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Ciencia dos solos campo UNIPAC. OK

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI 
TEÓFILO OTONI – MINAS GERAIS 
BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
www.ufvjm.edu.br 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONA E MUCURI 
ICET – INSTITUTO DE CIÊNCIA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA 
CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
 
 
Aline Santos das Mercês 
Camila Oliveira 
Derek Oliveira Sá 
Gustavo Ferreira Coelho 
José Diogo Rodrigues Barreto 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CAMPO II 
CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DO SOLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teófilo Otoni 
2018 
 
 
Aline Santos das Mercês 
Camila Oliveira 
Derek Oliveira Sá 
Gustavo Ferreira Coelho 
José Diogo Rodrigues Barreto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CAMPO II 
CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DO SOLO 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Acadêmico apresentado como 
requisito parcial para aprovação na 
disciplina de Ciência do solo, lecionada pelo 
Prof. André Froede. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teófilo Otoni 
2018 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
 
 
Figura 01 
Estado de Minas Gerais 
 
7 
Figura 02 Vista de acesso à área 8 
Figura 03 Vista superior da área 8 
Figura 04 Saprólito encontrado 9 
Figura 05 Alguns materiais utilizados 10 
Figura 06 Corte do mapa geológico da região 
 
12 
 
Figura 07 
Informações de locallização 
 
 
13 
Figura 08 Colúvio 15 
Figura 09 Camada de Lixiviação 16 
Figura 10 Afloramento e horizontes 17 
 
Figura 11 
Aterro 
 
18 
Figura 12 Horizonte A 19 
 
Figura 13 
Horizonte BC 
 
20 
 
Figura 14 
Horizonte C 
 
21 
Figura 15 
Amostra do solo de xisto com feldspato encontrado no 
local 
21 
LISTA DE TABELAS 
 
 
 
 
 
Tabela 01 
Identificação dos horizontes 
 
15 
Tabela 02 Descrição morfológica dos perfis de solo 25 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO. ..................................................................................................... 06 
1.2 Objetivo. ............................................................................................................ 07 
2 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO. ................................................................ 07 
3 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 09 
4 CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS ...................................................................... 11 
4.1 Vegetação ......................................................................................................... 11 
4.2 Clima. ................................................................................................................. 11 
4.3 Vegetação. ......................................................................................................... 11 
5 GEOLOGIA REGIONAL. ...................................................................................... 12 
6 CONTEXTO DE SOLOS DE TEÓFILO OTONI .................................................... 13 
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 15 
7.1 Ponto realizado e as respectivas interações geológicas-pedológica vista no 
campo. ............................................................................................................... 15 
7.1.1. Observações preliminares.......................................................................15 
7.2. Análise morfológica do solo ………………………………………………………22 
 7.2.1 Cor……………………………………………………………………………….22 
 7.2.2. Estrutura dos agregados……………………………………………………22 
 7.2.3 Consistência……………………………………………………………………23 
 7.2.4 Textura………………………………………………………………………..…24 
8 CONCLUSÕES ..................................................................................................... 26 
9 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 27 
6 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
 
“Os solos são materiais resultantes da decomposição de rochas pela ação de 
agentes de intemperismo, decomposição química e desintegração mecânica. São 
constituídos, principalmente por partículas de ar e água nos espaços intermediários 
e a formação pode ocorrer no local ou ser transportado”. (SARAIVA,2007) 
“A classificação de um solo é obtida a partir da avaliação dos dados 
morfológicos, físicos, químicos e mineralógicos do perfil que o apresenta. Aspectos 
ambientais do local do perfil, tais como, clima, vegetação, relevo, material originário, 
condições hídricas, características externas ao solo e relações solo paisagem, são 
também utilizadas.” (EMBRAPA,2006, p.93) 
(KER; NOVAIS, 2000) aponta que não é fácil indicar os critérios para 
diferenciar, pois muitas vezes a variedade de horizontes é bem vasta, além de haver 
uma mudança em várias características em um curto intervalo de distância. Não há um 
instrumento capaz de agregar todas as especificidades e pluralidades presentes nos solos. 
Porém, ainda assim, é importante dentro do conceito de classes de solos e suas fases, para 
que se tenha sucesso em projetos ambientais por exemplo. 
Existem duas características físicas tidas como de mais relevantes na 
identificação dos solos, a primeira é a textura, que se determina pela dimensão e 
distribuição do tamanho de cada grão e pela estrutura do solo quanto ao seu arranjo 
de agregação de partículas. Já no que diz respeito à porosidade é fator que 
determina vários fenômenos na fica dos solos, como a percolação a água, presença 
de ar, porém não menos importantes, são as forças externas que atuam. 
É de suma importância para efetiva análise de um solo a que os dados 
coletados sejam aferidos de maneira correta, para assegurar a confiabilidade dos 
resultados, além de ser necessária a utilização correta dos instrumentos de medição. 
“A confiabilidade dos resultados de uma análise está relacionada diretamente com 
uso correto dos equipamentos utilizados para medidas. (RAU et al, 2001). 
Afim de conhecer as características do solo localizado na cidade de Teófilo, 
com a orientação do professor da disciplina de ciência dos solos André Froede, na 
UFVJM- campus Mucuri, desenvolvemos esse trabalho, utilizando-nos também dos 
conhecimentos adquiridos em sala de aula bem como prévios. .
7 
 
 
1.1 Objetivos 
 
 
Com esse trabalho pretende-se expressar as características encontradas no 
perfil do solo escolhido identificando os horizontes presentes, reconhecer o material 
para que se analise fatores tais como textura, cor e consistência. Além disso haverá 
o estudo da amostra de solo de cada horizonte e por fim com todas essas 
informações fazer o reconhecimento do tipo de solo. 
 
 
2 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO 
 
A Localização da área escolhida está no Brasil, estado de Minas Gerais, na 
cidade de Teófilo Otoni (Figura 01). Polo da região nordeste, a cidade tem, segundo o 
último senso do IBGE (Instituto brasileiro de geografia e estatística) uma população 
de 134745.Situado no vale do mucuri, ainda segundo o IBGE, sua extensão territorial 
é de3.242,270km², segundo dados do IBGE (2016). A localização especifica da área 
analisada está a: 17º 52' 16" S e Longitude: 41º 30' 42" W, e com uma altitude de 331 
m. 
 
Figura 01 – Estado de Minas Gerais 
 
Fonte: (imagens Google). 
 
A parte prática do presente trabalho se deu no bairro Olga Correia, à rua Carlos 
Alberto da Cunha Mello, sem número, onde há um terreno sem edificações até a 
presente dará. Está localizada nas imediações do local a Faculdade Presidente 
Antônio Carlos (FUPAC), que pode servir de referência paraidentificação do local.
8 
 
 
O acesso ao local do afloramento foi executado por rua pavimentada pública e 
posteriormente a um terreno privado onde está localizado o nosso ponto de análise. 
Na figura (Figura 02) podemos observar a localização da entrada da área. 
(2018/2),bem como o docente, durando cerca de alguns minutos do ponto de partida 
(UNIPAC). (Figura 03). 
 
Figura 02: Vista do acesso a área. 
 
 
Fonte: Google Maps. 
 
 
Figura 03: Vista superior da área. 
 
 
Fonte: Google Maps. 
9 
 
 
 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
A partir dos conhecimentos pré-adquiridos em sala de aula observou-se em 
campo de maneira mais prática o que havia sido passado pelo professor, o que veio 
a ser um facilitador na hora de se empregar os métodos. A análise teve início as 
10:00hrs do dia vinte e seis de novembro de 2018 com duração de duas horas. Os 
primeiros passos foram receber as orientações por parte do discente responsável, 
além do material que seria utilizado. Já com material em mãos realizamos uma 
análise inicial do afloramento como um todo e as áreas circundantes, além de aferir 
as coordenadas mediante a toponímia local e aplicativo GPS . 
Com a análise do campo observou-se um corte em área taludada na qual não 
se identificou presença de vegetação, uma vez que a região se encontra em 
processo construtivo. Vale ressaltar ainda que havia a presença de saprólito nas 
imediações, como pode ser visto na (FIGURA 04) 
 
 Figura 04: Saprólito econtrado. 
 
Fonte: Acervo pessoal 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Como já encontramos o local preparado segundo as especificações 
pertinentes e após os serviços preliminares, demos início ao estudo com a utilização 
dos seguintes instrumentos: 
 
 Trena: Para aferir as medidas dos horizontes e afloramento; 
 Água : Para umectação das porções de solo do perfil; 
 Câmera do Celular: Para registro da atividade; 
 Faca: Para coleta de amostra; 
 Tabela: Para registro de informações 
 Caneta: Para anotar 
 Livro de cores Munsell – Ulilizado para análise das cores de cada horizonte 
(seco, úmido, molhado); 
 Prancheta: Para apoiar a folha de tabela ; 
 GPS: Usado para registrar coordenadas e da região. 
 
Figura 05: Alguns materiais utilizados. 
 
Fonte: Acervo pessoal 
 
11 
 
 
4 CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS 
 
4.1 Localização 
Originalmente a vegetação predominante na região era formada por 
Mata Atlântica (RBMA, 2015). Porém como pode ser observado isso já não é uma 
realidade nos dias atuais. No Vale do Mucuri encontram-se hoje três tipos de 
vegetação que resultam das ações do homem sobre o meio, sendo elas capoeira 
(empregada para a criação de gado), o cerrado e alguns resquícios de Mata 
Atlântica. 
 
4.2 Clima 
O Clima observado em Teófilo Otoni na região do Vale do Mucuri é o 
tropical Brasil Central, podendo ser quente com média anual de 23°C, embora sejam 
maiores na maior parte de ano. (IBGE,2014). Sabendo que o clima é dos fatores de 
formação de solos, essas informação tem grande relevância no que diz respeito na 
definição do solo encontrado. 
 
4.3 Vegetação 
Teófilo Otoni está localizado na Floresta Estacional Semidecidual de 
formação aluvial, com vegetação predominantemente subcauducifólia secundaria. E 
está compreendida no Bioma Mata Atlântica (IBGE, 2014). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
5 GEOLOGIA REGIONAL 
 
 
Dentro dos limites da cidade de Teófilo Otoni, as principais formações 
geológicas são a Tumiritinga e Tonalito São Vitor conforme nos apresenta o mapa 
geológico da região, no projeto Leste. (GOMES; GOMES; GOMES, 2014). 
Segundo Pedrosa-Soares et al (2007), a Formação Tumiritinga contém rochas 
vulcanoclásticas (tufos, cinzas), essas rochas têm composição dacítica e assinatura 
geoquímica de arco vulcânico continental. O autor ressalta que esta formação é 
interpretada como depósito de bacias intra-arco a ante-arco, preenchidas no estágio 
tardio de desenvolvimento do arco magmático. 
O Tonalito São Vitor é um granito sin- a tarditectônico com Biotita tonalito, 
Hornblenda-biotita tonalito e, subordinadamente, biotita granodiorito, de cor cinza 
granulação média a grossa, foliado e, ocasionalmente, com megacristais de 
feldspato mostrando textura de fluxo magmático (PAES, 2000). 
 
 Figura 06 corte do mapa geológico da região 
 
 Fonte:RAMOS;GOMES,2016.Adaptado.
13 
 
 
6 CONTEXTO DE SOLOS DE TEÓFILO OTONI 
 
 
O território do Vale do Mucuri apresenta diversos tipos de solos, no entanto, 
na cidade de Teófilo Otoni se destacam principalmente os Argissolos e Latossolos 
(IBGE, 2001), como observado na Figura. 
 
Figura 07 - Mapa de solos da Bacia Hidrográfica do Vale do Mucuri. 
 
 
 
Segundo o CETEC (1983) os Latossolos Vermelho Amarelo Distróficos - 
predominam na bacia do Rio Mucuri, ocorrendo em relevo forte ondulado como visto 
no decorrer do trabalho. 
Os Latossolos Vermelho-Amarelos são identificados em extensas áreas 
dispersas em todo o território nacional associados aos relevos, plano, suave 
ondulado ou ondulado. Ocorrem em ambientes bem drenados, sendo muito 
profundos e uniformes em características de cor, textura e estrutura em 
profundidade. 
Os Latossolos Vermelhos-Amerolos que apresentam níveis laterizados, 
presentes na bacia, são resultado da pedogênese que alterou o substrato pré-
cambriano. Na região do Baixo Mucuri, presente no estado da Bahia onde se 
encontram as coberturas neocenozóicas, ocorre Latossolos amarelos que exibem 
encrostamentos lateríticos interrompidos pela dissecação fluvial (FERRAZ e 
VALADÃO, 2005). 
Os autores acima salientam que a região correspondente ao Vale do Mucuri 
14 
 
tem o relevo caracterizado por modelado de intensa dissecação fluvial 
estruturalmente controlada, no qual estão presentes pontões graníticos distribuídos 
em quase toda a sua extensão. 
De acordo com a AGEITC (Agência Embrapa de Informação Tecnológica), a 
classe dos Argissolos Vermelho-Amarelos, também presente em todo o território 
nacional, do Amapá ao Rio Grande do Sul, constitui-se juntamente com os 
Latossolos como a classe de solo das mais extensas no Brasil. Ocorrem em áreas 
de relevos mais acidentados e dissecados do que os relevos nas áreas de 
ocorrência dos Latossolos. 
As principais restrições são relacionadas à fertilidade, em alguns casos, e 
susceptibilidade à erosão, restrições estas vistas em boa parte da Bacia do Mucuri. 
15 
 
 
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
7.1. Ponto realizado e as respectivas interações geológicas-pedológica vista 
no campo 
 
 
7.1.1Observações preliminares 
 
Figura 06: Informações de localização 
 
 
 Neste ponto, perecebe-se um colúvio (como indicado), onde a terra cedida já 
sedimentada, registra uma separação entre a solo original e o novo solo formado 
pelo deslizamento. Na FIGURA 07 pode-se notar o solo residual nas áreas 
demarcadas, que provavelmente sofreu deslocação da parte superior, devido as 
chuvas que ao se infiltrar no solo argiloso (característico da região), influenciou para 
que seu próprio peso juntamente com ação da gravidade, o transportasse para 
camadas inferiores. 
No dia de analise foi notado que o solo estava úmido, consequencia da chuva 
da noite anterior havia chovido nodia anterior, portanto o solo encontrava-se bem 
úmido. 
 
 
 Figura 08: Colúvio 
 
 Fonte: Acervo pessoal. 
16 
 
 
 
Observa-se também uma certa maturidade nesse solo, pois o perfil analisado 
demonstra alguns fatores próprios que serão abordados a seguir. 
Na figura 08, nota-se uma camada de lixiviação devido as chuvas recentes. 
No traçado vemos definidamente a separação da camada úmida de continuidade 
que muito provavelmente recebeu boa quantidade de óxidos da camada superior. 
 
 Figura 09: Camada de lixiviação. 
Fonte: Acervo pessoal 
 
Na análise do perfil do solo foram identificados três horizontes, como 
identificado na figura 09. 
 
17 
 
Figura 10: Afloramento e horizontes 
 
 Fonte: Acervo pessoal 
 
Tabela 01: Identificação dos horizontes 
Horizonte Prof. (cm) Espessura 
ATERRO 0-40cm 40cm 
A 40-56cm 16cm 
BC 56-171cm 115cm 
C 171-180++ cm 9cm 
Fonte: Arquivo pessoal. 
 
 
18 
 
Com o estudo de horizontes concluído, foram retiradas amostras de cada um, 
com o intuito de identificar a classificação quanto a coloração. 
O primeiro horizonte identificado foi o aterro, que tinha indícios da vegetação 
do topo do solo. Nele encontra-se o resultado de um deslocamento de solo das 
partes superiores da superfície, como visto na figura 10. 
 
Figura 11: Aterro 
Fonte: Arquivo Pessoal 
 
 
19 
 
Abaixo do aterro, encontra-se o horizonte A, que é identificado pela coloração 
mais escura, resultado da mistura de matéria orgânica e húmus. É observado nesse 
horizonte, boa parte das raízes da vegetação do local. 
 
Figura 12: Horizonte A 
Fonte: Arquivo Pessoal 
 
20 
 
Após o horizonte A, há o horizonte BC com coloração fundida referente aos 
horizontes que dão o respectivo nome de orientação, sendo ela predominantemente 
o vermelho. Neste horizonte existe alguns saprólitos, semelhantes aos que são 
encontrados na última camada. 
Figura 13: Horizonte BC 
 
Fonte: Arquivo Pessoal 
 
 
21 
 
O horizonte C vem a seguir e é o último a ser notado. Nele tem-se uma 
coloração mais escurecida, identificando grande quantidade de argila. Também se 
encontra feldspato e saprólitos. 
 
Figura 14: Horizonte C 
Fonte: Arquivo Pessoal 
 
Figura 15: Amostra de solo de xisto com feldspato encontrada no local 
Fonte: Arquivo Pessoal 
 
22 
 
7.2. Análise morfológica do solo 
 
Com a identificação dos horizontes encontrados no local, foi feita a análise 
morfológica do perfil de solo, que relaciona: 
 Cor do solo: seca e úmida; 
 Estrutura dos agregados: tipo, tamanho e grau; 
 Consistência: seca, úmida e molhada; 
 Textura; 
 Transição; 
 Cerosidade. 
 Sendo assim, a tabela a seguir foi preenchida após a informações colhidas: 
 
Para realizar a analise de morfologia do perfil, foi utilizada o Manual de 
Descrição e Coleta de Solo no Campo( SANTOS et al, 2005) de acordo os padrões 
de cores da carta de Munsell: 
Obsevamos que a primeira camada de solo é um alóctone, por ser material 
transportado, ou seja, é um solo gerado a partir da intemperização das rochas 
subjacentes. 
 
7.2.1 Cor 
 
Primeiramente foram identificados que os horizonte A tem coloração 5YR 4/6 
(vermelho amarelado) úmido. 
O horizonte BC teve sua cor notada como 2,5YR 3/6( vermelho escuro), 
úmido. 
E o horizonte C foi identificado com a cor 2,5YR 3/3(vermelho ), úmido. 
 
7.2.2. Estrutura dos agregados 
 
Iniciado a caracterização estrutural do solo deve-se primeiro classifica-lo 
acordo o seu tipo, concluímos que a estrutura do horizonte BC tem formas 
granulares, por suas unidades serem pouco porosas. 
O horizonte A tem características de blocos subangulares, pois possui 
unidades estruturais que apresentam mistura-de faces arredondadas e planas, com 
muitos vértices arredondados. 
O horizonte C foi determinado como blocos angulares, por ter unidades 
23 
 
estruturais que apresentam faces planas e ângulos vivos na maioria dos vértices, 
segundo Santos et al, 2005. 
Com isso, pode-se identificar o segundo aspecto, que são os tamanhos das 
unidades estruturais São elas reconhecidas como as seguintes classes: muito 
pequena; pequena; média; grande; muito grande. Este reconhecimento foi realizado 
a partir da comparação com as tabelas de Santos et al, 2005. 
O horizonte A por ser subangular foi classificado como pequeno, com 
diâmetros que não ultrapassaram 5 a 10mm. 
Já o horizonte BC, é classificado como pequeno por ter estrutura, com grãos 
de 4 a 10mm. 
Por fim, o horizonte C tem classe de tamanho angular pequena, por seus 
grãos serem de 5 a 10mm. 
De acordo Santos et al, 2005, a terceira caraterística usada é o grau de 
desenvolvimento da estrutura, que é a manifestação das condições de coesão 
dentro e fora dos agregados. Quanto às unidades estruturais, os graus podem ser: 
1. Fraco: unidades estruturais pouco frequentes em relação à terra solta; 
2. Moderado: unidades estruturais são bem definidas e há pouco material solto; 
3. Forte: unidades estruturais são separadas com facilidade e quase não se 
observa material de solo solto. 
A camada alóctone apresenta grau moderado, os horizontes A e C possuem 
grau fraco e o horizonte BC também apresenta grau moderado. 
Esses três graus são definidos em função da resistência dos agregados, da 
sua distinção na face exposta do horizonte na trincheira e pela proporção entre 
materiais agregados e não-agregados(SANTOS, 2005). 
 
7.2.3 Consistência 
 
De acordo Santos et al, 2005, ao avaliar a consistência do solo, é recolhida 
uma amostra do solo e deve-se umidifica-la, formando com a mão um torrão. Assim, 
pode-se identificar: 
1. Solta: não coerente. 
2. Muito friável: o material do solo esboroa-se com pressão muito leve, mas 
agrega-se por compressão posterior. 
3. Friável: o material do solo esboroa-se facilmente sob pressão fraca e 
moderada entre o polegar e o indicador e agrega-se por compressão 
posterior. 
24 
 
4. Firme: o material do solo esboroa-se sob pressão moderada entre o indicador 
e o polegar, mas apresenta resistência distintamente perceptível. 
5. Muito firme: o material do solo esboroa-se sob forte pressão; dificilmente 
esmagável entre o indicador e o polegar. 
6. Extremamente firme: o material do solo somente se esboroa sob pressão 
muito forte, não pode ser esmagado entre o indicador e o polegar e deve ser 
fragmentado pedaço por pedaço. 
O horizonte alóctone possui características de solo firme, juntamente com o 
horizonte C analisado, já os horizontes A e BC foram observados como friáveis. 
Para classificar os horizontes quanto a consistência molhada, deve-se 
observar a plasticidade e pegajosidade das amostras, com ligeira umidade. A 
determinação da plasticidade em campo, é realizada após o amassamento, 
rolamento do material homogeneizado e pulverizado entre o indicador e polegar. 
Deve ser observado se é feito um fio de 3 a 4 mm de diâmetro e 6 de comprimento 
de solo. Já a pegajosidade é uma propriedade que é vista ao ser comprimida entre 
os dedos polegar e indicador, observando assim a aderência. 
Seguindo as instruções, foi visto que o horizonte alóctone é ligeiramente 
plástico e pegajoso, pois forma facilmente um fio, o que acontece também com o 
horizonte BC e ao sofrer pressão e depois que ela é cessada, o horizonte alóctone 
tem o material aderido os dedos indicador e polegar, desprendendo facilmente de 
um deles, não foi observadogrande alongamento. 
O horizonte A e C apresentam características não plásticas, pois o fio quase 
não é notado e é facilmente deformado. No entanto, o horizonte A é pegajoso,o que 
observado também no horizonte BC, pois o material aderido entre os dedos tende a 
alongar um pouco e romper, quando estes são afastados. O horizonte C é não 
pegajoso pois após a cessão de pressão, quase nenhuma aderência é notada nos 
dedos. 
 
7.2.4 Textura 
 
Para Santos et al, 2005 textura, é referente à proporção relativa das frações 
granulométricas de areia, silte e argila que compõem o solo. Isso é determinado 
após o umedecimento da amostra de solo e amassamento, até que não haja mais 
excesso de água. O material deve ser passado entre o polegar e indicador, e assim 
 
25 
 
pode se ter a sensação de aspereza, sedosidade e pegajosidade, respectivamente 
associadas a areia, silte e argila. 
Analisando por meio do Triângulo Textural que apresenta as 
percentagens de classes de argila, silte e areia, foi percebido todos os horizontes 
possuem características de argila siltosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 02: Descrição Morfológica de Perfis de Solo 
 
Fonte: Arquivo Pessoal 
 
 
Horizonte (camada) Profundidade (cm) 
Cor (Munsell) Agregados 
Seca Úmida Tipo Tamanho Grau 
Aloctone 
 
 0 – 40 
 
 ___ 2,5YR 3/4 Granular 
 Muito pequeno 
(< 1 mm) 
 Moderado 
A 40 - 56 ___ 5YR 4/6 Blocos subangulares 
 Pequeno 
(de 5 a 10 mm) 
 Fraco 
BC 56 - 171 ___ 2,5YR 3/6 Granular 
 Pequeno 
(4 a 10 mm) 
 Moderado 
 C 171 - +++ ___ 2,5YR 3/3 
 Blocos 
angulares 
 Pequeno 
(de 5 a 10 mm) 
 Fraco 
Horizonte 
(camada) 
Profun
didade 
(cm) 
Características 
Textura Transição Cerosidade 
Seca Úmida Molhada 
Aloctone 
 
 0 – 40 
 
 ___ 
 Firme 
 
 
 Ligeiramente plástica; 
Ligeiramente pegajosa 
 
 Argilo-
Siltosa 
 ___ 
A 40 - 56 ___ 
 Friável 
 
 
 Não plástica; Pegajosa 
 Argilo-
Siltosa 
 ___ 
BC 
 56 - 
171 
 ___ 
 Friável 
 
 
 Ligeiramente plástica; 
Pegajosa 
 
 Argilo-
Siltosa 
 ___ 
C 
 171 - 
+++ 
 ___ 
 Firme 
 
 
 Não plástica; Não pegajosa 
 Argilo-
Siltosa 
 ___ 
26 
 
8.CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Após o desenvolvimento do trabalho foi possível fazer a diferenciação dos horizontes 
presentes no afloramento, além disso foi viável a análise das características do solo, tais 
como, textura, granulométrica, cor, porosidade, consistência e estrutura dos agregados, de 
cada horizonte. As identificações dessas propriedades foram realizadas através da 
literatura e orientações do docente responsável. 
Por fim, tendo como base a bibliografia e comparando aos resultados dos testes, há 
indícios de que se trate de um latossolo, informação confirmada pelos registros existentes. 
Porém não temos embasamento suficiente para fazer essa afirmação apenas com os 
dados disponíveis no trabalho. Para isso seriam necessárias analises mais aprofundadas, 
laboratoriais por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 REFERÊNCIAS 
 
 
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do Mucuri. Nov. 2012. 13p. ISSN 2177-4021. 
 
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LEPSCH, I.F..; Formação e conservação dos solos.; Oficina de Textos;2.ed; 216p.; 
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SANTOS, R.D. dos.; et al. Manual de descrição e coleta de solo no camp.; 53 ed. 
revista e ampliada Viçosa, Sociedade Brasileira de Ciência de Solo, 2005.

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