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CONTABILIDADE GERAL PRONUCIAMENTOS CONTABEIS PARA EXAME CFC AULA 10

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Livro Eletrônico
Aula 10
Contabilidade Geral - Pronunciamentos Contábeis p/ CFC 2018.2
(Bacharel em Contábeis)
Gilmar Possati
09460013406 - ROBERTO ALEXANDRE DA SILVA
CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.2 
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Pessoal, hoje vamos estudar mais um Pronunciamento Contábil. Trata-se 
do CPC 46 ± Mensuração ao Valor Justo. 
 
Bons estudos! 
Gilmar Possati 
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AULA 10: CPC 46 ± Mensuração do Valor Justo 
Sumário 
 
1. Mensuração do Valor Justo 2 
2. Questões comentadas 13 
3. Resumo 21 
4. Lista das Questões Apresentadas 23 
5. Gabarito 27 
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Definição de Valor Justo 
 
Segundo o CPC 46, valor justo é o preço que seria recebido pela venda 
de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em 
uma transação não forçada1 entre participantes do mercado2 
(principal ou mais vantajoso) na data de mensuração (nas condições 
atuais de mercado, independentemente de esse preço ser diretamente 
observável ou estimado utilizando-se outra técnica de avaliação). 
 
Martins et al (2013) pHUFHEHP�TXH�YDORU�MXVWR�p�XPD�³PHQVXUDomR�EDVHDGD�
QR�PHUFDGR´��RX�VHMD��SURFXUD-se mercados para esses ativos e passivos e 
participantes desses mercados para que o seu preço fique de acordo com 
a realidade, seja exatamente aquilo que se pagaria na transação. Martins 
et al (2013) DLQGD�ID]HP�D�VHJXLQWH�FRORFDomR��³Em resumo, o valor justo 
será construído para refletir uma transação hipotética de venda do ativo ou 
transferência do passivo, assumindo-se a ótica dos participantes do 
PHUFDGR���´. 
 
Moura e Dantas (2015) apresentam a finalidade do valor justo: ³���REVHUYD-
se que a finalidade do valor justo é demonstrar aos usuários informações 
cada vez mais próximas da realidade econômica´�� 3RU� LVVR� D� H[SUHVVmR�
µYDORU�MXVWR¶�p�XVDGD��YLVDQGR�DSUHVHQWDU�XP�YDORU�DWXal em conformidade 
com a economia. 
 
Trata-se de um preço de saída na data de mensuração do ponto de vista 
de participante do mercado que detenha o ativo ou o passivo. 
 
Observe que o valor justo é uma mensuração baseada em mercado e não 
uma mensuração específica da entidade. 
 
1 Segundo o CPC 46, é uma transação que presume exposição ao mercado por um período antes da data de 
mensuração para permitir atividades de marketing que são usuais e habituais para transações envolvendo esses 
ativos ou passivos; não se trata de uma transação forçada (por exemplo, liquidação forçada ou venda em 
situação adversa). 
2 Compradores e vendedores do mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo, os quais têm 
todas as características a seguir: (a) são independentes entre si, ou seja, não são partes relacionadas (CPC 05); 
(b) são conhecedores, tendo entendimento razoável do ativo ou passivo e da transação com a utilização de todas 
as informações disponíveis, incluindo informações que possam ser obtidas por meio de esforços usuais e 
habituais com a devida diligência; (c) são capazes de realizar transação com o ativo ou passivo; (d) estão 
interessados em realizar transação com o ativo ou passivo, ou seja, estão motivados, mas não forçados ou, de 
outro modo, obrigados a fazê-lo. 
CPC 46 ± Mensuração do Valor Justo 
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Por ser uma mensuração baseada em mercado, o valor justo é mensurado 
utilizando-se as premissas que os participantes do mercado utilizariam ao 
precificar o ativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco. Como 
resultado, a intenção da entidade de manter um ativo ou de liquidar ou, de 
outro modo, satisfazer um passivo não é relevante ao mensurar o valor 
justo. 
 
Nesse sentido, o CPC 46 destaca que a mensuração do valor justo requer 
que a entidade determine todos os itens a seguir: 
 
a) o ativo ou passivo específico objeto da mensuração (de forma 
consistente com a sua unidade de contabilização); 
b) para um ativo não financeiro, a premissa de avaliação apropriada para 
a mensuração (de forma consistente com o seu melhor uso possível); 
c) o mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo; 
d) as técnicas de avaliação apropriadas para a mensuração, considerando-
se a disponibilidade de dados com os quais se possam desenvolver 
informações que representem as premissas que seriam utilizadas por 
participantes do mercado ao precificar o ativo ou o passivo e o nível da 
hierarquia de valor justo no qual se classificam os dados. 
 
Ativo ou Passivo 
 
Segundo o CPC 46, a mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou 
passivo em particular. Portanto, ao mensurar o valor justo, a entidade deve 
levar em consideração as características do ativo ou passivo se os 
participantes do mercado, ao precificar o ativo ou o passivo na data de 
mensuração, levarem essas características em consideração. Essas 
características incluem, por exemplo: 
 
a) a condição e a localização do ativo; e 
b) restrições, se houver, para a venda ou o uso do ativo. 
 
O CPC 46 destaca que o ativo ou o passivo mensurado ao valor justo pode 
ser qualquer um dos seguintes: 
 
a) um ativo ou passivo individual (por exemplo, um instrumento 
financeiro ou um ativo não financeiro); ou 
b) um grupo de ativos, grupo de passivos ou grupo de ativos e 
passivos (por exemplo, uma unidade geradora de caixa ou um negócio). 
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Esse ponto já foi alvo de exigência, senão vejamos: 
 
 
1. (FCC/Analista Contador/Copergás-PE/2016) Em conformidade com as 
normas contábeis vigentes, a mensuração a valor justo pode ser feita 
a) exclusivamente sobre ativos, de forma individual. 
b) apenas sobre passivos, de forma individual e em grupos. 
c) sobre ativos e passivos, de forma individual e em grupos. 
d) somente sobre passivos de forma individual. 
e) de modo restrito aos ativos de forma individual e em grupos. 
 
Segundo o CPC 46, 
 
13. O ativo ou o passivo mensurado ao valor justo pode ser qualquer um 
dos seguintes: 
(a) um ativo ou passivo individual (por exemplo, um instrumento 
financeiro ou um ativo não financeiro); ou 
(b) um grupo de ativos, grupo de passivos ou grupo de ativos e 
passivos (por exemplo, uma unidade geradora de caixa ou um negócio). 
 
Gabarito: C 
 
Transação 
 
Segundo o CPC 46, a mensuração do valor justo presume que o ativo ou o 
passivo é trocado em uma transação não forçada entre participantes do 
mercado para a venda do ativo ou a transferência do passivo na data de 
mensuração nas condições atuais de mercado. 
 
Nesse sentido, a mensuração do valor justo presume que a transação para 
a venda do ativo ou transferência do passivo ocorre: 
 
a) no mercado principal para o ativo ou passivo; ou 
b) na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso para o 
ativo ou passivo. 
 
Mercado Principal Æ Mercado com o maior volume e nível de atividade para o ativo ou 
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Mercado mais vantajoso Æ Mercado que maximiza o valor que seria recebido para vender 
o ativo ou que minimiza o valor que seria pago para transferir o passivo, após levar em 
consideração os custos de transação e os custos de transporte. 
 
Veja como esse detalhe já foi explorado em prova! 
 
 
2. (CESPE/Contador/FUB/2015) Uma empresa comercializa determinado 
produto agrícola, cuja cotação no mercado principal é de R$ 1.000 e no 
mercado mais vantajoso é de R$ 1.100. Nesse caso, o valor justo do 
produto agrícola no momento da colheita será de R$ 1.000. 
 
Para fixar! A mensuração do valor justo presume que a transação para a 
venda do ativo ou transferência do passivo ocorre: 
 
a) no mercado principal para o ativo ou passivo; ou 
b) na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso para o 
ativo ou passivo. 
 
Observe que somente vamos considerar o valor no mercado mais vantajoso 
na ausência de mercado principal. Logo, no caso apresentado na questão, 
como existe mercado principal, usamos o valor neste mercado (no caso, 
1.000,00). 
 
Aliás, veja o que estabelece o item 18 do CPC 46: 
 
Se houver mercado principal para o ativo ou passivo, a mensuração do 
valor justo deve representar o preço nesse mercado (seja esse preço 
diretamente observável ou estimado utilizando-se outra técnica de 
avaliação), ainda que o preço em mercado diferente seja potencialmente 
mais vantajoso na data de mensuração. 
 
Gabarito: C 
 
O CPC 46 destaca que, embora a entidade deva ser capaz de acessar o 
mercado, ela não precisa ser capaz de vender o ativo específico ou 
transferir o passivo específico na data de mensuração para que possa 
mensurar o valor justo com base no preço desse mercado. 
 
 
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Preço 
 
Conforme estudamos, valor justo é o preço que seria recebido pela venda 
de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transação 
não forçada no mercado principal (ou mais vantajoso) na data de 
mensuração nas condições atuais de mercado (ou seja, um preço de saída), 
independentemente de esse preço ser diretamente observável ou estimado 
utilizando-se outra técnica de avaliação. 
 
Nesse sentido, o CPC 46 informa que o preço no mercado principal (ou 
mais vantajoso) utilizado para mensurar o valor justo do ativo ou passivo 
não deve ser ajustado para refletir custos de transação. Os custos 
de transação devem ser contabilizados de acordo com outros 
Pronunciamentos. Os custos de transação não são uma característica de 
um ativo ou passivo; em vez disso, são específicos de uma transação e 
podem diferir dependendo de como a entidade realizar a transação para o 
ativo ou passivo. 
 
Os custos de transação não incluem custos de transporte. Se a localização 
for uma característica do ativo (como pode ser o caso para, por exemplo, 
uma commodity), o preço no mercado principal (ou mais vantajoso) deve 
ser ajustado para refletir os custos, se houver, que seriam incorridos para 
transportar o ativo de seu local atual para esse mercado. 
 
Valor justo no reconhecimento inicial 
 
Segundo o CPC 46, quando o ativo é adquirido ou o passivo assumido em 
transação de troca para esse ativo ou passivo, o preço da transação é o 
preço pago para adquirir o ativo ou recebido para assumir o passivo (um 
preço de entrada). Por outro lado, o valor justo do ativo ou passivo é o 
preço que seria recebido para vender o ativo ou pago para transferir 
o passivo (um preço de saída). As entidades não necessariamente 
vendem ativos pelos preços pagos para adquiri-los. Similarmente, as 
entidades não necessariamente transferem passivos pelos preços recebidos 
para assumi-los. 
 
Nesse sentido, em muitos casos, o preço da transação é igual ao valor justo 
(esse pode ser o caso, por exemplo, quando, na data da transação, a 
transação para a compra de um ativo ocorre no mercado em que o ativo 
seria vendido). 
 
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Técnicas de avaliação 
 
Martins et al (2013) explicam que as técnicas de avaliação são bastante 
importantes, pois são utilizadas quando não há preços correntes em 
mercados ativos, ou seja, preços de cotação. 
 
O objetivo das técnicas de avaliação descritas no CPC 46 é basicamente 
estimar o valor justo. 
 
Nos termos do CPC 46, a entidade deve utilizar técnicas de avaliação que 
sejam apropriadas nas circunstâncias e para as quais haja dados suficientes 
disponíveis para mensurar o valor justo, maximizando o uso de dados 
observáveis relevantes e minimizando o uso de dados não 
observáveis. 
 
Dados Observáveis Æ Informações (inputs) que são desenvolvidas 
utilizando-se dados de mercado, tais como informações disponíveis 
publicamente sobre eventos ou transações reais, e que refletem as 
premissas que participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou 
o passivo. 
 
Um exemplo de dado observável seria o preço de uma ação cotada na bolsa 
de valores em determinado momento/período. 
 
Dados Não observáveis Æ Informações (inputs) em relação às quais não 
há dados de mercado disponíveis e as quais são desenvolvidas utilizando-
se as melhores informações disponíveis sobre as premissas que seriam 
utilizadas pelos participantes do mercado ao precificar o ativo ou o passivo. 
 
Martins et al (2013) lecionam que os dados observáveis são ³GDGRV�
disponíveis aos participantes do mercado, incluindo aqueles que possam 
ser obtidos por meio de esforços usuais e habituais com a devida 
GLOLJrQFLD´. Já os dados não observáveis são ³GDGRV� FRQVWUXtGRV� SHOD�
HQWLGDGH´��2V�autores destacam ainda que os dados não observáveis só 
serão utilizados caso não existam dados observáveis disponíveis 
 
O CPC 46 aborda três tipos de técnicas de avaliação, quais sejam: 
 
Abordagem de mercado Æ utiliza preços e outras informações relevantes 
geradas por transações de mercado envolvendo ativos, passivos ou grupo 
de ativos e passivos ± como, por exemplo, um negócio ± idêntico ou 
comparável (ou seja, similar). 
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Técnicas de avaliação consistentes com a abordagem de mercado 
frequentemente utilizam múltiplos de mercado obtidos a partir de um 
conjunto de elementos de comparação. Os múltiplos devem estar em 
faixas, com um múltiplo diferente para cada elemento de comparação. A 
escolha do múltiplo apropriado dentro da faixa exige julgamento, 
considerando-se fatores qualitativos e quantitativos específicos da 
mensuração. 
 
 Técnicas de avaliação consistentes com a abordagem de mercado incluem 
a precificação por matriz. Precificação por matriz é uma técnica matemática 
utilizada principalmente para avaliar alguns tipos de instrumentos 
financeiros, tais como títulos de dívida, sem se basear exclusivamente em 
preços cotados para os títulos específicos, mas, sim, baseando-se na 
relação dos títulos com outros títulos cotados de referência. 
 
Abordagem de custo Æ reflete o valor que seria necessário atualmente 
para substituir a capacidade de serviço de ativo (normalmente referido 
como custo de substituição/reposição atual). 
 
Abordagem de receita Æ converte valores futuros (por exemplo, fluxos 
de caixa ou receitas e despesas) em um valorúnico atual (ou seja, 
descontado). Quando a abordagem de receita é utilizada, a mensuração do 
valor justo reflete as expectativas de mercado atuais em relação a esses 
valores futuros. 
 
Essa técnica de avaliação (abordagem da receita) inclui, por exemplo: 
 
a) técnicas de valor presente; 
b) modelos de precificação de opções, como a fórmula de Black-Scholes-
Merton ou modelo binomial (ou seja, modelo de árvore), que incorporem 
técnicas de valor presente e reflitam tanto o valor temporal quanto o valor 
intrínseco da opção; e 
c) o método de ganhos excedentes em múltiplos períodos, que é utilizado 
para mensurar o valor justo de alguns ativos intangíveis. 
 
De acordo com Martins et al (2013), há casos em que apenas uma técnica 
é suficiente para mensurar o valor justo, e em outros casos, há necessidade 
de utilização de mais técnicas de uma só vez. 
 
 
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Hierarquia do Valor Justo 
 
A fim de aumentar a consistência e a comparabilidade nas mensurações do 
valor justo e nas divulgações correspondentes, o CPC 46 estabelece uma 
hierarquia de valor justo que classifica em três níveis as informações 
(inputs) aplicadas nas técnicas de avaliação utilizadas na mensuração do 
valor justo. 
 
Basicamente, a hierarquia do valor justo prioriza a técnica que maximiza a 
utilização de dados observáveis, resultado em três níveis. 
 
Essa definição dos níveis hierárquicos para mensuração do valor justo é 
importante para que o conceito de valor justo não se confunda 
exclusivamente com o conceito de preço de mercado. Segundo a doutrina, 
o conceito de valor justo é mais amplo do que o conceito de valor 
de mercado, por isso os termos não devem ser tratados como sinônimos, 
principalmente para não gerar uma falsa ideia de que o valor justo não 
pode ser aplicado, quando não existe valor de mercado para o ativo. 
 
Níveis hierárquicos para mensuração do valor justo 
 
Informações de Nível 1 Æ são preços cotados (não ajustados) em 
mercados ativos (transações ocorrem com frequência e volume suficiente 
para fornecer informações de precificação de forma contínua) para ativos 
ou passivos idênticos a que a entidade possa ter acesso na data de 
mensuração. 
 
Informações de Nível 2 Æ são informações que são observáveis para 
o ativo ou passivo, seja direta ou indiretamente, exceto preços cotados 
incluídos no Nível 1. 
 
Para Martins et al (2013), o uso de informações do Nível 2 podem implicar em ajustes que devem ser 
feitos dependendo de fatores específicos, tais como a condição ou localização do ativo, em que 
medida as informações estão relacionadas a itens que são comparáveis ao ativo ou passivo e o volume 
ou nível de atividade nos mercados em que as informações são observadas. Caso esses ajustes utilizem 
dados não observáveis, a mensuração do valor justo deixa de ser considerada do Nível 2 da hierarquia 
passando a ser considerada do Nível 3. 
 
Informações de Nível 3 Æ são dados não observáveis para o ativo ou 
passivo; baseados em premissas próprias da entidade sobre o mercado. 
 
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Melo et al (2012) enfatizam TXH� ³2V� GDGRV� QmR� REVHUYiYHLV� GHYHP� VHU�
utilizados quando os dados relevantes observáveis (níveis 1 e 2) não estão 
disponíveis. Entretendo, a empresa deve, sempre que possível, evitar 
XWLOL]DU�R�QtYHO���GH�KLHUDUTXLD��GHYLGR�DR�DOWR�WHRU�GH�VXEMHWLYLGDGH´�� 
 
Nesse sentido, os autores entendem que os dados não observáveis devem 
ser utilizados apenas quando não houver dados observáveis disponíveis. 
 
Observa-se, portanto, que a hierarquia de valor justo dá a mais alta 
prioridade a preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para 
ativos ou passivos idênticos (informações de Nível 1) e a mais baixa 
prioridade a dados não observáveis (informações de Nível 3). 
 
Esquematicamente, temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Observáveis Æ Informações (inputs) que são desenvolvidas utilizando-se dados 
de mercado, tais como informações disponíveis publicamente sobre eventos ou transações 
reais, e que refletem as premissas que participantes do mercado utilizariam ao precificar 
o ativo ou o passivo. 
 
Dados Não observáveis Æ Informações (inputs) em relação às quais não há dados de 
mercado disponíveis e as quais são desenvolvidas utilizando-se as melhores informações 
disponíveis sobre as premissas que seriam utilizadas pelos participantes do mercado ao 
precificar o ativo ou o passivo. 
Nível 1
Preços 
Cotados
Nível 2
Dados Observáveis
Nível 3
Dados Não Observáveis
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==fd905==
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Nível Principais Características 
Nível 1 
Nível de maior confiabilidade da Hierarquia, por tratar de dados 
observáveis. Justamente pelos preços serem mais acessíveis nesse 
nível, há menos subjetividade. A entidade deve determinar nesse 
Nível: 
x O mercado principal para o ativo ou passivo e na ausência desse 
mercado, um mercado mais vantajoso; 
x Se há capacidade de a entidade realizar a transação pelo preço nesse 
mercado na data da mensuração. 
Nível 2 
São os dados observáveis, seja direta ou indiretamente, exceto 
preços cotados incluídos no Nível 1. Esse nível inclui as seguintes 
informações: 
x Preços cotados para ativos ou passivos similares em mercados 
ativos; 
x Preços cotados para ativos ou passivos idênticos ou similares em 
mercado que não sejam ativos; 
x Informações, exceto preços cotados, que sejam observáveis para o 
ativo ou passivo, como taxas de juros e curvas de rendimento, 
volatilidades implícitas e spreads (diferença do valor entre compra e 
venda) de crédito; 
x Informações corroboradas pelo mercado 
Nível 3 
É o nível mais subjetivo de toda a Hierarquia do Valor Justo, 
por isso há menor confiabilidade nas informações classificadas nesse 
nível. Consiste em dados não observáveis para o ativo ou passivo. 
Devem ser utilizados apenas quando não há dados observáveis 
disponíveis. Além disso, se houver necessidade, a entidade poderá 
utilizar seus próprios dados ou ainda desenvolvê-los, utilizando as 
melhores informações disponíveis para os dados não observáveis que 
são incluídos no Nível 3. 
 
Divulgação 
 
Segundo o CPC 46, a entidade deve divulgar basicamente: 
 
a) A hierarquia do valor justo (níveis 1, 2 e 3); 
b) O valor das transferências entre os níveis (1 para 2, 2 para 3 etc.); 
c) Para mensurações classificadas nos níveis 2 e 3 o Nível, a descrição das 
técnicas de avaliação e as informações (inputs) utilizadas na 
mensuração do valor justo; 
d) Para as mensurações dos níveis 3: uma conciliação dos saldos iniciais 
com os saldos finais, descrição narrativa da sensibilidade. 
e) Se o melhor uso do ativo não é aquele realizado pela entidade. 
f) Outras divulgações. 
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Pessoal, em termos teóricos é isso! Agora é a hora GH�³PDQGDUPRV�YHU´�
nas questões. Ao final apresentamos a lista das questões, caso você prefira 
resolver antes de ver os comentários. 
 
 
 
 
3. (QUADRIX/Contador/Terracap/2017) O conceito de valor justo aplica-se 
a 
a) situações em que não haja pressões à liquidação da transação.b) situações em que, presumivelmente, as partes não conheçam o negócio 
ou o assunto. 
c) partes dependentes entre si. 
d) conversões de fluxos de caixa futuros ao valor presente. 
e) despesas e receitas. 
 
A questão exige conhecimentos do conceito de valor justo. Conforme 
estudamos, valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um 
ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma 
transação não forçada entre participantes do mercado (principal ou 
mais vantajoso) na data de mensuração (nas condições atuais de 
mercado, independentemente de esse preço ser diretamente observável ou 
estimado utilizando-se outra técnica de avaliação). 
 
Segundo o CPC 46, transação não forçada é uma transação que presume 
exposição ao mercado por um período antes da data de mensuração para 
permitir atividades de marketing que são usuais e habituais para 
transações envolvendo esses ativos ou passivos; não se trata de uma 
transação forçada (por exemplo, liquidação forçada ou venda em 
situação adversa). 
 
Logo, percebe-se que o conceito de valor justo se aplica a situações em 
que não haja pressões à liquidação da transação. 
 
Gabarito: A 
 
Questões Comentadas 
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4. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-MT/2015) Com relação a 
valor justo, assinale a opção correta. 
a) O critério para definição do valor justo de um terreno é o menor valor 
entre os melhores usos possíveis para esse terreno. 
b) O valor justo é um valor objetivamente construído a partir da observação 
dos preços de mercado ou dos custos da empresa. 
c) O valor justo de um ativo, com custo contábil de R$ 100 e sujeito a 
gastos de comercialização de R$ 5 é, em função disso, R$ 95. 
d) O modelo de precificação de opções de Black-Scholes-Merton busca 
determinar o valor justo de uma opção por meio de uma abordagem de 
custo. 
e) Pela abordagem de mercado o preço de cotação de um ativo é o seu 
valor justo. 
 
Vamos analisar as assertivas. 
 
a. Errado. O critério para definição do valor justo de um terreno é o maior 
valor entre os melhores usos possíveis para esse terreno. 
 
b. Errado. Conforme estudamos, o valor justo é uma mensuração baseada 
em mercado e não uma mensuração específica da entidade. 
 
Por ser uma mensuração baseada em mercado, o valor justo é mensurado 
utilizando-se as premissas que os participantes do mercado utilizariam ao 
precificar o ativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco. Como 
resultado, a intenção da entidade de manter um ativo ou de liquidar ou, de 
outro modo, satisfazer um passivo não é relevante ao mensurar o valor 
justo. 
 
c. Errado. O CPC 46 informa que o preço no mercado principal (ou mais 
vantajoso) utilizado para mensurar o valor justo do ativo ou passivo não 
deve ser ajustado para refletir custos de transação. 
 
d. Errado. O modelo de precificação de opções de Black-Scholes-Merton 
busca determinar o valor justo de uma opção por meio de uma abordagem 
de receita. 
 
e. Certo. Segundo o CPC 46, 
 
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77. O preço cotado em mercado ativo oferece a evidência mais confiável 
do valor justo e deve ser utilizado sem ajuste para mensurar o valor justo 
sempre que disponível, salvo conforme especificado no item 79. 
 
Gabarito: E 
 
5. (CESPE/Contador/FUB/2015) Com relação a avaliação e mensuração de 
itens patrimoniais, julgue o item que se segue. 
 
Na transação entre duas empresas coligadas, a mensuração do valor justo 
fica prejudicada. 
 
Segundo o CPC 46, valor justo é o preço que seria recebido pela venda de 
um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma 
transação não forçada entre participantes do mercado na data de 
mensuração. 
 
Os participantes no mercado são compradores e vendedores do mercado 
principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo, os quais têm todas 
as características a seguir: 
 
a) são independentes entre si, ou seja, não são partes relacionadas 
(CPC 05); 
b) são conhecedores, tendo entendimento razoável do ativo ou passivo e 
da transação com a utilização de todas as informações disponíveis, 
incluindo informações que possam ser obtidas por meio de esforços usuais 
e habituais com a devida diligência; 
c) são capazes de realizar transação com o ativo ou passivo; 
d) estão interessados em realizar transação com o ativo ou passivo, ou 
seja, estão motivados, mas não forçados ou, de outro modo, obrigados a 
fazê-lo. 
Nesse sentido, podemos afirmar que na transação entre duas empresas 
coligadas, a mensuração do valor justo fica prejudicada, pois os 
participantes no mercado devem ser independentes entre si, ou seja, não 
podem ser partes relacionadas, conforme previsto no CPC 05. 
 
Gabarito: Certo 
 
6. (CESPE/Analista Legislativo/Câmara dos Deputados/2014) O valor de 
um ativo não financeiro pode variar conforme a utilização que a empresa 
faz dele, o que impossibilita a mensuração com base no valor justo, uma 
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vez que um dos preceitos desse tipo de mensuração é que o mercado do 
item sujeito à avaliação seja estruturado. 
 
O CPC 46 se aplica tanto a ativos financeiros como a ativos não financeiros. 
O Pronunciamento inclusive dedica alguns itens específicos para tratar de 
sua aplicação a ativos não financeiros, conforme podemos observar no item 
27 abaixo descrito. 
 
27. A mensuração do valor justo de um ativo não financeiro leva em 
consideração a capacidade do participante do mercado de gerar benefícios 
econômicos utilizando o ativo em seu melhor uso possível (highest and best 
use) ou vendendo-o a outro participante do mercado que utilizaria o ativo 
em seu melhor uso. 
 
Gabarito: Errado 
 
7. (CESPE/Contador/CADE/2014) No que diz respeito a valor justo, 
definição, técnicas de avaliação e evidenciação de ativos e de passivos, 
julgue o item que se segue. 
 
Para maior acurácia na determinação do valor justo, a empresa deve optar 
por técnica de avaliação que seja apropriada e que proporcione dados 
suficientes para mensurar o valor justo, com maximização de dados 
observáveis relevantes e minimização de dados não observáveis. 
 
Perfeito! O item está de acordo com o que estabelece o CPC 46, senão 
vejamos: 
 
61. A entidade deve utilizar técnicas de avaliação que sejam apropriadas 
nas circunstâncias e para as quais haja dados suficientes disponíveis para 
mensurar o valor justo, maximizando o uso de dados observáveis 
relevantes e minimizando o uso de dados não observáveis. 
 
Gabarito: C 
 
8. (CESPE/Contador/CADE/2014) No que diz respeito a valor justo, 
definição, técnicas de avaliação e evidenciação de ativos e de passivos, 
julgue o item que se segue. 
 
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As condições físicas e as restrições de venda ou de uso do ativo são 
exemplos de fatores considerados na precificação pelo valor justo por parte 
tanto da entidade, quanto dos participantes do mercado. 
 
Nos termos do CPC 46, a mensuração do valor justo destina-se a um ativo 
ou passivo em particular. Portanto, ao mensurar o valor justo, a 
entidade deve levar em consideração as características do ativo ou passivo 
seos participantes do mercado, ao precificar o ativo ou o passivo na data 
de mensuração, levarem essas características em consideração. Essas 
características incluem, por exemplo: 
(a) a condição e a localização do ativo; e 
(b) restrições, se houver, para a venda ou o uso do ativo. 
 
Gabarito: C 
 
9. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/BACEN/2013) Acerca do 
processo contábil de reconhecimento, mensuração e evidenciação, julgue 
o item a seguir. 
 
O valor justo consiste em uma mensuração a valor de saída, 
contrariamente ao custo-histórico, que se enquadra como uma mensuração 
a valor de entrada. 
 
De fato, conforme estudamos, o valor justo representa um preço de saída 
(ou valor de saída) na data de mensuração do ponto de vista de participante 
do mercado que detenha o ativo ou o passivo. Por outro lado, a base de 
mensuração do custo histórico se enquadra como uma mensuração a valor 
de entrada. 
 
Gabarito: Certo 
 
10. (INAZ do Pará/Contador/BANPARÁ/2014) De acordo com o CPC 46 ± 
Mensuração a Valor Justo não é correto afirmar que: 
a) É necessário determinar qual ativo ou passivo será objeto da 
mensuração. 
b) Definir como mercado principal aquele em que o ativo ou passivo possui 
o maior volume de transação. 
c) Considerar como mercado mais vantajoso aquele em que as transações 
envolvendo o ativo ou passivo ocorrem de forma inesperada, indicando 
uma liquidação imediata. 
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d) Utilizar técnicas de avaliação adequadas ao tipo de dado (input) 
disponível, que reflitam aproximadamente os mesmos critérios utilizados 
pelos participantes do mercado, para precificar o ativo ou passivo. 
e) Determinar premissas apropriadas para mensuração, considerando o 
maior e o melhor uso do ativo não financeiro. 
 
Vamos analisar as opções. 
 
a. Certo. A mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou passivo 
em particular. Portanto, ao mensurar o valor justo, a entidade deve levar 
em consideração as características do ativo ou passivo. 
 
b. Certo. Trata-se da definição de mercado principal prevista no CPC 46. 
 
c. Errado. Segundo o CPC 46, mercado mais vantajoso é aquele que 
maximiza o valor que seria recebido para vender o ativo ou que minimiza 
o valor que seria pago para transferir o passivo, após levar em consideração 
os custos de transação e os custos de transporte. 
 
d. Certo. De fato, a entidade deve usar uma das 3 técnicas de avaliação 
utilizadas para mensurar o valor justo descritas no CPC 46. Vale destacar 
que as técnicas de avaliação devem maximizar o uso de dados observáveis 
relevantes e minimizar o uso de dados não observáveis. 
 
e. Certo. Segundo o CPC 46, a mensuração do valor justo de um ativo não 
financeiro leva em consideração a capacidade do participante do mercado 
de gerar benefícios econômicos utilizando o ativo em seu melhor uso 
possível. Logo, a entidade deve determinar premissas apropriadas para 
mensuração, considerando o melhor uso do ativo não financeiro. A norma 
QmR� IDOD� HP� ³PDLRU´� XVR�� PDV� HVVH� SHTXHQR� GHWDOKH� QmR� LQYDOLGD� D�
assertiva. 
 
Gabarito: C 
 
11. (COSEAC/Contador/Pref. Niterói-RJ/2016) De acordo com o CPC 46 
(Mensuração do Valor Justo), a definição do preço do valor justo é: 
a) o valor definido pela parte que irá adquirir o ativo, ou se desfazer de um 
passivo, na data e nas condições atuais do negócio (mais vantajoso para a 
parte alienante), dependentemente das vontades definidas por ambas as 
partes de mensuração de valor real. 
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b) o valor a ser recebido por uma das partes pela venda de um ativo, sendo 
seu preço definido por um contrato vigente antes da realização da 
operação, tendo como preço o que seria recebido na data de aquisição do 
ativo pela parte adquirente. 
c) o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela 
transferência de um passivo em uma transação não forçada no mercado 
principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas condições atuais 
de mercado (ou seja, um preço de saída), independentemente de esse 
preço ser diretamente observável ou estimado utilizando-se outra técnica 
de avaliação. 
d) o valor monetário nominal deflacionado (se houver inflação), ou 
inflacionado (se houver deflação). 
e) o valor facial, o valor expresso no título. Este valor não é 
necessariamente o valor pago ou recebido pelo título. 
 
Nos termos do CPC 46, 
 
10. Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou 
pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada no 
mercado principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas 
condições atuais de mercado (ou seja, preço de saída), independentemente 
de esse preço ser diretamente observável ou estimado utilizando-se outra 
técnica de avaliação. 
 
Gabarito: C 
 
12. (FGV/Contador/DPE-MT/2015) De acordo com o Pronunciamento 
Técnico CPC 46 - Mensuração do Valor Justo, a mensuração do valor justo 
presume que a transação para a venda do ativo ou transferência do passivo 
ocorre no mercado principal para o ativo ou para o passivo. 
 
Na ausência do mercado principal, deve-se presumir a transferência 
a) no mercado mais vantajoso para o ativo ou passivo. 
b) no mercado que oferece os maiores preços de compra para o ativo. 
c) no mercado que oferece os melhores prazos para o passivo. 
d) no mercado geograficamente mais perto de onde acontecem as 
transações. 
e) com base em fatos de exercícios passados. 
 
Segundo o CPC 46, 
 
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16. A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do 
ativo ou transferência do passivo ocorre: 
(a) no mercado principal para o ativo ou passivo; ou 
(b) na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso 
para o ativo ou passivo. 
 
Gabarito: A 
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Definição Æ Valor Justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago 
pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado 
(principal ou mais vantajoso) na data de mensuração (nas condições atuais de mercado, 
independentemente de esse preço ser diretamente observável ou estimado utilizando-se 
outra técnica de avaliação). Trata-se de um preço de saída. 
 
ƒ O ativo ou o passivo mensurado ao valor justo pode ser qualquer um dos seguintes: 
a) um ativo ou passivo individual (por exemplo, um instrumento financeiro ou um ativo não 
financeiro); ou 
b) um grupo de ativos, grupo de passivos ou grupo de ativos e passivos (por exemplo, uma 
unidade geradora de caixa ou um negócio). 
 
ƒ A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do ativo ou transferência 
do passivo ocorre: 
a) no mercado principal para o ativo ou passivo; ou 
b) na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso para o ativo ou passivo. 
 
ƒ preço no mercado principal (ou mais vantajoso) utilizado para mensurar o valor justo do 
ativo ou passivo não deve ser ajustado para refletir custos de transação. 
 
ƒ A entidade deve utilizar técnicas de avaliação que sejam apropriadas nas circunstâncias e 
para asquais haja dados suficientes disponíveis para mensurar o valor justo, maximizando o 
uso de dados observáveis relevantes e minimizando o uso de dados não observáveis. 
 
ƒ O CPC 46 aborda três tipos de técnicas de avaliação, quais sejam: 
 
Abordagem de mercado Æ utiliza preços e outras informações relevantes geradas por 
transações de mercado envolvendo ativos, passivos ou grupo de ativos e passivos ʹ como, por 
exemplo, um negócio ʹ idêntico ou comparável (ou seja, similar). 
 
Abordagem de custo Æ reflete o valor que seria necessário atualmente para substituir a 
capacidade de serviço de ativo (normalmente referido como custo de substituição/reposição 
atual). 
 
Abordagem de receita Æ converte valores futuros (por exemplo, fluxos de caixa ou receitas e 
despesas) em um valor único atual (ou seja, descontado). Quando a abordagem de receita é 
utilizada, a mensuração do valor justo reflete as expectativas de mercado atuais em relação a 
esses valores futuros. 
 
 
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Resumo da Aula 
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Níveis hierárquicos para mensuração do valor justo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Informações de Nível 1 Æ são preços cotados (não ajustados) em mercados ativos (transações 
ocorrem com frequência e volume suficiente para fornecer informações de precificação de 
forma contínua) para ativos ou passivos idênticos a que a entidade possa ter acesso na data de 
mensuração. 
 
Informações de Nível 2 Æ são informações que são observáveis para o ativo ou passivo, seja 
direta ou indiretamente, exceto preços cotados incluídos no Nível 1. 
 
Informações de Nível 3 Æ são dados não observáveis para o ativo ou passivo; baseados em 
premissas próprias da entidade sobre o mercado. 
 
 
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1. (FCC/Analista Contador/Copergás-PE/2016) Em conformidade com as 
normas contábeis vigentes, a mensuração a valor justo pode ser feita 
a) exclusivamente sobre ativos, de forma individual. 
b) apenas sobre passivos, de forma individual e em grupos. 
c) sobre ativos e passivos, de forma individual e em grupos. 
d) somente sobre passivos de forma individual. 
e) de modo restrito aos ativos de forma individual e em grupos. 
 
2. (CESPE/Contador/FUB/2015) Uma empresa comercializa determinado 
produto agrícola, cuja cotação no mercado principal é de R$ 1.000 e no 
mercado mais vantajoso é de R$ 1.100. Nesse caso, o valor justo do 
produto agrícola no momento da colheita será de R$ 1.000. 
 
3. (QUADRIX/Contador/Terracap/2017) O conceito de valor justo aplica-se 
a 
a) situações em que não haja pressões à liquidação da transação. 
b) situações em que, presumivelmente, as partes não conheçam o negócio 
ou o assunto. 
c) partes dependentes entre si. 
d) conversões de fluxos de caixa futuros ao valor presente. 
e) despesas e receitas. 
 
4. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-MT/2015) Com relação a 
valor justo, assinale a opção correta. 
a) O critério para definição do valor justo de um terreno é o menor valor 
entre os melhores usos possíveis para esse terreno. 
b) O valor justo é um valor objetivamente construído a partir da observação 
dos preços de mercado ou dos custos da empresa. 
c) O valor justo de um ativo, com custo contábil de R$ 100 e sujeito a 
gastos de comercialização de R$ 5 é, em função disso, R$ 95. 
d) O modelo de precificação de opções de Black-Scholes-Merton busca 
determinar o valor justo de uma opção por meio de uma abordagem de 
custo. 
e) Pela abordagem de mercado o preço de cotação de um ativo é o seu 
valor justo. 
 
Lista das Questões 
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5. (CESPE/Contador/FUB/2015) Com relação a avaliação e mensuração de 
itens patrimoniais, julgue o item que se segue. 
 
Na transação entre duas empresas coligadas, a mensuração do valor justo 
fica prejudicada. 
 
6. (CESPE/Analista Legislativo/Câmara dos Deputados/2014) O valor de 
um ativo não financeiro pode variar conforme a utilização que a empresa 
faz dele, o que impossibilita a mensuração com base no valor justo, uma 
vez que um dos preceitos desse tipo de mensuração é que o mercado do 
item sujeito à avaliação seja estruturado. 
 
7. (CESPE/Contador/CADE/2014) No que diz respeito a valor justo, 
definição, técnicas de avaliação e evidenciação de ativos e de passivos, 
julgue o item que se segue. 
 
Para maior acurácia na determinação do valor justo, a empresa deve optar 
por técnica de avaliação que seja apropriada e que proporcione dados 
suficientes para mensurar o valor justo, com maximização de dados 
observáveis relevantes e minimização de dados não observáveis. 
 
8. (CESPE/Contador/CADE/2014) No que diz respeito a valor justo, 
definição, técnicas de avaliação e evidenciação de ativos e de passivos, 
julgue o item que se segue. 
 
As condições físicas e as restrições de venda ou de uso do ativo são 
exemplos de fatores considerados na precificação pelo valor justo por parte 
tanto da entidade, quanto dos participantes do mercado. 
 
9. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/BACEN/2013) Acerca do 
processo contábil de reconhecimento, mensuração e evidenciação, julgue 
o item a seguir. 
 
O valor justo consiste em uma mensuração a valor de saída, 
contrariamente ao custo-histórico, que se enquadra como uma mensuração 
a valor de entrada. 
 
10. (INAZ do Pará/Contador/BANPARÁ/2014) De acordo com o CPC 46 ± 
Mensuração a Valor Justo não é correto afirmar que: 
a) É necessário determinar qual ativo ou passivo será objeto da 
mensuração. 
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b) Definir como mercado principal aquele em que o ativo ou passivo possui 
o maior volume de transação. 
c) Considerar como mercado mais vantajoso aquele em que as transações 
envolvendo o ativo ou passivo ocorrem de forma inesperada, indicando 
uma liquidação imediata. 
d) Utilizar técnicas de avaliação adequadas ao tipo de dado (input) 
disponível, que reflitam aproximadamente os mesmos critérios utilizados 
pelos participantes do mercado, para precificar o ativo ou passivo. 
e) Determinar premissas apropriadas para mensuração, considerando o 
maior e o melhor uso do ativo não financeiro. 
 
11. (COSEAC/Contador/Pref. Niterói-RJ/2016) De acordo com o CPC 46 
(Mensuração do Valor Justo), a definição do preço do valor justo é: 
a) o valor definido pela parte que irá adquirir o ativo, ou se desfazer de um 
passivo, na data e nas condições atuais do negócio (mais vantajoso para a 
parte alienante), dependentemente das vontades definidas por ambas as 
partes de mensuração de valor real. 
b) o valor a ser recebido por uma das partes pela venda de um ativo, sendo 
seu preço definido por um contrato vigente antes da realização da 
operação, tendo como preço o que seria recebido na data de aquisição do 
ativo pela parte adquirente. 
c) o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela 
transferência de um passivo em uma transação não forçada no mercadoprincipal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas condições atuais 
de mercado (ou seja, um preço de saída), independentemente de esse 
preço ser diretamente observável ou estimado utilizando-se outra técnica 
de avaliação. 
d) o valor monetário nominal deflacionado (se houver inflação), ou 
inflacionado (se houver deflação). 
e) o valor facial, o valor expresso no título. Este valor não é 
necessariamente o valor pago ou recebido pelo título. 
 
12. (FGV/Contador/DPE-MT/2015) De acordo com o Pronunciamento 
Técnico CPC 46 - Mensuração do Valor Justo, a mensuração do valor justo 
presume que a transação para a venda do ativo ou transferência do passivo 
ocorre no mercado principal para o ativo ou para o passivo. 
 
Na ausência do mercado principal, deve-se presumir a transferência 
a) no mercado mais vantajoso para o ativo ou passivo. 
b) no mercado que oferece os maiores preços de compra para o ativo. 
c) no mercado que oferece os melhores prazos para o passivo. 
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transações. 
e) com base em fatos de exercícios passados. 
 
 
 
 
 
 
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