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Análise laboratoriais

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA 
EXPERIMENTAÇÕES LABORATORIAIS
QUÍMICA ANALÍTICA 
LUIZA JAQUES MENONI 
 UC18100750
Brasília – DF
2020
1. ANÁLISE DE ÁGUA
1.1. Alcalinidade total 
A alcalinidade total de uma água é definida pelo somatório da concentração de hidróxidos, carbonatos e bicarbonatos, expressa em termos de carbonato de cálcio, ou seja, é a capacidade da água em neutralizar os ácidos. Além disso, a medição da alcalinidade é fundamental durante o processo de tratamento de água, pois é em função do seu teor que se estabelece a dosagem dos produtos químicos utilizados. 
Geralmente, as águas superficiais já possuem alcalinidade natural em concentração suficiente para reagir com o sulfato de alumínio nos processos de tratamento. Porém, quando a alcalinidade é muito baixa ou inexistente há a necessidade de se provocar uma alcalinidade artificial com aplicação de substâncias alcalinas, tal como cal hidratada ou barrilha (carbonato de sódio) para que o objetivo seja alcançado. Já quando a alcalinidade é muito elevada, é necessário acidificar a água até que se obtenha um teor de alcalinidade suficiente para reagir com o sulfato de alumínio ou outro produto utilizado no tratamento da água.
1.1.2. Material necessário	
Os materiais necessários para a análise do procedimento são: pipeta volumétrica de 50 mL; frasco Erlenmeyer de 250 mL; bureta de 50 mL; fenolftaleína; indicador metilorange; mistura Indicadora de verde de bromocresol/vermelho de metila; solução de ácido sulfúrico 0,02 N; solução de tiossulfato de sódio 0,1 N. 
1.1.3. Método de determinação
O processo para a análise de alcalinidade da água é feito por titulação com ácido sulfúrico. É necessário separar 50 mL da amostra e colocar no Erlenmeyer, adicionar 3 gotas da solução indicadora de verde de bromocresol/vermelho de metila, titular com a solução de ácido sulfúrico 0,02 N até a mudança da cor azul-esverdeada para róseo, para finalmente anotar o volume total de H2SO4 gasto (V) em mL
Cálculo realizado para determinação da alcalinidade total: Alcalinidade total em mg/L de CaCO3 = V x 20
1.2. Gás carbônico livre
O gás carbônico é um componente habitual da acidez das águas naturais. Esse gás apresenta concentração menor do que 10 mg/L nas águas superficiais, enquanto que em águas subterrâneas pode existir em maior concentração. 
O gás carbônico presente na água pode contribuir significativamente para a corrosão das estruturas metálicas e de materiais à base de cimento (tubos de fibro-cimento) de um sistema de abastecimento de água e por essa razão o seu teor deve ser conhecido e controlado. 
1.2.1. Material necessário
Para o procedimento é preciso uma bureta de 50 mL, um frasco Erlenmeyer de 250 mL, pipeta volumétrica de 100 mL, rolha de borracha, hidróxido de sódio 0,02N e fenolftaleína. 
1.2.2. Método de determinação
O processo para análise do gás carbônico livre da água é feito por titulação com hidróxido de sódio. É necessário separar 100 mL de amostra (sem agitar) em um Erlenmeyer, adicionar 10 gotas de fenolftaleína, se colorir, não contém CO2, se não colorir, prosseguir titulando com a solução de hidróxido de sódio (NaOH) 0,02 N gota a gota até o aparecimento de leve coloração rósea persistente por pelo menos 30 segundos para, finalmente, anotar o volume (mL) de NaOH gasto ( V ).
Cálculo realizado para descobrir a quantidade de gás carbônico: V x 10 x Fc = mg/L de CO2 livre.
Onde: 
Fc = fator de correção.
Para calcular o CO2 total aplicar a seguinte fórmula: mg/l 
CO2 total = A + 0,44(2B + C) 
Onde: 
A = mg/L CO2 livre 
B = Alcalinidade devido a bicarbonato 
C = Alcalinidade devido a carbonato
1.3. Cloretos
Normalmente, os cloretos estão presentes em águas brutas e tratadas em concentrações que podem variar de pequenos traços até centenas de mg/L. Eles estão presentes na forma de cloretos de sódio, cálcio e magnésio. Por exemplo, a água do mar possui concentração muito elevada de cloretos que está em torno de 26.000 mg/L. Concentrações altas de cloretos podem restringir o uso da água em razão do sabor que eles conferem e pelo efeito laxativo que eles podem provocar. A Portaria nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde estabelece o teor de 250 mg/L como o valor máximo permitido para água potável. Os métodos convencionais de tratamento de água não removem cloretos e sua remoção deve ser feita por dessalização (osmose reversa) ou eletrodiálise (troca iônica). 
1.3.1. Material necessário
Para o procedimento é necessário a utilização de uma bureta de 50 mL, um becker de 250 mL, frasco Erlenmeyer de 250 mL, medidor de pH, proveta de 100 mL, solução-padrão de nitrato de prata 0,0141N, solução indicadora de cromato de potássio K2CrO4, hidróxido de sódio 1N, ácido sulfúrico 1N, cloreto de sódio 0,0141 N. 
1.3.2. Método de determinação
O processo para análise de cloretos na água pode ser feito por titulação com nitrato de prata. É necessário colocar 100 mL de amostra no Erlenmeyer, ajustar o pH entre 7 e 10, se necessário, com NaOH ou H2SO4, adicionar 1 mL da solução indicadora de K2CrO4, titular com a solução-padrão de nitrato de prata 0,0141 N até a viragem para amarelo avermelhado que é o ponto final da titulação e, por fim, fazer um branco da mesma maneira que a amostra.
Cálculo utilizado para determinar a quantidade de cloreto da água: mg/L Cl = (A – B) x N x 35.45 / mL da amostra
1.4. Dureza total
Dureza total é a soma das concentrações de íons cálcio e magnésio na água, expressos como carbonato de cálcio. A dureza de uma água pode ser temporária, quando causada pela presença de bicarbonatos de cálcio e magnésio, ou permanente, que ocorre devido à presença de sulfatos, cloretos e nitratos de cálcio e magnésio. A Portaria MS nº 2.914/2011 estabelece para dureza total o teor de 500 mg/L em termos de CaCO3 como o valor máximo permitido para água potável. 
1.4.1. Material necessário
Para o procedimento, foi necessário o uso de bureta de 50 mL, pipeta volumétrica de 25 mL, balão volumétrico de 50 mL, becker de 100 mL, frasco Erlenmeyer de 250 mL, solução-padrão de EDTA 0,01 M, solução tampão, indicador eriochrome black T, inibidor I - cianeto de sódio P.A em pó e um inibidor II - sulfeto de sódio. 
1.4.2. Método de determinação
O processo para análise da dureza total da água é feito por titulação com EDTA. Para o procedimento, é necessário separar 25 mL da amostra e diluir para 50 mL com água destilada em balão volumétrico, transferir para um becker de 100 mL e adicionar 1 a 2 mL da solução tampão para elevar o pH a 10 ± 0,1. Após isso, é preciso transferir para um frasco Erlenmeyer de 250 mL e adicionar aproximadamente 0,05 gramas do indicador negro de eriocromo T, titular com EDTA 0,01M agitando continuamente até o desaparecimento da cor púrpura avermelhada e o aparecimento da cor azul (final da titulação), anotar o volume de EDTA gasto (mL), fazer um branco com água destilada, subtrair o volume de EDTA gasto na titulação do branco do volume de EDTA gasto na titulação da amostra. A diferença é o volume que será aplicado no cálculo. 
Cálculo Dureza Total: em mg/l CaCO3 = ml de EDTA x 1000 x Fc ml de
Notas: 
1. A ausência de um ponto de viragem definido, geralmente, indica a necessidade de adição de um inibidor ou que o indicador está deteriorado. 
2. Não leve mais do que 5 minutos para a titulação, medido após a adição da solução tampão. 3. Caso a dureza da água seja muito baixa, use amostra maior, 50 a 250 mL adicionando proporcionalmente maior quantidade de solução tampão, do inibidor e indicador. 
4. Se precisar usar o inibidor adicionar 20 gotas do inibidor II. 
5. Fc = Fator de correção do EDTA quando houver e for diferente de 1.
1.5. Potencial Hidrogeniônico (pH)
O pH representa a concentração de íons hidrogênio em uma solução. Ele é medido e ajustado sempre que necessário para melhorar o processo de coagulação/floculação da água e também o controle da desinfecção. O valor do pH varia de 0 a 14. Abaixo de 7 a água é considerada ácida e acima de 7, alcalina. Água com pH 7 é neutra.A Portaria nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde recomenda que o pH da água seja mantido na faixa de 6,0 a 9,5 no sistema de distribuição. 
1.5.1. Material necessário para 
Para o procedimento, é necessário um potenciômetro, cubetas, frasco lavador, papel absorvente, soluções tampão de pH conhecido.
1.5.2. Método de determinação
Para determinar o pH é necessário ligar o potenciômetro e esperar a sua estabilização, após isso, é necessário lavar os eletrodos com água destilada e enxugá-los com papel absorvente, calibrar o aparelho com as soluções padrão (pH 4 – 7 ou 10), lavar novamente os eletrodos com água destilada e enxugá-los. Posteriormente, é preciso introduzir os eletrodos na amostra a ser examinada e realizar a leitura, lavando-os novamente para deixá-los imersos em água destilada, não esquecendo de desligar o aparelho no final do procedimento.
1.6. Turbidez
A turbidez da água ocorre devido à presença de materiais sólidos em suspensão, presença de algas, plânctons, matéria orgânica e muitas outras substâncias como o zinco, ferro, 
manganês e areia que reduzem a sua transparência. A turbidez tem sua importância no processo de tratamento da água. Água com turbidez elevada, e dependendo de sua natureza, forma flocos pesados que decantam mais rapidamente do que água com baixa turbidez, sendo um indicador sanitário e padrão organoléptico da água de consumo humano. O padrão de turbidez da água resultante de filtração rápida (tratamento completo ou filtração direta) foi reduzido para 0,5 UT e para água resultante de filtração lenta reduzido para 1,0 UT. A Portaria nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde estabelece ainda o Valor Máximo Permitido de 1,0 UT para água subterrânea pós-filtração ou pré-desinfecção. E em qualquer ponto da rede de distribuição 5,0 UT como padrão organoléptico de potabilidade. Existem equipamentos específicos para determinação da turbidez na água. Neste manual, apresenta-se a técnica de determinação da turbidez utilizando a metodologia nefelométrica.
1.6.1. Material necessário
Para a realização do procedimento, é necessário possuir um turbidímetro com nefelômetro, células de amostras de vidro incolor (quartzo), um balão volumétrico de 100 mL, pipeta volumétrica de 5 mL, conjunto de filtração, filtros de membrana de 0,2 µm. 
Reagentes:
Água isenta de turbidez: passar água destilada através de um filtro de membrana de 0,02 µm de porosidade, enxaguar o frasco de coleta pelo menos duas vezes com água filtrada e desprezar os primeiros 200 mL. 
Suspensão estoque de turbidez – padrão primário: 
Solução I: dissolver 1,0 g de sulfato de hidrazina (NH2), H2SO4 em água destilada e diluir a 100 mL em balão volumétrico. 
Solução II: dissolver 10,0g de hexametilenotetramina (CH2)6N4 em água destilada e diluir a 100 mL em balão volumétrico, misturar 5,0 mL da solução I e 5,0 mL da solução II e deixar em repouso por 24 horas a 25 ± 3°C (a turbidez dessa suspensão é de 4000 UT), transferir a solução-estoque para um frasco de cor âmbar ou outro frasco protegido da luz ultravioleta, para armazenagem. Fazer diluição dessa suspensão - estoque. A suspensão-estoque é estável por um ano quando corretamente armazenada. 
Suspensão-padrão de turbidez: diluir 1,0 mL da solução-estoque para 100 mL com água isenta de turbidez (a turbidez desta suspensão é de 40 UT). Preparar diariamente. 
Padrões de turbidez diluídos: diluir porções da suspensão-padrão de turbidez com água livre de turbidez de acordo com a faixa de interesse. Preparar diariamente.
1.6.2. Método de determinação 
O método nefelométrico consiste em um procedimento analítico de laboratório que se baseia na diminuição da intensidade pela difração da luz.
Primeiramente, é necessário calibrar o turbidímetro de acordo com as instruções do fabricante, medida de turbidez menor que 40 UT (agitar a amostra suavemente e esperar até que as bolhas de ar desapareçam e colocá-la na célula de amostra do turbidímetro), fazer a leitura da turbidez diretamente na escala do instrumento ou na curva de calibração apropriada, medida de turbidez acima de 40 UT (diluir a amostra com um ou mais volumes de água isenta de turbidez até que a turbidez da amostra diluída fique entre 30 e 40 UT) e fazer a leitura e multiplicar o resultado pelo fator de diluição.
Cálculo para a determinação da turbidez da água: uT = A x (B + C) / C
Onde: 
UT = UTN = Unidade de Turbidez Nefelométrica. 
A = Turbidez da amostra diluída. 
B = Volume da diluição (mL). 
C = Volume da amostra tomado para a diluição.
1.7. Temperatura
A temperatura da água está relacionada com o aumento do consumo de água, com a fluoretação, com a solubilidade e ionização das substâncias coagulantes, com a mudança do pH, com a desinfecção, etc. 
1.7.1. Material necessário
O material necessário para a medição da temperatura é um becker de 250 mL e um termômetro. 
1.7.2. Método de determinação
Para determinar a temperatura da água, é utilizado um termômetro. Primeiramente, é necessário coletar um pouco de água em um becker de 250 mL, depois mergulhar o termômetro na água, esperar até que o material dilatante (mercúrio) se estabilize e, por fim, fazer a leitura com o bulbo do termômetro ainda dentro da água.
2. Análise de solo 
2.1. Matéria Orgânica por gravimetria e por volumetria de oxirredução
Os solos de composição orgânica são definidos por apresentarem teor de carbono orgânico obtido pelo método via úmida maior ou igual a 80 g kg-1, conforme definido no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) (Santos et al., 2013). Nesse grupo de solos estão os classificados como horizontes diagnósticos O e H hísticos, componentes principalmente da classe dos Organossolos, segundo o SiBCS (Santos et al., 2013) e, ainda, camadas com materiais orgânicos variadas de composição e estágio de decomposição, como a liteira e/ou serapilheira. 
Dentre as metodologias utilizadas nas avaliações dos solos com altos teores de matéria orgânica, destacam-se aquelas que avaliam a interação entre o elevado teor de matéria orgânica e outros atributos do solo como, por exemplo, a quantificação de matéria orgânica por gravimetria (método de combustão em mufla).
2.1.1. Materiais necessários
Os materiais necessários para esse procedimento são carta de cores de Munsell, papel cromatográfico, béquer de 100 mL, 50 mL e 25 mL, placa de Petri, bastão de vidro, seringa descartável, peneira de 100 mesh, papel absorvente, mufla com temperatura mínima de 600°C e balança com precisão de 0,001 g.
Reagentes e Soluções:
 Pirofosfato de sódio p.a.
Escala de decomposição de von Post:
A escala de von Post é utilizada para identificar o estádio de decomposição que os resíduos vegetais se encontram no solo. Essa escala é composta por 10 estágios de decomposição da matéria orgânica, que são agrupados nas classes: fíbrico, hêmico e sáprico do SiBCS. 
2.1.2. Método de determinação
Para a determinação de matéria orgânica presente no solo, é necessário separar amostras de solo em campo ou em laboratório, evitando manter a umidade. Quando a amostra estiver seca, umedecer para atingir o estado que permita o amassamento. Após isso, separar uma amostra de solo na palma da mão, adicionar água lentamente e amassar a amostra até homogeneizá-la. Avaliar as amostras segundo os seguintes graus: 
Não decomposta: estrutura vegetal original quase inalterada; a amostra espremida na mão libera somente água clara. 
Ligeiramente decomposta: estrutura vegetal original facilmente identificável; a amostra espremida na mão libera água de cor clara (bruno-amarelada). 
Muito fracamente decomposta: estrutura vegetal original identificável; a amostra espremida na mão libera água de cor turva e nenhum material de solo orgânico passa entre os dedos, o resíduo que fica na palma da mão não é lamacento. 
Fracamente decomposta: estrutura vegetal original dificilmente identificável; a amostra espremida na mão libera água turva e nenhum material de solo orgânico passa entre os dedos, o resíduo restante é muito pouco lamacento. 
Moderadamente decomposta: estrutura vegetal original poucovisível, reconhecível, mas não identificável; a amostra espremida libera água turva de cor brunada, e algum material de solo orgânico passa entre os dedos, o resíduo restante é pouco lamacento. Bem decomposta: estrutura vegetal original é não reconhecível, porém fica mais evidente no resíduo deixado na mão do que no material de solo orgânico não espremido; cerca de 1/3 do material de solo orgânico passa entre os dedos, e o resíduo restante é muito lamacento. 
Fortemente decomposta: estrutura vegetal original quase indistinta; cerca da metade do material de solo orgânico passa entre os dedos. 
Muito fortemente decomposta (ou extremamente decomposta): estrutura vegetal original indistinta; cerca de 2/3 do material de solo orgânico passa entre os dedos, e o resíduo, quase completamente resistente à decomposição, consiste de filamentos de raízes e material lenhoso. 
Quase completamente decomposta: estrutura vegetal original quase irreconhecível; quase todo o material de solo orgânico passa entre os dedos, como uma massa lamacenta homogeneizada (esponjosa). 
Completamente decomposta: estrutura vegetal original irreconhecível; todo o material de solo orgânico passa entre os dedos. 
Determinação das classes de decomposição do material orgânico 
Material orgânico FÍBRICO (grau de 1 a 4). 
Material orgânico HÊMICO (grau 5 e 6). 
Material orgânico SÁPRICO (grau de 7 a 10).
2.2. Nitrogênio total
O N da matéria orgânica do solo é mineralizado até amônio (NH4+) pela oxidação com ácido sulfúrico, em alta temperatura, na presença de catalisadores, processo conhecido como digestão Kjeldahl. Após a digestão, o N amoniacal que se encontra no meio ácido é submetido a destilação a vapor após forte alcalinização com adição de NaOH, o que faz com que o NH4+ se converta à amônia (NH3), a qual é arrastada pelo vapor d’água e condensada até alcançar a solução de ácido bórico. Em contato com o meio ácido, a NH3 é protonada, formando NH4+, fazendo com que o pH da solução se eleve. A solução de ácido bórico contém indicadores (verde de bromocresol e vermelho de metila) que permitem visualizar o processo pela alteração de cor vermelha/violeta para verde azulado. A quantificação do N existente na solução de ácido bórico ocorre pela titulação da solução com o ácido sulfúrico, até que se observe o retorno da cor vermelha, que corresponde ao ponto de viragem para condição mais ácida. A quantidade de N existente é proporcional à quantidade de ácido gasta na titulação. 
2.2.1. Material necessário
O material necessário para realização da análise do nitrogênio total do solo é uma balança com precisão de 0,001 g, capela com exaustor (preparada para vapores ácidos), bloco digestor com suporte para tubos (40 tubos), bureta volumétrica ou digital, destilador manual, Erlenmeyer de 125 mL, balões volumétricos de 200 mL, 1 L e 2 L, pipetas volumétricas de 2 mL e 5 mL, tubos de digestão (compatíveis com o destilador), proveta de 100 mL, béquer de vidro de 500 mL e uma medida de 1,1 g para mistura catalisadora. 
Reagentes e soluções:
Sulfato de cobre (CuSO4.5H2O) p.a; Sulfato de potássio (K2SO4) p.a; Selênio (Se) p.a; Octanol (CH3(CH2)7OH) p.a; Ácido sulfúrico concentrado (H2SO4) (96% de pureza) p.a. 
Solução de ácido bórico 1%: dissolver 100 g de H3BO3 em água destilada e completar o volume do balão em 10.000 mL com água destilada ou deionizada e agitar lentamente.
Solução indicadora vermelho de metila: dissolver 70 mg de vermelho de metila em balão contendo 100 mL de metanol. 
Solução indicadora verde de bromocresol: dissolver 100 mg de verde de bromocresol em balão contendo 100 mL de metanol. 
Solução de ácido sulfúrico (H2SO4) 0,5 mol L-1: diluir 29 mL do ácido sulfúrico concentrado p.a. (pureza 96%) em 500 mL de água destilada e completar o volume do balão a 1 L com água destilada ou deionizada e agitar lentamente. 
Solução de hidróxido de sódio (NaOH) 40%: dissolver 400 g de NaOH em água destilada em béquer de vidro, transferir para balão volumétrico de 1 L e completar o volume com água destilada ou deionizada. Agitar lentamente o balão sem a tampa. Como essa solução aquecerá o balão, colocar sob água corrente ou balde para resfriamento e não tampar. 
Solução de tris-hidroximetilaminometano (THAM) 0,0300 mol L-1: dissolver 3,6342 g de THAM em água destilada e completar o volume do balão em 1 L com água destilada e agitar lentamente. 
Solução de sulfato de amônio (1 mg N/5 mL): dissolver 0,942 g de sulfato de amônio em água destilada e completar o volume do balão em 1 L com água destilada. Agitar lentamente. 
Solução de ácido acético 15%: diluir 15 mL de ácido acético glacial (CH3COOH, p.a.) em água destilada e completar o volume do balão de 100 mL com água destilada. Agitar lentamente. 
Mistura catalisadora (MC): Moer finamente 100 g de sulfato de potássio, 10 g de sulfato de cobre e 1 g de selênio (< 100 mesh). Misturar os três reagentes até homogeneização completa para formar a MC. 
Solução ácido bórico/indicador: adicionar 100 mL de cada solução indicadora (vermelho de metila e verde de bromocresol) à solução de H3BO3 1% e agitar lentamente. Checar o pH para obter a cor violeta.
Solução de ácido sulfúrico para titulação: preparar uma solução de H2SO4 cuja concentração condicione o uso de cerca de 10 mL dessa solução na titulação da amostra. Obs.: a mínima concentração da solução de H2SO4 recomendada para que a visualização da mudança de cor do indicador seja nítida é de 0,0025 mol L-1. Fazer um pequeno ensaio com a seguinte fórmula: 
M = 0,00003572 x N x m
Em que: 
M – concentração da solução de ácido sulfúrico a ser usada, em mol L-1
N1 – provável concentração de N do material a ser analisado, em dag kg-1
m – massa da amostra digerida, em mg
Vm – volume da amostra digerida, em mL
2.3. Potencial Hidrogeniônico (pH)
O pH do solo consiste na determinação da concentração de íons H+ na solução do solo, que tem influência na disponibilidade de nutrientes. 
2.3.1. Material necessário
Para a determinação do pH do solo é necessário um bastão de vidro, pipeta, balão volumétrico de 1 L, balança analítica e potenciômetro com eletrodo combinado de vidro. 
Reagentes e Soluções:
Solução de KCl 1 mol L-1: dissolver 74,5 g de KCl em água destilada ou deionizada e completar o volume para 1 L. 
Solução padrão de CaCl2 1 mol L-1: pesar 147 g de CaCl2.2H2O para cada 1 L de solução. Adicionar água destilada ou deionizada, agitar, deixar esfriar e completar o volume. 
Solução de CaCl2 0,01 mol L-1: pipetar 10 mL da solução padrão de CaCl2 1 mol L-1, colocar em balão volumétrico de 1 L e completar o volume com água destilada ou deionizada. Medir a condutividade elétrica dessa solução, que deve de aproximadamente 2,3 mS cm-1. Soluções padrão pH 4,00 e pH 7,00 – preparar soluções de acordo com orientação do fabricante. 
2.3.2. Método de determinação
A medição do potencial hidrogeniônico ocorre por meio de eletrodos combinados imersos em suspensão do solo. Para realizar o procedimento é necessário ligar o potenciômetro 30 minutos antes de começar a ser usado, para estabilizar a eletrônica do instrumento. Após isso, é preciso aferir e calibrar o potenciômetro com as soluções-padrão pH 4,00 e pH 7,00. 
Deve-se lavar o eletrodo antes e depois de calibrar o aparelho com as soluções padrão. Lavar o eletrodo entre uma e outra determinação com água destilada com o auxílio de uma pisseta e enxugar delicadamente com papel absorvente. A cada 20 leituras, aproximadamente, calibrar o potenciômetro novamente com uma das soluções-padrão.
Não realizar leitura do pH com tempo de repouso superior a 3 horas, devido ao efeito de oxi-redução. Os eletrodos devem permanecer imersos em solução, de acordo com orientação do fabricante, quando não estiverem em uso. 
3. Referências
Fundação Nacional de Saúde. Manual prático de análise de águas – 4ª Edição. Disponível:<https://ucb.catolica.edu.br/minhasala/pluginfile.php/82856/mod_resource/content/1/Manual%20analise%20de%20agua.pdf>. Acesso em: 20 de maio. 2020. 
Embrapa. Manual de métodos de análise do solo – 3ª Edição. Disponível:<file:///C:/Users/Asus/Downloads/ManualdeMetodosdeAnalisedeSolo2017%20(1).pdf>Acesso em: 20 de maio. 2020.
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