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TEXTO COMPLEMENTAR - AULA 08 - Sistema Nervoso parte 2

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Unidade:Caruaru
	CURSO: Educação Física Bacharelado
Turma: 2021.2
	
	Disciplina: Fisiologia Aplicada ao Desenvolvimento Motora
	Período:
	
	Professor: Ulisses Freire
	3 e 4
	
	Aula:
	08
	Tema:
	Sistema Nervoso Parte 2
TEXTO COMPLEMENTAR
SISTEMA NERVOSO
Parte 2
Células Gliais
O grupo de células em maior quantidade no tecido nervoso
As células gliais são um grupo de células humanas que integram o tecido nervoso. Ainda que sejam responsáveis por uma série de funções dentro do Sistema Nervoso Central (SNC) e sejam bastante numerosas, muitas vezes, seu estudo é negligenciado e os neurônios ganham centralidade quando se trata do SNC. Um dos aspectos que podem explicar esse fenômeno é o fato de que, durante muito tempo, se tinha uma visão equivocada acerca da atuação das células gliais no tecido nervoso. Acreditava-se que sua função se restringia a alimentar os neurônios, contudo pesquisas mais recentes dão ênfase às diferentes atividades que os diferentes subgrupos dessas células desempenham.
Tipos de células gliais 
O tecido nervoso é formado pelos neurônios, conhecidos por realizar o processo de transmissão de informações, e pelas células de glia, que desempenham diversas funções, de acordo com o seu tipo. Estima-se que, para cada neurônio, existem 10 células gliais, mas como elas são menores, ocupam apenas metade do tecido. 
De acordo com o tamanho, as células de glia são classificadas em dois tipos principais, são eles microglias e macroglias. Essa última possui ainda quatro subdivisões, cujas células têm estrutura e funções próprias, são os oligodendrócitos, astrócitos, células de Schwann, células ependimárias. 
Entre as funções desempenhadas pelas células gliais estão a nutrição, proteção e auxílio na sustentação do tecido nervoso. 
Microglias 
As microglias são um grupo de células gliais muito pequenas. Elas têm o formato alongado e possuem prolongamentos curtos e irregulares. O núcleo celular das microglias possui um formato de bastão e a cromatina encontra-se condensada. Esse grupo celular possui função atrelada à defesa imunológica do SNC.
As microglias entram em funcionamento sempre que o indivíduo é acometido por uma infecção, lesão ou doença degenerativa. Nesse momento, há aumento na produção celular e elas realizam a fagocitose do agente causador do distúrbio.
Os astrócitos possuem formato de estrela (Imagem: Wikimedia)
Astrócitos 
Os astrócitos fazem parte do grupo das macroglias. Essas células, como o próprio nome diz, possuem formato de estrela. Constituem o grupo de células gliais mais comum, além de serem as maiores encontradas no tecido nervoso. Os astrócitos estabelecem a ligação entre os neurônios e os capilares sanguíneos e a pia-máter. Eles também são responsáveis por regular algumas funções neuronais e criam uma barreira contra agentes tóxicos encontrados no sangue. 
Internamente, eles são classificados em astrócitos fibrosos e astrócitos protoplasmáticos. Essa divisão tem como base a localização das células e a sua estrutura. Os fibrosos possuem poucos prolongamentos que, por sua vez, são longos e são encontrados na substância branca. Já os protoplasmáticos possuem muitos prolongamentos curtos e estão presentes na substância cinzenta. 
Células de Schwann 
As células de Schwann compartilham com os oligodendrócitos a função de formar a bainha mielina nos neurônios, promovendo assim o isolamento elétrico das células. Contudo, sua atuação se limita aos neurônios localizados no sistema nervoso periférico. 
Cada célula forma a bainha em somente um neurônio e, para isso, se enrolam em volta dos axônios. Esse processo faz com que os impulsos elétricos sejam propagados de maneira mais rápida e eficiente. 
Oligodendrócitos 
Como adiantamos, a função dos oligodendrócitos é a mesma das células de Schwann. Contudo, esses grupos de células gliais se diferenciam pelo número de células envolvidas pela bainha de mielina criada e pelo tipo de células com os quais interage. Enquanto cada célula de Schwann envolve apenas um neurônio, os oligodendrócitos podem envolver um total de até 60 axônios de neurônios. 
A outra distinção consiste no fato de que os neurônios envolvidos por esse grupo de células gliais são localizados no sistema nervoso central e não no sistema nervoso periférico, como acontece com as células de Schwann.
Células ependimócitos
Esse grupo de células gliais tem em sua função é promover o revestimento do sistema nervoso. Dessa forma, elas possibilitam que haja a movimentação do líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor. As células ependimárias estão presentes nas cavidades existentes no cérebro - os ventrículos - e no canal central da medula espinhal. 
O tecido nervoso 
O tecido nervoso, no qual são encontradas as células gliais, realiza o processo de comunicação interna e externa do indivíduo. Desse modo, absorve mensagens e informações dos ambientes externo e interno e, após decodificá-las, elabora a resposta que será executada pelo indivíduo. 
Esse tecido é acionado sempre que identificamos um cheiro, sentimos um sabor, respondemos ao frio e ao calor. Ele também é acionado nos processos de aprendizagem, construção de memórias, pensamento e etc. Além disso, é o por ação do tecido nervoso que há produção de secreções pelas glândulas e respostas musculares. 
Transmissão de impulso elétrico (informação)
Quando um neurônio recebe um estímulo, se este é forte o suficiente, leva a produção de um impulso nervoso. O impulso nervoso corresponde a uma corrente elétrica que caminha rapidamente no axônio até os botões sinápticos. O impulso nervoso para começar precisa encontrar a membrana numa condição denominada potencial de repouso; uma vez iniciado, se auto propagará. No neurônio não estimulado ou em repouso, a superfície interna da membrana plasmática tem uma carga negativa comparada com o fluido tecidual adjacente (fig.). A membrana plasmática esta assim polarizada.
Fig. - Segmento de um axônio em repouso. Sódio (Na+ ) é bombeado para fora da célula, enquanto que o potássio (K+ ) é bombeado para dentro. Este processo ocorre mesmo contra o gradiente de concentração, pois há mais Na+ no meio extra celular do que K+ , que predomina no interior da célula. Este é o papel da proteína transportadora de Na+ e K+, chamada bomba de Na+ /K+ . Devido à distribuição diferencial dos íons, a parte interna do axônio é carregada negativamente, comparada com o fluido externo. A presença de outras moléculas carregadas negativamente e outros íons contribuem para esta polaridade. Quando cargas elétricas estão separadas desta maneira, há uma diferença de energia potencial elétrica através da membrana. Se fosse permitido as cargas juntarem-se, teriam um potencial de trabalho. O trabalho que poderia ser realizado pode ser expresso em milivolts. No neurônio em repouso, a diferença de potencial através da membrana plasmática é chamada de potencial de membrana ou potencial de repouso.
A membrana plasmática alcança seu potencial de repouso pela atividade eficiente da bomba de sódio/ potássio/ ATPase, que transporta sódio e potássio para o interior e exterior do neurônio. A proteína transportadora de Na+ e K+ é na realidade uma enzima, ATPase, que hidrolisa a molécula de ATP,"gerando" a energia necessária para o transporte destes íons através da membrana. Três íons Na+ são bombeados fora da célula para cada dois íons K+ bombeados para dentro. Ambos os íons Na+ e K+ podem se difundir de volta através da membrana, a favor de seu gradiente de concentração. Todavia, a membrana é mais permeável ao K+ do que ao Na+ . Assim, grande amostra de K+ pode sair, e somente pequena amostra de Na+ volta para dentro. Como resultado, mais cargas positivas são mantidas fora da membrana que dentro. Proteínas negativamente carregadas e outras moléculas grandes contribuem para as cargas negativas relativas ao lado interno da membrana plasmática, pois não se difunde para fora da célula. Num certo ponto, a carga positiva externa torna-se tão alta que não é mais possível a saída de K+ . Neste ponto o neurônioalcançou seu potencial de repouso, cerca de -70 milivolts.
Sinapse
A sinapse é a região responsável por realizar a comunicação entre dois ou mais neurônios, ou de um neurônio para um órgão efetor, ou seja, um músculo ou uma glândula.
Ela tem por função enviar sinais através da transmissão sináptica, para ocorrer alguma ação específica no corpo.
Acontecem milhões de sinapses diariamente no corpo humano. São elas que fazem com que seu músculo retraia rapidamente ao encostar em algo muito quente, por exemplo, e também enviam neurotransmissores importantes ao longo das células, como a dopamina, a serotonina, entre outros.
Onde ocorre a sinapse?
A sinapse pode ocorrer em três locais diferentes, dependendo unicamente do tipo de comunicação a ser feita e a mensagem que precisa ser enviada. São eles:
Axo-dendrítica: acontece entre o axônio do primeiro neurônio e o dendrito do segundo neurônio;
Axo-axônica: ocorre entre o axônio do primeiro neurônio e o axônio do segundo neurônio;
Axo-somática: acontece entre o axônio do primeiro neurônio e o corpo do segundo neurônio;
Para compreender melhor os locais onde essas sinapses acontecem é preciso que você conheça a estrutura de um neurônio e suas funções.
Como ilustrado na imagem abaixo, o neurônio é uma célula nervosa com uma estrutura diferente das células convencionais e tem por objetivo gerar impulsos elétricos. Isso acontece porque o sistema nervoso central e periférico trabalham especificamente com eletricidade.
· O corpo da célula é onde se inicia o estímulo elétrico que percorrerá todo o neurônio;
· Os dendritos são as ramificações responsáveis por se unirem a outros neurônios, iniciando uma comunicação entre eles;
· O axônio é o canal responsável por transmitir o impulso elétrico do núcleo até o final do neurônio;
· A bainha de mielina é o revestimento presente no axônio e sua função é isolar a eletricidade que passa por dentro do axônio;
· Os nódulos de ranvier, presentes entre as bainhas de mielina, são responsáveis por aumentar a velocidade do impulso elétrico que passa pelo axônio;
· O terminal axonal ou terminal sináptico tem por função se ligar a outros neurônios.
Neurotransmissor
Um neurotransmissor pode ser definido como um mensageiro químico que é liberado pelos neurônios. Essa molécula garante que a informação seja levada a uma célula receptora.
Os neurotransmissores são importantes moléculas produzidas e liberadas por neurônios, encontradas geralmente em vesículas pré-sinápticas neuronais. Essas substâncias químicas apresentam papel fundamental no funcionamento do sistema nervoso.
Mecanismo de ação dos neurotransmissores
Os neurotransmissores são sintetizados nos neurônios e armazenados em vesículas neuronais. Quando o impulso nervoso chega até os locais onde estão os neurotransmissores, essas moléculas são liberadas por exocitose e caem na fenda sináptica. Essa fenda é um espaço situado entre a membrana pré-sináptica (membrana que libera os neurotransmissores) e a membrana pós-sináptica (membrana da célula vizinha).
Os neurotransmissores interagem, então, com as membranas pós-sinápticas e são reconhecidos por receptores altamente específicos. Uma porção dos neurotransmissores pode ser reaproveitada pelo neurônio responsável pela sua síntese ou ser rearmazenada nesse mesmo neurônio. A liberação dos neurotransmissores, bem como sua captura por outras células, garante a transmissão do impulso nervoso.
Podemos classificar os neurotransmissores em dois tipos: aqueles que promovem respostas excitatórias e aqueles que produzem respostas inibitórias.
· Excitatórios: esses neurônios provocam a despolarização da membrana pós-sinápticas.
· Inibitórios: esses neurônios promovem a hiperpolarização da membrana pós-sinápticas.
Alguns exemplos de neurotransmissores
Existem alguns importantes exemplos de neurotransmissores. A seguir, listamos alguns deles:
· Acetilcolina: A função desse neurotransmissor é estimular a propagação dos impulsos nervosos das células nervosas para células motoras e músculos esqueléticos. Essa molécula está relacionada com o controle do tônus muscular, aprendizado e performance sexual. Esse neurotransmissor destaca-se ainda por ser encontrado em grande quantidade no organismo e ter sido o primeiro a ser descoberto.
· Endorfina: Esse neurotransmissor relaciona-se com sentimentos como euforia e êxtase. Esse neurotransmissor atua também aliviando a sensação de dor e reduzindo o estresse.
· Dopamina: A função da dopamina está relacionada com o local onde ela atua. Assim como a endorfina, essa molécula também está relacionada com a euforia e, além disso, apresenta relação com a execução de movimentos suaves e regulação das informações advindas das diferentes partes do cérebro.
· Serotonina: Esse neurotransmissor relaciona-se, por exemplo, com estímulos dos batimentos cardíacos, regulação dos níveis de humor e início do sono. Os medicamentos que tratam depressão buscam aumentar os níveis de serotonina, portanto, podemos dizer que esse neurotransmissor é importante na luta contra esse distúrbio mental.
Unidade motora
A unidade motora é composta pelo grupo de fibras musculares que são coordenadas por um único neurônio motor. Este neurônio motor é responsável por transmitir a informação ao cérebro de que o músculo precisa de contrair ou de relaxar.
Uma vez que existem muito mais fibras musculares do que neurónios motores, os axônios – parte do neurônio responsável pela condução dos impulsos elétricos – ramificam-se de forma a comunicarem com as diferentes fibras musculares.
Tanto as unidades motoras como os neurônios motor que as inervam podem variar em tamanho. Neurônios motores pequenos inervam relativamente poucas fibras musculares, formando unidades motoras capazes de gerar menos força. Já neurônios motores grandes inervam uma quantidade maior de fibras musculares, formando unidades motoras maiores e mais potentes.
As unidades motoras também diferem quanto ao tipo de fibras musculares que inervam. Na maioria do músculo esquelético, as unidades motoras pequenas inervam as fibras musculares “vermelhas”, que contraem de forma lenta e geram uma força relativamente menor.
Por outro lado, por causa do seu conteúdo abundante em mioglobina, mitocôndrias e capilares, estas fibras vermelhas são mais resistentes à fadiga. São, por isso, importantes para as atividades que exigem uma contração muscular regular, tal como caminhar ou manter uma postura ereta.
Os neurônios motores de maior dimensão inervam as fibras musculares brancas, que contraem de forma mais rápida e geram mais força. No entanto, essas fibras têm escassas mitocôndrias e, como tal, fatigam-se mais rápido. São especialmente importantes para atividades breves que necessitam de uma grande quantidade de energia e força, como sprintar ou saltar.
Uma terceira classe de unidades motoras possui propriedades que se situam entre as duas que abordamos anteriormente. Estas unidades motoras são de tamanho médio e não geram força de forma tão rápida como as que descrevemos no parágrafo anterior.
Estas distinções entre os diferentes tipos de unidades motoras revelam a forma como o sistema nervoso produz movimentos adequados para diferentes circunstâncias. Elas também explicam as diferenças estruturais entre os grupos musculares.
Contração Muscular
A contração muscular refere-se ao deslizamento da actina sobre a miosina nas células musculares, permitindo os movimentos do corpo. As fibras musculares contém os filamentos de proteínas contráteis de actina e miosina, dispostas lado a lado. Esses filamentos se repetem ao longo da fibra muscular, formando o sarcômero, que é a unidade funcional da contração muscular.
Para que ocorra a contração muscular são necessários três elementos:
· Estímulo do sistema nervoso;
· As proteínas contráteis, actina e miosina;
· Energia para contração, fornecida pelo ATP.
Como ocorre a contração muscular?
O cérebro envia sinais, através do sistema nervoso, para o neurônio motor que está em contato com as fibras musculares. Quando próximo da superfícieda fibra muscular, o axônio perde bainha de mielina e dilata-se, formando a placa motora. Os nervos motores se conectam aos músculos através das placas motoras.
Os axônios do neurônio motor em contato com a fibra muscular. Com a chegada do impulso nervoso, as terminações axônicas do nervo motor lançam sobre suas fibras musculares a acetilcolina, uma substância neurotransmissora.
A acetilcolina liga-se aos receptores da membrana da fibra muscular, desencadeando um potencial de ação. Nesse momento, os filamentos de actina e miosina se contraem, levando à diminuição do sarcômero e consequentemente provocando a contração muscular.
A contração muscular segue a "lei do tudo ou nada". Ou seja: a fibra muscular se contrai totalmente ou não se contrai. Se o estímulo não for suficiente, nada acontece.
Tipos de Contração Muscular
A contração muscular pode ser de dois tipos:
1. Contração isométrica: quando o músculo se contrai, sem encurtar o seu tamanho. Exemplo: a manutenção da postura envolve a contração isométrica.
2. Contração isotônica: quando a contração promove o encurtamento do músculo. Exemplo: movimento dos membros inferiores.
O mecanismo da contração muscular
Na contração das fibras musculares esqueléticas, ocorre o encurtamento dos sarcômeros: os filamentos de actina “deslizam” sobre os de miosina, graças a certos pontos de união que se formam entre esses dois filamentos, levando á formação da actomiosina.
Para esse deslizamento acontecer, há a participação de grande quantidade de dois elementos importantes : íons Ca ++ e ATP. Nesse caso cabe à molécula de miosina o papel de “quebrar” (hidrolisar) o ATP, liberando a energia necessária para a ocorrência de contração.
Resumidamente, a atividade de contração muscular pode ser representada por:
O estímulo à contração muscular
A musculatura lisa é controlada pelos nervos do sistema nervoso autônomo. As divisões simpática e parassimpática atuam sobre a atividade da musculatura lisa dos órgãos digestivos  e excretores.
No entanto, o tecido muscular liso também pode ser estimulado a funcionar pela distensão da parede do órgão. É o que acontece, por exemplo, quando o bolo alimentar está passando pelo tubo digestivo. A distensão causada pelo aumento na parede intestinal provoca uma resposta de contração na musculatura lisa dessa parede. Como resultado, gera-se uma onda de peristaltismo, que impulsiona o alimento “para frente”.
Por outro lado, a musculatura estriada, na maior parte das vezes, fica sob controle voluntário. Ramos nervosos se encaminham para o tecido muscular e se ramificam, atingindo células musculares individuais ou grupos delas.
Cada ponto de junção entre uma terminação nervosa e a membrana plasmática da célula muscular corresponde a uma sinapse. Essa junção é conhecida pelo nome de placa motora. O impulso nervoso propaga-se pelo neurônio e atinge a placa motora. A membrana da célula muscular recebe o estímulo. Gera-se uma corrente elétrica que se propaga por essa membrana, atinge o citoplasma e desencadeia o mecanismo de contração muscular.
Circuito Músculo-Cérebro
Os nervos estão conectados e comunicam seus sinais através de sinapses. O movimento de um músculo envolve duas vias nervosas complexas: a via nervosa sensitiva até o cérebro e a via nervosa motora até o músculo. Esse circuito é composto por doze etapas básicas, as quais são indicadas a seguir:
1. Os receptores sensitivos da pele detectam as sensações.
2. É feita a transmissão um sinal ao cérebro.
3. O sinal é transmitido ao longo de um nervo sensitivo até a medula espinhal.
4. Uma sinapse na medula espinhal conecta o nervo sensitivo a um nervo da medula espinhal.
5. O nervo cruza para o lado oposto da medula espinhal.
6. O sinal é transmitido e ascende pela medula espinhal.
7. Uma sinapse no tálamo conecta a medula espinhal às fibras nervosas que transmitem o sinal até o córtex sensitivo.
8. O córtex sensitivo detecta o sinal.
9. O córtex motor gere um sinal de movimento.
10. O nervo que transmite o sinal cruza para o outro lado, na base do cérebro.
11. O sinal é transmitido para baixo pela medula espinhal.
12. Uma sinapse conecta a medula espinhal a um nervo motor.
13. O sinal prossegue ao longo do nervo motor.
14. O sinal atinge a placa motora, onde ele estimula o movimento muscular. 
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