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PARASITOSES CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS, TREMATÓDEOS E NEMATOIDES

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Jéssica N. Monte Turma 106 P2 Parasitologia 
PROTOZOÁRIOS 
 
CRIPTOSPORIDIOSE - CRYPTOSPORIDIUM SP. 
É uma das principais causas de diarreia em crianças pré-escolares, 
ou assim que deixam a amamentação exclusiva. 
A forma infectante é o oocisto maduro, que possui como vantagem 
o fato de o seu tamanho ser muito pequeno. 
Os oocistos são eliminados já na sua forma infectante, como oocis-
tos esporulados. 
São parasitas intracelulares extracitoplasmáticos, e o seu tempo de 
incubação é de 4 a 14 dias. 
A principal fonte de infecção é a ingestão de oocistos contidos na 
matéria fecal. 
Os oocistos podem ser transmitidos também pela água (penetração via digestiva) e pela poeira (penetração via res-
piratória). 
Os oocistos maduros contêm uma vesícula com quatro esporozoídeos ou esporozoítas no seu interior, os quais são 
a verdadeira forma infectante, de primeira geração. 
Os esporozoítas, ao serem liberados na ingestão dos oocistos, penetram nas células do epitélio intestinal, onde se 
reproduzem assexuadamente por esquizogonia ou merogonia. 
A reprodução se continua até haver o rompimento da célula, quando os esporozoítos passam a se chamar merozoí-
tos, de segunda geração. 
A partir da segunda geração, ou seja, dos merozoítos, existe a capacidade de fazer reprodução sexuada, chamada de 
gametogonia. 
Na reprodução sexuada há a formação dos gametas feminino (macrogametócito) e masculino (microgametócito). 
O microgametócito (gameta masculino) invade a célula do macrogametócito (gameta feminino), formando nova-
mente o oocisto. 
O oocisto rompe a célula, cai na porção intestinal e é eliminado pelas fezes. 
O Cryptosporidium sp. apresenta um ciclo monóxeno, ou seja, possui um único hospedeiro. 
A criptosporidiose é uma parasitose oportunista que ataca principalmente crianças e imunocomprometidos. 
Ela infecta imunocompetentes, mas nesses se apresenta de forma autolimitante, enquanto em imunodeprimidos se 
desenvolve de forma crônica. 
Atualmente é reconhecida como uma das principais causas de diarreia no homem. 
É uma zoonose clinicamente semelhante a outras parazooses, como a giardíase. 
Não apresenta nenhum sintoma patognomônico. 
Os oocistos são altamente resistentes devido ao seu tamanho, mas são inviabilizados pela pasteurização. 
Algumas formas de profilaxia são: água tratada, filtrada e fervida, destino adequado às fezes, cuidados com alimentos 
e educação sanitária. 
 
TOXOPLASMOSE - TOXOPLASMA GONDII 
Toxoplasma gondii é um protozoário parasita de distribuição cosmopolita. 
Seus hospedeiros definitivos (HD) são os felídeos, especialmente os gatos. 
Seus hospedeiros intermediários (HI) são mamíferos e aves em geral. 
Quando parasitas do homem, geralmente tem natureza benigna. 
É um parasita intracelular obrigatório. 
Invade diversos tecidos, com tropismo por células musculares estriadas, retina 
e sistema nervoso central. 
Quando o oocisto apresenta somente as vesículas, é chamado de esporo-
blasto. 
Já quando apresenta, além das vesículas, também os esporocistos, é chamado 
de esporozoíto; 
O oocisto é maduro e chamado de esporulado quando contém a vesícula, e imaturo e chamado de não esporulado 
quando não a contém. 
Quando o protozoário está no interior do oocisto, é chamado de esporozoíto. Já quando está dentro do tecido, é 
chamado de cisto. O cisto é a vesícula que se forma a partir do processo inflamatório do oocisto. 
Reino: Protista. 
Sub-reino: Protozoa. 
Filo: Apicomplexa. 
Classe: Coccídea ou Sporozoasida. 
Ordem: Eucoccidiorida. 
Família: Cryptosporidiidae. 
Gênero: Cryptosporidium. 
Principais espécies: C. parvum e C. hominis 
Reino: Protista. 
Sub-reino: Protozoa. 
Filo: Apicomplexa. 
Classe: Coccídea ou Sporozoasida. 
Ordem: Eucoccidiorida. 
Família: Sarcocysidae. 
Subfamília: Toxoplasmatinae. 
Gênero: Toxoplasma. 
Espécie: Toxoplasma gondii. 
 
Jéssica N. Monte Turma 106 P2 Parasitologia 
Quando está dentro do cisto, apresenta-se na forma latente, chamada de bradizoíto. Quando está circulante, apre-
senta-se na forma ativa, chamada de taquizoíto, ou bradizoíto ativado. 
A transmissão do Toxoplasma gondii se dá pela ingestão de carne crua ou malcozida que contenha bradizoítos, de 
verduras cruas contaminadas com oocistos esporulados ou de leite não pasteurizado contendo taquizoítos. 
A transmissão ainda pode ser congênita, com as formas taquizoítas circulantes, ou por transplantes de órgãos com 
bradizoítos. 
O diagnóstico no gato é feito pelas fezes, e no homem pelos tecidos, através de teste sorológico. 
O tratamento da toxoplasmose é feito pelas sulfas. 
No entanto, é preciso ter cautela, pois altas doses de sulfa por longos períodos de tempo podem levar a cálculo renal. 
A profilaxia é feita por meio de boa higiene, alimentação industrializada para os gatos, evitar comer carnes malcozi-
das, consumir água potável de fonte confiável ou filtrar/ferver antes do consumo, limpar a caixa de areia dos gatos 
diariamente e proteger dos gatos as pracinhas recreativas de crianças. 
 
MALÁRIA - PLASMODIUM SP. 
A malária é uma doença infecciosa que pode ser chamada de maleita, 
febre palustre, impaludismo ou sezão. 
O agente transmissor do Plasmodium sp. é o mosquito no gênero 
Anopheles¸ conhecido como mosquito-prego. 
O hospedeiro definitivo (HD) do Plasmodium é o mosquito, onde faz 
reprodução sexuada. 
O hospedeiro intermediário (HI) do Plasmodium é o homem, onde 
faz reprodução assexuada. 
A forma infectante para o homem está presente nas glândulas sali-
vares dos mosquitos e é transmitida através da picada. 
Outras formas de transmissão são o compartilhamento de seringas, transfusões sanguíneas e 
a via congênita. 
Os protozoários se alojam primeiramente nos hepatócitos do fígado, onde causam problemas 
como a hepatite. Essa fase é chamada de esquizogonia pré-eritrocítica. Ocorre o rompimento 
dos hepatócitos e os protozoários entram na circulação sanguínea. 
Quando atingem a corrente sanguínea, ocorre a chamada fase de esquizogonia eritrocítica, 
quando nas hemácias o trofozoíto imaturo transforma-se em maduro, em esquizonte e então 
em merozoíto. 
O período de incubação do protozoário antes do início dos sinais clínicos varia de 1 semana até 1 mês. 
Depois do período de incubação ocorre uma série de sintomas relacionados a um grande mal-estar, que se repetem 
em intervalos diferentes dependendo da espécie do Plasmodium pela qual o paciente foi infectado. 
A forma mais grave da malária é causada pelo Plasmodium falciparium, havendo necessidade de tratamento imedi-
ato, nas primeiras 24 horas. 
A principal causa de morte por malária se deve ao diagnóstico tardio. 
Não existe vacina contra malária, portanto, algumas medidas profiláticas são o uso de repelentes, mosquiteiros, telas 
nas janelas e evitar a permanência ao ar livre em horários como o amanhecer e o anoitecer. 
 
AMEBÍASE – ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
As amebas são protozoários de vida livre encontrados na água (fresca, salobra e 
salgada), nas fezes, no solo úmido e na vegetação em decomposição. 
Podem estar em simbiose com o homem. 
Os principais gêneros das amebas são Entamoeba, Acanhamoeba e Naegleria. 
A classificação das espécies do gênero Entamoeba se dá de acordo com o nú-
mero de núcleos presentes na forma cística madura, sendo que a principal espé-
cie, a Entamoeba histolytica, apresenta cistos com até 4 núcleos. 
A locomoção das amebas é feita por pseudópodes, ou seja, expansões citoplas-
máticas. 
O período de incubação no organismo varia de 2 a 4 semanas. 
O quadro clínico se caracteriza por diarreias, e em casos mais graves pode levar ao comprometimento de órgãos e 
tecidos. 
Reino: Protista. 
Sub-reino: Protozoa. 
Filo:Apicomplexa. 
Classe: Aconoidasida. 
Ordem: Haemosporida. 
Gênero: Plasmodium. 
Principais espécies: P. vivax e P. falciparum. 
 
Reino: Protista. 
Sub-reino: Protozoa. 
Filo: Rhizopoda. 
Classe: Entamoebidea. 
Ordem: Amoebida. 
Família: Entamoebidae. 
Gênero: Entamoeba. 
Espécie: Entamoeba histolytica. 
 
Jéssica N. Monte Turma 106 P2 Parasitologia 
Os sintomas variam muito, desde dores abdominais fracas até diarreias agudas e com sangue. 
A transmissão da Entamoeba histolytica é feita por alimentos e água infectados e também por contatos sexuais anal-
oral. 
A patogenia da amebíase depende da extensão da invasão dos tecidos, podendo apresentar infecções assintomáticas 
ou sintomáticas. 
As infecções sintomáticas podem ser a amebíase intestinal ou a amebíase extra-intestinal, acometendo o fígado e os 
pulmões. 
A amebíase intestinal deve ser tratada com secnidazol ou metronidazol, e o tratamento da amebíase extra-intestinal 
deve ser feito com metronidazol. 
 
ACANTAMEBÍASE – ACANTHAMOEBA SP. 
É uma ameba eventualmente patogênica. 
Sua patogenia está relacionada à colonização das fossas nasais; a ulcerações de cór-
nea e à acantamebíase ou meningoencefalite amebiana. 
A colonização das fossas nasais causa cefaleia, resfriados, epistaxe frequente e sinu-
site em imunocomprometidos. 
As ulcerações de córnea são causadas especialmente pela espécie Acanthamoeba 
plyphaga. 
Já a acantamebíase é uma infecção crônica causada por várias espécies de Acantha-
moeba e que causa meningoencefalite amebiana. 
O principal sinal clínico da acantamebíase é a ceratoconjuntivite. 
A prevenção da acantamebíase pode ser feita por meio do uso, limpeza, manuseio e armazenamento corretos de 
lentes de contato. 
 
NEGLERÍASE – NAEGLERIA FOWLERI 
É uma ameba eventualmente patogênica. 
É uninucleada, com corpo em forma cilíndrica, que emite pseudópodes e apresenta 
fase flagelada. 
Causa a meningoencefalite amebiana primária (é a ameba que “come cérebro”). 
Prefere águas quentes e se distribui por todo o planeta. 
Os trofozoítos são uninucleados e se encontram nos tecidos infectados, onde se 
multiplicam por divisão binária simples. 
Os cistos medem de 7 a 12 micrometros. 
As formas flageladas contém dois flagelos que se movimentam livremente na água, 
o que permite que haja a sua dispersão no ambiente. 
O protozoário invade a mucosa nasal, atravessa a lâmina cribiforme do etmoide por 
meio da bainha do nervo olfatório e penetra no encéfalo. 
Ocorrem quadros de meningoencefalite purulenta, com áreas hemorrágicas e necrosantes. 
As regiões mais afetadas são o lobo frontal e o bulbo olfatório. 
O início dos sintomas é abrupto com sinais de acometimento meningoencefálico. 
O diagnóstico pode ser estabelecido pela análise do líquor do paciente. 
Pode ser tratada com anfotericina B, mas sua taxa de letalidade é próxima a 95%. 
Medidas preventivas são saneamento básico, higiene pessoal e evitar nadar em águas termais que recebam dejetos 
ou que não sejam monitoradas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reino: Protista. 
Sub-reino: Protozoa. 
Filo: Rhizopoda. 
Classe: Entamoebidea. 
Ordem: Amoebida. 
Família: Acanthamoebidae. 
Gênero: Acanthamoeba. 
 
Reino: Protista. 
Filo: Protozoa. 
Subfilo: Sarcodina. 
Superclasse: Rhizopoda. 
Classe: Lobosa. 
Ordem: Amoebida. 
Família: Vahlkampfidae. 
Gênero: Naegleria. 
Espécie: Naegleria fowleri. 
Jéssica N. Monte Turma 106 P2 Parasitologia 
TREMATÓDEOS – PLATELMINTOS 
 
São vermes de corpo chato e não segmentado. 
Apresentam uma cutícula lisa ou provida de espinhos pouco desenvolvidos. 
A maioria possui um par de ventosas. 
São hermafroditas (com exceção da família Schistosomatidae). 
Evoluem sempre em dois hospedeiros. 
 
ESQUISTOSSOMOSE – SCHISTOSOMA MANSONI 
São trematódeos alongados e dioicos. 
Possuem ventosas pouco desenvolvidas. 
A fêmea é mais comprida que o macho. 
O macho apresenta o canal ginecóforo, onde a fêmea permanece 
durante grande parte da vida. 
Os ovos são não operculados, com espinho lateral ou terminal. 
Os hospedeiros definitivos (HD) são os homens ou bovinos, ainda 
que possam ser encontrados em roedores e animais selvagens. 
Os hospedeiros intermediários (HI) são moluscos do gênero Biomphalaria (e 
eventualmente dos gêneros Helisoma e Lymnaea). 
A infecção pelo S. mansoni se dá pelas veias mesentéricas, veias hepáticas e pelo sistema porta, por meio da pene-
tração das cercarias nas mucosas ou através da pele, durante banhos em águas contaminadas. 
Quando na água há fezes contaminadas com ovos do S. mansoni, estes liberam os miracídios que irão invadir os 
tecidos do molusco. 
No molusco há a multiplicação e a liberação das cercarias, que nadam livres na água e que irão penetram a pele do 
indivíduo. 
No homem, há a disseminação pelo sangue até que atinjam o fígado e se maturem às formas adultas, as quais 
migram para o intestino para eliminarem seus ovos nas fezes, ou ainda para a bexiga, para eliminarem seus ovos por 
meio da urina. 
Na fase aguda da doença existem uma série de sintomas como coceiras, febre, inapetência, tosse, diarreia, enjoo, 
vômitos e emagrecimento. 
Já a fase crônica é geralmente assintomática. Alternam-se períodos de diarreias com 
períodos de constipação, pode haver hepatomegalia e cirrose, esplenomegalia, he-
morragias e ascite. 
O tratamento deve ser feito com praziquantel ou oxamniquina. 
As formas de prevenção da doença envolvem medidas sanitárias, como higiene, sa-
neamento básico, evitar contato com águas que possam estar contaminadas e com-
bate aos caramujos. 
 
TENÍASE – TAENIA SOLIUM E TAENIA SAGINATA 
São vermes segmentados e achatados dorsoventralmente, em formato de 
fita. 
A T. solium pode atingir até 4 metros, enquanto a T. saginata pode atingir até 
12 metros. 
São divididas em três regiões: escólex (extremidade anterior que contém as 
ventosas e os acúleos), colo e corpo (que contém a cadeia de segmentos ou 
proglotes). 
As proglotes mais proximais são sexualmente imaturas, enquanto as mais dis-
tais são maduras e hermafroditas. 
Podem causar hemorragias intestinais, cisticercose músculo-esquelética, cis-
ticercose cardíaca, cisticercose ocular e neurocisticercose. 
As manifestações clínicas da cisticercose dependem da localização, do número de larvas que infectaram o indivíduo, 
da fase de desenvolvimento dos cisticercos e da resposta imunológica do hospedeiro. 
O tratamento deve ser feito com praziquantel, ou albendazol em caso de neurocisticercose. 
 
Reino: Animalia. 
Filo: Platyhelminthes. 
Classe: Trematoda. 
Subclasse: Digenea. 
Ordem: Strigeiformes. 
Família: Schistosomatidae. 
Gênero: Schistosoma. 
Espécie: Schistosoma mansoni. 
Reino: Animalia. 
Filo: Platyhelminthes. 
Classe: Trematoda. 
Subclasse: Digenea. 
 
Reino: Animalia. 
Filo: Platyhelminthes. 
Classe: Cestoda. 
Ordem: Cyclophyllidea. 
Família: Taeniidae. 
Gênero: Taenia. 
Principais espécies: Taenia solium 
e Taenia saginata. 
Jéssica N. Monte Turma 106 P2 Parasitologia 
O ciclo biológico da Taenia solium tem como hospedeiro intermediário (HI) o porco. 
Os ovos eliminados nas fezes de humanos e ingeridos pelos porcos se transformam em cisticer-
cos nos músculos. 
Um cisticerco é uma vesícula dentro da qual se desenvolve um escólex. 
Aos se ingerir um cisticerco, está-se adquirindo vermes adultos. Já ao ingerir ovos presentes nas 
fezes humanas, adquire-se neurocisticercose. 
 
O ciclo biológico da Taenia saginata tem como hospedeiro intermediário 
(HI) o boi. 
Os ovos eliminados nas fezes de humanos e ingeridos pelos bovinas se transformam emcisti-
cercos nos músculos. 
Ao se ingerir um cisticerco, por meio de carne malpassada, adquire-se vermes adultos. No en-
tanto, a T. saginata não causa cisticercose no homem. 
 
 
HIDATIDOSE – ECHINOCOCCUS GRANULOSUS 
O Echinococcus granulosus é um tenídeo pequeno que vive no 
intestino de cães. 
Possui um escólex, colo e três proglotes (uma imatura, uma ma-
dura e uma grávida). 
O ovo contém um embrião chamado de oncosfera ou hexacanto. 
O hospedeiro definitivo (HD) do E. granulosus é o cão. 
O hospedeiro intermediário (HI) do E. granulosus são os ovinos. 
Dessa forma, o homem é um hospedeiro acidental. 
A maior parte dos cistos hidáticos se localizam no fígado e nos 
pulmões. 
Os cistos têm desenvolvimento lento e levam muitos anos até comprometer a víscera atingida. 
O cisto hidático provoca necrose compressiva dos tecidos adjacentes ao se expandir. 
A ruptura de um cisto hidático abdominal pode levar à choque anafilático e disseminação da infecção por semeadura 
na cavidade peritoneal. 
O tratamento da hidatidose deve ser feito com albendazol. 
A profilaxia é feita a partir do controle da infecção canina, impedindo que se alimentem de vísceras de ovinos e 
promovendo sua vermifugação sistemática, além da educação sanitária. 
 
DIFILOBOTRÍASE – DIPHYLLOBOTHRIUM LATUM 
O Diphyllobothrium latum não apresenta ganchos nem ventosas e tem comprimento de cerca 
de 20 metros. 
Os hospedeiros definitivos (HD) são o homem e o cão. 
Os hospedeiros intermediários (HI) são microcrustáceos de água doce (gêneros Cyclops, Diap-
tomonus e Daphnia) e, de forma secundária, os peixes que se alimentam desses crustáceos. 
O homem se contamina quando come o peixe contaminado malcozido ou cru (sushi). 
O verme atinge vísceras, subcutâneo e a esclera. 
O parasita possui capacidade de absorver vitamina B12, o que provoca anemia perniciosa no paciente infectado. 
Os sintomas são dor epigástrica tipo fome, anorexia, náuseas, vômitos, perda de peso, enfraquecimento, anemia e 
sinais neurológicos. 
O diagnóstico é feito por meio de exame de fezes ou colonoscopia. 
O tratamento é feito com praziquantel. 
Algumas formas de profilaxia são o cozimento adequado da carne de peixe 
ou o congelamento da carne crua por mais de 1 semana, dar destino higiê-
nico aos dejetos humanos, tratamento adequado aos esgotos e assegurar a 
inspeção adequada dos pescados. 
Produtos congelados oferecem segurança para o consumo, pois as larvas 
plerocercoides não são resistentes ao congelamento. 
 
Reino: Animalia. 
Filo: Platyhelminthes. 
Classe: Cestoda. 
Ordem: Cyclophyllidea. 
Família: Taeniidae. 
Gênero: Echinococcus. 
Espécie: Echinococcus 
granulosus. 
Jéssica N. Monte Turma 106 P2 Parasitologia 
NEMATOIDES – NEMATELMINTOS 
 
São vermes de corpo cilíndrico, a maioria de vida livre. 
Possuem dimorfismo sexual, com machos menores que as fêmeas. 
As formas de infecção por esses parasitas são picada de insetos, ingestão de ovos, ingestão de larvas, ingestão do 
hospedeiro intermediário ou penetração cutânea. 
 
ANCILOSTOMÍASE – ANCYLOSTOMA DUODENALE 
A ancilostomíase é uma parasitose caracterizada tipicamente por ane-
mia e conhecida por amarelão. 
As fêmeas medem cerca de 1 centímetro, têm corpo cilíndrico e a ex-
tremidade posterior termina em ponta fina. Já os machos são meno-
res e possuem uma bolsa copuladora na extremidade posterior. 
Assim que sai do ovo, a larva se chama rabditoide. Ela se alimenta ati-
vamente no solo, passando por duas mudas (L1 e L2). Depois de uma 
semana se transforma na larva filarióide (L3) que é capaz de penetrar 
através da pele do homem e infectá-lo. 
A contaminação pelo Ancylostoma sp. se dá por penetração ativa ou por ingestão da larva L3 (filarióide). 
A fase aguda da ancilostomíase se caracteriza pela penetração larval na pele e migração para os pulmões e fixação 
das formas adultas na mucosa intestinal. 
A fase crônica corresponde à permanência do verme e à sua ação espoliativa, o que levará ao estado anêmico. 
Quando acomete crianças leva a atrasos no crescimento, insuficiência cardíaca e edemas. 
Os ovos costumam ser abundantes nas fezes de pacientes com ancilostomíase. 
O tratamento pode ser feito com albendazol, mebendazol e pamoato de pirantel. 
A profilaxia pode ser realizada por meio de educação sanitária em massa, controle de cães e gatos nas cidades e 
evitar andar descalço. 
 
ASCARIDÍASE – ASCARIS LUMBRICOIDES 
O Ascaris lumbricoides é o maior nematoide intestinal que parasita os homens. 
A complicação mais comum da ascaridíase é a obstrução mecânica da víscera. 
O Ascaris lumbricoides excreta neurotoxinas, anafilotoxinas e hemolisinas. Dessa 
forma, quando a infecção é muito grande em crianças desnutridas, deve se admi-
nistrar vermífugos, e não vermicidas. Assim, os vermes serão eliminados, e não 
mortos. Caso fossem mortos, liberariam uma quantidade muito grande de toxinas 
que poderiam levar à convulsão e ao choque anafilático. 
São vermes longos, cilíndricos e com extremidades afiladas. 
O hospedeiro definitivo (HD) do Ascaris lumbricoides é o homem. 
O hospedeiro paratênico (HP) são besouros, minhocas e cães. 
O ciclo é monóxeno. 
Os ovos são quase esféricos, grandes, envoltos por uma grossa casca de cor castanha-amarelada. Precisam de 2 a 3 
semanas fora do hospedeiro para se tornarem infectantes. 
Embrionam no solo e formam larvas. 
Os ovos podem permanecer viáveis no solo por mais de 1 ano, pois devido a sua casca espessa e impermeável, são 
resistentes à insolação e à dessecação. 
O parasita faz ciclo de Loss: invade a mucosa intestinal, atinge a circulação, passa para 
o fígado, coração e pulmões. 
Nos pulmões são conduzidos para a cavidade oral, onde são deglutidos novamente. 
No intestino os parasitas tornam-se adultos, podendo sobreviver por até 2 anos. 
A profilaxia deve ser feita com educação sanitária, saneamento básico, tratamento da 
água, cuidados com alimentos, higiene pessoal, combate aos insetos domésticos e 
tratamento das pessoas parasitadas. 
 
 
 
Reino: Animalia. 
Filo: Nematoda. 
Ordem: Strongylida. 
Família: Ancylostomidae. 
Principais espécies: Necator americanos, 
Ancylostoma duodenale, Ancylostoma 
caninum e Ancylostoma braziliense. 
 
Reino: Animalia. 
Filo: Nematoda. 
Ordem: Ascaridida. 
Família: Ascarididae. 
Gênero: Ascaris. 
Espécie: Ascaris lumbricoides. 
Jéssica N. Monte Turma 106 P2 Parasitologia 
ESTRONGILODÍASE – STRONGYLOIDES STERCORALIS 
O Strongyloides stercoralis possui um ciclo monóxeno e tem como hospedeiro defini-
tivo (HD) o homem. 
O contágio ocorre pelo contato com o solo e penetração ativa do verme na pele. 
No solo as larvas são haploides (machos) e diploides (fêmeas). Já dentro do intestino, 
as fêmeas são triploides e fazem autoinfecção por meio do ciclo de Loss: vasos san-
guíneos, fígado, pulmão, broncopneumonite, escarro, deglutição, volta para o intes-
tino, se torna adulto e lá permanece. 
Causa pneumonia parasitária ou eosinofílica (grande quantidade de eosinófilos como 
resposta imune à infecção pelo verme). 
Somente as fêmeas são as parasitas. 
Os sintomas incluem manifestações urticariformes na penetração cutânea, tosse, expectoração, febre, mal-estar, 
pneumonia e surtos de diarreia e constipação. 
Os métodos profiláticos são a medicação estratégica em áreas endêmicas e a educação sanitária. 
O tratamento é de fácil combate, podendo ser utilizado qualquer tipo de almodazol. 
 
ENTEROBÍASE OU OXIUROSE – ENTEROBIUS VERMICULARES 
Os ovos de Enterobius vermiculares apresentam um lado mais plano e outro mais convexo. 
Um dos sintomas característicos é o prurido anal, pois as fêmeas depositam seus ovosao redor 
do esfíncter anal. 
O contágio pode ser de três tipos: 
Autoinfecção: coçar a região anal e colocar a mão na boca. 
Retroinfecção: após 3 semanas na região perianal, as larvas eclodem e penetram de volta pelo 
esfíncter anal. Em mulheres, as larvas podem penetrar também pelo canal vaginal, causando 
vaginite parasitária. 
Heteroinfecção: transmissão entre pessoas por meio de mãos ou objetos contaminados, por exemplo. 
Os sintomas incluem prurido anal, insônia, irritação, cólicas, diarreia, náusea e vômitos. 
Algumas formas de profilaxia são banho, lavagem das mãos, evitar roer unhas e mantê-las curtas, trocar roupas 
íntimas e roupas de cama, limpeza frequente do ambiente com desinfetantes, além da educação sanitária em escolas, 
clubes e domicílios. 
Exames de fezes normalmente têm baixa chance de dar positivo para Enterobius vermiculares, por isso a coleta é feita 
por meio de fita adesiva. 
 
TRICURÍASE – TRICHURIS TRICHIURA 
O Trichuris trichiura é conhecido como verme chicote. 
Seus ovos têm formato de uma bola de futebol americano e possuem um opérculo, que é 
um alçapão que se abre no momento do nascimento da larva. 
O Trichuris trichiura tem ciclo monóxeno e seu hospedeiro definitivo (HD) é homem. 
A tricuríase é uma zoonose. 
Esse verme não faz ciclo de Loss. 
O contágio se dá pelos ovos larvados do parasita, 4 semanas após a sua liberação. 
Causa dor abdominal, anemia (pois os parasitas se alimentam de sangue e do bolo fecal), 
braqueteamento digital (unhas mais arredondadas e ponta dos dedos mais largas), em con-
dições crônicas, e pode causar prolapso retal. 
O diagnóstico é feito pela pesquisa dos ovos nas fezes e pelos sinais clínicos. 
O tratamento deve ser feito com albendazol.

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