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TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 1 Aula 1: Tributo e espécies tributárias ........................................................................................... 3 ............................................................................................................................. 3 Introdução ................................................................................................................................ 4 Conteúdo Conceito de tributo: doutrina e lei ................................................................................. 4 Conceito de tributo: doutrina e lei ................................................................................. 4 O direito do Estado e o dever do contribuinte ............................................................ 5 Principais dificuldades ...................................................................................................... 5 Tributo: uma norma de rejeição social ......................................................................... 5 Níveis de satisfação ........................................................................................................... 6 Constituição Nacional Tributária - CNT........................................................................ 7 Tipos de prestações .......................................................................................................... 7 Classificação dos tributos ............................................................................................... 13 Natureza econômica da operação ............................................................................... 14 Função dos tributos ......................................................................................................... 14 Repercussão ...................................................................................................................... 15 Cumulatividade ................................................................................................................ 15 Quantidade de incidências ............................................................................................ 15 Aspectos relevantes à quantificação............................................................................ 16 Competência .................................................................................................................... 16 Vinculação a uma atividade estatal.............................................................................. 17 Espécies tributárias .......................................................................................................... 17 Teoria bipartite ................................................................................................................. 17 Teoria tripartite ................................................................................................................ 17 Teorias quadripartites ..................................................................................................... 18 Teoria pentapartite ou quinquipartite ......................................................................... 18 Imposto: definições ......................................................................................................... 19 O empréstimo compulsório .......................................................................................... 19 Conclusão ......................................................................................................................... 20 Atividade proposta .......................................................................................................... 20 ........................................................................................................................... 21 Referências ......................................................................................................... 21 Exercícios de fixação Notas ........................................................................................................................................... 27 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 27 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 2 ..................................................................................................................................... 27 Aula 1 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 27 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 3 Introdução Antes do Código Tributário Nacional, não se podia dizer que tínhamos um verdadeiro sistema tributário, como se verifica quando do estudo do Sistema Tributário. Isto porque sistema é conjunto harmônico. O que havia era a cobrança de tributos por cada ente federativo segundo os seus próprios meios e instrumentos. Isto acontecia porque nosso ordenamento jurídico ainda era bem imaturo e porque a construção de uma federação é algo que pode durar mesmo séculos. Federação impõe uma unidade sem a perda da autonomia. E assim é que surgem as leis de normas gerais – aquelas que são capazes de criar um padrão a ser observado por todos os entes federativos. Mas deixemos de falar de teoria do Estado e vamos ao próprio Direito Tributário! Objetivo: 1. Rever o conceito de tributo; 2. Arrolar as diversas classificações dos tributos; 3. Identificar as espécies tributárias e suas peculiaridades. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 4 Conteúdo Conceito de tributo: doutrina e lei É possível dividir a doutrina do Direito Tributário em dois grandes grupos. Pró-Contribuintes Aqueles que se encontram “pró-contribuintes” Pró-Fisco Aqueles que se encontram “pró-fisco” Em verdade, esperamos que um dia surja uma terceira linha, aquela verdadeiramente em prol do interesse público. O problema é que enquanto não vemos em nosso país uma adequada destinação dos recursos públicos, é bastante difícil encontrar um contribuinte consciente que esteja completamente a favor da tributação. Conceito de tributo: doutrina e lei É possível dividir a doutrina do Direito Tributário em dois grandes grupos. Pró-Contribuintes Aqueles que se encontram “pró-contribuintes” Pró-Fisco Aqueles que se encontram “pró-fisco” Em verdade, esperamos que um dia surja uma terceira linha, aquela verdadeiramente em prol do interesse público. O problema é que enquanto não vemos em nosso país uma adequada destinação dos recursos públicos, é bastante difícil encontrar um contribuinte consciente que esteja completamente a favor da tributação. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 5 O direito do Estado e o dever do contribuinte Então, doutrinariamente, podemos extrair do Prof. Ricardo Lobo Torres o conceito de tributo como dever fundamental. Para ele, a partir do momento em que o Estado teria direitos fundamentais a prestar ao contribuinte, teria o contribuinte o pagamento do tributo como verdadeira contraprestação. Principais dificuldades Contra esse conceito podemos levantar dois problemas: Dicionário Tributário A falta de uma definição Por quê? Não há (nem haverá) uma definição precisa de direitos fundamentais, o que inviabiliza a definição de uma contraprestação. A corrupção Por quê? A grande corrupção impede a eficiente prestação de serviços públicos. Assim, não utilizamos no dia a dia esse conceito. Tributo: uma norma de rejeição socialComo radical defensor dos contribuintes, encontramos o Prof. Ives Gandra da Silva Martins que defende ser o tributo uma verdadeira norma de rejeição social. Crimes contra a Ordem Tributária Como? TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 6 Em verdade, ele apresenta esse conceito ao tratar dos crimes contra a ordem tributária. Mas é bastante oportuno para que possamos entender como se divide a doutrina brasileira. Por quê? Porque ninguém, verdadeiramente, quer pagar tributos e sequer fica revoltado com a conduta do sonegador. Ao contrário, prefere buscar saber como fazer para sonegar também. Níveis de satisfação Tributos Recolhidos Divisão transparente dos tributos Saúde Educação Moradia Desaprovação do sonegador Por outro lado, em países onde os tributos possuem a destinação adequada e os serviços públicos são prestados de forma satisfatória, o sonegador não é visto como alguém a ser seguido. Ao contrário, ele é um inimigo da sociedade. Então, qual é o conceito de tributo que podemos utilizar? O ideal é o conceito legal. Conceito esse que é adotado pelo STF. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 7 Constituição Nacional Tributária - CNT Artigo 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Passemos, então, a analisar esse conceito dividindo-o em seis partes. Assim, poderemos aprofundar no estudo das controvérsias e questões por ele geradas. Tipos de prestações Vamos agora identificar os tipos de prestações estabelecidas pela CTN: 1 - Prestação pecuniária. Ao determinar que o tributo é uma prestação pecuniária, o código exerce uma opção de que estamos diante de um vínculo de natureza obrigacional. Não é uma simples relação de poder, em que o Estado manifesta a sua vontade soberana e o súdito tem o dever de cumpri-la. Ao contrário, é uma prestação, objeto de uma obrigação – um vínculo de natureza patrimonial. E como as obrigações podem ser de “dar, fazer e não fazer”, diante de que tipo de obrigação estamos? Uma obrigação de “dar”, de “dar quantia certa”. Assim, não pode a lei estabelecer que o tributo será pago de outra forma. Aí, você poderia me perguntar: mas e quando na execução fiscal há a penhora de um imóvel? A resposta é simples: O Estado ficará com o imóvel para satisfazer o seu crédito? Normalmente, não! O imóvel será levado à praça para que o produto dessa alienação (dinheiro) satisfaça à Fazenda Pública. Daí é correto afirmar que a lei determinará sempre como prestação a pecúnia. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 8 2 - Compulsória. Ora, se é uma obrigação, ela nasce do acordo de vontades? Não. Essa é uma obrigação ex lege, ou seja, que nasce da vontade da lei. Vimos na disciplina anterior o princípio da legalidade e a necessidade de que o tributo seja criado por lei. O reflexo disto é que não é necessário um acordo de vontades (entre o credor e o devedor do tributo) para que ele seja devido. Esse elemento nos permite reconhecer que nem tudo que o Estado recebe como pagamento pelo particular é tributo. Como a relação compulsória se estabelece? O Estado não está impedido de firmar contratos com o particular. Nesse sentido, podemos contratar o Estado e termos de pagar. Basta que estejamos diante de uma relação que não se submete à compulsoriedade, ou seja, que não sejamos obrigados a firmar com o poder público. Basta que tenhamos como opção contratar um particular ou o Estado. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 9 Atenção Se houver compulsoriedade e o Estado estiver prestando um serviço, veremos que muito provavelmente este tributo é uma taxa. Se não há compulsoriedade e contratamos o Estado, estaremos diante de um preço público. E, por fim, se contratamos um particular que presta um serviço que originariamente seria público, mas a ele foi delegado, o nome da prestação é tarifa. Essa diferenciação toda é muito importante pois a questão não é meramente conceitual. Trata-se do regime jurídico que será aplicável e, portanto, da legislação e princípios a eles aplicáveis. Se tributo, a solução está no demais CTN e legislações tributárias, sabendo que o Estado é dotado de uma série de prerrogativas. Se estamos diante de um preço público, a relação pode ser de Direito Administrativo ou mesmo de Direito Civil – neste caso, devemos nos socorrer da legislação adequada, até mesmo o Código de Defesa do Consumidor. Se uma tarifa, muito provavelmente a relação será de consumo, submetida ao Código de Defesa do Consumidor, ou mesmo à legislação civil. 3 - Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. Será que o que dissemos acima cai por terra? Será que a prestação poderá não ser pecuniária? A resposta é não. Como devemos interpretar então? O que a lei deixou claro é que, ao instituir um tributo, não é necessária a previsão em moeda do quanto será devido. Ou seja, ao criar um tributo, podemos encontrar a previsão do valor devido em índices de indexação, em percentuais, em quotas. Isto significa que a prestação é pecuniária, mas a lei não prevê expressamente em pecúnia. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 10 Atenção Há aqueles que afirmam que aqui teríamos a autorização para a dação em pagamento, incluída no Artigo 156, XI, do CTN. Mas veja, dação não é sinônimo de pagamento. Dação é a entrega de prestação distinta daquela que foi originariamente acordada e, como tal, não pode ser consignada. Não pode o credor ser compelido a aceitar o objeto da consignação. Somente o pagamento inicialmente acordado. 4 - Que não constituía sanção de ato ilícito. Importante frisarmos que aqui o Código deixa claro que tributo é diferente de multa. Note que nem todos os recursos que adentram nos cofres públicos são tributos – acabamos de verificar isso. Outra fonte de recursos públicos são as multas. É claro que é impossível imaginar um mundo sem a prática de infrações. Seria o ideal, mas é irreal. Aí, você poderia me perguntar: mas e quando na execução fiscal há a penhora de um imóvel? Quando o “fato gerador” for a prática de uma infração, o montante devido tem natureza de multa. E multa se submete a regras e princípios próprios. Por exemplo, temos o princípio da retroatividade benéfica no que tange às multas. Mas esse princípio não se aplica ao tributo. Sendo pior, ou melhor, a legislação superveniente, a que será aplicada é a vigente na data da ocorrência do fato gerador. Outro aspecto relevante desse trecho do conceito é que ainda que o tributo não seja sanção de ato ilícito, poderá ele incidir sobre o ato ilícito. Como já comentado em outra disciplina, este é o princípio do pecunia non olet – dinheiro não tem cheiro. Assim sendo, ainda que o fato gerador se constitua também em um ato ilícito, ele levará ao dever de pagar o tributo. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 11 Atenção Há quem diga que isto é uma imoralidade do Estado. Mas também seria bastante reprovável que somente o cidadão honesto fosse devedor de tributos. Que aquele que obtém sua riqueza através de atos criminosos fosse simplesmente esquecido pelo fisco e pudesse ter sua riqueza livre da carga tributária. E,por fim, um último aspecto é a questão da extrafiscalidade. O contribuinte poderia pensar que por não dar função social à propriedade, o Artigo 182 § 4º II da Constituição o estaria punindo com uma tributação progressiva no tempo. Daí devemos distinguir o que o ordenamento considera como ilícito e o que ele simplesmente considera como conduta indesejável. O contribuinte não está proibido de deixar de dar função social à propriedade, essa conduta apenas será desestimulada. Mas querendo ele poderá fazê-lo, submetendo-se à consequência de pagar mais tributo. 5 - Instituído em lei. Aqui surge, para nós, no próprio conceito de tributo, o princípio da legalidade que vimos na última disciplina. É claro que, depois da previsão constitucional, caso este dispositivo fosse alterado, ainda assim o tributo teria de ser instituído em lei. O que é de fato relevante é que esta expressão mantém a coerência da natureza compulsória desta obrigação. Ora, ela é compulsória, pois como dito, não nasce da vontade das partes, mas da vontade da lei. Como devemos interpretar essa lei? E apenas para fixarmos corretamente, essa lei é, em regra, uma lei ordinária. As exceções são o empréstimo compulsório (Artigo 148 CR), o imposto sobre grandes fortunas (Artigo 153 VII CR), impostos residuais (Artigo 154 I CR) e TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 12 contribuições da seguridade residuais (Artigo 195 §4º CR). A lei não prevê expressamente em pecúnia. 6 - Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Esse trecho não tem chamado muita atenção, mas pode ser aplicado a um anseio muito grande de alguns administradores públicos. Alguns chefes do executivo têm lançado a notícia de seu interesse em privatizar a cobrança da dívida ativa. Assim, os tributos e outras receitas seriam cobrados por instituições financeiras. Como devemos interpretar essa lei? Vejam bem, o fato de ser emitido um boleto bancário para que você se dirija ao banco e efetue o pagamento não significa que o banco está realizando atos de cobrança. Aliás, isso decorre de um contrato que o banco firma com o poder público para que os depósitos feitos pelos contribuintes sejam realizados sem maiores complexidades diretamente na conta do Estado. O que se fala aqui é da possibilidade do banco, por exemplo, inscrever em cadastro de inadimplentes, protestar a cobrança e até mesmo promover a execução. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 13 Atenção A redação desse trecho impede que isto ocorra. Impede porque ele determina que a cobrança seja realizada mediante atividade administrativa. E aí, mais uma vez, podemos encontrar coerência no CTN, pois o Artigo 119 determina que o sujeito ativo, o credor, é pessoa jurídica de direito público. E mais, que essa cobrança não será feita como e por qual motivo a própria autoridade o queira. Ela será feita nos exatos limites da lei, que deve estabelecer o quanto deve ser cobrado e qual fato gerador, exatamente, faz com que o contribuinte tenha algum dever. Isso porque ele estabelece que a cobrança é mediante atividade administrativa plenamente vinculada. E atividade vinculada é aquela em que, além da competência, da forma e da finalidade do ato, até o motivo e o objeto são expressos pela lei. Classificação dos tributos Pode parecer, ao ver tantas classificações como as que vamos ver aqui, que se trata apenas de uma diversão dos doutrinadores. Ou que se trata de um exercício criativo para aumentar a matéria que cai em prova. Mas não é... ou pelo menos, na maioria das vezes. O propósito real das classificações é facilitar o estudo e o tratamento de objetos que possuem as mesmas características. Aliás, também é frequente que quando se indaga da natureza jurídica de um instituto, quer-se saber da classificação, do grupo a que pertence. Então vamos a ela. DOUTRINA TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 14 Natureza econômica da operação E comecemos por uma classificação que a própria lei traz. O CTN divide especificamente os impostos, mas podemos fazer o mesmo com todos os outros tributos. Ele utiliza como critério a natureza econômica da operação, do fato gerador ou ramo de atividade. Essa classificação foi utilizada para elaborar a próxima disciplina e facilita o estudo dos tributos em espécie e sua melhor apreensão. Isso porque passamos a identificar em uma determinada situação quais são os tributos que incidem. O CTN divide então os tributos em três grandes grupos: 1 Comércio Exterior 2 Produção e Circulação 3 Renda e Patrimônio Agora vamos falar de quatro classificações que já foram objeto de nossa fala. Nesta e na disciplina anterior. Função dos tributos Comentamos que os tributos não se prestam somente à arrecadação, mas podem possuir outras funções. Este é o critério então aqui utilizado: quanto à função. E assim os tributos podem ser classificados como: FISCAIS São os arrecadatórios – aqueles que o Fisco tem por propósito buscar recursos para realizar as duas atividades e, assim, as suas despesas. PARAFISCAIS São aqueles que não são arrecadados diretamente pelo Estado, mas aqueles que geram receita para instituições que exercem função pública ou de apoio ao Estado, como as de alguns conselhos de classe e outras autarquias (INSS). TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 15 EXTRAFISCAIS São aqueles que têm como função servir de instrumento de política econômica. Se prestam a estimular ou desestimular a conduta dos contribuintes. Repercussão Outra classificação também por nós referenciada é aquela que diz respeito à repercussão. A repercussão significa que o tributo, apesar de pago por uma pessoa, terá seu ônus financeiro transferido a outra pessoa. Assim, ele é aquele pago por uma pessoa e repercute no patrimônio de outra – neste caso, estaremos diante dos chamados tributos indiretos. E percussão significa que essa transferência não ocorreu. São assim os tributos diretos. Vimos isso quando falamos da capacidade contributiva e do fato de nem sempre podermos saber quem está arcando com o pagamento do tributo. Cumulatividade Ainda falamos de outra classificação, quanto à cumulatividade. Determinados tributos incidem, como falamos, em cascata, por várias vezes na cadeia de circulação de um bem. Tributos cumulativos são aqueles que, incidindo, são incorporados ao custo do bem e oneram o preço final da mercadoria. Já os não cumulativos são os que a lei permite e prevê a sua dedução do valor do tributo a ser pago. O ISS é cumulativo e o ICMS é não cumulativo, por exemplo. Quantidade de incidências Importante também para o estudo da não cumulatividade é uma outra classificação, sem a qual ela não ocorre – quanto à quantidade de incidências. Os tributos que incidem somente uma vez no ciclo de produção e circulação são os monofásicos. Neste caso, não há como se falar em cumulatividade. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 16 E os tributos que incidem por várias vezes na cadeia de circulação ou produção de mercadorias são chamados de plurifásicos. Esses podem ser cumulativos ou não cumulativos. Aspectos relevantes à quantificação Já falamos também da classificação que leva em consideração os aspectos relevantes para quantificação do tributo, que os divide em reais e pessoais. Vimos até como alguns as definem de forma equivocada. Pois bem,apenas para rever: reais são aqueles em que a quantificação do tributo devido leva em consideração apenas aspectos objetivos, que digam respeito ao fato gerador, ao bem tributado, por exemplo. E pessoais são aqueles que levam em consideração características do próprio contribuinte. Essa classificação, como vimos, não é fechada. Apenas nos casos em que não conseguimos identificar quem é o contribuinte, como no caso de ICMS em relação a bens de consumo de massa, é que temos tributos que são definitivamente reais. E é assim, pois a análise da capacidade contributiva é uma determinação constitucional. Competência GOVERNO FEDERAL ESTADO MUNICÍPIO Por fim, temos duas classificações bastante simples. A primeira distingue os tributos quanto à competência. Sem maiores definições, tal é a sua simplicidade, há os tributos federais, estaduais e municipais. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 17 Vinculação a uma atividade estatal E temos a classificação quanto à vinculação a uma atividade estatal. A vinculação pode ser identificada, ou não, no fato gerador. Se o fato gerador constituir uma atividade do Estado (como veremos que ocorre com as taxas e contribuição de melhoria), estaremos diante de um tributo vinculado. Se o fato gerador disser respeito a uma atividade do contribuinte, e o Estado não precisar fazer nada para que ele incida, diremos que o tributo é, como os impostos, não vinculado. Espécies tributárias Sabendo que tributo é gênero. Vamos investigar as espécies tributárias. Não sem comentar algumas das mais importantes classificações. Teoria bipartite E a primeira delas é a teoria bipartite, que divide os tributos simplesmente em: VINCULADOS X NÃO VINCULADOS Assim, não é que não reconheçam que os cinco tipos de tributos que podemos reconhecer hoje não são tributos, apenas irá incluir todos em dois grupos apenas. São adeptos dessa teoria Geraldo Ataliba e Alfredo Augusto Becker. Teoria tripartite A segunda teoria é a tripartite. Ela é defendida, por exemplo, por Roque Antonio Carrazza e Paulo de Barros Carvalho. Também podemos encontrá-la no CTN. Seu critério de distinção das espécies tributárias é o fato gerador, tal como previsto no Artigo 4º do CTN, e também nos Artigos 16, 77 e 81, que são TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 18 aqueles que definem os fatos geradores. Para essa teoria, os tributos são: impostos, taxas e contribuição de melhoria – como diz o Artigo 5º do CTN. Impostos Taxas Contribuição de melhoria Teorias quadripartites Impostos Taxas Contribuição de melhoria Contribuições Especiais A terceira teoria é a quadripartite, que considera que há quatro espécies tributárias, naturalmente, mas nem sempre as mesmas quatro. Para Bernardo Ribeiro de Moraes, os tributos são os impostos, as taxas, a contribuição de melhoria e as contribuições especiais – os empréstimos compulsórios seriam uma espécie de imposto restituível. Já para Ricardo Lobo Torres, os tributos são os impostos, as taxas, as contribuições e os empréstimos compulsórios. Ele reúne todo e qualquer tipo de contribuição em um único grupo. Teoria pentapartite ou quinquipartite Essa teoria é a que prevalece, pois é a teoria adotada pelo STF. Vamos apresentar, então, o caminho que o STF percorre para chegar à sua teoria. São três etapas, seguidas em ordem, para identificar a natureza específica de qualquer cobrança realizada pelo Estado: identificar se é tributo (análise pelo TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 19 conceito antes apresentado), identificar o fato gerador (na forma da teoria tripartite) e, por fim, se há destinação ou vinculação entre as espécies tributárias. Inclui-se mais uma fase, porque reconhecemos que, na Constituição de 1988, temos referência a cinco tributos: • Impostos (Artigo 145 I CR), taxas (Artigo 145 II CR); • Contribuição de melhoria (Artigo 145 III CR); • Empréstimos compulsórios (Artigo 148 CR) e contribuições especiais (Artigo 149 CR). E, além do mais, os dois últimos não se diferem pelo fato gerador. Imposto: definições Vejamos. Segundo o Artigo 16 do CTN, o imposto é o tributo cujo fato gerador independe de qualquer atividade estatal específica. Dessa forma, o imposto dependerá de uma manifestação de riqueza do contribuinte. Para a taxa, o fato gerador será uma atividade estatal específica sim. Será ou a prestação de um serviço público, específico e divisível, minimamente colocado à disposição do contribuinte, ou o exercício do poder de polícia (consentimento ou fiscalizador), na forma do Artigo 77 do CTN. Para a contribuição de melhoria, o fato gerador é uma obra pública da qual decorra valorização imobiliária, como dispõe o Artigo 81 do CTN. O empréstimo compulsório Se lembrarmos dos fatos históricos que geraram a incidência do empréstimo compulsório – é o caso dos combustíveis – ou mesmo das contribuições especiais, veremos que o fato gerador é sempre uma atividade praticada pelo contribuinte. É um tributo que, muitas vezes, incide juntamente com os impostos. Seu fato gerador é, muitas vezes, idêntico a este. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 20 E como sabemos que não estamos pagando mais um imposto? Ora, é simples. Sabemos qual é a determinação da destinação do produto da arrecadação do imposto? Não. E do empréstimo compulsório? Sabemos: calamidade pública ou guerra externa e investimento urgente de relevância nacional. E das contribuições especiais? Sabemos: uma atividade estatal específica que tende a beneficiar um grupo de contribuinte, e não necessariamente toda a sociedade. Se é assim, e se eles preenchem os elementos do conceito tributo, são eles uma nova espécie, ou novas espécies. Conclusão E antes de concluirmos, um registro importante deve ser feito quanto às contribuições especiais. Atribuímos esse nome, pois o nome parafiscal – como visto – somente se aplica aos tributos que têm como destinação parafisco e não o próprio fisco. A maioria das contribuições hoje é destinada aos cofres públicos. Por isso, concluímos esta aula com a identificação das espécies tributárias: impostos, taxas, contribuição de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. Atividade proposta Leia o RE 138284-8/CE, que deixa clara a posição do STF quanto ao conceito de tributo e as espécies tributárias, disponível, e procure identificar quais são as espécies tributárias nele distinguidas e quais são os seus elementos diferenciadores, concluindo pela teoria adotada por nossa Suprema Corte. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 21 Referências BECKER, Alfredo Augusto. Teoria geral do direito tributário. 5. ed. São Paulo: Noeses. CAIS, Cleide Previtalli. O processo tributário. 8. ed. Rio de Janeiro: RT, 2013. CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 25. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. COELHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de direito tributário brasileiro. 12. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012. MARINS, James. Direito processual tributário brasileiro. 6. ed. São Paulo: Dialética, 2013 Exercícios de fixação Questão 1 O conceito de tributo guarda correspondência com a noção de: a) Penalidade. b) Atividade pública discricionária. c) Cobrança mediante atividade administrativa plenamente vinculada. d) Prestação facultativa. e) Instituição por decreto autônomo. Questão2 Nos termos do Código Tributário Nacional, tributo é: a) Toda a prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. b) O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana que tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do município. c) A taxa cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 22 ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. d) Imposto cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. e) O empréstimo tributário independe de qualquer atividade estatal específica. Questão 3 Assinale a alternativa correta de acordo com o Código Tributário Nacional. a) O fato gerador do tributo é que define a natureza jurídica do tributo. b) Por lei, considera-se discricionária a atividade administrativa de cobrança tributária. c) A denominação e demais características formais adotadas pela lei são determinantes para a correta identificação da natureza do tributo. d) A natureza jurídica do tributo é definida pela destinação legal do produto da sua arrecadação. e) Entende-se por tributo toda prestação pecuniária compulsória ou facultativa, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito. Questão 4 Com relação aos tributos, assinale a alternativa em que as duas assertivas estão corretas e a segunda complementa o sentido da primeira. a) Os tributos são prestações pecuniárias instituídas por lei // Eles decorrem de atividade administrativa discricionária do Estado, no exercício do jus imperii. b) Os tributos, para serem criados, decorrem de lei específica // Os impostos, espécie de tributos, quando regulatórios, prescindem de lei para serem criados. c) Os tributos são prestações pecuniárias instituídos por lei específica // Eles não têm natureza de sanção de ato ilícito. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 23 d) Os tributos decorrem da necessidade do Estado em prestar serviços públicos e realizar obras públicas relevantes // Eles constituem receita originária do Estado. e) Os tributos têm missão constitucional exclusiva de obtenção de receita para o ente tributante competente para a sua criação // Eles são decorrentes de atividade legislativa vinculada. Questão 5 A determinação da natureza jurídica específica do tributo, de acordo com o Código Tributário Nacional, decorre, especificamente: a) Do fato gerador da respectiva obrigação. b) Da destinação legal do produto da arrecadação. c) Da denominação. d) Da fixação do agente arrecadador. e) Das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação. Questão 6 Exercida de forma regular, a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do poder público ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos, autoriza a cobrança de: a) Imposto. b) Contribuição de melhoria. c) Preço público. d) Tarifa. e) Taxa. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 24 Questão 7 De acordo com a Constituição Federal de 1988, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: a) Impostos, tarifas e contribuição de melhoria. b) Impostos, taxas, tarifas e contribuição de melhoria. c) Taxas, tarifas e contribuição de melhoria. d) Impostos, taxas e contribuição de melhoria. e) Impostos, taxas e empréstimos compulsórios. Questão 8 O tributo, que tem por fato gerador o exercício regular do poder de polícia, como, por exemplo, a fiscalização dos serviços notariais e registrais, é denominado: a) Imposto. b) Taxa. c) Contribuição de melhoria. d) Emolumento. e) Contribuição de interesse de categoria profissional ou econômica. Questão 9 Na iminência ou no caso de guerra: a) Externa, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios, para atender às despesas extraordinárias, dela decorrentes. b) Civil ou externa, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios, para atender às despesas extraordinárias dela decorrentes. c) Civil ou externa, a União, os Estados e o Distrito Federal poderão instituir, por meio de lei complementar, tributos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária para atender às despesas extraordinárias, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 25 d) Externa, a União, os Estados e o Distrito Federal, mediante lei ordinária, poderão instituir empréstimos compulsórios para atender às despesas extraordinárias dela decorrentes. e) Externa ou convulsão social de natureza grave, a União poderá instituir, por meio de lei complementar, tributos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Questão 10 Assinale a alternativa que melhor sintetiza as distinções entre as espécies tributárias indicadas: a) O imposto pressupõe um ato do Poder Público, assim como a taxa, sendo distintos os fatos geradores dos dois tributos, mas não as bases de cálculo. b) O imposto pressupõe um ato do contribuinte, assim como a taxa, sendo distintas as bases de cálculo, mas não os fatos geradores. c) O imposto pressupõe um ato do Poder Público, assim como a taxa, sendo distintas as bases de cálculo dos dois tributos, mas não os fatos geradores. d) O imposto pressupõe um ato do contribuinte, assim como a taxa, sendo distintos os fatos geradores dos dois tributos, mas não as bases de cálculo. e) O imposto pressupõe um ato do contribuinte e a taxa pressupõe um ato do Poder Público, sendo distintos os fatos geradores e as bases de cálculo dos dois tributos. Questão 11 Identifique, nas hipóteses a seguir, aquela que apresenta a adequada classificação quanto à natureza econômica da operação: a) IE - Tributos sobre a produção e a circulação b) IPTU - Tributos sobre o comércio exterior c) ITR - Tributos sobre a renda e o patrimônio TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 26 d) ISS - Tributos sobre o comércio exterior e) ITD - Tributos sobre a produção e a circulação Questão 12 Analise as assertivas abaixo e indique a opção correta: I - A classificação dos tributos quanto à função distingue eles em fiscais, parafiscais e extrafiscais. II - A classificação dos tributos quanto à repercussão considera apenas aquele que realiza o pagamento. III - A comutatividade é efeito que recai aos tributos plurifásicos. a) Somente a assertiva I está correta b) As assertivas I e II estão corretasc) As assertivas II e III estão corretas d) As assertivas I e III estão corretas e) Nenhuma assertiva está correta Questão 13 Indique, das opções abaixo, aquela que relaciona exclusivamente tributos plurifásicos: a) IR, ICMS e IPI b) PIS, COFINS e IPI c) ICMS e ISS d) ISS, ITBI e IR e) IR, IPI e ICMS Questão 14 Indique abaixo tributo não vinculado: a) Taxa de incêndio. b) Contribuição de melhoria. c) Imposto de renda. d) Taxa de lixo. e) Empréstimo compulsório. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 27 Questão 15 Não é possível afirmar que o IPTU pode constituir necessariamente um tributo real. O exemplo que comprova isso é a: a) Lei municipal que estabelece variação de alíquota em razão do valor do imóvel. b) Lei municipal que estabelece variação da base de cálculo pela localização do imóvel. c) Lei municipal que estabelece variação da base de cálculo pela área do imóvel. d) Lei municipal que estabelece isenção para imóvel localizado em áreas de risco (ex. comunidades não pacificadas). e) Empréstimo compulsório. CR: Constituição da República. CTN: Código Tributário Nacional. ICMS: Imposto sobre a circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. STF: Supremo Tribunal Federal. Aula 1 Exercícios de fixação Questão 1 - C Justificativa: Artigo 3º do CTN (VUNESP 2014). Questão 2 - A Justificativa: Artigo 3º do CTN (IBFC 2014). TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 28 Questão 3 - A Justificativa: Artigo 4º do CTN (FEPESE 2014). Questão 4 - C Justificativa: Artigo 3º do CTN. Questão 5 - A Justificativa: Artigo 4º do CTN. Questão 6 - E Justificativa: Artigo 145 II da CR e Artigo 77 do CTN (VUNESP 2014). Questão 7 - D Justificativa: Artigo 145 da CR (IESES 2014). Questão 8 - B Justificativa: Artigo 145 II da CR. Questão 9 - A Justificativa: Artigo 148 da CR (FCC 2014). Questão 10 - E Justificativa: Artigo 16 e Artigo 77 do CTN (FGV 2013). Questão 11 - C Justificativa: O ITR incide sobre a propriedade imóvel, componente do patrimônio. Questão 12 - D Justificativa: Classificação doutrinária. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 29 Questão 13 - B Justificativa: Tributo plurifásico é aquele que incide por várias vezes na cadeia de circulação de bens. Questão 14 - C Justificativa: O imposto é o tributo que não é vinculado a nenhuma atividade estatal específica. Questão 15 - C Justificativa: Lei municipal que estabelece isenção de IPTU para idosos de baixa renda.
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