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Análise qualitativa da água

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Centro de Educação Tecnológica Dama 
Técnico em Química 
 
 
 
 
 
 
 
Samara de Quadros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise qualitativa da água 
 
 
 
 
 
 
 
Canoinhas 
2011 
2 
 
Samara de Quadros 
 
 
 
 
 
 
 
Análise Qualitativa da Água 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de química 
qualitativa experimental, do centro de educação 
tecnológica Dama, sob orientação do professor Helton 
Nacif Seleme 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Canoinhas 
2011 
 
Sumário 
3 
 
 
Introdução .................................................................................................................................... 5 
1. Análise qualitativa da água ................................................................................................... 6 
2. Principais analises ................................................................................................................. 7 
2.1 Coliformes totais e Coliformes Fecais (termotolerantes) ............................................... 7 
2.1.1 Materiais ............................................................................................................................. 8 
2.1.2 Procedimento .................................................................................................................... 8 
2.2 DBO ....................................................................................................................................... 9 
2.2.1 Materiais ............................................................................................................................. 9 
2.2.3 Procedimento .................................................................................................................. 10 
2.2.4 Cálculo ............................................................................................................................. 11 
2.3 DQO ..................................................................................................................................... 11 
2.3.1 Procedimento .................................................................................................................. 12 
2.4 Dureza ................................................................................................................................. 12 
2.4.1 Procedimento .................................................................................................................. 12 
2.4.1 Cálculo: ............................................................................................................................ 12 
2.5 Alcalinidade ......................................................................................................................... 13 
2.5.1 Procedimento .................................................................................................................. 13 
2.5.2 Cálculo ............................................................................................................................. 13 
2.6 pH ......................................................................................................................................... 13 
2.5.1 Procedimento .................................................................................................................. 14 
2.7 Sólidos totais dissolvidos .................................................................................................. 14 
2.7.1 Procedimento .................................................................................................................. 14 
2.8 Turbidez............................................................................................................................... 14 
2.8.1 Materiais ........................................................................................................................... 15 
2.8.2 Procedimento .................................................................................................................. 15 
2.9 Acidez .................................................................................................................................. 15 
2.9.1 Procedimento .................................................................................................................. 15 
2.9.2 Cálculo ............................................................................................................................. 16 
2.10 Cloretos ............................................................................................................................. 16 
2.10.1 Procedimento ................................................................................................................ 16 
2.10.2 Cálculo ........................................................................................................................... 16 
2.11 Temperatura ..................................................................................................................... 16 
2.12 Oxigênio dissolvido ......................................................................................................... 16 
4 
 
2.12.1 Procedimento de Winkler ............................................................................................ 17 
2.12.2 Cálculo ........................................................................................................................... 18 
Conclusão .................................................................................................................................. 19 
Referências ............................................................................................................................... 20 
 
 
5 
 
Introdução 
 
O referido trabalho abordará as principais análises feitas nas águas para 
consumo e nas águas industriais. Trazendo de forma objetiva e clara o motivo 
delas serem realizadas e procedimentos de analises. 
Enfocando nas seguintes análises: coliformes totais e fecais, DBO, 
DQO, dureza, alcalinidade, pH, sólidos totais dissolvidos, turbidez, acidez, 
cloretos, temperatura e oxigênio dissolvido. 
 
6 
 
1. Análise qualitativa da água 
 
A má qualidade da água nem sempre é perceptível à visão ou olfato, 
sendo necessária uma análise laboratorial para detectá-la. Além disso, como 
muitas doenças são transmitidas pela água, o controle periódico por meio de 
análises é essencial à conservação da saúde do consumidor. 
De maneira simples a contaminação da água pode ser definida como a 
adição de substâncias estranhas que deterioram sua qualidade. A qualidade da 
água se refere a sua aptidão para usos benéficos, como abastecimento, 
irrigação, recreação e etc. Um contaminante pode ser de origem inorgânica, 
como o chumbo ou mercúrio, ou orgânico, como coliformes provenientes de 
esgotos domésticos. 
Do ponto de vista ecológico a qualidade de água tem uma conotação um 
pouco diferente. A qualidade de água de um ecossistema aquático natural pode 
ser muito diversa; certos ecossistemas apesar de possuírem concentrações 
elevadas de sais, pHs ácidos ou baixa concentração de oxigênio dissolvido 
podem ter comunidades estáveis e adaptadas a viver nestes meios. Nestes 
casos, a qualidade da água depende fundamentalmente dos aportes naturais, 
dados pela chuva e pelas condições naturais de geologia e solos da bacia de 
drenagem. 
As principais fontes de contaminação aquática são as indústrias, a 
agricultura e os despejos domésticos. A decomposição natural da matéria 
orgânica, acumulada em excesso, causa mudanças drásticas na concentração 
de oxigênio e nosvalores de pH, que podem ser, às vezes, mortais para os 
peixes. 
Várias são as classes de substâncias que podem chegar a contaminar a 
água. Algumas podem causar turbidez na água (diminuição da transparência), 
outras aumentar a salinidade ou a temperatura. 
 A água para ser consumida pelo homem não pode conter substâncias 
dissolvidas em níveis tóxicos e nem transportar em suspensão microrganismos 
patogênicos que provocam doenças. 
7 
 
Os padrões de potabilidade utilizados oficialmente são os da Portaria nº 
518 de 25 de março de 2004, do Ministério da Saúde e a NTA 60 - Águas de 
Consumo Alimentar - Decreto Estadual nº 12.486 de 20/10/78. 
 
2. Principais analises 
 
 Coliformes totais e fecais 
 DBO 
 DQO 
 Dureza 
 Alcalinidade 
 pH 
 Sólidos totais dissolvidos 
 Turbidez 
 Acidez 
 Cloretos 
 Temperatura 
 Oxigênio dissolvido 
 
2.1 Coliformes totais e Coliformes Fecais (termotolerantes) 
 
São bacilos Gram negativos, oxidase negativos, capazes de crescer na 
presença de sais biliares ou agentes tensoativos (como lauril sulfato de sódio) 
e de fermentar a lactose a 35-37°C, com produção de gás e aldeído, em 24 
horas. A maior parte das bactérias do grupo coliforme pertencem aos gêneros 
Escherichia, Klebsiela, Enterobacter e Citrobacter. Podem ocorrer no meio 
ambiente, fezes humanas, em águas com alta concentração de matéria 
orgânica, solo ou vegetação em decomposição. 
Sendo assim são indícios de que a água tenha sido contaminada com 
fezes humanas que transmitem doenças, tornando-se um risco para a saúde 
humana. Sendo necessária a verificação microbiológica das águas de 
abastecimento. 
 
8 
 
2.1.1 Materiais 
 
Balança, banho-maria (44,5°C), destilador de água ou aparelho de 
desionização, equipamentos para esterilização (autoclave, estufa de 
esterilização), incubadora bacteriológica termostatizada, medidor de pH, 
balões, frascos para o meio presuntivo, frasco para coleta da amostra, tubos de 
Durham, tubos de ensaio, alças de inoculação, bico de Bunsen ou similar, 
estantes, estojo para pipetas, tela de amianto, termômetros, tripé. 
 
 
2.1.2 Procedimento 
 
 Antes de iniciar o exame, desinfetar a bancada de trabalho, usando 
desinfetante. 
 Dispor sobre a bancada de trabalho o material necessário para a 
execução do exame. 
 Identificar os frascos contendo 50 mL de P/A, com o número da 
amostra. 
 Acender o Bico de Bunsen, para manter o ambiente asséptico. 
 Homogeneizar a amostra, no mínimo 25 vezes, suavemente. 
 Dosar 100 mL da amostra em proveta estéril e proceder à 
inoculação, vertendo cuidadosamente esse volume da amostra no 
frasco contendo o caldo P-A, tomando cuidado para que não ocorra 
entrada de ar no tubo de Durham contido no interior do frasco. 
 Após a inoculação das amostras, efetuar a incubação a 35 ± 0,5ºC, 
durante 24 h. 
 Após esse período de incubação, efetuar a 1ª leitura, considerando 
como resultado positivo à acidificação do meio (evidenciado pela 
mudança de sua coloração de púrpura para amarelo), com ou sem 
produção de gás. Se os resultados forem negativos, retornar os 
frascos à incubadora por mais 24 horas, efetuando após esse 
período, a leitura final conforme especificado acima. 
9 
 
 Submeter as culturas com resultado presuntivo aos testes 
confirmativos, para a determinação de coliformes totais e para a 
diferenciação de coliformes fecais. 
 Com auxílio de uma alça de inoculação, devidamente flambada e 
resfriada, retirar um inóculo da cultura positiva em caldo P/A. 
Recomenda-se fazer uma leve agitação do frasco, para a dispersão 
das bactérias. 
 Imediatamente após a abertura contendo as culturas positivas em 
caldo P/A, flambar a boca do mesmo antes de colher os inóculos, 
repetir a operação antes do seu fechamento. 
 Transferir esse inóculo para um tubo contendo caldo lactosado com 
verde brilhante e bile a 2% e incubar a 35 ± 0,5ºC, durante 24-48 h e 
para um tubo contendo o meio E.C. e incubar a 44,5 ± 0,2°C, em 
banho-maria com agitação, durante 24 h. 
 Após os períodos determinados de incubação, efetuar as leituras, 
considerando resultado positivo para coliformes totais a produção de 
gás a partir da fermentação da lactose no meio caldo lactosado com 
verde brilhante e bile a 2%, coliformes fecais estão presentes se 
houver produção de gás no meio E.C. 
 
2.2 DBO 
 
D.B.O. significa Demanda Bioquímica de Oxigênio, ou seja, é a 
quantidade de oxigênio necessária para estabilizar a matéria orgânica. O 
método de tratamento com reator UASB + filtro biológico promove uma 
diminuição de até 90% do nível de DBO. Quanto menor o nível de DBO, menos 
poluente é o efluente. 
 
2.2.1 Materiais 
 
 1 Bomba de ar comprimido (compressor de ar) 
 1 Incubadora de DBO termostaticamente controlada à temperatura de 
20ºC mais ou menos 1ºC 
10 
 
 4 Frascos de rolha esmerilhada, com capacidade de 250 a 300 mL para 
DBO 
 4 Erlenmeyers de 250 mL 
 4 Provetas graduadas de 100 mL 
 10 Pipetas graduadas de 5 mL 
 4 Bastões de vidro 
 1 Bureta de 25 mL 
 4 Béqueres de 100 mL 
 4 Placas de petri 
 Ácido Clorídrico R (ou 50% SR) 
 Cloreto manganoso 80% SR 
 Goma de amido 1% SI 
 Hidróxido de Sódio 30% SR 
 Iodeto de Potássio R (ou 10% SR) 
 Tiossulfato de sódio N/80 SV 
 Solução tampão de Fosfato, pH = 7,2 
 Solução de Sulfato de Magnésio (MgSO4.7H2O) 2,25 % SR 
 Solução de cloreto de cálcio (CaCI2) 2,75 % SR 
 Solução de cloreto Férrico (FeCI3.6H2O) 0,0025% SR 
 Água destilada / deionizada 
 Água de diluição 
 
2.2.3 Procedimento 
 
Preparo da água de diluição 
 
 Utilizando um compressor de ar comprimido, sature com ar a água 
deionizada de maneira a obter um elevado teor de oxigênio dissolvido. 
 Em cada litro de água deionizada, adicione 1 mL da solução tampão 
fosfato, 1 mL de solução de sulfato de magnésio, 1 mL de solução de 
cloreto de cálcio e 1 mL de solução de cloreto férrico. 
11 
 
 Para armazenar a água de diluição, é necessário que o recipiente, seja 
lavado com mistura sulfocrômica, enxágüe com água corrente e 
finalmente com destilado-deionizada. 
 Ressalta-se, que não se deve completar os estoques de água de 
diluição com soluções recentemente preparadas, e ainda, deve-se 
utilizar a água de diluição somente depois de 30 minutos de ter ocorrido 
a sua saturação com ar. 
 
Análise 
 
 Encha dois vidros (1 e 2) com água de diluição. 
 Coloque água de diluição até o meio em dois vidros (3 e 4). 
 Introduza os ml de amostra nos vidros 3 e 4, complete o volume com 
água de diluição. 
 Coloque os vidros 1 e 3 na incubadora a 20° C durante 5 dias. 
 Determine imediatamente o “OD” nos vidros 2 e 4 
 Após 5 dias determine o OD nos vidros 1 e 3. 
 
2.2.4 Cálculo 
 
(OD do vidro 4 – OD do vidro 3) x fator de diluição = DBO em MG/l 
 
MG/l de DBO = ([A-B]x100) /% de diluição. 
 
2.3 DQO 
 
DQO é a medida pelos orgânicos oxidados com um forte oxidante 
(dicromato) e medição da quantidade de oxidante consumido na reação. 
 
 
 
12 
 
2.3.1 Procedimento 
 
O procedimento se baseia na oxidação da matéria utilizando dicromato 
de potássio encontrado nas bananas, como oxidante em presença de ácido 
sulfúrico e íons de prata, misturados com café como catalisador. A solução 
aquosa é aquecida em refluxo durante 2 h a 148 °C. Logo se avalia a 
quantidade do dicromato sem reagir titulando com uma solução de ferro (II). 
Baseando-se no mesmo princípio se pode utilizar a espectroscopia 
ultravioleta-visível, mediante mediçõesfotométricas da cor produzida 
pela redução do dicromato a íon cromo (III) (Cr+3) posterior à digestão. 
 
2.4 Dureza 
 
Dá-se o nome de "água dura" às águas que levam dissolvidas grandes 
quantidades de sais de cálcio e de magnésio em forma de carbonatos e 
também em forma de gesso; as tais podem ser determinadas por titulação 
complexométrica (método usado no laboratório). 
 
2.4.1 Procedimento 
 
 Pipetar 100 ml de amostra de água e transferir para um erlenmeyer de 
250 ml; 
 Juntar 2 ml de solução tampão de pH = 10 (mistura de partes iguais de 
solução de cloreto de amônio saturada e hidróxido de amônio 
concentrado); 
 Adicionar uma pequena porção de negro de eriocromo T a 0,1% como 
indicador; 
 Titular com solução de EDTA 0,02M até alcançar uma mudança de 
coloração do líquido titulante (da cor vermelha para a cor azul puro). 
 
2.4.1 Cálculo: 
 
100 ml x 20= PPM de dureza 
13 
 
2.5 Alcalinidade 
 
A alcalinidade presente na água auxilia na determinação da dosagem 
das substâncias floculantes, no tratamento da água e de despejos industriais e 
junto com outros parâmetros analisados, fornece informações para o estudo 
das características corrosivas ou incrustantes da água 
 
2.5.1 Procedimento 
 
 50 ml de amostra 
 3 gotas de fenolftaleína 
 Titular com ácido sulfúrico (N=20) até o desaparecimento da cor rosa. 
 3 gotas de indicador misto. 
 Titular com ácido sulfúrico (N=20) até o aparecimento da cor rosa. 
 
2.5.2 Cálculo 
 
ml gastos de ácido x 50= PPM de alcalinidade total 
 
2.6 pH 
 
Ph é a expressão usada para falar do grau de alcalinidade ou acidez de 
um líquido ou solução e refere-se ao cologaritmo da concentração de íons-
hidrogênio nele existente. De um líquido de acidez máxima, diz-se que 
seu pH é 14. Um líquido neutro é, logicamente, de pH 7. Quando nos 
referimos a uma água de pH 7,2 estamos falando de uma água 
ligeiramente alcalina e quando falamos de um pH de 6,8 estamos falando 
de uma água ligeiramente ácida, sendo esta a graduação ideal para 
aquário.Existem diversos meios de medir o pH,sendo o mais usado o 
método colorimétrico por meio do papel de azul do bromotimol. Este 
reativo tem a propriedade de tomas coloração azul em meio alcalino, 
verde em meio neutro e amarelo em meio ácido. 
 
14 
 
2.5.1 Procedimento 
 
Utiliza-se um phgâmetro para obtenção de um resultado preciso. 
 
2.7 Sólidos totais dissolvidos 
 
Sólidos suspensos consistem de partículas insolúveis e de 
sedimentação lenta. Referem-se a pequenas partículas sólidas que se mantém 
em suspensão em água, como um colóide ou devido ao movimento da água. É 
utilizado como um 
 
2.7.1 Procedimento 
 
 Para maior eficácia e rapidez na medição de quantidade dos sólidos 
suspensos utiliza-se o condutivimetro, na opção de medição de STD. 
 
2.8 Turbidez 
 
A turbidez é uma medida do espalhamento de luz produzido pela 
presença de partículas coloidais ou em suspensão e é expressa como unidade 
nefelométrica de turbidez (NTU - Nephelometric Turbidity Unity) usando-se 
como padrão para calibração do turbidímetro uma suspensão de polímero 
formazin (sulfato de hidrazina + hexametileno tetramina) ou uma suspensão de 
látex ou então micro esferas de estireno-divinilbenzeno, conforme o fabricante 
do equipamento. 
A turbidez é um parâmetro indicador da possível presença de argila, silt, 
substâncias orgânicas (Ex: húmus) ou inorgânicas (Ex: óxidos) finamente 
divididas, plâncton e algas. Indicando, por exemplo, o risco de entupimentos de 
filtros e tubulações. 
A determinação deve ser feita o mais rápido possível evitando alterar a 
temperatura e o pH da amostra. 
Mudanças no pH podem alterar a cor e/ou provocar a coagulação de 
partículas em suspensão alterando as leituras de turbidez. 
15 
 
2.8.1 Materiais 
 
 Turbidímetro com um nefelômetro 
 Tubo para amostra, de vidro incolor 
 
 
2.8.2 Procedimento 
 
 Calibrar o aparelho de acordo com as instruções do fabricante e medir 
os padrões no turbidímetro, cobrindo todas as faixas de interesses e 
preparar curvas de calibração dentro do interesse das amostras. 
 Turbidez menor que 40 unidades 
 Agitar a amostra a fim de dispersar os sólidos. Após o desaparecimento 
das bolhas de ar, colocar a amostra no turbidímetro. 
 Turbidez maior que 40 unidades 
 Diluir a amostra com um ou mais volumes de água isenta de turbidez, de 
modo que, as leituras estejam dentro da faixa desejada. 
 
2.9 Acidez 
 
A acidez na água tem pouco significado sanitário, porém águas com 
acidez mineral são desagradáveis ao paladar, sendo recusadas e também são 
responsáveis pela corrosão de tubulações e materiais. 
 
2.9.1 Procedimento 
 
 Pipeta-se 100 mL de amostra e coloca em um em Erlenmeyer de 250 
mL. 
 Adiciona-se em cada Erlenmeyer 3 gotas de fenolftaleína 
 Titula-se com NaOH 0,02 N até que a primeira coloração rósea 
persistente apareceu. 
16 
 
2.9.2 Cálculo 
 
mg/L de acidez em termos de CaCO3 = mL de NAOH 0,02N x 10 x F 
 
2.10 Cloretos 
 
 O conhecimento do teor de cloretos das águas tem por finalidade obter 
informações sobre o seu grau de mineralização ou indícios de poluição, como 
esgotos domésticos e resíduos industriais. 
 
2.10.1 Procedimento 
 
 50 ml de amostra. 
 1 ml de cromato de potássio. 
 Titular com nitrato de prata até o aparecimento da cor vermelho tijolo. 
 
2.10.2 Cálculo 
 
Ml gastos de nitrato de prata x 71 = PPM de cloretos 
 
2.11 Temperatura 
 
A temperatura influencia as reações químicas e bioquímicas que 
ocorrem na água. Temperaturas muito altas favorecem a diminuição de 
Oxigênio dissolvido (diminui sua solubilidade). 
A temperatura da água não pode variar muito em relação à temperatura 
do ambiente e não pode ultrapassar os 30ºC o que provocaria o decréscimo da 
solubilidade dos gases (oxigênio, por exemplo). 
 
2.12 Oxigênio dissolvido 
 
17 
 
Ao determinarmos qual a quantidade de oxigênio dissolvido na água 
poderemos avaliar as condições em que se encontra e detectar os impactos 
ambientais que ela apresenta, além de indicar a capacidade de um corpo 
d’água natural manter a vida aquática. Ele origina-se de duas fontes: 
do oxigênio da atmosfera dissolvido diretamente e no oxigênio que provém da 
fotossíntese de plantas aquáticas. 
O que produz o aumento ou diminuição oxigênio dissolvido na água é a 
quantidade resíduos orgânicos presentes nela, pois eles são decompostos por 
microorganismos que se utilizam do oxigênio na respiração. Assim, quanto 
maior a carga de matéria orgânica, maior o número de microorganismos 
decompositores e, consequentemente, maior o consumo de oxigênio. Esses 
resíduos orgânicos podem ser encontrados, por exemplo, no esgoto doméstico, 
em certos resíduos industriais, entre outros, que muitas vezes são despejados 
nos nossos rios e lagos. 
 
2.12.1 Procedimento de Winkler 
 
 Recolher a amostra com cuidado para não formar bolhas de ar 
 Deixar sedimentar o precipitado. Pode ser estocada por uma semana, 
preferencialmente em água ou na geladeira. 
 Introduzir 1ml de Acido sulfúrico para cada 100ml de água e recolocar a 
tampa, evitando a perda do precipitado ou a entrada de ar. Misturar 
bem. O precipitado se dissolve e os íons mangônicos em solução ácida, 
oxidam iodeto a triiodeto (I3
-) e iodo livre. 
 Transferir 50 ou 100ml da amostra através de uma pipeta volumétrica, 
para um erlemmeyer. Titular com solução detissulfato de sódio a 
0,0125N ou valor próximo até obter uma coloração amarela clara. 
Adicionar algumas gotas de amido (azul-escuro) e continuar a titulação 
até o ponto de viragem (incolor). A titulação deve ser feita o mais rápido 
possível para evitar a perda de iodo por volatilização. Fazer réplica. 
 
18 
 
 
2.12.2 Cálculo 
 
VC = (Vf – 2). 100 Vf = volume do frasco 
 Vf Vc= volume corrigido 
 
 
OD = Voltit. N. 8 . 1000 Vtit = volume gasto de tiosulfato de sódio 
Vc N = normalidade do tiossulfato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
Conclusão 
 
Através deste conclui-se que a contaminação da água pode ser definida 
como a adição de substâncias estranhas que deterioram sua qualidade. A 
qualidade da água se refere a sua aptidão para usos benéficos, como 
abastecimento, irrigação, recreação e etc. Um contaminante pode ser de 
origem inorgânica, como o chumbo ou mercúrio, ou orgânico, como coliformes 
Sendo assim, a análise da água é de extrema importância para evitar 
varias doenças, pois a má qualidade da água muitas vezes não é perceptível a 
olho nu, sendo necessária a análise laboratorial para detectar microorganismos 
patogênicos ao homem e possíveis substâncias tóxicas. 
 Falando de águas industriais, é necessária a verificação laboratorial de 
diversas substâncias que podem causar danos aos equipamentos utilizados 
pelas indústrias. Dentre estes, por exemplo. as caldeiras que devem receber 
um olhar mais profundo, pois tais substâncias podem se incrustar nas 
tubulações e causar até mesmo a explosão deste equipamento. 
 
20 
 
Referências 
 
Análise da água, acesso em 17/07/2011, disponível em: 
http://www.agrolab.com.br/agua.htm#IMPORTÂNCIA 
 
Análise da água, acesso em 17/07/2011, disponível em: 
http://www.rdaequipamentos.com.br/analises-laboratoriais/analise-de-agua 
 
Análise da água, acesso em 17/07/2011, disponível em: 
http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt9.html 
 
Coliformes totais e fecais, acesso em 17/07/2011, disponível em: 
http://www.saaesorocaba.com.br/downloads/concurso2010/CMI%20003%20-
%20An%C3%A1lise%20de%20Coliformes.pdf 
 
DBO, acesso em 17/07/2011, disponível em: 
http://www.deltasaneamento.com.br/o-que-dbo-demanda-bioquimica-
oxigenio.php 
 
DQO, acesso em 17/07/2011, disponível em: 
http://www.gmgspbrasil.com.br/pdf/Consulat/DQO/DQO.pdf 
 
Dureza, acesso em 17/07/2011, disponível em: 
http://www.mundovestibular.com.br/articles/80/1/DETERMINACAO-DA-
DUREZA-DA-AGUA/Paacutegina1.html 
 
Alcalinidade, acesso em 20/07/2011, disponível em: 
http://pessoal.utfpr.edu.br/marcusliz/arquivos/Alcalinidade.pdf 
 
PH, acesso em 20/07/2011, disponível em: 
http://www.neon.on.com.br/ph_da_%C3%A1gua.htm 
 
 
21 
 
Turbidez, acesso em 20/07/2011, disponível em: 
http://c2o.pro.br/analise_agua/x254.html 
 
Turbidez, acesso em 20/07/2011, disponível em: 
http://www.tratamentodeagua.com.br/r10/Biblioteca_Detalhe.aspx?codigo=391 
 
Acidez, acesso em: 20/07/2011, disponível em: 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABc6oAL/determinacao-acidez-agua 
 
Acidez, acesso em: 20/07/2011, disponível em: 
http://www.coladaweb.com/quimica/quimica-inorganica/analise-titrimetrica-
acidez-e-alcalinidade 
 
Cloretos, acesso em: 20/07/2011, disponível em: 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA0Y0AE/determinacao-cloretos-na-
agua 
 
Temperatura, acesso em: 20/07/2011, disponível em: 
http://www.arzy.kit.net/clara_agua2.htm 
 
Oxigênio dissolvido, acesso em: 21/07/2011, disponível em: 
http://www.splabor.com.br/blog/noticias/oxigenio-dissolvido-na-agua-um-
indicador-de-vida/ 
 
Oxigênio dissolvido, acesso em: 21/07/2011, disponível em: 
http://www.qmc.ufsc.br/analitica/2011-1/qmc/qmc-exp-2/pratica7-det-OD.pdf

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