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Semiologia e clínica de mustelídeos áudio

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Aula 3, parte 2- Thiago 
Semiologia e clínica de mustelídeos 
 
PRINCIPAIS ESPÉCIES/ALIMENTAÇÃO: 
• Lontra-marinha(Enhydra lutris) 
• Carcaju (Gulo gulo) 
• Doninha-anã (Mustelanivalis) 
• Furão(Mustela putorius furo)- doméstico 
• Lontra canadensis 
• Marta (Martes martes) 
• Texugo-europeu (Meles meles) 
• Lontra-européia (Lutra lutra)) 
• Ariranha (Pteronura brasiliensis) - Nacional 
• Arminho (Mustela erminea) 
• Furão Brasileiro 
A família dos Mustelídeos engloba uma grande quantidade de espécies, o mustelídeo comum na 
rotina clínica é o furão doméstico (Mustela putorius furo). São animais carnívoros verdadeiros, 
conhecidos por apresentarem comportamento agressivo. 
O furão doméstico se tornou dócil através do melhoramento genético, criação, a castração diminui o 
fator hormonal tornando-os mais dóceis. É um animal de grande risco de impacto ambiental, por 
existir um risco de fuga alto a venda só é permitida após castração, também é castrado por conta da 
agressividade. A expectativa de vida desses animais é curta, até por conta da castração, esses 
animais tendem a desenvolver hiperadrenocorticismo, devido ao desbalanço hormonal. Esses 
animais duram em média de 8 a 9 anos. 
PET: 
Existe ração específica para o Ferret, até rações diet. Em estados Europeus é mais comum ter esse 
animal. 
É um animal que foge com muita facilidade. 
Onde atender? 
É um animal amplamente criado em cativeiro. Pode ser atendido em clínicas (ferret), zoológicos, 
área de soltura, centro de triagem, centro de habilitação, CRAS. 
Contenção 
A) Física: De modo geral é um bicho tranquilo de se conter, se for fazer uma avaliação clínica ou 
coleta de sangue é aconselhável anestesiar. Material utilizado: Luva de couro (protege da dentição 
de alguns mustelídeos) 
B) Química: Indicada para avaliação clínica, coleta de sangue. É um animal tranquilo de anestesiar, 
podendo fazer várias associações de fármacos. 
• Farmacos que podem ser utilizados: 
– Acepromazina - 0,1 - 0,5 mg/kg IM 
– Ketamina (25 - 35 mg/kg) + Acepromazina (0,2 - 0,3 mg/kg) IM 
– Ketamina (10 - 20 mg/kg) + Diazepan (1,0 - 2,0 mg/kg) IM 
– Ketamina (10 - 25 mg/kg) + Xilazina* (1,0 a 2,0 mg/kg) IM. O uso da Xilazina como MPA causa 
muita secreção respiratória, sendo algo que deve ser observado, dentre os anestésicos citados a 
xilazina é considerada a pior escolha de MPA. 
– Inalatória: Isofurano, é anestesia mais segura para esses animais é a inalatória. Em animais 
pequenos pode ser utilizado uma câmara fechada com isofurano. 
Imprint? 
É um animal humanizado, lontras imprintam muito. O animal mesmo quando imprintado a conviver 
com ser humano, quando contém ele se desespera e tenta morder. 
 AVALIAÇÃO CLÍNICA 
• Em choque ?! 
• Pelagem: Em ferrets domésticos com falha de pelo, antes do raspado deve- se pensar em 
fazer uma ultrassonografia. 
• Ectoparasitos 
• Mucosas 
• Condição de hidratação 
• Ferimentos ou Fraturas 
• Dor 
• Respiração 
• Palpação 
• Temperatura: 37,8 – 40ºC 
ASPECTOS FISIOLÓGICOS 
• Frequência respiratória: 33-36 rpm 
• Frequência cardíaca: 200 e 400 bpm (Muito elevada para outras espécies) 
• Glicemia: 60-120mg/dl 
• Expectativa de vida: 7 a 9 anos 
• Puberdade após 7 meses 
• Gestação :entre 40-44 dias 
• Número de filhotes: de 6 a 8 filhotes. É um bicho que procria muito, entra no cio com muita 
frequência, o macho estimula a libração dos hormônios hipotalâmicos. 
VACINAÇÃO 
• DURAMUNI D® (Cinomose)- Fort Dodge 
60, 90 e 120 dias (Cinomose); 
Anualmente; 
• RAIVA - Rabisin® - Merial 
Dose Única após 120 dias 
Anualmente 
Pode ser feita a vermifugação antes da vacina, varia com o protocolo do veterinário. 
 
PRINCIPAIS ENFERMIDADES 
1-VIRAIS 
a)Cinomose: 
• Morbillivirus da família Paramyxoviridae 
• Diagnóstico Clínico: Respiratório, gastrointestinal, neurológico e ocular; 
• Diagnóstico Laboratorial: 
• Hemograma 
• Pesquisa do Corpúsculo de Sinegaglia-Lentz –PATOGNOMÔNICO; 
• Tratamento; 
• Profilaxia: 
• Duramune ® D - Vacina contra a cinomose para ferrets domésticos e lobos-guará. 
Os ferrets são altamente susceptíveis a cinomose, morrendo rapidamente, na maioria dos casos não 
dá tempo de tratar, então é importante fazer a profilaxia. 
b) INFLUENZA 
• ZOONOSE – ANTROPOZOONOSE: existe a influenza A,B, C. Influenza humana: A. A influenza 
dos ferrets é a mesma do humano, é o resfriado humano. São sujeitos ao resfriado humano, 
pessoas gripadas podem transmitir ao ferret. 
• Família Orthomyxoviridae 
• Diagnóstico Clínico: Pode ocorrer complicações como a pneumonia, deve ser feito a 
ausculta, avaliação do trato respiratório superior, inferior, pode- se fazer Rx para identificar 
secreção no pulmão. 
• Diagnóstico Laboratorial: Hemograma- para ver se tem característica de infecção viral ou 
bacteriana. Cultura bacteriana de secreção no pulmão. 
• Tratamento: Pode entrar ou não com antibiótico terapia (oral ou sistêmica); nebulização 
com soro, expectorantes, acetilcisteína, corticoides. O tratamento depende do resultado do 
exame laboratorial, pode entrar com antibióticos ou não. 
• Profilaxia 
 
c) Doença Aleutiana: 
 É uma doença infecciosa que afeta mustelídeos. É causada pelo AMDV, um parvovírus autónomo. 
Causa aborto espontâneo e morte em mustelídeos. É caracterizada pela baixa taxa de reprodução, 
perda de peso, autoimunidade, hipergamaglobulinemia, susceptibilidade aumentada para doenças 
bacterianas e morte por insuficiência renal. A doença ocorre em todas as cores de pelagem, mas o 
vison, que é homozigoto recessivo para o gene aleutiano que determina a cor de pelagem clara, é 
particularmente mais suscetível. 
 
2- OUTRAS DOENÇAS: 
• Sarna sarcóptica 
• Sarna otodécica 
• Dermatites 
• Doenças fúngicas 
• Doenças bacterianas 
3-NEOPLASIAS 
• Adenomas 
• Adenocarcinomas: Maligno, pode ter metástase. 
A)Hiperadrenocorticismo: 
 Ferret com falha de pelo? Hiperadrenocorticismo 
Antes de tudo faz US, por causa do hiperadrenocorticismo. A falha de pelo, alopecia é a principal 
característica do hiperadrenocorticismo, que é a doença mais comum desses animais. 
Processo patológico muito comum nesses animais por conta da castração. O hiperadrenocorticismo 
nesses animais vem de forma secundária a castração, porque? 
Algumas espécies como primatas e camundongos não se preconiza a castração, porque é comum o 
desenvolvimento de hiperadrenocorticismo por conta da castração, devido a composição anátomo-
fisiológica e funcional da glândula suprarrenal das adrenais. 
A glândula suprarrenal é dividida em medula e córtex da adrenal. Na região medular da adrenal é 
produzido a adrenalina e noroadrenalina. O córtex da glândula adrenal é subdividido em três 
setores: zona glomerulosa (externa), zona fasciculada (central) zona reticular (mais interna, perto da 
medula). 
• Zona glomerulosa (externa): Responsável pelo estágio final do sistema Renina- 
angiotensina- aldosterona, ela produz os mineralocorticódes, a aldosterona. Ela responde ao 
eixo renina-angiotensina, para fazer o controle de pressão arterial (PA). 
• Zona fasciculada (central): Produz glicocorticoides.É muito próxima a zona reticular, com 
uma separação muito tênue, tanto que alguns autores não consideram zona fascicular e 
reticular, consideram como a zona reticulofasciculada, por serem tão próxima. 
• Zona reticular (interna): Produz os hormônios sexuais, andrógenos e estrógenos. 
No momento em que faz a castração, continua tendo a produção hipotalâmica do GnRH, porque não 
foi retirado o hipotálamo. O GnRH é responsável por estimular a hipófise a produzir LH e FSH em 
fêmeas.A zona reticulofasciculada após a castração se torna mais estimulada, de modo a aumentar 
a produção endógena de hormônios sexuais, para suprir o déficit de produção das gônadas 
removidas. Com isso ocorre hipertrofia/ hiperplasia da zona reticulofasciculada. Sendo este um fator 
iniciador neoplásico, a hipertrofia dessa região que vai gerar a formação de tumores, mutação 
celular, hiperplasia, aumento do volume de células produtoras e adenocarcinoma ou adenoma na 
zona reticulofascicular da glândula adrenal. Tendo uma produção desordenada de glicocorticoides, 
tendo o hiperadrenocorticismo primário, pois é na própria glândula adrenal. 
Eixo hipotálamo hipófise adrenal: O hipotálamo produz um hormônio, chamado hormônio liberador 
das Gonadotropinas (GnRH), o GnRH atua na hipófise e produz o hormônio adrenocorticotrófico 
(ACTH) que atua na zona reticulofasciculada da glândula adrenal para fomentar a produção e 
liberação de glicocorticoides. 
Hiperadrenocorticismo terciário (tumor hipotalâmico): Tumor no cérebro. Aumenta GnRH, ACTH e 
glicocorticoides. Terá excesso de produção de GnRH, gerando excesso de produção de ACTH, que vai 
causar no excesso de produção de glicocorticoides. As duas adrenais vão estar aumentadas, porque 
o excesso de GnRH vai aumentar o ACTH que vai estimular as duas glândulas. 
Hiperadrenocorticismo secundário (tumor na hipófise): Aumento de ACTH, glicocorticoides e 
diminuição de GnRH. ACTH produzido na hipófise vai estimular as duas glândulas. A liberação de 
GnRH no hipotálamo ocorre por conta da baixa de glicocorticoides, fazendo um feedback negativo 
que estimula o hipotálamo a produzir GnRH. Se tem excesso de ACTH, por conta de um tumor na 
hipófise, as duas glândulas adrenais estarão produzindo glicocorticoides em excesso, não tendo 
feedback negativo, com isso terá a ausência de produção de GnRH pelo hipotálamo. 
Hiperadrenocorticismo primário (Tumor na zona reticulofasciculada): Aumento de glicocorticoide, 
e inibição da produção de ACTH e GnRH. Ocorre pela castração, devido a hiperplasia (tumor) na zona 
reticulofasciculada. É primário pois ocorre na própria glândula adrenal. Com o glicocorticoide 
aumentado não ocorre estímulo hipotalâmico para produção de GnRH. A concentração plasmática 
de glicocorticoide vai sempre se manter alta. Como o tumor ocorre diretamente na glândula da 
adrenal, uma das glândulas vai estar hiperplásica e a outra atrofiada, porque a atrofiada não vai 
receber estimulo hormonal. Na ultrassonografia só uma glândula da adrenal vai estar aumentada. 
Tratamento? Cirúrgico. Retira a glândula com o tumor, com isso vai cair a produção de 
glicocorticoide, ocorrendo um feedback. Em processos muitos antigos a atrofia da glândula pode ser 
permanente. Ocorre por volta dos 4 a 6 anos. Normalmente não é maligno. 90% dos casos são 
primários por conta, da castração. 
Não é uma cirurgia tranquila se for na adrenal esquerda, pois ela está colada na parede da veia cava. 
Em Hiporadrenocorticismo secundário ou terciário é muito difícil o tratamento, pois o tumor está no 
cérebro, existem poucos profissionais capacitados para neurocirurgia, normalmente os animais vem 
a óbito. 
Sintomatologia clínica: Alopecia bilateral, hiperfagia (muito apetite), polifagia, poliúria, polidipsia. 
Hiperplasia genital, aumento da vulva ou pênis, por que? Porque a zonareticulofasciculada produz 
tanto glicocorticóides como hormônios sexuais, além do excesso de glicocorticóides tem um excesso 
de andrógenos/ estrógenos, causando o aumento genital. 
 
Hipotálamo 
↓ GNRH 
Hipófise 
↓ LH e FSH 
Ovário/Testículo (Adrenal) 
↓Andrógenos 
 
b)Insulinomas: 
Esses animais tem tenência a desenvolver tumores pancreáticos, que ocorrer nas próprias ilhotas de 
Langerhans, tendo excesso de produção de insulina. Tumores pancreáticos onde haja excesso de 
produção de insulina, normalmente são adenomas que ocorrem no pâncreas causando o excesso de 
insulina. A insulina normalmente é liberada de acordo com a glicemia, tendo um feedback, no 
animal com hiperglicemia ocorre liberação de insulina. Com esse tumor ocorre uma produção 
exacerbada de insulina que não vai responder ao feedback, isso vai fazer com que ocorra limitação 
do sistema renina angiotensina. Sintomatologia: Hipoglicemia, espasmos, convulsões, letárgico, 
fraco. Exames: Ultrassonografia: Massa tumoral, aumento do pâncreas. Teste de glicemia. 
– Glicemia: 60-120mg/dl (normal) 
• TRATAMENTO: 
-Cirúrgico, complicado tirar só o tumor, retira o pâncreas. O animal vai ser diabético após a 
retirada do pâncreas, precisando administrar insulina. 
-LUPRON (Acetato de Leuprolida) 
c)Linfomas 
4-ENDOPARASITOS 
• Mais comuns: 
• Toxocara 
• Dipilydium 
• Dirofilária

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