AD1 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 2018.1 PEDGOGIA CEDERJ

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA 1 – 2018.1
Disciplina: História da Educação
Coordenador (a): Maria de Lourdes Silva
1ª Questão:
Após assistir ao vídeo “A escola ontem e hoje”, recupere entre seus familiares/parentes mais velhos (avós, tios-avós, bisavós etc.) o tempo de escolarização de cada um e a última série escolar cursada. Pesquise sobre os porquês desse tempo de permanência na escola (mais curto ou mais longo) e o associe às questões históricas (ao menos duas), locais e nacionais, citadas na videoaula. (2,0 pts)
Resposta: Após conversar com minha avó (Imperalina, 95 anos), obtive as seguintes informações:
Ela concluiu o Ensino Primário (atual Ensino Fundamental), após a conclusão, iniciou no Ensino Secundário, porém não o concluiu pois ela casou e teve que arcar com as responsabilidades de cuidar da casa e dos filhos. Além disso, a escola era distante de sua casa o que dificultava a frequência escolar.
As questões apresentadas por minha avó estão relacionadas com a questão histórica da distância escola-casa, com a questão das responsabilidades que a criança tinha em sua época e com a questão do alto número de repetência e desistência que ocorria no Ensino Secundário. Além disso, pelo fato de o ensino não ser obrigatório, a visão da época era que frequentar a escola não era tão importante e que deixar a escola para cumprir as obrigações de trabalho, por exemplo, não afetaria a vida do aluno.
2ª Questão: O texto “Apontamentos sobre a educação no Brasil Colonial (1549-1759)”, de Gleidson Silva e Simone Silveira Amorim, apresenta aspectos da educação dos gentios no período do Brasil Colônia. Com base nesse texto,
a) Explique a questão da temporalidade para o fazer historiográfico e a razão para o pedagogo e filósofo Dermeval Saviani chamar o século XVI de “brevíssimo século XVI”. (1,0 pt)
Resposta: Sabendo-se que a duração de século histórico pode ultrapassar ou limitar-se à duração de um século cronológica, ele foi dividido em 2 tipos: breve século e longo século.
“Breve século" refere-se aos acontecimentos dentro do período de um século cronológico sem completar a totalidade de cem anos. Logo, um "longo século" se refere aos acontecimentos que ultrapassam a limitação de um século cronológico durando por mais de um século.
b) Explique como os jesuítas organizaram a educação na colônia de acordo as diferentes posições sociais das pessoas. (1,0 pt)
Resposta: A educação ministrada pelos jesuítas diferia de acordo com a posição social do indivíduo. Para os índios, eram ensinados os elementos básicos da língua e os ofícios; para os brancos libertos, os elementos básicos da escrita, da leitura e os ofícios; para as classes abastadas, os ensinos superiores que garantiriam a manutenção da estrutura de poder ou preparação para a vida eclesiástica; já para os escravos africanos e alforriados, os ofícios
c) Explique os sentidos da expressão “civilizar pela palavra”, na pedagogia do padre Manoel da Nóbrega. (1,0 pt)
Resposta: Civilizar pela palavra consistia em fazer uso do teatro e de encenações dotadas de temas religiosos. Esse era um recurso didático e lúdico que deixava subentendido a luta entre o bem contra o mal e era consolidado em técnicas de tradição oral muito utilizada na era Medieval.
3ª Questão: No texto “A educação brasileira no período pombalino: uma análise histórica das reformas pombalinas do ensino”, de Lizete Shizue Bomura Maciel e Alexandre Shigunov Neto, analisa da administração do Marquês de Pombal. Com base nesse texto, faça o que se pede:
a) Analise as razões do porquê as reformas do Marquês de Pombal atacavam a nobreza e a Companhia de Jesus. (1,0 pt)
Resposta: Pombal, influenciado pelos ideais iluministas, era contra o predomínio eclesiástico que havia no Brasil, pois em Portugal, os Jesuítas representavam este predomínio da Igreja nas ações do Estado.
Ao expulsar os Jesuítas do Brasil e de Portugal, alegando que os mesmos fariam um golpe para dominar o Brasil, Pombal tinha como finalidade abrir o Estado português aos pensamentos mais modernos, influenciado pelo Iluminismo.
b) Destaque ao menos três pontos importantes das Reformas Pombalinas na área da economia e da política. (1,5 pt)
Resposta: Área econômica: incentivou o surgimento das indústrias e das companhias de comércio; decretou altos impostos sobre os produtos importados; incentivou a construção naval.
Área Política: Combate à sonegação de impostos; proclamou a libertação dos indígenas em todo o Brasil; criou o Diretório dos Índios
c) Explique o que o texto chama de “antijesuitismo” de Pombal e como isso corrobora para as mudanças na educação. (1,0 pt)
Resposta: “Antejesuitismo” é o termo utilizado para expressar sentimentos e conceitos contrários à Companhia de Jesus e sua pedagogia. Dessa forma, atribuía-se à Companhia de Jesus todos os males referentes à educação na metrópole e na colônia. Por consequência, em 1759, Marques de Pombal implantou o Alvará com uma série de medidas contra à Companhia de Jesus, e, posteriormente, iniciou a reforma educacional, inspirada pelos ideais iluministas. “em lugar de um ensino puramente literário, clássico, o desenvolvimento do ensino científico que começa a fazer lentamente seus progressos ao lado da educação literária, preponderante em todas as escolas; em lugar da exclusividade de ensino de latim e do português, a penetração progressiva das línguas vivas e literaturas modernas (francesa e inglesa); e, afinal, a ramificação de tendências que, se não chegam a determinar a ruptura de unidade de pensamento, abrem o campo aos primeiros choques entre as ideias antigas, corporificadas no ensino jesuítico, e a nova corrente de pensamento pedagógico, influenciada pelas ideias dos enciclopedistas franceses, vitoriosos, depois de 1789, na obra escolar da Revolução”.
(Azevedo, 1976, p. 56-57)
d) Cite ao menos três mudanças na educação introduzidas pelas Reformas Pombalinas. (1,5 pt)
Resposta: Educação Pública sob controle dos Estados Modernos em substituição do ensino jesuítico; instituiu o subsídio literário (fundo financeiro para a manutenção dos estudos reformados); criação de escolas dos nobres; introdução de aulas régias.