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31 FACULDADE ANHANGUERA SONIA REGINA LEPRE DERMATOFITOSES em ANIMAIS DE COMPANHIA LEME 2018 SONIA REGINA LEPRE DERMATOFITOSES em ANIMAIS DE COMPANHIA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Medicina Veterinária. Orientador: Glauco Dente Gurtier LEME 2018 sonia regina lepre DERMATOFITOSES em ANIMAIS DE COMPANHIA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Medicina Veterinária. BANCA EXAMINADORA Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) Leme, dia 04 de dezembro de 2018 Dedico este trabalho aos professores e mestres que foram fundamentais para que eu esteja aqui hoje. Este momento é nosso, por isso dedico esse trabalho à vocês. AGRADECIMENTOS Agradeço a todos os professores por me proporcionar o conhecimento não apenas racional, mas a manifestação do caráter e afetividade da educação no processo de formação profissional, por tanto que se dedicaram a mim, não somente por terem me ensinado, mas por terem me feito aprender. A palavra mestre, nunca fará justiça aos professores dedicados aos quais sem nominar terão os meus eternos agradecimentos. Aos meus pais, pelo amor, incentivo e apoio. Por perdoarem as minhas ausências e, mesmo assim, continuarem do meu lado. Às minhas queridas irmãs Maria Aparecida Lepre Baldinato, Ligia Marcia Lepre, Luci Meire Lepre Jordão, Sheila Teresinha Lepre e Sandra Jaqueline Lepre Severino que por conta da graduação tivemos que estar longe e nem por isso deixaram de ser companheiras. Aos amigos e companheiros de trabalho, Angelica Buzello, Cristiana Barros, Jamile Buzello Andrea Rodrigues Cella, Tais Raymundo e em especial José Jorge Antonialli que esteve na luta enquanto me dedicava ao ensino superior. Ao meu marido Pedro Geraldo Nunes de Pontes, meu companheiro incondicional, me ajudando de forma espontânea. Obrigada por estar ao meu lado durante esses anos que tive que me dedicar a faculdade, deixando muitas vezes de lhe dar o carinho e a atenção necessários e, entender o meu amor pela profissão que escolhi. Aos meus filhos Fernando Cesar Antonialli por estar junto a mim durante todos os dias me ajudando nos estudos e me fazendo companhia durante as viagens. A minha filha Fabiana Antonialli Rivas por ter sido uma conselheira fundamental nos momentos em que mais precisei e ao meu filho Pedro Nunes de Pontes que entendeu e nunca me cobrou por não estar presente e não acompanha-lo nos afazeres. LEPRE, Sonia Regina. Dermatopatias em cães e gatos: Dermatofitoses. 2018. Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Medicina Veterinária – Faculdade Anhanguera, Leme, 2018. RESUMO O objetivo deste trabalho é estudar a microbiologia fúngica, sua sazonalidade assim também como minimizar sua ação e sua propagação. Os fungos são onipresentes em nosso ambiente, apenas alguns têm a capacidade de provocar doença nos animais. A dermatofitose é uma infecção dos tecidos ceratinizados (unha, pelo, estrato córneo), causada por Mocrosporum, Trichoplhyton ou Epidermophyton. Esses são os únicos fungos que tem a capacidade de invadir e manterem-se nesses tipos de tecidos. Os dermatofitos que com mais frequência afetam os animais dividem-se em grupos: geofilicos, zoofilicos e antropofilicos. Cientistas encontram uma resistência quanto ao uso de drogas antifúngicas, se tornando assim uma preocupação para os mesmos. Isso leva a um mau prognostico, pois existe uma dificuldade em se fazer um diagnostico precoce. Os exames laboratoriais fundamentam-se em observar os elementos fungicos coletados nas amostras biológicas que, através da microscopia da colônia isolada nos apresenta o patógeno. Tais fatos podem nos levar a um diagnostico tardio ou equivocado. A metodologia baseou-se em uma revisão de literatura, observando as publicações referentes ao tema. Toda a pesquisa bibliográfica foi realizada através de livros, artigos científicos e algumas outras monografias. Conclui, portanto que as analises clinicas são fundamentais para a realização de um diagnostico precoce, tornando possível um tratamento mais eficaz. Palavras-chave: Dermatofitose; Fungo; zoonoses. LEPRE, Sonia Regina. Dermatopathies in dogs and cats: Dermatophytoses. 2018. Total number of sheets. Course Completion Work Veterinary Medicine - Faculdade Anhanguera, Leme, 2018. ABSTRACT The objective of this work is to study fungal microbiology, its seasonality as well as how to minimize its action and its propagation. Fungi are ubiquitous in our environment, only a few have the ability to cause disease in animals. Dermatophytosis is an infection of keratinized tissues (nail, hair, stratum corneum) caused by Mocrosporum, Trichoplhyton or Epidermophyton. These are the only fungi that have the ability to invade and keep in these types of tissues. The dermatophytes that most frequently affect the animals are divided into groups: geophylic, zoophilic and anthropophilic. Scientists find resistance to the use of antifungal drugs, thus becoming a concern for them. This leads to a bad prognosis, as there is a difficulty in making an early diagnosis. The laboratory tests are based on observing the fungal elements collected in the biological samples that, through the microscopy of the isolated colony, presents the pathogen. Such facts can lead us to a late or wrong diagnosis. The methodology was based on a literature review, observing the publications related to the topic. All bibliographical research was carried out through books, scientific articles and some other monographs. It concludes, therefore, that the clinical analyzes are fundamental for the accomplishment of an early diagnosis, making possible a more effective treatment. Key-words: Dermatophytosis; Fungus; zoonoses. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Caracterização das dermatofitoses 16 Figura 2 – Caracterização das dermatofitoses 16 Figura 3 - Caracterização das dermatofitoses..........................................................17 Figura 4 – Felino com dermatofitose 19 Figura 5 – Eritrodermia esfoliativa generalizada 20 Figura 6 - Filhote com infecção por M. Canis focinho..............................................22 Figura 7 – Microsporum Canis em humanos ...........................................................23 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS FELV Leucemia felina FIV Imunodeficiência felina GL °Gay Lussac KOH Hidróxido de Potássio UV Ultravioleta SUMÁRIO INTRODUÇÃO.................................................................................................13 1. CAPÍTULO 1..........................................................................................15 1.1 CARACTERIZAÇÃO DAS DERMATOFITOSES..................................15 2 CAPÍTULO 2..........................................................................................21 2.1 IMPORTÂNCIA DAS DERMATOFITOSES COMO ZOONOSE...........21 3 CAPÍTULO 3..........................................................................................26 3.1 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS DERMATOFITOSES...........26 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................29 REFERÊNCIAS...............................................................................................30 INTRODUÇÃO Quando falamos em clínica de animais de companhia, cerca de 40% dos casos atendidos na rotina tratam-se de dermatopatias. Entre as dermatopatias mais comuns, encontram-se as dermatomicoses causados por dermatófitos que provocam infecção dostecidos queratinizados e semi-queratinizados. As dermatofitoses são de suma importância na saúde pública. O contagio pode ocorrer pelo contato homem/homem, homem/animal ou animal/animal. Os fungos mais comumente identificados nos quadros de dermatofitose em cães e gatos são Microsporum canis. Trata-se de uma zoonose infectocontagiosa, que pode ser transmitida pelo contato com lesões, descamações e/ou pelos infectados, por fômites, como por exemplo cobertas, toalhas, lâminas de tosa, tesouras, caixas de transporte, e etc, e, podemos citar também a contaminação ambiental. Como um diagnostico precoce pode contribuir para minimizar a propagação das dermatofitoses? Considerando a frequência elevada das dermatofitoses em áreas urbanas, faz-se necessário destacar o papel disseminador dos animais de companhia, que podem atuar como potenciais reservatórios desses fungos patogênicos. O estudo possui caráter epidemiológico, quantitativo e descritivo, pois atualmente, a identificação de fungos baseia-se na observação microscópica de elementos fúngicos retirados diretamente da amostra biológica; na análise macroscópica e microscópica de colônias cultivadas em meio micológico; na detecção de resposta sorológica ao patógeno ou de algum marcador de sua presença, como produção de anticorpos ou detecção de um constituinte da membrana fúngica; provas bioquímicas de assimilação de fontes de carbono e nitrogênio e fermentação de açúcares; ou ainda na evidência histopatológica de invasão (ALEXANDER; 2002; ANVISA; 2013; KAUFFMAN; 2011). Infelizmente, essas técnicas apresentam algumas limitações, como a dificuldade de isolamento do patógeno a partir de culturas de sangue devido a sua falta de sensibilidade (ELLEPOLA E MORRISON; 2005). A relevância desta revisão de literatura, que foi elaborada a partir da seleção e leitura de artigos científicos em bases públicas de trabalhos como Scielo, Lilacs e Google Scholar, livros didáticos da biblioteca da Faculdade e revistas científicas relacionadas ao tema, tem como objetivo avaliar e dar ênfase ao diagnostico precoce e também correto, além de conscientizar sobre o tratamento adequado, minimizando a propagação das dermatofitoses. Esta monografia foi elaborada no período de julho de 2017 a novembro de 2018 1 – Caracterização das dermatofitoses As dermatofitoses são micoses superficiais causadas por fungos filamentosos, hialinos, septados, queratinofículos, que conseguem colonizar e provocar lesões no extrato córneo tanto de animais quanto do ser humano e podem ser denominamos dermatófitos. Esses, são normalmente encontrados no solo, contudo, perante determinadas condições podem parasitar homens e animais. De maneira epidemiológica, essa doença pode ser caracterizada por quadros de baixa mortalidade e letalidade, entretanto, são comuns na dermatologia veterinária (DUBUGRAS et al., 1992; MEDEIROS et al., 2009). Problemas com dermatófitos estão presentes com alta frequência em clínicas de animais de pequeno porte, como cães e gatos, sendo essa uma das enfermidades mais frequentes de origem fúngica no hemisfério ocidental. Incidência e prevalência, estão associados ao clima e aos reservatórios naturais, além da correlação positiva com umidade elevada (ROCHETE et al., 2003; CABAÑES, 2000; PASCOLI et al., 2014). Nos quadros de dermatofitose não há distinção de raça, sexo, apesar da doença ser mais frequentemente identificada em indivíduos mais jovens, idosos ou imunodeprimidos. Pode-se caracterizar esse problema por antropo e anfixezoonóticas, sendo de fácil transmissão, por meio de contágio direto ou indireto, dos proprietários ou contactantes, sejam eles, empregados, tratadores ou veterinários (DUBUGRAS et al., 1992; MORIELLO, 2004; LOPES; DANTAS, 2016). Os dermatófitos pertencem ao reino Fungi, cujo filo é o Mycota. As dermatofitoses são causadas por três gêneros de fungos patogênicos: Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton, que se diferenciam dos conidios produzidos. (SIDRIM; ROCHA, 2004; GRÄSER et al., 1998). Todavia, as espécies que mais acometem cães e gatos são dos gêneros Microsporum e Trichophyton (MACIEL; VIANA, 2005). Os fungos podem também ser classificados conforme o habitat em que são encontrados, e podem ser divididos em três grupos: geofílicos, zoofílicos e antropofílicos. Dermatófitos geofílicos, são encontrados em solos ricos em resíduos como queratina humana e/ou animal, vivem como saprófitas e podem parasitar o hospedeiro provocando intensa reação inflamatória; já os zoofílicos e antropofílicos o fazem por meio de parasitismo em espécies animais ou no próprio ser humano, sendo os primeiros raramente encontrados no solo e adaptados a pele e pelos de animais, enquanto aos antropofílicos podem ser vistos na pele e anexos de seres humanos e não conseguem sobreviver no solo (SIDRIM; ROCHA, 2004; MACIEL; VIANA, 2005). Figura 1: Cães infectados por fungos dermatófitos Fonte: Muller & Kirk (1996, P.301) Figura 2: Cães infectados por fungos dermatófitos Fonte: Muller & Kirk (1996, P.301) Figura 3: Cães infectados por fungos dermatófitos Fonte: Muller & Kirk (1996, P.301) Figura 1 – Filhote de Pastor Alemão com lesões inflamatórias anulares abaixo do olho e craniais à orelha, causadas pelo M. canis. Figura 2 - Filhote de Pointer com áreas bem circunscritas de alopecia e crostas acinzentadas sobre o olho e na orelha, causadas pelo M. canis. Figura 3 – Lesão pruriginosa, exsudante, eritematosa, anular, lambrando dermatite piotraumatica em um Poodle. Microsporum canis, é a espécie zoofílica, considerada o principal causador de dermatofitoses, com maior prevalência em cães e gatos, é ainda o principal responsável por infecções em seres humanos. Cães e gatos são importantes reservatórios da espécie M. canis, e podem atuar como portadores assintomáticos. Infecções em humanos podem ocorrer em consequência a exposição aos artroconídios ou hifas, presentes nos pelos dos animais, que aparentemente hígidos. Além do gato doméstico, felídeos selvagens sadios mantidos em cativeiros, podem carrear dermatófitos e consequentemente ser fonte de infecção para demais animais e para o homem (MACIEL; VIANA, 2005; BENTUBO et al., 2006). Microsporum gypseum, espécie geofílica, também é considerado causador de dermatofitose em animais e seres humanos. A predominância em cães e gatos varia conforme a região avaliada. No Brasil, foram reportados percentuais de ocorrência variando entre 2,5 a 26,3%, de casos de dermatofitose canina e felina, sendo o solo a principal fonte de contaminação, em especial, aqueles com elevados níveis de debris de queratina, tais como jardins, os quais esses animais costumam cavar (BRILHANTE et al., 2003; BALDA et al., 2004; MACHADO et al., 2004). O gênero Trichophyton, principalmente o T. mentagrophytes var. mentagrophytes, também é causador de zoonoses. Contudo, a prevalência desse no Brasil é inferior as demais espécies do gênero Microsporum. T. mentagrophytes var. mentagrophytes, é um dermatófito zoofílico, o qual tem como hospedeiros principais roedores domésticos ou silvestres. A transmissão desse fungo para o homem ou outros animais, acontece por meio de contato com roedores infectados ou portadores assintomáticos, ou mesmo, por meio do contato com materiais contaminados, presentes no meio ambiente, como pelos ou escamas (PINTER; STRITOF, 2004). A exposição ao agente etiológico não assegura risco de infecção, em função da remoção mecânica dos conídios, falta de sucesso na competição com a microbiota normal, propriedades fungicidas dos ácidos graxos produzidos por glândulas sebáceas e resistência imunológica do hospedeiro (ZAITZ et al., 1998; MORIELLO; DEBOER, 1991). A maior barreira de defesa do hospedeiro contra fungos patogênicos, é compreendida pela estrutura física e química da pele. De modo geral, a pele consiste em uma superfície inóspita para a proliferação fúngica, em consequência da exposição dos raios UV, constante renovação das células epiteliais, queratinização, assim como, porcompetição da microbiota normal da pele contra demais organismos invasores. Um fator que pode ser considerado favorável para a proliferação fungica dos dermatofitos, seria a nutrição destes por meio de queratina, que é o principal constituinte do stratum corneum em homens e animais (MORIELLO, 2004; SIDRIM; ROCHA, 2004; OLIVEIRA et al., 2015). A infecção ocorre, quando apesar dos mecanismos de defesa, o agente consegue penetrar o extrato córneo ou o folículo piloso. O processo de instalação primário está relacionado ao fato de dermatófitos produzirem enzimas queratolíticas e lipase, cuja atividade beneficia a entrada e instalação da micose na pele e pelos, enquanto em segundo plano, encontram-se as forças mecânicas (MENDLEU; RISTIC, 1992; CARLTON; MCGAVIN, 1998). Estudos comprovaram atividade enzimática em cepas de M. canis, ao analisar queratinases, lipase, elastases e DNAses, as quais demonstraram que a queratinase está diretamente ligada ao surgimento de sintomas das lesões dermatofíticas, não observando tal situação para as demais enzimas. Assim, o dermatófito atinge o tecido queratinizado, penetra a pele, pelos e unhas gerando danos mecânicos que resultarão em descamação da superfície epitelial e quebra da barreira cutânea; os seus metabólitos se espalham pelas células da epiderme acarretando em reação inflamatória e de hipersensibilidade, responsáveis pelo desenvolvimento das lesões (VIANI et al., 2001; DAHL, 1994). O aspecto clínico dessa infecção é diversificado, contudo, o tipo de lesão amplamente descrita na literatura é caracterizada por alopecia circinada, irregular ou difusa e expansão centrífuga. Essas lesões são normalmente encontradas na face, orelhas, patas e caudas, podendo evoluir para cura espontânea ou lesão generalizada crônica. De modo geral, a presença de prurido é mínima ou ausente, e podem ser mascarada na presença de outros ectoparasitas e/ou alergias. O desenvolvimento e crescimento dos dermatófitos tem início no centro da lesão em direção as bordas, o que resulta, após um período de tempo, em lesões circulares e discretas, com áreas de alopecia, bordos eritematosos e vesiculares, que circunscrevem a parte central descamativa. A descamação intensiva pode ou não ser associada a resposta inflamatória, resultado da ação queratinolítica (SIDRIM; ROCHA, 2004; MACIEL; VIANA, 2005). Em cães e gatos a dermatofitose é uma doença folicular em que os sinais clínicos são essencialmente reflexo da foliculite do pelo e posterior inflamação, com variação na intensidade do prurido, que pode ser indistinguível ao ser comparado com quadros de demodicose ou piodermite bacteriana (MORIELLO.2004). Figura 4: Felino com dermatofitose Fonte: Muller & Kirk (1996, P.301) Figura 5 – Eritrodermia esfoliativa generalizada Fonte: Muller & Kirk (1996, P.301) Quando há parasitismo dos pelos por dermatófitos, este é secundário a infecção da pele. Ocorre na região do folículo piloso, envolvendo a camada córnea da epiderme, a qual se aprofunda em direção ao infundíbulo piloso. O dermatófito entra em contrato com a queratina e retira a cutícula protetora e parasita o pelo. Nesse estágio de infecção pilosa, há expressão das particularidades de cada espécie fúngica (SIDRIM; ROCHA, 2004). Para a espécie canina, lesões dermatofíticas podem constituir combinações de pápulas, pústulas, com alopecia focal ou dispersa, zonas eritematosas, descamação e crostas. Em gatos, as lesões em geral, são representadas por descamação e crostas com e sem alopecia, sendo esta focal, difusa ou generalizada. Essa pode ainda gerar hiperpigmentação da pele dos felinos, a qual também pode ser encontrada em outras doenças de pele. A infecção pode gerar ainda problemas de constipação, em consequência a ingestão constante de pelos, o que resultaria em anorexia, perda de peso e vômitos (FOIL, 1998; SCOTT et al., 2001; MORIELLO, 2004). 2 - Importância das dermatofitoses como zoonose A dermatologia veterinária tem evoluído nos últimos anos, seja em aspectos epidemiológicos, etiológicos, clínicos, terapêuticos ou profiláticos. A casuística na rotina veterinária varia de 25 a 30%, representando um importante impacto econômico na clínica de pequenos animais (WILLENSE, 2002). As dermatofitoses são citadas entre as dermatoses mais frequentes em todo mundo, em especial em regiões quentes e úmidas como o Brasil, podendo acometer até 25% da população mundial (PERES, 2010). Assim como ocorre em outras doenças infecciosas, os animais jovens estão predispostos a adquirir infecções dermatofíticas sintomáticas. O estresse da lactação e prenhes podem ser muito importantes no estabelecimento e disseminação da dermatofitose em gatos e em criações de felinos devido ao quadro de imunossupressão (JUNIOR et al., 2000). Várias dermatoses caninas e felinas são contagiosas, podendo ocorrer lesões em membros humanos em contato com o animal. A presença de tais lesões zoonóticas pode ter grande valor para que se chegue a um diagnóstico (WHILKINSON; HARVEY, 1996). Os dermatófitos são, regularmente, causadores de zoonoses, mas as infecções fungícas subcutâneas e sistêmicas como a esporotricose e a blastomicose também são potencialmente zoonóticas (WHILKINSON; HARVEY, 1996). A dermatofitose por Microsporum canis é a zoonose fungíca mais comum. Quase todas as infecções decorrem do contato com um gato infectado, particularmente filhotes (WHILKINSON; HARVEY, 1996). Existem em todo o mundo, alguns como o M. gypseum são geofílicos, que estão no solo, onde decompõem os substratos queratinosos. Os zoofílicos, como o Microsporum canis e Trichophyton equinum, tornaram-se adaptados ao animal e raramente são encontrados no solo. Os dermatófitos antropofílicos, como Microsporum audounii, adaptaram-se aos humanos e não sobrevivem no solo (SILVA et al., 1998). Segundo Muller e colaboradores (1996), os dermatófitos são transmitidos por contato com pelos e caspas infectados ou com elementos fungícos nos animais, no ambiente ou em fômites. Devido ao seu potencial zoonótico, as dermatofitoses vêm tendo uma maior atenção em saúde pública, pois o contato entre os cães, gatos e o homem vem aumentando a dia mais (PINHEIRO, CASTRO, 1997). Figura 6 – Filhote com infecção por M. Canis focinho Fonte: (2001 P.101) George T. Wilkinson e Richard G. Harvey As lesões se localizam principalmente na face, ao redor dos olhos, lábios, orelhas, pescoço, extremidades e plano nasal, porém sem alterações sobre o nariz (CARLOTTI; BENSIGNOR, 1999). Nos felinos, as lesões dermatofíticas são mais pleomórficas podendo ocorrer dermatite miliar, na região dorsal, cabeça e pescoço, frequentemente observada em gatos com DAPP (dermatite alérgica a picada de pulga) ou atopia. Lesões extensivas são associadas com dermatofitose crônica em animal debilitado, ou sofrendo uso inadequado de medicações (OUTERBRIGDE, 2006; CHERMETTE et al., 2008). Raramente, a dermatofitose em cães e gatos é causada por infecção simultânea com dois tipos diferentes de fungos. Os dermatófitos são transmitidos por contato com pelo e caspa infectados ou com elementos fungícos nos animais, no ambiente ou ainda nos fômites (SOUZA et al., 2002). Os testes fungícos são muito uteis no diagnóstico da dermatofitose. Em cães e gatos a dermatofitose quase sempre sofre regressão espontânea dentro de 4 meses. Caso isso não ocorra é necessário um tratamento mais agressivo. Em gatos de pelo longo podem sofrer regressão espontânea, porem leva-se de 1 ano e meio a 4 anos (ARANTE et al, 2003). As lesões da infecção humana por M. canis são tipicamente eritematosas, levemente pruriginosas, ligeiramente elevadas e focais. As lesões humanas por Sporathrix schenkii podem decorrer da manipulação de material emanado de lesões infectadas. (WHILKINSON; HARVEY, 1996). As lesões podem ser não inflamatórias (áreas alopecicas arredondadas, descamativas e com pelos quebradiços) ou inflamatórias (áreas eritematosas com alopecia, descamação, crostas e formação de pústulas) (SCOTT, 2001). Figura 7 – MicrosporumCanis em humanos Fonte: https://deskgram.net/explore/tags/dermatofitose A infecção é causada pela penetração do agente no estrato córneo ou folículo piloso da pele do hospedeiro, por meio da produção de enzimas queratoliticas e lipase, que favorecem sua penetração (CARLTON; MCGAVIN, 1996). As formas que infectam os tecidos queratinizados são chamadas de artroconidios, sendo estes e/ou as hifas artroconidiadas visualizadas no exame direto. Já na cultura, pode ser visualizado as hifas septadas e/ou macroconidios e microconidios (QUINN, et al., 2005). Quando os dermatofitos infectam o talo e folículo pilosos, os fragmentos dos pelos ficam preenchidos por artrósporos, os talos se rompem com facilidade e liberam os esporos, contaminando o ambiente e permanecendo viáveis durante vários meses (SIDRIM; ROCHA, 2004). As modificações cutâneas nas dermatofitoses de origem animal em humanos são variáveis e a maioria ocorre comumente em áreas do corpo que entram em contato com animais infectados, como os braços, couro cabeludo e tronco. (MULLER; KIRK, 1995). As diferenças de sinais clínicos se devem a fatores como espécie fúngica e imunidade do hospedeiro (DEGREEF, 2008; VERMOUT et al., 2008). O diagnóstico deve ser baseado no histórico clínico do animal, exame físico, exame com luz ultravioleta, coleta de material como pelos, escamas ou garras para análise microscópica e cultura fúngica, a fim de identificar o agente (MEDLEAU; RISTIC, 1992; BALDA, 2016). Cerca de 30% de todos os casos de microsporose e cerca de 15% de todos os casos de dermatofitose em humanos são causados por M. canis, sendo a vasta maioria dessas infecções adquiridas dos gatos. (MULLER; KIRK, 1995). O tratamento para sua eficácia dependerá, de ser previamente diagnosticado o gênero e espécie causal da doença, pois para cada tipo e agente causal, existem fármacos mais eficientes (SILVA et al., 1998). O diagnóstico laboratorial depende diretamente de uma coleta adequada, devendo-se desinfetar a região com álcool 70 GL (CARLOTTI; PIN, 2002; BRUNE, 2009). Os pelos devem ser coletados das bordas da lesão, onde se encontra a infecção ativa por dermatófitos. Técnicas de coleta, como do “carpete” ou da “escova de dentes” estéreis podem ser utilizadas. O material obtido deve ser conservado em temperatura ambiente, não havendo prazo para a remessa ao laboratório desde que as amostras sejam separadas e acondicionadas adequadamente (CARLOTTI; PIN, 2002). O controle e a profilaxia deverão ser feitos com isolamento dos animais doentes e a desinfecção dos materiais e ambientes como forma de se evitar a transmissão da doença para outros animais sadios, sendo que em algumas regiões são utilizados o tratamento com antifúngico de uso agrícola Captan (N-triclometilmercapeto-4-ciclohexano-1,2-dicarboxamida) sendo efetuado o banho de aspersão pulverizado por bomba. O medicamento deverá ser diluído em 1:300 a 1:400 em 7-7 litros da calda por animal e dependendo da idade do animal em duas doses em intervalos de duas semanas (GRIET-CORREA et al., 2007). Os casos de dermatofitoses localizadas podem ser tratados com produtos tópicos a base de derivados imidazolicos (pomadas, loções e cremes) e xampus a base de princípios antifúngicos. Porém, nos casos generalizados, deve ser associada terapia sistêmica antifúngica (BALDA, 2016). 3 – Diagnóstico e tratamento das dermatofitoses Devido a semelhança de sinais clínicos se comparada a outros tipos de problemas dermatológicos, as dermatomicoses, em geral, são clinicamente mal diagnosticadas e supraestimadas, o que dispõe a erros de conduta na terapêutica da doença. Haja vista a confiabilidade quanto ao diagnóstico laboratorial, o obstáculo da demora para obtenção do resultado ainda deve ser superado. Assim, pesquisadores visam a aperfeiçoar métodos micológicos de diagnóstico convencional, por meio do uso de novos meios de cultivo, os quais devem proporcionar resultados mais rápidos e eficientes (CHAVES, 2007). De acordo Balda (2001), diagnóstico de infecções causadas por fungos de maneira superficial, em geral, é feito por meio de dados de identificação e anamnese quanto aos aspectos morfométricos das lesões cutâneas elementares detectadas no exame dermatológico, sendo complementado por resultados de exames subsidiários, como a lâmpada de Wood, exame micológico direto e cultivo micológico. O procedimento por meio da lâmpada de Wood, é utilizado para diagnosticar infecções de caráter dermatófito, na qual emite ondas de luz ultravioleta de 330 a 365 nanômetros de comprimento, sendo usada no exame de pelos ou tecidos suspeitos de dermatofitose, os quais podem fluorescer em presença direta da luz em local escuro. Esse é preconizado na seleção de pelos para exame tricográfico, cultura fúngica e controle de tratamento. Fluorescência da pele e pelos é resultado do metabólito de triptofano originário de alguns dermatófitos. Somente o M. canis é capaz de produzir tal reação, podendo ocorrer em 50 a 70% dos casos diagnosticados. Esse procedimento é extremamente útil na clínica de pequenos animais, contudo, possui limitações como baixa sensibilidade e algumas preparações tópicas, que podem gerar fluorescência não específica, acarretando em resultados falso-positivos (ZRIMSEK et al., 1999; MORIELLO, 2004; MACIEL; VIANA, 2005; CHAVES, 2007). Diagnóstico clínico e tratamento de dermatofitoses não devem ser desconexos dos devidos exames laboratoriais. Contudo, diagnóstico de infecções fúngicas é realizado apenas de maneira clínica, sem apropriado diagnóstico laboratorial. Em medicina veterinária, a situação pode ser ainda pior, em consequência a falta de profissionais qualificados para efetuação dos exames laboratoriais (HAY et al., 1995; PIÉRARD et al., 1996; CAVALCANTE, 2006). Quando o diagnóstico é feito apenas com base em sinais clínicos, esse pode ser falso, e levar a superestimação de incidência de dermatófitos. Ademais, ausência de análises laboratoriais pode impedir conhecimento da população de fungos de maior ocorrência para determinada região, uma vez que, essa pode variar em função do local. Com isso, para que seja feito diagnóstico correto, esse é fundamentado em série de etapas, observações e exames que irão investigar desde o histórico clínico do animal, exame físico, exame com ultravioleta, coleta do material, microscopia direta do material, cultura fúngica e consequente identificação final do agente patogênico (KHORSRAVI; MAHMOUDI, 2003; MENDLEAU; RISTIC, 1992). Inspeção inicial é feita por meio de avaliação física do animal, por meio de análise cutânea, no qual é possível identificar o quadro clínico sugestivo de dermatofitose, em que se destacam lesões alopécicas de padrão circular, eritematosas e encobertas por escamas, através da utilização de solução clarificante. Com isso, exame microscópico direto se torna método rápido e eficaz na detecção de infecção fúngica. Exame das amostras é feito em microscópio óptico e verificada presença de hifas e artroconídios, utiliza-se soluções alcalinas fortes, em especial o KOH na concentração de 10-30% visando a limpar e clarear a mostra, para melhor visualização de estruturas presentes nos fungos. Devido à dificuldade na visualização, esse pode ser inconclusivo, necessitando ser realizada cultura do material (SIDRIM; ROCHA, 2004; CHAVES, 2007; SCOTT et al., 2001; CAVALCANTE, 2006). Isolamento de maneira primária, no qual é feita a distribuição do espécime clínico em meio de cultura artificial, segue o exame direto. Esse pode ser feito em meio de ágar Sabouraud, bem como no mesmo adicionado a antimicrobianos, como cloranfenicol e cicloheximida. Os antimicrobianos citados, quando adjuntos ao ágar Sabouraud, impedem que ocorra crescimento de bactérias contaminantes e fungos saprofitas, na ordem. Outro meio, porém menos utilizado e que pode contribuir na identificação de fungos dermatofíticos é o DTM (Dermatophyte Test Medium) (SIDRIM; ROCHA, 2004; GUILLOT et al., 2001). Em seguida ao isolamento primário, ocorre caracterização da macro e micromorfologiada colônia fúngica, os quais precisam ser considerados em conjunto, haja vista que, a colônia fúngica pode sugerir a espécie, contudo, apenas os aspecto micromorfológicos irão garantir caracterização e diagnóstico preciso (SIDRIM; ROCHA, 2004). Quanto aos tratamentos utilizados nas dermatofitoses, esses devem ser locais e sistêmicos. Em caso de tratamentos tópicos, deve haver o corte dos pelos, deixando uma margem tricotomizada de seis centímetros ao redor das lesões e no local, aplicação de Iodo polivinilpirrolidona a 10%. Uso de Cetoconazol e de Hipoclorito de sódio em solução também podem ser eficientes, contudo, com maior tempo para produção do efeito desejado, o que procede em perda de tempo para ao final conclusão por resultado negativo (REZENDE et a., 2017; CORNEGLIANI et al., 2009; WILLEMSE, 1998). Em terapêutica sistêmica pode ser utilizado Cetoconazol, tratamento esse que deve ser prolongado por ao menos quatro semana após cura clínica da enfermidade. Outra opção oral, é a Griseofulvina, podendo ser administrada a cada 24 horas para média de 41 dias. Intraconazol por ser usado quando ocorre resistência ou toxicidade por parte de Griseofulvina (REZENDE et a., 2017; WILLEMSE, 1998). Casos crônicos e recidivantes quanto as dermatofitoses, podem ocorrem usualmente após tratamentos considerados ineficazes, ou mesmo duração incorreta do mesmo, falha na tricotomia e falhas na eliminação das possibilidades de contágio, pelos animais ou meio ambiente. Essa doença pode estar ligada a enfermidades como Hiperadrenocorticismo, Diabete Melitus e infecções com FIV e/ou FELV, cânceres ou ainda tratamentos imunossupressores (REZENDE et al., 2017; SCOTT et al., 2001). Procura por fármacos para combater as dermatofitoses no ser humano e animais é frequente. Contudo, medicamentos alopáticos são de origem química e podem acarretar em intoxicação do paciente, com isso, houve surgimento de novas terapêuticas como a Homeopatia. Devido a utilização de medicamentos excessivamente diluídos e potencializados a Homeopatia não causa efeitos colaterais, intoxicações ou mesmo intolerâncias, sendo assim, não há contra indicações quanto ao seu uso. Além disso, essa pode ser associada a qualquer outro tipo de terapia e atua na melhoria da qualidade de vida em pacientes terminais de câncer, insuficiência renal, hepática, cardíaca e na imunodeficiência (REZENDE et al., 2017; LOPES, 2009). CONSIDERAÇÕES FINAIS Patologias causadas por dermatofitos de origem fúngica, são comuns em cães e gatos, e podem ser transmitidas ao homem, sendo zoonose de importância, tanto por contato com animais que estejam infectados, como por fômites contaminadas e onde tenha ocorrido proliferação dos fungos causadores. Por meio de diagnóstico correto pode-se confirmar os principais causadores das dermatites. Em casos de dermatomicoses, através de diagnóstico precoce e confirmatório, utiliza-se de tratamento prático, caro e nem sempre eficaz, o qual irá buscar o bem estar e melhora dos infectados, sendo eles seres humanos ou animais. O diagnóstico rápido e preciso de fungos patogênicos é essencial para que o tratamento adequado seja oferecido ao paciente antes da progressão da doença. (DIGNANI; 2014), Conhecer melhor o perfil epidemiológico dos dermatófitos possibilita estabelecer um prognóstico da população, bem como a adoção de medidas profiláticas a serem desenvolvidas na comunidade para redução desses índices. Por isso, estudos dessa natureza devem sempre ser realizados, a fim de revalidar os dados presentes na literatura. REFERÊNCIAS BALDA, A. C.; LARSSON, C. E.; OTSUKA, M.; GAMBALE, W. Estudo Retrospectivo de Casuística das Dermatofitoses em Cães e Gatos Atendidos no Serviço de Dermatologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Acta Scientiae Veterinariae, v. 32, n. 2, p.133 - 140, 2004. BENTUBO, H. D. L.; FEDULLO, J. D. L.; CORRÊA, S. H. R.; TEIXEIRA, R. H. F.; COUTINHO, S. D. A. 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