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AD2 2013 1º GABARITO IDPP

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Avaliação a Distância 2 – AD2 
Período - 2013/1º 
Disciplina: Instituições de Direito Público e Privado 
Coordenador: Prof. Afranio Faustino de Paula Filho 
 
GABARITO 
 
Data de Início: 22/04/2013 
Data-limite para entrega: 28/04/2013 
Conteúdo: Aulas 8 a 11 
Total de Pontos: 100 (Cem) pontos 
 
Após estudar as aulas 8 a 11 de IDPP, responda em texto on-line às questões que se se-
guem: 
 
1. “O fim da ditadura no Brasil, em 1985, levou grupos políticos a pedirem uma nova Constitui-
ção Federal. Alguns queriam uma Assembleia Constituinte, mas o que se conseguiu foi a for-
mação do Congresso Constituinte em 1987”. Pesquise sobre o assunto e faça seu comentário 
a respeito. Há várias páginas na internet que tratam sobre o assunto. (30 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
O aluno deverá fazer seu comentário em função do panorama político da época, que era 
o a seguir retratado: 
“O Brasil viveu sob uma ditadura civil-militar durante 21 anos, sendo seu fim marcado 
pela eleição indireta de Tancredo Neves em 1985. Como o presidente eleito morreu dias antes da 
posse, o vice-presidente José Sarney assumiu a presidência em seu lugar, iniciando seu manda-
to em 1986. Foi também neste ano que as diversas forças políticas e sociais progressistas pres-
sionaram pela convocação de uma Assembleia Constituinte, com a eleição de representantes 
específicos e com plenos poderes de formular uma nova constituição para o país. 
Os principais grupos contrários à Assembleia eram os ligados ao anterior regime ditato-
rial, representado por grandes empresários e banqueiros, além de latifundiários e militares. 
Mesmo com pressão não foi possível formar uma Assembleia, conseguindo nas negociações 
políticas a realização do Congresso Constituinte, onde os deputados eleitos para o Congresso 
Nacional, em novembro de 1986, ficariam responsáveis pela elaboração da Carta Magna. A dife-
rença entre Assembleia e Congresso Constituinte decorre de que os eleitos para o segundo 
teriam o compromisso de manter inalteradas algumas estruturas do Estado brasileiro para o 
qual foram eleitos, ao contrário dos eleitos para a Assembleia, que poderiam, além de ser qual-
quer cidadão, alterar essas estruturas. 
O Congresso Constituinte foi iniciado em 1º de fevereiro de 1987 e tinha como principal 
grupo o “Centrão”, formado por deputados e senadores de partidos como PMDB, PFL, PDS e 
PTB. Era formado por 559 congressistas e presidido por Ulisses Guimarães. Havia também gru-
pos mais à esquerda, como os ligados ao PT e ao PDT. As propostas eram elaboradas tanto por 
grupos de cidadãos do país quanto por grupos já anteriormente organizados (como empresá-
rios e latifundiários, por exemplo), que através de lobbies (forma de pressão econômica e políti-
ca) polarizaram o debate sobre temas importantes e polêmicos como a reforma agrária, a dura-
ção de mandatos eletivos e estrutura do estado, os poderes atribuídos às forças armadas, o 
acesso à educação e à saúde etc. 
Os debates e votações se prolongaram por 18 meses, com a elaboração do texto sofren-
do uma série de emendas destinadas a concretizar as diversas negociações realizadas. Em 5 
outubro de 1988 a Constituição da República Federativa do Brasil foi promulgada, e mesmo com 
alguns pontos ratificados e outros alterados ao longo dos anos, continua a reger em termos 
gerais a organização social e do estado brasileiro.” 
http://www.brasilescola.com/historiab/constituicao-de-1988.htm 
 
2. A doutrina jurídica tem sustentado, como pode ser visto na aula 9, uma classificação para os 
direitos humanos, baseada na ordem histórica e cronológica em que estes direitos passaram a 
ser constitucionalmente reconhecidos. Assim, os direitos são agrupados em gerações, eras ou 
dimensões, sendo reconhecidas três delas, correspondentes ao lema da Revolução Francesa 
(Liberdade, Igualdade e Fraternidade): os direitos de primeira geração que correspondem aos 
direitos e garantias individuais e políticos clássicos (também conhecidos como liberdades pú-
blicas); os direitos de 2ª geração, também chamados de metaindividuais, coletivos ou difusos, 
que compreendem os direitos sociais; e os direitos de 3ª geração que são os chamados direi-
tos de solidariedade ou fraternidade. 
 O tema, no entanto, tem sofrido novas abordagens que revelam novas tendências 
que sugerem já termos hoje novas gerações de direitos. Assim, com base no texto disponível 
em http://jus.com.br/revista/texto/13261/a-afirmacao-historica-dos-direitos-fundamentais/print, 
intitulado “A afirmação Histórica dos Direitos Fundamentais”, de autoria de Ney Stani Morais 
Maranhão, faça um breve comentário de, no máximo 10 linhas, sobre a questão das dimen-
sões ou gerações de direitos. (30 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
 O aluno deverá discorrer sobre os aspectos do texto que julgou mais importantes, den-
tro do número de linhas estabelecido, enfatizando a existência de duas novas gerações de direi-
tos: os de quarta e quinta gerações. 
 
3. Discorra livremente sobre o princípio da moralidade, enfatizando: seu conceito; sua transmu-
tação em probidade administrativa; a sua influência na configuração da noção de nepotismo; e 
as consequências da prática de atos de improbidade. (20 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
O princípio da moralidade diz respeito tanto à moral administrativa – imposta ao agente 
público para a sua conduta interna, segundo as exigências da instituição a que serve – quanto à 
moral comum, imposta ao homem para sua conduta externa, que acaba por se refletir na admi-
nistração pública. No que diz respeito à conduta pública do administrador, o princípio da mora-
lidade transmuta-se no princípio da PROBIDADE ADMINISTRATIVA. Portanto, o princípio da 
moralidade administrativa é infringido por aquele administrador que, para atuar, tenha sido le-
vado por objetivos imorais ou desonestos (a já citada moral comum). Nesse sentido, podemos 
levantar a hipótese de um deputado que nomeie, independentemente de comprovação de capa-
citação técnica, seis familiares para exercer uma função pública (o famoso nepotismo). À luz 
desse princípio, seria válido o ato de nomeação? É claro que não. Dessa forma, ao exercer o 
controle jurisdicional, o Poder Judiciário não deve se restringir ao exame estrito da legalidade 
do ato administrativo, mas sim entender por legalidade não só a conformação do ato com a lei, 
como também com a moral administrativa e com o interesse coletivo (in Revista de Direito Ad-
ministrativo, 89-134). 
PROBIDADE ADMINISTRATIVA: É a norma que rege a conduta do administrador público como 
elemento subjetivo do serviço público. Sua violação caracteriza improbidade administrativa. 
Nos termos do Art. 37, §4º da atual Constituição Federal, a improbidade administrativa tem, co-
mo formas de sanção, “a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indis-
ponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário (nota: aos cofres públicos), na forma e na 
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível”. Ou seja: o administrador públi-
co cujos atos caracterizem improbidade pode, além de sofrer as sanções relativas a seu cargo, 
responder perante a Justiça como um cidadão comum. 
 
4. Elabore um quadro comparativo onde fiquem evidentes as diferenças entre as autarquias, as 
empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações públicas, no que diz res-
peito: 
• À criação de cada uma; 
• A forma em que cada uma é criada; 
• A personalidade jurídica de cada uma; e 
• O tipo de atividade que cada uma desempenha. 
 (20 pontos a questão) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
 AUTARQUIA EMPRESA PÚBLICA SOCIEDADE DE ECO-
NOMIA MISTA 
FUNDAÇÃOCRIAÇÃO 
lei específica e decreto 
instituidor. 
autorização legislativa, e 
levada ao registro civil 
público competente, qual 
seja o registro civil das 
pessoas jurídicas (quando 
se tratar de sociedade 
civil) ou a junta comercial 
(quando se tratar de 
sociedade comercial). 
autorização legislativa. o 
registro é feito na junta 
comercial porque a forma 
obrigatória adotada é a de 
sociedade anônima, que é 
uma sociedade comercial. 
Autorização legislativa. o 
registro é feito no registro 
civil de pessoas jurídicas, 
não se lhes aplicando as 
demais disposições do 
código civil que digam 
respeito às fundações. 
FORMA entidade estatal. a autar-
quia é, em si mesma, uma 
forma de constituição de 
uma pessoa jurídica. 
qualquer tipo de socieda-
de, civil ou comercial. 
somente sociedade 
anônima. 
somente a de fundação 
instituída de acordo com o 
modelo estabelecido pelo 
dl 200/67. 
PERSONALIDADE 
JURÍDICA 
de direito público. de direito privado. de direito privado. de direito privado ou de 
direito público. 
ATIVIDADES executa atividades típicas 
da administração pública 
(atividades administrativas 
e não lucrativas), que 
requeiram ser descentrali-
zadas para o seu melhor 
funcionamento. 
explora atividade econô-
mica e, portanto, lucrativa, 
que o poder público seja 
levado a exercer por 
contingência administrati-
va. 
explora atividade econô-
mica. 
executa atividades não 
lucrativas e que não 
exijam a execução por 
órgãos ou entidades de 
direito público, mas que 
sejam do interesse coletivo 
e, portanto, mereçam o 
amparo estatal. são 
atividades de caráter 
social, de pesquisa, 
técnicas, científicas, etc. 
 
 
Boa atividade!

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