina tem de ajudar a preservar a vida, jamais promo-
ver a morte...”
(Disponível em http://www.atribunanet.com)
O trecho acima pretende levar o leitor e as autoridades responsáveis a uma 
reflexão sobre o comportamento criminoso de certas pessoas quando 
estão ao volante de seu veículo. Apontando as causas de tal comporta-
mento, implicitamente o autor do texto, Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves 
– dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Milita-
res de São Paulo) – sugere prováveis soluções sociais, que são:
(A) melhoria da desproporção entre o crescimento do espaço de 
circulação e o do número de veículos a ele destinado.
(B) maior presença nas vias públicas das autoridades que deveriam 
coibir excessos costumeiros praticados pelos motoristas.
(C) menores investimentos na produção da indústria automotiva e 
maiores recursos para as obras de urbanização das vias.
(D) reestruturação das medidas coercitivas previstas para os casos de 
conduta criminosa no trânsito, inibindo a impunidade.
(E) campanhas juntos às fábricas automotivas com vistas à implantação 
de novas tecnologias de segurança.
10 
(Disponível em http://www.dhnet.org.br)
Tendo em vista os elementos que compõem a charge apresentada, cons-
tata-se que:
(A) pela natureza da denúncia, o homem pode apresentá-la bem 
mais tarde.
(B) a aparência dos dois personagens demonstra igualdade de classe 
social.
(C) as falas dos personagens apresentam recursos próprios de uso 
literário.
(D) na mensagem pretendida pelo autor da charge, está implícita 
uma crítica.
(E) o texto, por ser jornalístico, não apresenta qualquer função de 
linguagem.
11 
(...)
Dá para notar claramente na grande mídia – particularmente 
na que envolve os canais abertos de tevê – a preocupação de pegar 
carona nessa mudança que o país experimenta e “conquistar” a nova 
classe “C”, até porque os canais fechados e a internet já lhes rouba-
ram vastos percentuais das classes ditas “elevadas”.
Nada mais lógico, nada mais esperado, por parte de quem se 
sustenta em função de ibopes. Impossível questionar essa tentativa 
de sedução. Mas é preciso cuidar do nível. E isso não parece estar 
acontecendo com a mídia e suas novelas de baixo nível dramatúr-
gico com enredos previsíveis e lineares, seus programas de reality 
show que exacerbam a vulgaridade, seu processo manipulador de 
informação, sua programação centrada no apelo sexual do chama-
do “consumo do corpo”, sua promoção de “celebridades” efêmeras, 
porque falsas.
Por que faço essas observações? Penso que a atual obrigação 
do Governo é zelar, sim, pelo pão na mesa dos brasileiros. Essa 
política tem a ver com cidadania, dignidade, justiça social. Mas tam-
bém acho que isso deve ser acompanhado de um outro alimento, o 
do espírito, que se dá sob o império de um processo educativo, que 
não passa apenas pelas escolas públicas de qualidade – que estamos 
longe de ter –, por professores bem formados e bem remunerados – 
de que carecemos – mas também por uma produção cultural que, se 
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não pode nem deve ser diretamente gerida pelo Estado, nem por isso 
pode ficar, sem qualquer controle, ao bel-prazer de outros segmentos 
interessados em aspectos comerciais, às vezes com a velha ideia de 
que, para o povo, basta o samba, o sexo e o futebol...
(Fragmento adaptado de “Panis et Circences”. R.M.Lima, blog “Direto da Redação”, 
21/5/2012.)
A leitura atenta do texto permite a conclusão de que o autor procura 
defender:
(A) o direito da televisão aberta de decidir, sem intervenções de qualquer 
natureza, a programação cultural oferecida ao público.
(B) a prevalência dos programas culturais produzidos no âmbito 
governamental, que se devem sobrepor aos das instituições 
particulares.
(C) a necessidade de existir um relativo controle sobre as produções 
culturais disseminadas pela rede aberta de televisão. 
(D) o samba, o sexo e o futebol como únicos valores que não devem 
faltar na programação cultural das tevês, por traduzirem o espírito 
do nosso povo.
(E) o direito de o Estado intervir indiscriminadamente nas programações 
da tevê aberta, que, por serem concessões públicas, devem produzir 
o que interessar ao governo.
12 
A escola precisa recuperar a liberdade de movimentos que a vida 
na cidade grande e seu respectivo modelo de funcionamento escolar 
restringiram, impedindo as mais simples e fundamentais manifesta-
ções como correr, pular, saltar, etc.
“(...) Tudo isto traz também uma redução da confiança no próprio 
corpo e uma certa sensação de impotência que é difícil de erradicar, 
apesar de muitas vezes tentar-se compensar a criança dando-lhe maior 
estimulação de sua fantasia ou de sua inteligência, através de tantos 
meios de que dispomos atualmente, conseguindo assim que o centro 
intelectual supra uma carência que na verdade não pode cumprir por-
que corresponde a outros níveis de existência” (PALCOS, 1998, p. 2).
De acordo com Palcos (1998), a falta de liberdade de movi-
mentos vai formando travas que impedem as crianças de fazer um 
crescimento harmônico. Como todo movimento se inicia ou deveria 
iniciar-se com um movimento reflexo, aqueles se perdem na medida 
em que estes ficam inibidos. As escolas, enquanto espaços de edu-
cação integral das crianças, devem constituir-se como ambientes que 
contribuam para evitar o surgimento de travas, ou mesmo eliminar 
as que já tiverem se instalado, contribuindo para construir ou mesmo 
recuperar a liberdade e a confiança no corpo. Esta é uma das respon-
sabilidades do educador que assume a educação integral das crianças, 
porque a confiança no próprio corpo está relacionada ao sentimento de 
confiança na vida.
(...)
Para assumir esta tarefa – de abrir a escola para a expressão 
do corpo – é importante que o professor de sala de aula estimule as 
crianças a descobrirem os espaços que a escola proporciona, não res-
tringindo seu uso aos momentos de recreio. O pátio, a própria sala e 
os demais espaços podem e devem ser explorados para brincadeiras, 
jogos e até mesmo para propostas de pesquisa e estudo, relacionando 
conteúdos das diversas disciplinas por meio das atividades corporais. 
Desta forma, o professor estará contribuindo para ultrapassar os obs-
táculos que a escola reproduz em seu meio e ensinar também pelos 
gestos, pelas músicas, pelo corpo. Conhecer os gestos e as expressões 
corporais de cada criança é uma forma de conhecê-la integralmente, 
estreitando nossos laços com ela e ampliando nossa possibilidade de 
comunicação e troca.
(Ano XVIII boletim 04 – Abril de 2008.
Secretaria de Educação a Distância – Ministério da Educação. http://www.tvbrasil.org.br)
A ideia central defendida no texto anterior é a de que cumpre à escola:
(A) fazer com que as crianças possam confiar no próprio corpo, 
possibilitando-lhes espaços mais amplos para jogos e estudos que 
envolvam a expressão corporal.
(B) transformar as salas de aula em espaços lúdicos nos quais 
predominem atividades ligadas à expressão corporal, em detrimentodas demais atividades escolares.
(C) possibilitar às crianças, como mecanismo de compensação, a 
ampliação de seu campo de fantasia, único capaz de suprir a sua 
falta de expressão corporal.
(D) estimular atividades ligadas à expressão corporal, como forma de 
compensar o baixo aproveitamento intelectual de algumas crianças.
(E) imprimir maior dinamismo às atividades desempenhadas no 
chamado “recreio”, tornando-o a fonte maior do conhecimento da 
expressão corporal das crianças.
13 
Saúde e qualidade de vida: a importância da 
atividade física no combate à obesidade
Dayane Franciny de Oliveira Caldeira e Nathália Gomes Tirado
(...)
Causas e Consequências da Obesidade
A obesidade pode ser resultado de vários fatores, podendo tra-
zer consequências irreversíveis à saúde e à vida social de muita gen-
te. Problemas imunológicos, hormonais, renais, neurológicos, dentre 
tantos outros, acabam fazendo parte da rotina de um indivíduo obe-
so. Sem entender como proceder, o mesmo acaba sendo vítima de 
pressões, que o levam a procurar métodos totalmente reprovados de 
emagrecimento rápido e sem grandes esforços.
As causas da obesidade no mundo estão ligadas a alguns fa-
tores, o primeiro é o fator genético da população, que influencia na 
obtenção do excesso de massa corporal, e que associado a determi-
nados fatores ambientais, potencializaria o evento. O segundo fator é 
o poder aquisitivo, ou seja, onde os desprivilegiados não têm acesso 
a uma alimentação saudável e os privilegiados adquirem péssimos 
hábitos alimentares, ingerindo apenas alimentos industrializados. O 
terceiro fator é o estilo de vida sedentário da sociedade, no qual cada 
vez mais se reduz a prática da atividade física, devido a tecnologia, 
comodidade, stress, sono insuficiente, entre outros. O quarto fator 
está diretamente relacionado com doença física (síndromes congêni-
tas) e mental, junto a algumas substâncias farmacêuticas que podem 
predispor à obesidade.
8
As consequências da obesidade podem reduzir a atividade mo-
tora, provocar fadiga, problemas psicológicos como depressão, as-
sim, reduzindo a expectativa de vida da população.
(http://www.webartigos.com)
O texto vincula o combate à obesidade a aspectos ligados ao exercício 
de atividades físicas. Uma leitura atenta permite-nos concluir que, se-
gundo suas autoras:
(A) é possível a quaisquer pessoas, com esforços diminuídos e muita 
força de vontade, atingir a níveis corporais adequados.
(B) aspectos econômicos devem ser desconsiderados quando se 
analisam as causas da obesidade.
(C) os menos favorecidos padecem mais dos problemas vinculados 
à saúde do corpo porque não podem desfrutar de produtos 
industrializados.
(D) entre os efeitos da obesidade, encontra-se a possibilidade da 
redução da expectativa de vida dos obesos.
(E) a presença da tecnologia, com suas comodidades, pode ser um 
fator desestimulante do comportamento sedentário e da obesidade.
14 
A Educação Física Infantil, de acordo com Basei (2008), “tem 
um papel fundamental na Educação Infantil, pela possibilidade de 
proporcionar às crianças uma diversidade de experiências através de 
situações nas quais elas possam criar, inventar, descobrir movimen-
tos novos, reelaborar conceitos e ideias sobre o movimento e suas 
ações. Além disso, é um espaço para que, através de situações de 
experiências – com o corpo, com materiais e de interação social –, as 
crianças descubram os próprios limites, enfrentem desafios, conhe-
çam e valorizem o próprio corpo, relacionem-se com outras pessoas, 
percebam a origem do movimento, expressem sentimentos, utilizan-
do a linguagem corporal, localizem-se no espaço, entre outras situa-
ções voltadas ao desenvolvimento de suas capacidades intelectuais e 
afetivas, numa atuação consciente e crítica”.
(Fragmento do trabalho acadêmico “Educação Física na Educação Infantil: considerações 
sobre sua importância”, da Faculdade de Educação Física da Universidade de Santo Amaro, 
elaborado por Diana Gava, Eliane Silva de França, e Rosilene Rosa*, sob orientação da profª 
MS. Solange de Oliveira Freitas Borragine. http://www.efdeportes.com)
A leitura atenta do fragmento possibilita a conclusão de que, para o autor 
mencionado, a Educação Física Infantil permite:
(A) a atuação das crianças em atividades de repetição e treinamento 
pré-programadas.
(B) um espaço experimental para a competição e superação sucessiva 
de limites.
(C) um saudável mecanismo de comparação entre crianças, com seleção 
das melhores.
(D) o estímulo à criatividade e às descobertas, pelas crianças, das 
potencialidades do corpo.
(E) um apar tamento das atividades físicas em relação a outras 
capacidades das crianças.
15 
A propósito de exposição feita no Museu do Chiado, em Portugal, para 
assinalar os 150 anos do nascimento do pintor Columbano Bordallo 
Pinheiro (1857-1929), apresenta-se, a seguir, fragmento do artigo As 
relações da Fotografia com a Pintura no século XIX, colhido no endereço 
http://saisdeprata-e-pixels.blogspot.com.
(...)
À época fotógrafos e pintores tinham uma promiscuidade salutar. 
Columbano era amigo de Arnaldo Fonseca, cujos retratos fotográficos 
utilizou como modelo para obras como “O Actor Taborda”; o caricatu-
rista e fotógrafo Nadar era amigo dos impressionistas, foi ele que em-
prestou o seu estúdio, um primeiro andar do no 35 do Boulevard des Ca-
pucines, para a sua primeira exposição; Delacroix (1799-1863) exaltava 
as virtudes da nova técnica e é sobejamente conhecida a sua coleção de 
fotografias de Eugène Durieu que lhe serviam de modelo. Delacroix só 
lamentava a invenção tardia da fotografia. Outras vezes grandes fotógra-
fos como Le Gray, Charles Négre, tinham sido pintores, ou então eram 
pintores que também eram fotógrafos, como o caso de Degas. Alfred 
Keil (1850-1907), para além de pintor, compositor, poeta, foi fotógrafo 
e utilizava as suas fotografias como modelo das suas pinturas.
Contudo, na época era díficil de conceber a fotografia como arte, 
era vista como um processo mecânico que qualquer um podia fazer. 
Reinava a ideia de que uma obra para ser artística tinha que ser labo-
riosa, a fotografia sugeria facilidade. Utilizar modelos fotográficos era 
condenável porque facilitava o trabalho, como diz Sena “talvez se tenha 
destruído ou escondido, por vergonha, grande parte dessas imagens re-
ferenciais.” A fotografia não era arte e os pintores, mesmo Degas, não se 
atreviam a confessar o seu uso.
(...)
(Edgar Degas, Carriages, 1869.) (Edgar Degas, Place de la Concorde, 1876.)
A menção a Degas, no final do texto acima, permite a inferência de que o 
conhecido pintor, embora não o confessasse, influenciava-se, na sua obra, 
pela fotografia. Sobre os quadros de Degas acima reproduzidos pode-se 
afirmar comprovadamente que:
(A) contrariam a possibilidade da influência fotográfica aventada, por 
seguirem a tradição da pintura clássica.
(B) na sua elaboração, a partir de uma concepção conservadora, 
trazem aspectos que os distanciam da arte fotográfica.
(C) utilizam o recurso fotográfico das vistas elevadas (“vistas de 
pássaro”), como fotos tiradas de um plano superior.
(D) constroem-se com cor tes bruscos de coisas e pessoas, à 
semelhança da visão fragmentada que uma fotografia enseja.
(E) só foram possíveis a par tir da utilização não confessada de 
fotografias previamente tiradas e empregadas como modelos.
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O Barroco – manifestação artística dos séculos XVI a XVIII – refletiu a 
busca de uma conciliação da religiosidade medieval com o humanismo 
renascentista. Daí a sua dualidade, com ênfase ora atribuída à fé e às 
coisas do espírito, ora conferida ao pensamento racional.
Esse conflito se manifesta, formalmente, nas artes plásticas:
(A) pela cópia rigorosa dos elementos da realidade.
(B) pela desconstrução do objeto retratado.
(C) pelo emprego de formas geométricas bem definidas.
(D) pelo uso da técnica contrastante do claro-escuro.
(E) pela presença marcante de imagens austeras e equilibradas.17 
Boi do Carmo
Minha santa paz e amor
Nossa senhora proteção de Parintins
Boi Garantido numa forma de oração
pela fé e gratidão
Lhe traz rosas e jasmins
Salve os caboclos
Guerreiros parintintins
Valentes tupinambás
Que protegem teus jardins
Lá na fazenda a boiada tá gorda
E no terreiro curumins e cunhantãs
Alegremente correm prá lá e prá cá
Dançando meu boi-bumbá
(...)
(Chico de Assis)
Filho da Mundurukania
Sou parintintin sou tupinambá.
Eu sou filho da mata, eu sou filho do sol
Nativo dos Andes, eu sou da floresta.
Sou boi-bumbá...
Sou festa de boi, sou desse lugar.
Tem peixe muqueado, tem o tacacá,
Arraial, Pastorinha e o Boi Caprichoso
Sou da grande mundurukania,
Minhas penas repousam aqui.
Tapajós, Andirá, Rio Madeira, Amazônia, meu chão é Brasil.
Empunhando os arcos e flechas 
Todos pintados prá guerra, cantam os guerreiros Tupis:
(...)
(César Mores)
Parintins é uma pequena cidade, situada na ilha de Tupinamba-
rana, no estado do Amazonas, bem próxima à fronteira com o Pará, 
na região conhecida como o médio rio Amazonas. A pacata cidade 
transfigura-se anualmente para abrigar uma festa espetacular: o fes-
tival dos Bois-Bumbás. O festival acontece nas três últimas noites 
do mês de junho, e organiza-se em torno da competição entre dois 
grupos de Bois: Boi Garantido, boi branco com o coração vermelho 
na testa, cujas cores emblemáticas são o vermelho e o branco; e Boi 
Caprichoso, boi preto com a estrela azul na testa, cujas cores são o 
preto e o azul.
Esse festival alcançou nos últimos anos dimensões massivas, 
conjugando, de modo inesperado e criativo, padrões e temas cul-
turais tradicionais a procedimentos e abordagens modernizantes. É 
hoje uma das grandes manifestações populares do Norte do Brasil, 
atraindo milhares de pessoas não só de Manaus (a capital do esta-
do) e cidades próximas, como de diversas partes do país. Nos anos 
recentes, essa ‘brincadeira do boi’ foi eleita como bandeira de uma 
identidade cultural regional. Esse alcance, a tensa relação estabele-
cida entre permanência e mudança, bem como a beleza artística dos 
Bumbás de Parintins suscitam o interesse pela análise de seu sentido 
cultural profundo.
(CAVALCANTI, M. L. V. de C.: “O Boi-Bumbá de Parintins, Amazonas: breve história e etnografia 
da festa”. História, Ciências, Saúde Manguinhos, vol. VI (suplemento), 1019-1046, setembro 
2000.)
O Festival de Parintins abrange contos e lendas genuínas da cultura ama-
zônica. Aparecem na apresentação dos bois, caçadores, caciques, rega-
tões, canoas, misturando passado e presente, além das lendas amazô-
nicas como a cobra grande e o boto. Também é possível, por exemplo, 
ver temas de grande atualidade, como as crianças que remam em suas 
canoas para pedir esmola aos passageiros dos grandes barcos que cru-
zam o rio Amazonas ou a figura do líder dos seringueiros Chico Mendes, 
assassinado no Acre em 1988.
A inspiração da festa provém do conto do “Boi-Bumbá” que simboliza o 
agradecimento a São João pelas graças recebidas.
Com relação a essa manifestação artística e cultural da Amazônia, é pos-
sível afirmar que:
(A) na evolução recente do Bumbá de Parintins, ressalta-se a 
participação da mídia, da indústria cultural e do turismo, de agências 
governamentais e amplas camadas sociais em uma festa que 
mantém fortes características tradicionais.
(B) semelhante aos desfiles da Escolas de Samba do carnaval carioca, 
a festa parintinense guarda um aspecto pagão, sem qualquer ilação 
religiosa, o que confere características próprias ao evento.
(C) o festival é um divisor de águas na história dos Bumbás que, pouco 
a pouco, foram se tornando sua principal atração, mantendo assim 
a tradição secular e sem permitir qualquer modernização da festa.
(D) o Bumbá de Parintins é uma festa junina, pouco integrada em sua 
região e no ciclo festivo católico que a circunda, sendo, apenas, 
uma competição radical, limitada a dois contendores, Garantido 
e Caprichoso, representantes de um pequeno centro urbano.
(E) o Boi-Bumbá de Parintins é um fascinante capítulo da longa 
história de folguedos regionais, ficando ligado, unicamente, à 
região amazônica, que o elegeu como metáfora para a afirmação 
de uma identidade regional cabocla.
10
18 
O açúcar 
O branco açúcar que adoçará meu café
Nesta manhã de Ipanema
Não foi produzido por mim
Nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
Vejo-o puro
E afável ao paladar
Como beijo de moça, água
Na pele, flor
Que se dissolve na boca. Mas este açúcar
Não foi feito por mim.
Este açúcar veio
Da mercearia da esquina e
Tampouco o fez o Oliveira,
Dono da mercearia.
Este açúcar veio
De uma usina de açúcar em Pernambuco
Ou no Estado do Rio
E tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana
E veio dos canaviais extensos
Que não nascem por acaso
No regaço do vale.
Em lugares distantes,
Onde não há hospital,
Nem escola, homens que não sabem ler e morrem de fome
Aos 27 anos
Plantaram e colheram a cana
Que viraria açúcar.
Em usinas escuras, homens de vida amarga
E dura
Produziram este açúcar
Branco e puro
Com que adoço meu café esta manhã
Em Ipanema.
(GULLAR, Ferreira. Toda poesia (1950-1980). São Paulo: Círculo do Livro. 1983. p. 227-228.)
Ferreira Gullar é uma das maiores expressões da chamada poesia engajada 
brasileira, na segunda metade do século XX. A leitura do poema anterior, de 
denúncia de um problema social, permite-nos considerar que:
(A) as figuras humanas presentes no texto não se distanciam quanto 
ao espaço físico, mas tão somente quanto aos lugares “sociais” 
em que se situam.
(B) o caráter cíclico da problemática de desigualdade social apresentada 
encontra-se expressivamente caracterizado na repetitiva estrutura 
do poema.
(C) apesar do tom crítico que permeia o poema como um todo, os 
versos finais permitem ao leitor absorver a visão otimista que o 
poeta pretende transmitir.
(D) o eu lírico, neste poema, insere-se entre aqueles que, desfavorecidos 
socialmente, justificam o tom de denúncia presente nos versos.
(E) compõem um mesmo campo semântico, por retratarem a mesma 
realidade espacial, dentro do poema, as palavras ”canavial”, “usina”, 
“hospital” e “escola”.
19 Leia o pequeno conto a seguir, de Moacyr Scliar, escritor gaúcho recentemente falecido:
O vencedor: uma visão alternativa
Nos sete primeiros assaltos, Raul foi duramente castigado. Não era 
de espantar: estava inteiramente fora de forma. Meses de indolência e 
até de devassidão tinham produzido seus efeitos. O combativo boxeador 
de outrora, o homem que, para muitos, fora estrela do pugilismo mun-
dial, estava reduzido a um verdadeiro trapo. O público não tinha a menor 
complacência com ele: sucediam-se as vaias e os palavrões.
De repente, algo aconteceu. Caído na lona, depois de ter recebido 
um cruzado devastador. Raul, ergueu a cabeça e viu, sentada na primeira 
fila, sua sobrinha Dóris, filha do falecido Alberto. A menina fitava-o com 
os olhos cheios de lágrimas. Um olhar que trespassou Raul como uma 
punhalada. Algo rompeu-se dentro dele. Sentiu renascer em si a energia 
que fizera dele a fera do ringue. De um salto, pôs-se de pé e partiu como 
um touro furioso para cima do adversário. A princípio o público não se 
deu conta do que estava acontecendo. Mas quando os fãs perceberam 
que uma verdadeira ressurreição se tinha operado, passaram a incen-
tivá-lo. Depois de uma saraivada de golpes certeiros e violentíssimos, 
o adversário foi ao chão. O juiz procedeu à contagem regulamentar e 
proclamou Raul o vencedor.
Todos aplaudiam. Todos deliravam de alegria. Menos este que con-
ta a história. Este que conta a história era o adversário. Este que conta a 
história era o que estava caído. Este que conta a história era o derrotado. 
Ai, Deus.
(SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 58-59.)
O conto de Moacyr Scliar apresenta desfecho surpreendente. O elemen-
to responsável pela surpresa (e a respectiva justificativa) é:
(A) o enredo, porque culmina com a vitória do personagem Raul, 
construída apenas noúltimo parágrafo.
(B) o personagem Dóris, pela alteração involuntária que provoca na 
atitude do personagem Raul.
(C) o aspecto temporal, já que a narrativa subverte a tradicional evolução 
do tempo.
(D) o foco narrativo, visto que se percebe um narrador em terceira 
pessoa como personagem secundário.
(E) o espaço em que se passa a narrativa, incompatível com a história 
contada.
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Cristais
Mais claro e fino do que as finas pratas
o som da tua voz deliciava...
na dolência velada das sonatas
como um perfume a tudo perfumava.
Era um som feito de luz, eram volatas
em lânguida espiral que iluminava
brancas sonoridades de cascatas...
Tanta harmonia melancolizava.
Filtros sutis de melodias, de ondas,
de cantos voluptuosos como rondas
de silfos leves, sensuais, lascivos...
Como que anseios invisíveis, mudos, 
da brancura das sedas e veludos,
das virgindades, dos pudores vivos.
(CRUZ E SOUSA, João da. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura, 
Fundação Banco do Brasil, 1993.)
O elemento formal(ais) e temático(s) relacionado(s) ao contexto cultural do 
Simbolismo encontrado(s) no poema “Cristais”, de Cruz e Sousa, é (são):
(A) a opção pela abordagem, em linguagem simples e direta, de temas 
raros, sob uma forma fixa de expressão poética.
(B) a prevalência do lirismo amoroso e intimista sugerido(s) por 
elementos sensoriais que se concentram na mulher amada.
(C) o refinamento estético da forma poética e o tratamento de temas 
universais que evidenciam visão materialista.
(D) a evidente preocupação do eu lírico com a realidade social expressa 
em imagens poéticas ricas e inovadoras.
(E) a liberdade formal da estrutura poética que dispensa a rima e a 
métrica tradicionais em favor de temas do cotidiano.
21 
TexTo I
A mãe do cativo
Ó mãe do cativo! que alegre balanças
A rede que ataste nos galhos da selva!
Melhor tu farias se à pobre criança
Cavasses a cova por baixo da relva.
Ó mãe do cativo! que fias à noite
As roupas do filho na choça da palha!
Melhor tu farias se ao pobre pequeno
Tecesses o pano da branca mortalha.
Misérrima! E ensinas ao triste menino
Que existem virtudes e crimes no mundo
E ensinas ao filho que seja brioso,
Que evite dos vícios o abismo profundo ...
E louca, sacodes nesta alma, inda em trevas,
O raio da espr’ança... Cruel ironia!
E ao pássaro mandas voar no infinito,
Enquanto que o prende cadeia sombria! ...
(Castro Alves, Os Escravos, 1883.)
TexTo II
(...)
O trabalhador do campo
Que cultiva agricultura
O chamado boia-fria,
Vive uma escravatura
Sem expectativa de vida
Por falta de estrutura
(...)
O desespero é quem gera
Esses dados negativos
Homens que deixam famílias
Pra viverem como cativos
Hoje são muitas viúvas
Com os seus maridos vivos.
Milhares de nordestinos
Vivem estes empecilhos
Num trabalho subescravo.
Seus olhos perderam os brilhos
Acorda, Brasil, acorda!
Para cuidar dos teus filhos.
(Pedro Costa. Repentista piauiense e membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. 
Março 2008.)
O confronto entre os dois textos – distantes entre si por mais de 120 anos 
– permite considerar que:
(A) é impossível estabelecer qualquer ligação temática entre eles, dados 
os diferentes momentos de sua produção.
(B) cumprem a mesma função social, sendo que o segundo “atualiza” a 
problemática denunciada no primeiro.
(C) pela seleção vocabular, apenas o primeiro pode ser considerado como 
manifestação literária.
(D) o segundo apresenta, nos versos finais, uma visão otimista e ufanista 
ausente no primeiro.
(E) os dois textos têm como interlocutores diretos familiares dos homens 
submetidos a trabalho servil.
12
22 
O uso do PET na reciclagem é diverso. Pode-se fazer muita coisa 
com essa matéria-prima, mas um dos destinos mais comuns é se trans-
formar em fibra de poliéster.
PET é o melhor e mais resistente plástico para fabricação de gar-
rafas e embalagens. Devido às suas características, o PET mostrou ser 
o recipiente ideal para a indústria de bebidas em todo o mundo (as 
famosas garrafas de refrigerantes).
Porém, com o aumento do consumo, surgiu um grande desafio a 
ser resolvido: o que fazer com as embalagens já utilizadas e descarta-
das, que poluem de forma indiscriminada o nosso planeta? Desde que 
o conceito de reciclagem surgiu, décadas atrás, a preservação do meio 
ambiente tornou-se o seu principal objetivo.
Nesse sentido, a coleta e a reciclagem da embalagem PET tem 
sido incentivada cada vez mais, permitindo o uso da matéria original 
para a fabricação de diversos produtos. Um dos mais interessantes é 
produção de fibras de poliéster. Essas fibras estão sendo largamente 
utilizadas na indústria têxtil e nas confecções.
(Disponível em http://www.setorreciclagem.com.br)
Na montagem do texto, o autor procurou estabelecer uma certa ordem 
lógica para as ideias de que se vale para uma boa estrutura textual. Assim 
podemos verificar, na inter-relação dos parágrafos, a intenção de que:
(A) os elementos citados no parágrafo inicial, ainda que tenham sido 
omitidos no desenvolvimento do texto, sejam retomados no último 
parágrafo.
(B) o terceiro parágrafo questione o que é afirmado no segundo e o quarto 
parágrafo proponha uma solução para o problema relatado no terceiro.
(C) no desenvolvimento das ideias contidas no parágrafo de abertura 
do texto se possa perceber o método dedutivo, partindo do conceito 
geral para um particular.
(D) os dois parágrafos intermediários (segundo e terceiro) se completem, 
uma vez que ocorrem ideias convergentes entre um e outro.
(E) o texto não apresente uma estrutura ordenada, porque na montagem 
dos parágrafos inexiste uma relação entre eles.
23 Leia com atenção a “tirinha” a seguir:
A “tirinha” é um gênero do tipo narrativo e se constrói com elementos que 
vão alicerçando a sua coesão, conferindo-lhe coerência. Nesse sentido, 
e de acordo com os objetivos textuais do autor da tira anterior, pode-se 
afirmar que:
(A) a relação que se produz entre as duas frases que compõem o cartaz 
do primeiro quadrinho é de natureza concessiva.
(B) no terceiro quadrinho, o adjetivo que compõe a primeira exclamação 
acha-se justificado pela frase que a personagem profere a seguir.
(C) a palavra “mesmo”, no quarto quadrinho, apresenta valor inclusivo, 
tal qual na frase: “Mesmo os mais descrentes tiveram que se curvar 
à realidade.”
(D) ainda no quarto quadrinho, a expressão “sem uma arma” incorpora, 
à frase do personagem masculino, uma ideia de consequência.
(E) o sinal gráfico existente no último quadrinho não guarda relação 
com a reação e a expressão facial da personagem feminina.
24 
TexTo I
TexTo II
O cadastramento da carteira de estudante 2009 já começou nas 
escolas particulares. A meta é dar agilidade ao processo; 140 mil for-
mulários com o nome de todos os estudantes matriculados já estão 
chegando às escolas particulares de Fortaleza.
Os alunos vão confirmar os dados do cadastro da Etufor para fazer 
o pedido da carteira. Como as fichas já chegam preenchidas, o processo 
é simplificado.
Com o boleto, os estudantes vão poder fazer o pagamento em qual-
quer agência lotérica. Pelo site, as escolas vão ter que confirmar o nome 
dos alunos que estão matriculados para que a confecção das carteirinhas 
seja autorizada.
Quem ainda não tem o nome no cadastro deverá preencher uma 
ficha em branco na secretaria das escolas.
Este ano, os alunos tiveram uma surpresa. O preço da carteirinha 
aumentou 20%, foi de R$ 10 para R$ 12.
(http://verdesmares.globo.com)
Os dois textos acima cuidam do mesmo assunto, mas constroem-se com 
elementos distintos, em função dos seus objetivos. Tais objetivos, aliás, 
configuram, respectivamente, as funções de linguagem:
(A) conativa e referencial. (D) fática e poética.
(B) conativa e poética. (E) metalinguística e emotiva.
(C) poética e referencial.
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“Goza, goza da flor da mocidade
Que o tempo trata a toda ligeireza,
E imprime em toda flor sua pisada,
Oh não aguardes que a maduraidade
Te converta essa flor, essa beleza,
Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.”
(Gregório de Matos)
No fragmento acima, o poeta dirige-se à figura feminina no sentido de 
convencê-la a determinada postura existencial. Considerado tal objetivo, 
é preponderante a função de linguagem:
(A) fática, com o uso expressivo da interjeição.
(B) emotiva, pelo implícito sentimento manifestado.
(C) apelativa, com emprego de verbos e pronome da segunda pessoa.
(D) referencial, já que se presta uma informação à interlocutora.
(E) metalinguística, pela utilização generalizada da conotação.
26 
TexTo I
“Na moderna nacionalidade brasileira, a língua também se vai 
alterando, constituindo um verdadeiro dialeto do português: cada um 
dos elementos da mestiçagem contribui com as suas alterações es-
peciais. O elemento colonial modifica a acentuação fonética, de um 
modo mais exagerado do que nas ilhas dos Açores; o som s, como 
o ch galego, torna-se sibilante e mavioso, sobretudo nos plurais; as 
construções gramaticais distinguem o se condicional do reflexo si, e os 
pronomes precedem os verbos, como: me disse, em vez de disse-me. 
No vocabulário o português conserva os seus provincianismos atuais 
e os arcaísmos do tempo da colonização. Da parte do elemento ante--
-histórico, uma certa indolência na pronúncia exerce a grande lei da 
queda das consoantes mediais e vogais mudas: assim senhor é siô; 
senhora é sinhá; os finais das palavras vão-se contraindo, perdendo 
os seus sufixos característicos, como pió em vez de pior, casá em vez 
de casar. Na parte do vocabulário é que se nota mais profundamente 
a ação do elemento ante-histórico, pela profusão imensa de palavras 
de língua tupi introduzidas na linguagem familiar de todo o império.”
(José Veríssimo)
TexTo II
(Disponível em http://www.google.com.br – Colégio Militar de Porto Alegre.)
O texto I, de José Veríssimo, linguista e crítico literário, comenta a evo-
lução e a diferenciação da língua portuguesa no Brasil. Dentre os vários 
traços distintivos do português falado no Brasil, o que mais se evidencia, 
segundo o autor, é:
(A) a diferenciação fonética. (D) a colocação pronominal.
(B) uma pronúncia morosa. (E) a formação do vocabulário.
(C) a perda de sufixos.
27 Relacionando-se os dois textos apresentados, verifica-se que:
(A) a diversidade linguística do texto I vai contra o tema representado 
no texto II.
(B) são diferentes as temáticas do texto I e da ilustração que compõe 
o texto II.
(C) o diferenciador do vocabulário brasileiro, citado no texto I, está 
presente no texto II.
(D) os formadores do por tuguês do Brasil do texto II são todos 
mencionados no texto I.
(E) ambos os textos mostram que o português falado no Brasil se tornou 
uma nova língua.
28 
Português: um nome, muitas Línguas 
(fragmento)
Quando queremos ampliar nosso conhecimento da língua por-
tuguesa e da realidade linguística do nosso país, precisamos, antes 
de qualquer coisa, aprender a nos maravilhar com a diversidade que 
aqui existe. Precisamos aprender a nos reconhecer como um país 
multilíngue; precisamos abrir nossos ouvidos e olhos, sem restrições 
e sem pré-julgamentos, para todas as variedades do nosso português; 
precisamos deixar que as inúmeras maneiras de falar a língua resso-
em tranquilamente em nós e encantem o nosso coração.
Isso, obviamente, não é fácil porque a nossa cultura, tradicio-
nalmente, tem sido intolerante com muitas das variedades brasilei-
ras do português. E transformou em fator de discriminação social o 
modo como parte da população fala a língua.
Por outro lado, nossa cultura tem desmerecido, quando não ig-
norado, a multiplicidade de línguas faladas na sociedade brasileira. 
Somos um país multilíngue – aqui são faladas centenas de línguas 
indígenas e dezenas de línguas de imigração, e há ainda remanes-
centes de línguas africanas. Apesar disso, nós temos nos idealizado 
como um país monolíngue.
Os efeitos negativos dessas representações culturais não são 
pequenos. Vários segmentos da nossa população são prejudicados 
em razão do modo como falam a língua portuguesa; outros são pre-
judicados porque, embora cidadãos brasileiros, não têm o português 
como sua língua materna; por fim, a educação que temos dado a 
nossos estudantes não lhes oferece as condições para transitar com 
segurança por entre as variedades do português que existem em nos-
so país, em especial no domínio da língua escrita.
(Carlos Alberto Faraco)
O texto acima tem prosseguimento com o autor apontando caminhos 
para neutralizar os “efeitos negativos” a que ele se refere. Em consonân-
cia com o seu pensamento, infere-se que ele considera necessário(a) 
para a preservação da verdadeira identidade nacional e valorização do 
nosso patrimônio linguístico:
(A) o reconhecimento de que somos um país monolíngue, desconsiderando 
variedades pouco significativas.
(B) o acompanhamento e o respeito à cultura tradicional que considera 
negativos certos modos de “falar errado” o português.
(C) a reunião em um único idioma das línguas indígenas e as línguas 
de imigração existentes no território nacional.
(D) a não imposição do português como língua materna daqueles que 
não tiveram adequada escolarização.
(E) a abertura para a aceitação das muitas variedades brasileiras 
do por tuguês, valorizando-lhe a diversificação, sem atitudes 
discriminatórias.
14
29
TexTo I
Futebol: paixão nacional
O futebol faz parte da vida de todos os brasileiros: homens, 
mulheres, crianças. Todos unidos em torno de uma grande paixão 
nacional, é como dizem: o Brasil tem milhões de técnicos. Quem não 
gosta de assistir a um jogo, sentir a emoção de um gol, zoar o adver-
sário pela derrota. Enfim, não dá pra negar, somos todos fanáticos 
por futebol. O futebol no Brasil é mais que um esporte, é um estilo 
de vida, uma forma de interagir com a sociedade brasileira. Indepen-
dentemente de classe social, raça ou qualquer outra diferença, du-
rante uma partida da Seleção brasileira, todos nós brasileiros somos 
apenas torcedores, com um único objetivo: vencer e levar o nome do 
Brasil a todas as pessoas do mundo. O legal do futebol é isso, poder 
conversar, discutir o melhor esquema tático, falar dos jogadores, do 
técnico, enfim, de tudo que diz respeito ao futebol. Somos todos uma 
nação: a nação dos fanáticos por futebol.
(Disponível em: http://pt.shvoong.com)
TexTo II
Futebol, o pio do povo (1976).
(Millôr Fernandes. Charge: Clóvis. Jornal O Estado, 15/9/1976.)
Na comparação dos textos, observa-se que:
(A) o texto I mostra o quanto os brasileiros são fanáticos pelo futebol, 
enquanto o texto II revela o pouco caso do brasileiro por esse mesmo 
esporte.
(B) o texto I critica o fanatismo do brasileiro pelo futebol e o texto II faz 
a apologia desse extremado gosto do povo brasileiro pelo futebol 
como cultura.
(C) para o autor do texto I o futebol une os brasileiros em uma só nação, 
mas o do texto II declara que ele só agrega as classes menos 
favorecidas do País.
(D) enquanto o texto I trata a paixão pelo futebol como parte de nossa 
cultura, o texto II trata-a como um anestésico que ameniza as misérias 
do povo.
(E) existem duas abordagens diferentes sobre a miséria: o primeiro texto 
promove uma crítica ao exagero e o segundo, um ato de heroísmo 
do cidadão.
30 
Em contraste com o texto I, no texto II são empregadas, predominante-
mente, estratégias argumentativas que:
(A) alertam o leitor por meio da fala crítica do personagem sobre a 
alienação que a paixão pelo futebol traz ao brasileiro.
(B) apelam à emoção do leitor, mencionando a inutilidade da paixão 
pelo futebol à personalidade de cada um.
(C) orientam o leitor a respeito dos modos de torcer conscientemente 
pelo seu clube, sem esquecer os problemas sociais.
(D) intimidam o leitor com as nocivas consequências da paixão pelo 
esporte: falta dos gêneros de primeira necessidade.
(E) recorrem à crítica para convencer o leitor a evitar se envolver pela 
paixão pelo futebol, uma vez que ela nada acrescenta.31 Leia a fábula original de La Fontaine A cigarra e a formiga. Depois, compare-a com a recriação de José Paulo Paes.
A Cigarra e a Formiga
A cigarra, sem pensar
em guardar,
a cantar passou o verão.
Eis que chega o inverno, e então,
sem provisão na despensa,
como saída, ela pensa
em recorrer a uma amiga:
sua vizinha, a formiga,
pedindo a ela, emprestado,
algum grão, qualquer bocado, 
até o bom tempo voltar.
“Antes de agosto chegar,
pode estar certa a senhora:
pago com juros, sem mora.”
Obsequiosa, certamente,
a formiga não seria.
“Que fizeste até outro dia?”
perguntou à imprevidente.
“Eu cantava, sim, Senhora,
noite e dia, sem tristeza.”
“Tu cantavas? Que beleza!
Muito bem: pois dança agora...”
(La Fontaine)
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Sem Barra
Enquanto a formiga
Carrega comida
Para o formigueiro,
A cigarra canta,
Canta o dia inteiro.
A formiga é só trabalho.
A cigarra é só cantiga.
Mas sem a cantiga 
da cigarra
que distrai da fadiga,
seria uma barra
o trabalho da formiga
(José Paulo Paes)
Textos podem dialogar entre si, em processo de intertextualidade que 
pode revelar continuidade ou ruptura na abordagem temática. O poema 
de José Paulo Paes é criado a partir da fábula original de La Fontaine e 
pretende:
(A) ratificar os objetivos da fábula no sentido de valorizar aqueles que 
trabalham incansavelmente e criticar a ociosidade.
(B) confirmar a mensagem trazida pela fábula, que pretende minimizar 
a importância do trabalho, valorizando também o lazer.
(C) recuperar a figura da cigarra, atribuindo-lhe a função de, pela canção, 
tornar menos desagradável a faina diária da formiga.
(D) ironizar a atitude da cigarra, que tenta justificar a sua pouca 
responsabilidade com a importância de atividades de natureza artística.
(E) revalorizar as ações da formiga, através de um componente lúdico 
e prazeroso, representado pela cantoria da cigarra.
32 
“A bula, da mesma forma que a poesia, tem as suas metáforas, 
os seus eufemismos, os seus mistérios, e as partes melhores são sem-
pre as que vêm sob os títulos “precauções” e/ou “advertências” e “re-
ações adversas”. Essa parte da bula certamente é produzida por uma 
equipe da qual fazem parte cientistas, gramáticos, advogados espe-
cializados em ações indenizatórias, poetas, criptógrafos, advogados 
criminalistas, marqueteiros, financistas e planejadores gráficos. Você 
tem que alertar o usuário dos riscos que ele corre (e não se iludam, 
todo remédio tem um potencial de risco), ainda que eufemicamente, 
pois se o doente sofrer uma reação grave ao ingerir o remédio, o 
laboratório, através dos seus advogados, se defenderá dizendo que o 
doente e o seu médico conheciam esses riscos, devidamente expli-
citados na bula.
Vejam esta maravilha de eufemismo, de figura de retórica usa-
da para amenizar, maquiar ou camuflar expressões desagradáveis 
empregando outras mais amenas, ou incompreensíveis. Trecho da 
bula de um determinado remédio: “Uma proporção maior ou mesmo 
menor do que 10% de...” (não cito o nome do remédio, aconselhado 
pelo meu advogado) “pode causar uma toxidade que pode evoluir 
para exitus letalis”. (o itálico é da bula).
Qual o poeta, mesmo entre os modernos, os herméticos ou os 
concretistas, capaz de eufemizar, camuflando, de maneira tão rica, o 
risco de morte − “evoluir para exitus letalis”?
(Rubem Fonseca. http://www.literal.com.br)
O autor nos fala de um gênero textual que integra o sistema informativo: 
a bula de remédios. Na realidade, seu texto objetiva mostrar, com boa 
dose de humor e ironia, que a bula:
(A) deve ser inserida entre os textos nos quais predomina o emprego 
conotativo da linguagem.
(B) integra o universo dos textos considerados literários, em função da 
preponderância de seus objetivos estéticos.
(C) apresenta elementos lexicais que, sem deixar de fornecer informações, 
procuram suavizá-las ou minimizá-las através de recursos expressivos 
de linguagem.
(D) subverte informações consideradas fundamentais, deixando o 
usuário desprotegido, em razão do desconhecimento.
(E) supera as manifestações poéticas de todos os tempos, por força 
do elevado grau de originalidade no trato das palavras.
33 
(Disponível em http://www.google.com.br)
A ilustração mostra o anúncio de venda de um imóvel. Pelos dizeres, o 
conteúdo e a linguagem empregada, este anúncio:
(A) é supostamente redigido por um proprietário de apartamento ou 
automóvel.
(B) tem como público-alvo pessoas que querem comprar imóveis em 
áreas onde predomine o verde.
(C) não permite inferir as características específicas que devem possuir 
os possíveis compradores.
(D) apenas pretende atingir interessados com salário próximo ao preço 
pretendido.
(E) revela a intenção do vendedor de oferecer seu imóvel em troca por 
bens similares.
16
34 
(http://2.bp.blogspot.com)
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões in-
tencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um 
ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem 
origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mes-
mo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, 
tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
Esse é um assunto muito sério que acontece em todas as esco-
las. Como a volta às aulas já está começando nas escolas, vejo que 
o assunto bullying vai ocorrer entre as maiorias. Se você é daqueles 
que gosta de ser o palhaço da turma e com isso usa seu “amiguinho” 
para se sentir o bam bam bam, você com certeza não sabe do maior 
erro que está fazendo.
As vítimas do bullying podem sofrer consequências psicológi-
cas desta situação; o aluno que sofre qualquer tipo de bullying pode 
ter o rendimento escolar bem baixo, não ter vontade de ir à escola 
e, na maioria dos casos, pode se sentir isolado como se todo mundo 
estivesse falando dele. Se você não pratica esse ato, mas com fre-
quência acha graça de algumas atitudes de seu colega que pratica o 
bullying, não ria e nem comente, pois se o palhaço da turma vir que 
não tem mais público indo ao seu espetáculo, uma hora ou outra ele 
para e vai embora.
(Adaptado de http://semfreiosblog.blogspot.com.br)
A matéria acima, colhida na internet, procura convencer:
(A) o aluno que sofre o bullying a reagir diante de atitudes agressivas 
por parte de seus colegas.
(B) o aluno que executa o bullying contra um colega, utilizando-se da 
intimidação.
(C) os executores diretos e indiretos do bullying, através de convites à 
reflexão de seus atos.
(D) as autoridades educacionais, a quem compete reprimir atitudes de 
bullying no ambiente escolar.
(E) os pais e responsáveis pelos alunos que sofrem bullying, que devem 
denunciar a agressão.
35 Veja as duas peças publicitárias de combate ao crack.
Considerados os seus termos, é possível neles 
reconhecer distintas estratégias argumentativas 
preponderantes para o convencimento dos inter-
locutores visados, a saber, pela ordem:
(A) comoção e intimidação.
(B) chantagem e sedução.
(C) sedução e chantagem.
(D) chantagem e intimidação.
(E) comoção e sedução.
36 
Lisboa: aventuras
tomei um expresso 
 cheguei de foguete 
subi num bonde 
 desci de um elétrico 
pedi cafezinho 
 serviram-me uma bica 
quis comprar meias 
 só vendiam peúgas 
fui dar a descarga 
 disparei um autoclisma 
gritei “ó cara!” 
 responderam-me “ó pá!” 
 positivamente 
as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá
(José Paulo Paes)
Considerado o inteiro teor do poema, o último verso pode ser entendido 
como uma referência:
(A) à diversidade dialetal existente entre o Português lusitano e o do 
Brasil.
(B) às variações linguísticas do Português, em função de peculiaridades 
locais.
(C) às alterações que a língua portuguesa vem sofrendo no tempo, 
em um mesmo espaço físico.
(D) à diferença entre os diversos registros da língua portuguesa, em 
função da oralidade.
(E) a diferenças estruturais que provocam a existência de línguas 
distintas com a mesma origem.
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TexTo I
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas 
mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, 
em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé de 
alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.”
(Carlos Drummond de Andrade. http://www.algumapoesia.com.br)
TexTo II
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
(Oswald de Andrade. http://www.jornaldepoesia.jor.br)
TexTo III
“Que importa que uns falem mole descansado
 Que os cariocas arranhem os erres na garganta
 Que os capixabas e paroaras escancarem as vogais? (...)
 juntos formamos este assombro de misérias e grandezas
 Brasil, nome de vegetal!....”
(Mário de Andrade)
Os três textos acima destacados exemplificam, na diversidade linguísti-
ca do nosso português, respectivamente, variações do tipo:
(A) social, histórica, regional.
(B) histórica, regional, social.
(C) histórica, social, regional.
(D) regional, histórica, social.
(E) regional, social, histórica.
38 O texto a seguir pertence ao romance O Quinze, de Rachel de Queiroz:
Levantou-se, bebeu um gole na cabaça. A água fria, batendo 
no estômago limpo, deu-lhe uma pancada dolorosa. E novamente 
estendido de ilharga, inutilmente procurou dormir.
A rede de Cordulina que tentava um balanço, para enganar o 
menino – pobrezinho! o peito estava seco como uma sola velha! – 
gemia, estalando mais nos rasgões.
E o intestino vazio se enroscava como uma cobra faminta, e em 
roncos surdos resfolegava furioso: rum, rum, rum...
De manhã cedo, Mocinha foi ao Castro, ver se arranjava algum 
serviço, uma lavagem de roupa, qualquer coisa que lhe desse para 
ganhar uns vinténs.
Chico Bento também já não estava no rancho. Vagueava à toa, 
diante das bodegas, à frente das casas, enganando a fome e enganan-
do a lembrança que lhe vinha, constante e impertinente, da meninada 
chorando, do Duquinha gemendo:
“Tô tum fome! dá tumê!”
Parou. Num quintalejo, um homem tirava o leite a uma vaqui-
nha magra.
Chico Bento estendeu o olhar faminto para a lata onde o leite 
subia, branco e fofo como um capucho...
E a mão servil, acostumada à sujeição do trabalho, estendeu-se 
maquinalmente num pedido... mas a língua ainda orgulhosa endure-
ceu na boca e não articulou a palavra humilhante.
A vergonha da atitude nova o cobriu todo; o gesto esboçado se 
retraiu, passadas nervosas o afastaram.
Sentiu a cara ardendo e um engasgo angustioso na garganta.
Mas dentro da sua turbação lhe zunia ainda aos ouvidos:
“Mãe, dá tumê!”
E o homenzinho ficou, espichando os peitos de sua vaca, sem 
ter a menor ideia daquela miséria que passara tão perto, e fugira, 
quase correndo...
A respeito da linguagem que constrói o texto, é possível afirmar que:
(A) caracteriza a verdadeira expressão popular urbana, dando-lhe integral 
prioridade, mesmo no discurso do narrador.
(B) revela preocupação absoluta com a expressão linguística de requinte 
formal e culto.
(C) registra a expressão regional, sem distinguir narrador e personagem, 
como forma de nivelá-los socialmente.
(D) diferencia a fala do narrador, em expressão culta, da fala do personagem, 
manifestada através de modismos populares, do coloquial.
(E) define para o leitor as diferenças culturais entre a vida das pessoas no 
Norte e no Sul do País.
39 
“Baixou a cabeça, coçou os pelos ruivos do queixo. Se o soldado 
não puxasse o facão, não gritasse, ele, Fabiano, seria um vivente muito 
desgraçado. Devia sujeitar-se àquela tremura, aquela amarelidão? Era um 
bicho resistente, calejado. Tinha nervo, queria brigar, metera-se em espa-
lhafatos e saíra de crista levantada.
Recordou-se de lutas antigas, em danças com fêmea e cachaça. 
Uma vez, de lambedeira em punho, espalhara a negrada. Aí Sinhá Vitória 
começara a gostar dele. Sempre fora reimoso. Iria esfriando com a idade? 
Quantos anos teria? Ignorava, mas certamente envelhecia e fraquejava.”
(Graciliano Ramos. Vidas secas.)
O trecho transcrito, extraído de Vidas secas de Graciliano Ramos, faz um 
retrato social do personagem Fabiano, que na verdade é um representante 
do homem do Sertão nordestino. Para isso, o escritor vale-se do vocabu-
lário regionalista, variedade linguística do espaço social de Fabiano. Isto 
se evidencia por meio:
(A) do fato que traz à tona o comportamento agressivo que faz parte do 
caráter do personagem, causado pela situação miserável em que vive.
(B) da narração do início do relacionamento entre Fabiano e Sinhá Vitória, 
acontecimento socialmente inusitado nos costumes da região.
(C) da comparação entre Fabiano e seu oponente, que, por ser soldado e 
ocupar um degrau social bem acima, é o mais fraco fisicamente.
(D) da evidente animalização dos personagens, aproximando-os de bichos, 
consequência de sua miserável e baixa situação na escala social.
(E) da superioridade de caráter do homem nordestino sobre aqueles que, 
embora representem o governo, primam em maltratar os pobres.
18
40 O movimento modernista, caracterizado pela ruptura, também afirmou, em seu primeiro momento, a necessidade de aproximar 
a produção literária da lingagem do povo, privilegiando o registro coloquial. 
Isso não quer dizer, porém, de forma alguma, que não se utilizassem da 
norma padrão da língua portuguesa em seu discurso poético.
A propósito, dentre os exemplos a seguir, qual passagem foi construída 
corretamente do ponto de vista da norma culta da língua?
(A) “Entra, Irene! Você não precisa pedir licença.” (Manuel Bandeira)
(B) “No meio do caminho tinha uma pedra” (Carlos Drummond de Andrade)
(C) “Eu te gosto, você me gosta, desde os tempos imemoriais” (Carlos 
Drummond de Andrade)
(D) “Abraço no meu leito as milhores palavras, / E os suspiros que dou são 
violinos alheios” (Mário de Andrade) 
(E) “Havia nas manhãs cheias de Sol do entusiasmo / as monções da 
ambição...” (Mário de Andrade)
41 
“Fräulein” era pras pequenas a definição daquela moça... antipá-
tica? Não. Nem antipática nem simpática: elemento. Mecanismo novo 
da casa. Mal imaginam por enquanto que será o ponteiro do relógio 
familiar.
Fräulein... nome esquisito! nunca vi! Que bonitas assombrações 
havia de gerar na imaginação das crianças! Era só deixar ele descansar 
um pouco na ramaria baralhada, mesmo inda com poucas folhas, das 
associações infantis, que nem semente que dorme os primeiros tempos 
e espera. Então espigaria em brotos fantásticos, floradas maravilhosas 
como nunca ninguém viu. Era só deixar ele descansar um pouco na ra-
maria baralhada, mesmo inda com poucas folhas Elza lhes fizera repetir 
muitas vezes, vezes por demais a palavra! Metodicamente a dissecara. 
“Fräulein” significava só isto e não outra coisa. E elas perderam todo 
gosto com a repetição. A mosca sucumbira, rota, nojenta, vil. E baça.
(Mário de Andrade, Amar verbo intransitivo.)
Bem ao gosto da narrativa modernista, em muitos momentos a norma 
culta deixa de ser observada, cedendo lugar ao ideário de aproximação 
com o coloquial, com o linguajar do povo. No texto acima, a passagem, 
que ilustra essa afirmação é:
(A) “Mal imaginam por enquanto que será o ponteiro do relógio familiar.”
(B) “Que bonitas assombrações havia de gerar na imaginação das 
crianças!”
(C) “Era só deixar ele descansar um pouco na ramaria baralhada.”
(D) “Elza lhes fizera repetir muitas vezes.”
(E) “A mosca sucumbira, rota, nojenta, vil. E baça.”
42 
Leia o texto a seguir, pequeno fragmento de um longo artigo intitulado “Lin-
guagens – As tecnologias de comunicação e informação na escola”, de 
autoria de Tania Maria Esperon Porto, da Universidade Federal de Pelotas.
“Ao contrário do homem da era de Gutenberg, treinado para a 
racionalização e a distância afetiva, o homem da civilização técnico- 
-eletrônica e audiovisual, no entender de Babin e Kouloumdjian (1989), 
conecta intimamente a sensação à compreensão, a coloração imaginária 
ao conceito. Sem afetividade

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