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AULA 01 TGP

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AULA 01 – TGP - COMPETÊNCIA DOS ORGÃOS
STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
ART 102 CF
 “Compete ao STF, precipuamente, A GUARDA DA CONSTITUIÇÃO” - Função precípua do STF = Guarda da constituição. A função primordial do supremo é ser o guardião da constituição o que significa que faz o controle DE CONSTITUCIONALIDADE tanto o concentrado quanto o difuso (em ultima instância)
I – CABENDO-LHE PROCESSAR E JULGAR, ORIGINARIAMENTE : trata-se de competência originaria, ou seja, processos que por decisão do legislador constituinte ficou a cargo do STF, podemos dizer também que essas matérias não chegaram mediante recurso, mas foram impetradas diretamente no supremo.
A Ação direita de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; 
Explicação--------{ quando ele fala de ação direta é controle de concentrado porque no controle difuso é feito entrepartes Exemplo: A ajuíza uma demanda contra B no juízo na comarca de Itamaracá, e B diz que o pedido de A não faz sentido pois funda-se numa norma inconstitucional. Então no caso de uma ação de despejo, na hora que o juiz de direito da comarca de Itamaracá acolhe esta alegação de inconstitucionalidade incidental (incidental porque o processo não foi movido para isso, e sim como matéria de defesa) 
Uma das diferenças entre controle difuso e concentrado.
DIFUSO SERIA RESOLVER UMA QUESTÃO ANTERIOR AO PEDIDO DO PROCESSO, diferentemente do controle de inconstitucionalidade direto no qual o processo é ajuizado exatamente para isso. No controle difuso a demanda pode começar em Itamaracá ir subindo em grau de recurso e pode terminar no STF em grau de recurso extraordinário.
p)
 O pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;
É possível um pedido liminar nas ações diretas de inconstitucionalidade (controle concentrado) Então, o ministro do STF sozinho, se ele se convence que a norma é inconstitucional, ele decide pela inconstitucionalidade provisoriamente ate o mérito ser julgado, e ele suspende por uma decisão dele a execução de uma norma que foi votada pelas duas casas do congresso e sancionada pelo presidente da república.
ENTÃO O MINISTRO DO STF PODE EM CARATER LIMINAR, CAUTELAR, JÁ PODE DECLARAR A NORMA INCONSTITUCIONAL, Logo depois será apreciado pelo plenário, mas o relator monocraticamente em sede de controle difuso não pode decidir pela Inconstitucionalidade. 
OBSERVAÇÃO: Se o STF fosse um tribunal constitucional só teríamos essas duas alíneas A e P, pois tudo o que vem mais adiante deveria ficar para o STJ, no entanto o STF decide muitas outras materiais além das materiais constitucionais;.
QUAIS SÃO AS CAUSAS EM QUE O STF FUNCIONA COMO CASA DE JUSTIÇA? 
Nas infrações penais comuns: O Presidente da República, o Vice-presidente, os membros do congresso nacional, seus próprios ministros e o Procurador geral da Republica; no caso de crimes eleitorais o julgamento será no TSE, nos crimes militares vai para o STM. Chama-se foro por prerrogativa de função em face das altas funções exercidas pelo acusado, o julgamento perante o STF é em razão da função exercida e não em razão da pessoa, tanto é assim, que após sair da função o processo irá para instância ordinária, É INSTITUCIONAL E NÃO PESSOAL.
c)
 Nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;
Se for crime conexo de responsabilidade com o Presidente da republica é julgado pelo senado. O argumento é o mesmo que a alínea anterior.
d) 
O habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; 
O habeas corpus é tratado na doutrina como remédio constitucional para tutelar a liberdade de comoção, quem necessita do habeas corpus é o paciente ( ou então, se caso o paciente mesmo impetrar, será ao mesmo tempo paciente e impetrante). Ex: um comandante de uma das armas, ou um deputado, ou um embaixador é preso e vai ajuizar habeas corpus no STF, pois tem prerrogativa de função.
O mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; aqui seria em razão da entidade coatora, ou seja, quem praticou o ato que se quer anular ou quem praticou o ato ilegal que se quer afastar e corrigir. Quando o autor da coação for contra essas autoridades então por prerrogativa de função deverá ser impetrado no STF.
e) 
o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território; exemplo ONU, OEA esteja brigando com o Brasil ou contra um estado da federação, essa demanda não pode ser decidida por um juiz de direito da comarca, a ONU ao cobrar um debito do Brasil deverá cobrar no STF.
f) 
As causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; exemplo: briga da união contra um estado, deve ser julgado no STF, ou então, uma demanda sobre matéria tributaria entre os estado do RJ e SP (nesse caso não pode ser julgado nem no TJ do RJ e nem no TJ de SP, já começa no STF) aqui visa preservar o pacto federativo.
 		
g) 
A extradição solicitada por Estado estrangeiro; aqui é quando alguém cometeu o crime fora do país e entrou no Brasil, então, pelas regras da convivência internacional, o país da condenação não pode mandar a policia de lá prender o cidadão aqui, pois isso seria uma agressão a soberania brasileira, então, eles oficiam via chancelaria pedindo a extradição, então o ministro das relações exteriores manda para o supremo, então o supremo vai examinar se o pedido de extradição atende às regras do direito internacional e do direito brasileiro, então o STF faz um juízo de ADMISSIBILIDADE, DANDO UM OK, com isso remete o processo a presidência da república para ver se é CONVENIENTE sob o ponto de vista das relações internacionais, extraditar ou não. Ex: Cesare Batisti (italiano bandido safado que veio arrumar abrigo no Brasil e ainda se encontra no Brasil), pois Dilma não concedeu a extradição)
i)
 O habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; aqui é o mesmo caminho da prerrogativa de função.
j) 
a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; o processo que transitou em julgado no supremo, ou então que em grau de recurso foi julgado lá. Aprendemos que uma das características jurisdicionais é a imutabilidade de seus julgados, ou seja, a coisa julgada. “Ex: o processo ocorreu na comarca de Itapissuma e não houve recurso, logo temos o transito em julgado, ou então a parte sucumbente compareceu pessoalmente e escreveu nos autos “renuncio ao meu direito de recorrer” ou senão “ acato a decisão”, ou então perdeu o prazo, logo transitou em julgado, Então o servidor do cartório ira escrever: “Certifico que a sentença de folhas XX transitou em julgado no dia 06/04/2015, Itapissuma e data e assina, aqui é um ato cartorário, só certifica algo que já ocorreu. Ora, a doutrina faz distinção entre coisa julgada e coisa soberanamente julgada (quando ultrapassa o prazo de 2 anos do transito em julgado) pois, até 06/04/2017 cabe ação rescisória dessa sentença. Mas depois que passou esse prazo não pode mais impor recurso, então somente aqui em 06/04/2017 a sentença é coisa soberanamente julgada e não cabe mais recurso algum.... é ajoelhar e cumprir kkkkkk, antes poderia apelas, mas com prazo decadencial de2 anos a instancia competente para revisar a rescisão é a instância imediatamente superior aquela que proferiu a decisão: se for juízo da comarca de Itapissuma a instancia competente seria o TJ, se for o juiz do trabalho a instancia seria TRT.
A Ação rescisória é ação COGNITIVA DESCONSTITUTIVA para por abaixo a coisa que AINDA não é soberanamente julgada, É DIZER O MESMO QUE AÇÃO CONSTITUTIVA NEGATIVA.
Para Mera Leitura Processo civil 5 não cai na prova;
No CPC no artigo 485 “ a sentença de mérito transitada em julgado pode ser rescindida quando: 
São 9 hipóteses raríssimas de acontecer;
Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente;
III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV - ofender a coisa julgada;
V - violar literal disposição de lei;
Vl - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja provada na própria ação rescisória;
Vll - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de Ihe assegurar pronunciamento favorável;
VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se baseou a sentença;
IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa;
§ 1o Há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, ou quando considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido.
§ 2o É indispensável, num como noutro caso, que não tenha havido controvérsia, nem pronunciamento judicial sobre o fato.
A ação rescisória no Processo penal é chamada de revisão criminal (não tem prazo, é em qq momento) só se admite revisão criminal em sentença condenatória.
l) 
A reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; vamos admitir que outro órgão jurisdicional ou mesmo administrativo praticasse ato privativo do STF, deve-se reclamar no órgão usurpado, ou seja o STF (dizer: “olha,tem um órgão tal praticando atos que seria da competência do STF”) chamada de reclamação constitucional;
m)
a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais; por exemplo: a ONU veio cobrar débitos que o brasil esta devendo, então a execução desse julgado será no STF, da mesma forma quando do julgamento do mensalão a execução da sentença foi no STF, mas o que pode acontecer é dizer: facultada a edição de atos judiciais (vamos estudar isso mais no final) ex: mensalão em que o relator delegou ao Juízo de brasilia para decidir os incidentes da execução, da mesma maneira quando a execução é cível que quando penhorado um automóvel e vai para hasta publica o STF delegada para a piãozada ou seja, a magistratura de primeiro graus, então ele delega alguns atos da execução.
n)
A ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados; exemplo: aconteceu em Santa Catarina, uma associação de magistrados ajuizou uma demanda pediu reconhecimento e condenação do estado para pagar uma gratificação que há mais de 20 anos não era paga para magistratura, então em nome de todos a associação entrou com o pedido judicial para o acréscimo dessa gratificação e o tribunal negou dizendo não ter dotação orçamentária, então, os juízes entraram com uma reclamação judicial, ora, essa ação, todos os juízes de santa Catarina era interessado e quem julgasse em santa Catarina seria imparcial, então nesses casos vai para o STF, já começa no STF e não pode ser diferente.
o) 
Os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; Conflito de competência é quando uma demanda é ajuizada e vai para o juiz do trabalho de palmares e dai o juiz diz que não é competente e manda para o juiz de Nazaré da mata que diz que tb não é competente, logo, dois juízes dizem qua não são competentes para julgar a matéria e a parte não pode ficar sem o julgado, nesse caso, quem vai julgar o conflito é o TRT da região. Mas tem casos em que o STF julga conflitos de competência que é quando os órgãos em conflito são tribunais superiores ex: conflitos de competência entre o STJ e quaisquer tribunais, entre tribunais superiores, ou entre tribunal superior e outro tribunal quem decide é o STF. 
q) 
O mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal; O mandato de injunção é um instituto novo em que há uma norma criando direito e que não é auto executável e precisa de regulamentação, então aqueles que querem exercer tal direito devem ajuizar um mandato de injunção no judiciário (eficácia singular para aquela pessoa que pleiteou a demanda) o mandato de injunção é uma omissão regulamentadora. Quando o mandato de injunção for para o alto escalão então a competência é do STF
r) 
As ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Quem preside o CNJ é o presidente do STF (aqui ele não falou quase nada, é bom ler)
Atenção! O CNJ não é órgão constitucional e sim órgão administrativo.
ATENÇÃO!!! A COMPETENCIA DO STF É UM ROL EXAUSTIVO, OU SEJA O STF SO JULGA ESSAS MATERIAS.
COMPETENCIA RECURSAL ORDINARIO NO STF
II - julgar, em recurso ordinário: HC, MS,HD, MI
O habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; Nesse caso o processo já começou no Tribunal superior: STM, TST, TSE, STJ só são 4 tribunais superiores. A decisão deve ter sido desfavorável ao impetrante (duplo grau facultativo de jurisdição) ai vai para o STF como recurso ordinário, se for favorável não cabe recurso ordinário.
O crime político; é decidido pelo juiz de primeiro grau e a revisão é feita pelo STF. O crime politico é qualquer crime militar, comum ou eleitoral praticado com motivação politica, o animus é politico. Ex: numa extorsão mediante sequestro (crime comum previsto no CP); um grupo de uruguaios junto com brasileiros sequestraram Abílio Diniz e ele sequestraram para obter dinheiro para uma gangue uruguaia, dai, foi uma comoção nacional. Este crime politico, pois era um crime para financiar uma guerrilha, esse crime é da competência da Justiça federal e o duplo grau de jurisdição facultativo ou obrigatório é o STF (não vai para o TRF nem para o STJ, vai direto sem conexão para o STF) 
Art 109 da CF “ aos juízes federais compete processar e julgar:
I – Os crimes políticos;
Exemplo: na matéria especifica de extorsão mediante sequestro, vai ser julgado na JF do local e o duplo grau de jurisdição será no STF como recurso comum (recurso ordinário)

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