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Manifestações do Organismo em Relação aos Vírus

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Manifestações do organismo em relação aos vírus 
Problemas:
Alta incidência de manifestação de Dengue e Zika Vírus (epidemia)
Semelhança de sinais e sintomas (Zika e Dengue)
Difícil diagnostico por sorologia devido alta capacidade de mutação viral (reação viral)
Relação entre o vírus e a microcefalia
Hipóteses:
Podendo causar uma epidemia, devido alta quantidade de mosquitos (vetores) presentes no clima tropical.
Devido a preferência a um vetor comum (mosquito) e também, da estrutura viral.
É devido à dificuldade de isolar o vírus por causa de sua alta capacidade de mutação.
É que o vírus interfere no processo de neurulação, no fechamento do tubo neural, o que causa má formação (cérebro pequeno: cabeça pequena).
Perguntas:
Sobre o vírus:
Classificação
Estrutura
Composição 
Arbovirus 
DNA e RNA 
Vetor
Relacione com zika e dengue
Qual o mecanismo de invasão e evasão do vírus no organismo? Relacione a evasão com a vacina 
O que é o período de incubação, ativação e latência? Como os três se interligam? Como eles se manifestam? (Relacione com o caso).
Como o organismo reage quando recebe um vírus? O que é, e como funciona a janela imunológica? (Desde o reconhecimento até o combate) – quando ele vai reconhecer? Só ativo?
Quando e como ocorre a transmissão viral (Zika e dengue)?
Caracterize a transmissão vertical e horizontal.
Aebovírus: o que é? Qual sua estrutura? Composição? Quais os vetores que carregam eles? Como chama sua afinidade por determinadas células (tropismo celular)? Por quais células ela tem tropismo? Qual sua relação com Dengue e Zika?
O que é pandomia? Epidemia? Endemia?
Como o vírus cria resistência ao organismo? Por que?
O que é, e como identificar a carga viral?
O que é e como acontece a replicação viral?
O que é e como funciona o PCR?
O que é anticorpo, antígeno e imunoglobina? Qual sua relação com a resposta a infecção viral?
Diferencie evasão viral de evasão imunológicaCélulas natural killer: são uma classe de linfócitos que reconhecem células infectadas e estressadas e respondem destruindo essas células e produzindo citocina que ativa macrófagos.
Vírus 
Existem aproximadamente 2618 espécies virais. Vírus é definido como organismo parasitário intracelular obrigatório primitivo ou partícula infecciosa que consiste em um genoma de ácido nucleico simples empacotado em um capsídeo proteico, ás vezes cercado por um invólucro lipídico.
Com base no seu código genético, transcrito pela polimerase viral e com o uso de parte do maquinário metabólico celular, os vírus sintetizam os seus componentes (proteínas e ác. nucléico). Estes se agrupam no citoplasma ou núcleo, formando novas partículas ou vírions. Os novos vírions são liberados da célula hospedeira e vão infectar novas células, perpetuando a espécie.
Virion: ácido nucléico protegido pelo capsídeo viral. 
Proteínas: protômeros; capsômeros; capsídeo 
Nucleocapsídeo: ácido nucléico associado ao capsídeo proteico. Envoltório: membrana lipoprotéica, lipídeos, da célula, e proteínas virais.
Muitos vírus animais patogênicos causam ampla faixa de doenças. As respostas imunes humorais aos vírus podem ser eficazes no bloqueio da infecção das células, e as células natural killer e linfócitos T citotóxicos são necessários para destruir as células já infectadas.
Os vírus dependem da máquina metabólica da célula do hospedeiro para sua replicação. Eles consistem em um genoma de ácido nucleico.
Os vírus são classificados pelo seu genoma de ácido nucleico (DNA ou RNA); o formato do capsídeo (icosaédrico ou helicoidal); a presença ou ausência de um envelope lipídico; seu modo de replicação; o tipo celular preferido para replicação (tropismo); ou o tipo de condição patológica. 
Os vírus têm de 20 a 300 nm de tamanho, e são responsáveis por uma grande parte das infecções humanas. Muitos vírus causam doenças transitórias.
Ao contrário das bactérias, que podem persistir na forma de esporos por muitos anos no meio ambiente, a maioria das partículas víricas permanece infecciosa fora de seus hospedeiros somente por algumas horas ou dias. – Cristalizados.
Outros vírus não são eliminados do corpo e persistem no interior das células do hospedeiro por anos, ou continuando a se multiplicar (infecção crônica pela hepatite B) ou sobrevivendo em alguma forma não replicativa – infecção latente – com potencial para ser reativado tardiamente (como herpes zoster).
Alguns vírus estão envolvidos na transformação da célula do hospedeiro em tumor.
Espécies diferentes de vírus podem produzir um mesmo quadro clinico; contrariamente, um único vírus pode causar manifestações clinicas diferentes dependendo da idade ou do estado imune do hospedeiro.
Diferentemente dos organismos formados por células, os vírus são incapazes de crescer em tamanho e de se dividir autonomamente.
Os vírus mais simples, chamados de não envelopados, são compostos apenas de material genético envolto por um capsídeo proteico. O capsídeo é formado por proteínas produzidas na célula parasitada sob comando do material genético do vírus. Em geral, dentro do capsídeo está localizado apenas material genético, mas podem estar, também, algumas proteínas que serão essenciais para a invasão da célula hospedeira.
Alguns vírus podem utilizar parte da membrana da célula hospedeira para recobrir a parte externa do capsídeo, são os vírus envelopados – composto da bicamada fosfolipidica da membrana celular da célula hospedeira, associada a proteínas de origem viral (HIV).
Em termos de formato, os genomas virais podem estar organizados em círculos; lineares ou até mesmo ser compostos de diversos pequenos fragmentos lineares.
O genoma viral pode ainda estar organizado como uma fita simples ou uma fita dupla, também independente do ácido nucleico ou do formato.
Vírus de DNA: o material genético é o DNA e o fluxo da informação genética é, em linhas gerais, DNA RNA proteínas. Um exemplo é herpes.
Vírus de RNA que não são retrovírus: o material genético é o RNA e não possuem a enzima transcriptase reversa; o fluxo da informação genética é RNA RNA proteínas. Um exemplo é da gripe influenzavírus.
Vírus de RNA que são retrovírus: o material genético é o RNA e possuem a enzima transcriptase reversa, que produz primeiramente uma das cadeias do DNA, que, por sua vez, serve de molde a outra cadeia. Ao final, esse processo gera uma molécula de DNA, que poderá ser integrada ao genoma do hospedeiro no núcleo e utilizada para a síntese de RNAm viral.
Na célula hospedeira o genoma viral direciona a síntese dos componentes necessários para a produção de novos virions. Virions são veículos para transmissão do genoma viral para próxima célula hospedeira ou organismo, uma vez dentro da próxima célula, os virions são “desmontados” iniciando um novo ciclo de infecção.Arbovírus: vírus que replicam e são transmitidos por vetores artrópodos.
Respiratórios: vírus que penetram no hospedeiro por inalação e produzem infecção e doença primariamente no trato respiratório.
Entéricos: vírus que penetram pela via oral e replicam no trato intestinal.
Vírus oncogênicos: vírus com potencial para induzir transformação celular e tumores nos hospedeiros.
O ciclo de replicação
Os vírus infectam todos os tipos de organismos vivos. A estratégia básica de um vírus pode ser entendida em seis estágios principais: 1. Adesão; 2. Penetração; 3. Remoção do capsídeo; 4. Replicação genética; 5. Montagem das partículas virais; e 6. Dispersão.
Cada vírus segue uma estratégia diferente em cada um desses estágios, porém o princípio geral infeccioso é o mesmo; utilizar a célula hospedeira para produzir partículas virais.Penetração: após a adesão, a partícula viral insere seu material no interior da célula. Diferentes vírus utilizam diferentes estratégias para esse objetivo. Exemplo: bacteriófagos injetam seu DNA na célula hospedeira. Em vírus envelopados, por exemplo, toda partícula viral pode ser englobada pela célula por endocitose ou pode haver fusão do envelopeviral com a membrana plasmática da célula.
Adesão: realizada por meio da utilização de proteínas especiais do capsídeo, as quais interagem com proteínas da membrana plasmática da célula alvo.
Dispersão: das novas partículas virais formadas, pela lise da hospedeira ou brotamento. Na lise da célula, os vírus promovem a síntese de lisozima, enzima que rompe a membrana plasmática. O rompimento resulta na morte da célula e liberação dos novos vírus. Já por brotamento, é utilizado para vírus envelopados, que saem para o meio extracelular ao adquirir o envelope a partir da membrana plasmática da célula hospedeira. Quando o número de vírus por brotamento é muito elevado, a célula estoura e morre.
Montagem de partículas virais: a chamada maturação, esta fase consiste na montagem de diversos componentes virais em partículas virais completas.
Biossíntese: vírus impede a síntese de proteínas da célula hospedeira e promove a transcrição e tradução do seu próprio material genético, utilizando a maquinaria da célula hospedeira. Principalmente, utiliza os nucleotídeos e as enzimas destes para a produção de diversas copias de seu material genético.
Remoção do capsídeo: a digestão do capsídeo por enzimas presentes no citoplasma da célula invadida ou dentro da vesícula de fagocitose contendo o vírus resulta na liberação do material genético dentro da hospedeira. Vírus como os bacteriófagos não necessitam deste estagio, uma vez que o material genético viral é diretamente injetado na bactéria infectada.
Alguns microrganismos proliferam-se localmente, no sitio da infecção, enquanto outros penetram a barreira epitelial e se dissociam para locais distantes via linfáticos, sangue ou nervos.
No sangue, os microrganismos podem ser transportados livremente ou no interior de células hospedeiras. Alguns vírus, são transportados livremente no plasma. Os leucócitos podem carrear herpevirus, HIV e outros organismos. Outros vírus, são carreados por eitrocitos. A maioria dos vírus dissemina-se de célula a célula através da replicação e liberação de virions infecciosos, mas outros podem se propagar de célula a célula por fusão ou transporte no interior dos nervos.
Liberação de micro-organismos do corpo
Para a transmissão de uma doença, o modo de saída de um microrganismo do corpo do hospedeiro é tão importante quanto a entrada. Dependendo da localização da infecção, a liberação pode ser conseguida através de descamação da pele, tosse, espirro, evacuação de urina ou fezes, durante contato sexual, ou através de insetos vetores.
Microrganismos menos resistentes devem ser rapidamente transmitidos de uma pessoa para outra, por contato direto.
Vírus e bactérias transmitidos por via respiratória são infecciosos apenas quando as lesões são abertas para as vias aéreas.
Alguns vírus, podem ser transmitidos por via fecal-oral, ou por transmissão hídrica, ou até pela saliva.
Outros somente através do contato prolongado com a mucosa ou contato íntimo.
Microrganismos podem ser transmitidos dos animais para humanos, por contato direto, por consumo de produtos animais, ou via vetor invertebrado.
Defesas do hospedeiro contra infecção 
O desfecho da infecção é determinado pela habilidade do microrganismo de infectar, colonizar e danificar tecidos do hospedeiro, e pela habilidade do hospedeiro de erradicar a infecção.
Algumas infecções, um equilíbrio é alcançado entre microrganismo e hospedeiro, de forma que a infecção persiste em um estado de latência, mas não causa patologia significativa. Em tais situações, o declínio de respostas imunes pode resultar em rápida reativação da infecção e manifestações patológicas intensas – infecções virais latente.
COMO MICRORGANISMOS CAUSAM DOENÇAS
Agentes infecciosos estabelecem infecção e danificam tecidos por meio de três mecanismos: (1) eles podem contatar ou penetrar nas células do hospedeiro e causar diretamente a morte celular; (2) podem liberar toxinas que destroem as células a distância, liberam enzimas que degradam componentes teciduais ou danificam vasos sanguíneos e causar necrose isquêmica; (3) podem, também, induzir a resposta imune do hospedeiro que, apesar de direcionada contra o invasor, causa dano tecidual adicional.
Mecanismos de injúria viral
Os vírus podem danificar diretamente as células do hospedeiro através da penetração das mesmas e por meio da replicação à custa do hospedeiro. 
A predileção dos vírus em infectar determinadas células e não outras é denominada tropismo, e é determinada por diversos fatores, como: expressão de receptores para vírus nas células do hospedeiro; presença de fatores de transcrição celulares que reconhecem sequencias virais amplificadoras e promotoras; barreiras anatômicas; temperatura, pH e defesas locais do hospedeiro.
Um grande determinante de tropismo tecidual é a presença de receptores virais nas células. Os vírus possuem proteínas da superfície celular especificas que se ligam a proteínas de superfícies celular particulares das células hospedeiras.
A habilidade do vírus de se replicar no interior de algumas células e não de outras, também é um determinante de tropismo, e isto está relacionado à presença de fatores de transcrição específicos para casa tipo celular. Barreiras físicas também podem contribuir.
Uma vez no interior das células, os vírus podem danificar ou destruir por meio de:
Efeitos citopáticos diretos: alguns vírus destroem as células por impedir a síntese de macromoléculas pelo hospedeiro (DNA; RNA ou proteínas), através da produção de enzimas degradativas e proteínas toxicas, ou pela indução da apoptose.
Replicação viral: pode desencadear a apoptose das células hospedeiras por mecanismos celulares intrínsecos, como perturbações do reticulo durante a montagem vitral, a qual pode ativar proteases que medeiam a apoptose.
Respostas imunes antivirais: proteínas viris na superfície das células hospedeiras podem ser reconhecidas pelo sistema imune, e os linfócitos do hospedeiro podem atacas as células infectadas pelo vírus. Os linfócitos T citotóxicos são importantes para a defesa contra infecções virais, mas também podem ser responsáveis pela injuria tecidual.
Transformações de células infectadas: em células tumorais benignas ou malignas.
Evasão imune pelos microrganismos 
Não é surpreendente que os microrganismos tenham desenvolvido muitas formas de resistir e evadir (escapar) o sistema imune.
A habilidade dos vírus em infectar seus hospedeiros e permanecer na natureza somente é possível devido ao sucesso dos mesmos em produzir infecções, resistir, escapar dos mecanismos antivirais do hospedeiro, produzir vírions viáveis e se disseminar.
Esses objetivos foram alcançados por meio do desenvolvimento das estratégias de infect and run (infectar e correr), em que o vírus tem um curto período de tempo no qual o hospedeiro é susceptível a multiplicação viral. Logo, o hospedeiro desenvolve anticorpos ou morre da doença. Na estratégia ‘infectar e persistir’, o vírus estabelece persistência por toda a vida do indivíduo que pode transmitir o vírus a outros hospedeiros. 
Os vírus adquiriram mecanismos para se multiplicam e evoluem, permitiram o desenvolvimento de estratégias que lhes permitem subverter às defesas do hospedeiro, causando infecções persistentes e garantindo a sua manutenção e perpetuação na natureza. Dentre os mecanismos utilizados pelos vírus para perpetuação, destacam-se os seguintes: infecções latentes no sistema nervoso central, indução de tolerância, integração do material genético viral no genoma do hospedeiro, variações antigênicas e interferência com funções do sistema imunológico.
Os mecanismos para isso incluem: (1) crescimento em nichos que não são acessíveis ao sistema imune do hospedeiro, (2) variação antigênica. (3) resistência às defesas imunes inatas e (4) deficiência das respostas antimicrobianas eficazes das células T através de imunossupressão especifica ou não.
Alguns micro-organismos se replicam em locais inacessíveis à resposta imune, como no lúmen do intestino ou vesícula,que estão ocultos às defesas imunes.
Alguns micro-organismos podem se evadir das respostas imunes através da variação de antígenos que eles expressam. Anticorpos neutralizantes bloqueiam a habilidade dos microrganismos infectar células e recrutar mecanismos efetores para destruir patógenos.A latência viral é a estratégia máxima para esconder antígenos do sistema imune. Durante o estado de latência muitos genes virais não são expressos.
Para escapar do reconhecimento, os micro-organismos utilizam muitas estratégias que envolvem mecanismos genéticos para gerar variação antigênica. A baixa fidelidade das polimerases do RNA viral e o reagrupamento dos genomas virais criam a variação antigênica viral.
Alguns microrganismos possuem métodos desenvolvidos para se evadir das defesas do sistema imune inato, como escapar da morte por células fagocíticas e do complemento.
Os vírus podem produzir moléculas que inibem a imunidade inata, produzindo proteínas que bloqueiam a ativação do complemento. Os vírus desenvolveram um grande número de estratégias para combater os interferons, uma defesa precoce do hospedeiro contra o vírus.
Alguns microrganismos produzem fatores que reduzem o reconhecimento das células infectadas por células T auxiliares e citotóxicas.Integração do material genético viral no genoma do hospedeiro
O mecanismo de persistência dos vírus da família Retroviridae resulta da capacidade de integração de cópias do material genético viral nos cromossomos da célula hospedeira a partir de um complexo de pré-integração (PIC). A integrase (IN) induzida pelo vírus após a síntese de DNA proviral, resultante da atividade da enzima transcriptase reversa (RT) no citoplasma da célula, promove a integração do provirus ao genoma do hospedeiro. Tal estratégia permite que o vírus escape da resposta imunológica do hospedeiro.
Indução de tolerância
Normalmente o sistema imunológico só reage contra antígenos estranhos. Contudo, o sistema imunológico pode tornar-se tolerante a estes antígenos, contra os quais deveria produzir uma resposta. A habilidade de atravessar a placenta de vacas prenhas susceptíveis e causar uma variedade de infecções fetais é a mais importante evidencia do sucesso do BVDV na evasão do sistema imune do hospedeiro.
Interferência com as funções do sistema imunológico
Os vírus podem interferir com as funções do sistema imunológico de outras maneiras, principalmente influenciado na ação de determinadas células e moléculas imunobiológicas. Tal interferência frequentemente leva a deficiências na resposta imunológica, causando imunossupressão.
Ocorre a destruição ou alteração das funções dos linfócitos T; interferência com a apresentação de antígenos gerando falhas na resposta mediada por linfócitos; produção de proteínas que inibem a função das citocinas; interferência na função das DC e até produção de proteínas que protegem a célula infectada da ação do IFN-I.
Variações antigênicas
Mutações que precipitam alterações na sequência de aminoácidos de determinantes antigênicos em proteínas de superfície dos vírions permitindo o escape da neutralização por anticorpos.
Infecções latentes no sistema nervoso central
Um primeiro mecanismo de evasão viral da resposta do hospedeiro é o estabelecimento de infecções latentes. A fase de latência, que ocorre após à infecção aguda, caracteriza-se pela presença do genoma viral inativo em neurônios, sem síntese proteica ou produção de progênie viral. Geralmente não determina a lise da célula infectada e ocorre em células de vida longa, baixa taxa de replicação e altamente diferenciadas, como os neurônios e células linfoides.
A característica principal da latência viral é a expressão de apenas um número mínimo de genes virais latentes (genes relacionado a latência -LGR), juntamente com a ausência de produção de vírions infecciosos. O sítio de latência depende do local da primo-infecção, geralmente ocorre nos neurônios sensoriais (gânglios trigêmio ou raiz dorsal sacral), sendo que 40 a 60% destes tipo neuronal podem estar latentemente infectados. 
Após a adsorção e penetração ocorre o transporte do vírus através dos microtubulos dos axônios até o corpo do neurônio, onde o genoma viral sofre duas alterações. Primeiramente se estabelece como um epissoma circular. Em segundo lugar une-se com histonas do hospedeiro e persistem como minicromossomas dentro do núcleo da célula.
INFECÇÕES VIRAIS
Infecções agudas (transitórias)
Os vírus que causam infecções transitórias são estruturalmente heterogêneos, mas cada um induz uma resposta imune eficaz que elimina o organismo e pode ou não conferir proteção por toda a vida.
O vírus da caxumba, por exemplo, possui apenas um sorotipo e infecta pessoas apenas uma vez, enquanto outros vírus transitórios, como influenza, podem infectar repetidamente o mesmo indivíduo devido a variação antigênica. 
Infecções latentes crônicas 
Os herpevirus, por exemplo, causam infecção aguda seguida de infecção latente, no qual o vírus persiste em uma forma não infecciosa com reativação periódica e eliminação de vírus infecciosos. 
Infecções crônicas produtivas
Em algumas infecções, o sistema imune é incapaz de eliminar o vírus, e a replicação viral continuada leva à viremia persistente. A alta taxa de mutação de vírus como o HIV e o HBV pode permitir que estes escapem do controle do sistema imune.
Infecções transformantes
Vírus implicados na causa de canceres humanos: EBV, HPV, HBV e HTLV-1.
Classificação de vírus extra
Estrutura: simetria helicoidal; icosaédrica e complexa.
Hospedeiro: vírus de vertebrados; invertebrados; plantas; bactérias e fungos.
Tipo de ácido nucleico: DNA e RNA
Presença de envoltório: envelopados e não envelopados.
Imunidade contra vírus
Vírus infectam diversos tipos de células, utilizando moléculas de superfície de células normais como receptores para entrar nas células.
Depois de entrar nas células, os vírus podem causar lesão tecidual e doença por diferentes mecanismos. A replicação viral interfere na síntese de proteínas e função de células normais e leva à lesão e, por fim, à morte da célula infectada. Esse resultado, é um tipo de efeito citopático do vírus e a infecção é dita lítica porque a célula infectada é lisada. – Os vírus também podem causar infecções latentes.
Respostas imunes inatas e adaptativas contra os vírus têm objetivo de bloquear a infecção e eliminar as células infectadas. A infecção é prevenida por interferons do tipo I como parte da imunidade inata e os anticorpos neutralizantes contribuem para a imunidade adaptativa. 
Uma vez estabelecida a infecção, as células infectadas são eliminadas pelas células NK na resposta inata e pelos CTL na resposta adaptativa.
A progressão de uma infecção viral e a resposta imune contra o mesmo pode ser esquematizada pelos seguintes estágios: (1) Partículas virais infectam as células do hospedeiro; (2) material genético é inserido na célula do hospedeiro e o vírus usa a maquinaria celular para iniciar a produção de proteínas virais; (3) peptídeos destas proteínas são clivados e eventualmente apresentados no complexo maior de histocompatibilidade classe I (MHC-I) do hospedeiro; (4) os linfócitos reconhecem esses peptídeos e sofrem expansão clonal emitindo sinais de apoptose nas células infectadas e (5) o vírus pode propagar somente se conseguir completar a montagem dos vírions e infectar outras células antes que a própria célula sofra apoptose.
Imunidade inata contra vírus
Os princípios da imunidade inata contra vírus são a inibição da infecção por interferons do tipo I e a destruição das células infectadas mediada pelas células NK.
A infecção por vírus está associada à produção de interferons tipo I por células infectadas, especialmente por células dendriticas do tipo plasmocitoide. Várias vias bioquímicas desencadeiam a produção de interferon, incluindo o reconhecimento de RNA e DNA viral pelos TLRs endossomais e ativação de receptores citoplasmáticos tipo RIG; e da via STING pelo RNA e DNA virais, respectivamente.Estas vias convergem para a ativação de proteínas quinases o que, por sua vez, ativa os fatores de transcrição de IRF que estimulam a transcrição do gene de interferon tipo I. Os interferons tipo I têm função de inibir a replicação viral em ambas células, infectadas e não infectadas.
As células NK destroem outras células infectadas por vírus e são um importante mecanismo de imunidade contra os vírus no início do curso da infecção, antes das respostas imune adaptativas terem se desenvolvido.MHC: complexo peptídico, receptor da membrana.
A expressão de MHC de classe I é muitas vezes desligada nas células infectadas por vírus, como mecanismo de fuga dos CTLs. Isso permite que as células NK destruam as células infectadas porque ausência das moléculas de classe I libera as células NK de um estado de inibição.
Imunidade adaptativa contra vírus
A imunidade adaptativa contra as infecções virais é mediada pelos anticorpos, que bloqueiam a ligação do vírus e entram nas células hospedeiras, e por CTLs, que eliminam a infecção matando as células infectadas.
Os anticorpos mais eficazes são anticorpos de alta afinidade produzidos nas reações do centro germinativo dependente de célula T. Os anticorpos são eficazes contra os vírus, apenas durante a fase extracelular de suas vidas. Os vírus podem ser extracelulares no início do curso da infecção, antes que infectem a célula hospedeira; ou quando são liberados de células infectadas por vírus por brotamento ou se as células infectadas morrerem.
Os anticorpos antivirais ligam-se ao envelope viral ou aos antígenos do capsídeo e funcionam como neutralizantes, para impedir a fixação e a entrada do vírus nas células hospedeiras. Assim, evitam tanto a infecção inicial quanto a disseminação.
Além de neutralizar, os anticorpos podem opsonizar – processo que facilita a ação do sistema imune – partículas virais e promover a sua depuração por fagócitos. A ativação do complemento também pode participar da imunidade viral por anticorpos, principalmente através da promoção de fagocitose e possivelmente pela lise direta de vírus com envoltórios lipídicos.
A imunidade humoral na defesa contra vírus é importante pois a resistência a um vírus em particular, induzida por infecção ou pela vacinação, é muitas vezes especifica para o tipo sorológico do vírus (definido pelo anticorpo). Os anticorpos neutralizantes bloqueiam a infecção viral de células e a disseminação de vírus de célula a célula, mas uma vez que entram nas células e replicam intracelularmente, eles são inacessíveis aos anticorpos. Por isso, a imunidade humoral, induzida por infecção ou vacinação prévia, é capaz de proteger contra infecção viral, mas não pode, por si só erradicar uma infecção estabelecida.
A eliminação dos vírus que residem dentro das células é mediada por CTL, que matam as células infectadas.
A principal função dos CTLs é a vigilância contra infecção viral, a grande maioria destes específicos para vírus, são células T CD8+ que reconhecem peptídeos virais, citosólicos, geralmente apresentados por moléculas de classe I do MHC. 
Se a célula infectada é uma célula de tecido e não uma célula apresentadora de antígenos profissional (APC), como células dendriticas, a célula infectada pode ser fagocitada pelas células dendriticas, que processa os antígenos virais e apresenta para as células T CD8 + imaturas.
A diferenciação completa das CD8+ as vezes requer as citocinas produzidas pelas células T CD4+ auxiliares ou os coestimuladores expressos nas células infectadas.
As CD8+ sofrem uma proliferação maciça durante a infecção viral e a maioria das células em proliferação são especificas para alguns peptídeos virais. Algumas células T ativadas diferenciam-se em CTL efetores, que podem matar qualquer célula nucleada infectada.
Os efeitos antivirais de CTLs são principalmente devidos a morte de células infectadas, mas outros mecanismos incluem a ativação de nucleases dentro das células infectadas que degradam genomas virais e a secreção de citocinas.
Em infecções latentes, o DNA viral persiste nas células do hospedeiro, mas o vírus não se replica ou destrói as células infectadas.
Os CTLs são produzidos em resposta ao vírus que pode controlar a infecção, mas não erradica-la. Como resultado, o vírus persiste nas células infectadas, por vezes, durante a vida toda. Qualquer deficiência na resposta imunológica do hospedeiro pode resultar na reativação da infecção latente.
Em algumas infecções virais, a lesão no tecido pode ser causada por CTLs.
Evasão da Resposta Imunológica pelos Vírus
Os vírus podem alterar seus antígenos e não ser mais as alvos das respostas imunológicas. Os antígenos afetados são mais comumente glicoproteínas de superfície que são reconhecidas pelos anticorpos, mas os epítopos de células T também podem sofrer variação. Os principais mecanismos de variação antigênica são as mutações pontuais e os rearranjos dos genomas de RNA (vírus RNA), levando, respectivamente, à mutação antigênica menor e à mutação antigênica maior.
Alguns vírus inibem a apresentação de antígenos proteicos citosólicos associados ao MHC de classe I. Os vírus produzem uma variedade de proteínas que bloqueiam diferentes etapas do processamento, transporte e apresentação antigênicos. A inibição da apresentação antigênica bloqueia a montagem e a expressão de moléculas do MHC de classe I e a exposição dos peptídeos virais. Como consequência, as células infectadas por esses vírus não podem ser reconhecidas nem destruídas por CD8+.
EVASÃO IMUNOLÓGICA
Na tentativa de controlar ou eliminar a infecção, o hospedeiro inicia uma resposta inflamatória. Os principais componentes dessa resposta são os interferons, linfócitos T citotóxicos, linfócitos B produtores de anticorpos, várias moléculas efetoras e o complemento. Esses componentes atuam para tentar eliminar o vírus do organismo.
Interferons (α e β) são produzidos por células infectadas pelo vírus. Eles atuam para impedir a continuação da replicação viral na célula infectada e nas células vizinhas. Os interferons também aumentam a expressão de antígenos virais nas células infectadas, facilitando o reconhecimento por linfócitos T citotóxicos. Alguns vírus (adenovírus) produzem RNAs que bloqueiam a fosforilação de um fator de iniciação, reduzindo a capacidade do interferon em bloquear a replicação viral.
Linfócitos T citotóxicos destroem células infectadas por vírus através da liberação de perforinas, que produzem poros na célula infectada. As granzimas são então liberadas dentro da célula infectada, induzindo a degradação de componentes celulares. Finalmente, os linfócitos T citotóxicos induzem apoptose das células hospedeiras infectadas. Alguns vírus reduzem a expressão de antígenos do MHC classe I na superfície das células hospedeiras. Como os linfócitos T citotóxicos não são capazes de detectar antígenos virais que não estejam associados ao MHC-I, as células infectadas não são detectadas e não são destruídas, permitindo ao vírus persistir no hospedeiro. No entanto, células com expressão reduzida ou nula do MHC-I podem ser reconhecidas pelas células natural killer (NK), que as destroem de maneira similar aos linfócitos T citotóxicos.
Linfócitos B secretam de anticorpos específicos que neutralizam os vírions quando são estes liberados das células. Os complexos antígeno-anticorpo, por sua vez, pode ativar o sistema complemento. O complemento auxilia na resposta, estimulando a inflamação e a neutralização viral e destruição de células infectadas.
As várias moléculas efetoras (citocinas) que são produzidas por células do sistema imunológico, podem induzir a febre e atrair células inflamatórias (neutrófilos e macrófagos) ao local de injúria tecidual. Alguns vírus expressam proteínas homólogas aos receptores de citocinas (o vírus vaccínia expressa e liberam receptores para a interleucina 1 (Il-1), que estimula a febre).
Quando as células do sistema imunológico produzem IL-1, grande parte dessa liga-se ao vírus. Isso reduz a quantidade da Il-1 disponívelpara mediar seus efeitos biológicos. Isso contribui para aumentar o tempo de sobrevivência do vírus no hospedeiro.
REPLICAÇÃO VIRAL
Os mecanismos de replicação dependem fundamentalmente do tipo de ácido nucléico e da organização do genoma de cada vírus. Apesar da diversidade de estratégias de replicação, existem vários aspectos em comum nas diversas etapas de replicação.
O ciclo replicativo de todos os vírus contém as seguintes etapas: ligação/adsorção, penetração, desnudamento (se necessário), síntese proteica (expressão gênica), replicação do genoma, montagem e egresso ou liberação.
• A adsorção (ou ligação) depende da interação física entre os vírions e a superfície da célula-alvo. A adsorção é essencialmente uma interação ligante-receptor. Como conseqüência, a especificidade de células-alvo e de hospedeiros susceptíveis é determinada. Sem adsorção/ligação a infecção não pode ocorrer.
• Penetração refere-se à introdução do ácido nucléico viral na célula, internalização do nucleocapsídeo via endocitose mediada por receptor, ou fusão do envelope viral com a membrana plasmática. Como resultado, o genoma viral é liberado e se localiza no citosol ou em vesículas endocíticas.
• O desnudamento do genoma das proteínas componentes do nucleocapsídeo, pode necessitar da participação de proteínas celulares ou outros fatores. O desnudamento é um pré-requisito para a expressão do genoma. Após o desnudamento, o genoma prossegue no ciclo replicativo ou uma cópia dele é integrada no cromossoma do hospedeiro e permanece latente até ser ativado (retrovírus).
• Síntese proteica (ou expressão gênica) – O RNA mensageiro (RNAm) é produzido e traduzido em proteínas. Independentemente do tipo (DNA ou RNA; cadeia simples ou dupla; segmentado ou não-segmentado), o genoma deve ser capaz de originar RNAs mensageiros que sejam reconhecidos e traduzidos pela maquinaria celular de tradução.
• Replicação do genoma: depende do tipo de ácido nucléico, estrutura e topologia do genoma. Nos vírus mais simples, a replicação do genoma é uma tarefa executada por enzimas celulares; outros vírus mais complexos codificam as suas próprias enzimas replicativas.
• Maturação é a montagem completa das partículas víricas. A montagem dos vírus não-envelopados consiste da associação do genoma com as proteínas que formam o nucleocapsídeo. Esse processo ocorre espontaneamente através de interações entre proteínas e entre estas e o genoma. Na maturação dos vírus envelopados, o nucleocapsídeo adquire um envoltório externo (envelope) que consiste de membranas celulares (nuclear, Golgi, retículo endoplasmático ou membrana plasmática) contendo uma camada dupla de lipídios derivadas da célula e proteínas virais inseridas. O envelope é adquirido por um processo denominado de "brotamento".
• Egresso (liberação) dos vírions: na replicação dos vírus sem envelope, milhares de vírions recém- formados são liberados pela morte e lise celular. Nos vírus envelopados, a progênie viral é liberada através de brotamento, sem necessariamente implicar em morte celular. No entanto, vírus envelopados também podem ser liberados pela morte e desintegração da célula.
Replicação dos vírus DNA
Os vírus DNA replicam no núcleo, utilizando a RNA polimerase-dependente de DNA celular para a transcrição. As proteínas estruturais são transportadas do citoplasma para o núcleo, onde interagem entre si e com o genoma e são integradas na estrutura do capsídeo que envolve o ácido nucléico.
Replicação dos vírus RNA
A replicação da maioria dos vírus RNA ocorre estritamente no citoplasma das células e é independente da maquinaria nuclear.
A ligação (adsorção) ocorre por interações eletrostáticas entre os vírions e os receptores celulares específicos.
Os vírus penetram na célula através de endocitose mediada por receptor ou através de fusão na membrana celular ou na vesícula endocítica (vírus envelopados). O desnudamento ocorre no citoplasma, ou durante a passagem (translocação) através da membrana celular, como parece ser o caso dos picornavírus. O RNA dos reovírus, no entanto, nunca é completamente desnudo, permanecendo em partículas parcialmente desmontadas durante a transcrição e replicação.
O genoma de alguns vírus RNA é constituído de uma única molécula de RNA (não-segmentados); em outros constituim-se de mais de um segmento (segmentado).
Os retrovírus possuem uma enzima transcriptase reversa (polimerase de DNA dependente de RNA), o que permite a formação de uma molécula de DNA cadeia dupla intermediária (provírus DNA), que é incorporada no genoma da célula hospedeira e é subsequentemente transcrita em RNAs mensageiros por polimerases de RNA dependentes de DNA do hospedeiro.
A maturação ocorre no citoplasma da célula, com o RNA viral se associando com as proteínas do capsídeo e formando o nucleocapsídeo. Os vírus envelopados completam a maturação pelo brotamento na membrana do retículo endoplasmático, aparelho de Golgi ou membrana plasmática.
JANELA IMUNOLÓGICA
Janela imunológica é o intervalo de tempo decorrido entre a infecção pelo HIV até a primeira detecção de anticorpos anti-HIV produzidos pelo sistema de defesa do organismo.
Na maioria dos casos a duração da janela imunológica é de 30 dias. Porém, a duração desse período pode alterar dependendo da reação do organismo do indivíduo frente a infecção e do tipo do teste (quanto ao método utilizado e sensibilidade).
Se um teste para detecção de anticorpos anti-HIV é realizado durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de gerar um resultado não reagente. Desta forma, recomenda-se que, nos casos de testes com resultados não reagentes em que permaneça a suspeita de infecção pelo HIV, a testagem seja repetida após 30 dias com a coleta de uma nova amostra. É importante ressaltar que, no período de janela imunológica, o vírus do HIV já pode ser transmitido, mesmo nos casos em que o resultado do teste que detecta anticorpos anti-HIV for não reagente.
CARGA VIRAL
Carga viral é um exame que conta a quantidade de vírus presente em uma certa quantidade de sangue. Utilizando a quantidade de RNA viral presente em uma amostra de plasma sanguíneo pode ser feito uma estimativa para quantos existem no organismo e do impacto que eles terão na saúde do paciente.
A carga viral é uma avaliação quantitativa do RNA do HIV e fornece informações importantes usadas em conjunto com a contagem de linfócitos CD4: para monitorar a infecção pelo HIV; para orientar o tratamento; para prever a evolução futura da doença
Estudos mostram que manter a carga viral o mais baixa possível durante o máximo de tempo diminui as complicações, retarda a evolução da doença e prolonga a vida.
Existem diferentes técnicas para fazer isso:
A reação em cadeia da polimerase (PCR); O método bDNA (Branched DNA); O NASBA (nucleic umcid sequence bcultados ao método de amplificação) amplifica proteínas virais para derivar uma contagem.
PROTEÍNA C REATIVA
A proteína C reativa (PCR) é uma proteína não glicada, pertencente à família das pentraxinas.
Seu papel como proteína de fase aguda decorre do fato de estar presente em muitos pontos da via inflamatória. Ela eleva a fagocitose de partículas antigênicas e de microorganismos, ativando a via clássica do complemento. A PCR liga-se ao componente C1q do sistema complemento e ativa a C3-convertase, intensificando a fagocitose via macrófagos. Outra função seria a ligação e ativação seletiva das células T citotóxicas. 
Durante a fase aguda, a PCR pode aumentar em até 1000 vezes seu nível sérico. Ela é produzida e liberada pelo hepatócito, mas postula-se uma produção também pela parede arterial. Sua formação é estimulada pelas Interleucinas IL-1 e IL-6, liberadas por macrófagos após a fagocitose do antígeno. Existe um consenso geral no qual um valor de PCR acima de 0,5 mg/dL é indicativo da presença de processo inflamatório agudo ou crônico.
A determinação laboratorial da PCR como marcador inflamatório é indicada em variadas situações clínicas, tais como: 
1. Monitorização dareposta terapêutica à antibióticoterapia em infecções bacterianas. 
2. Em pacientes obstétricas com ruptura prematura de membranas e risco de desenvolver infecção intra-uterina. 
3. No diagnóstico diferencial entre infecção e atividade de doença no Lupus Eritematoso Sistêmico e Retocolite Ulcerativa. 
4. No acompanhamento da resposta terapêutica na Artrite Reumatoide. 
5. Detecção precoce de complicações pós-operatórias. 
6. No diagnóstico diferencial entre infecção e rejeição em pacientes submetidos a transplante de medula.
Inicialmente, usava-se a reação de precipitação em tubo capilar, método qualitativo de sensibilidade baixa e utilidade clinica restrita, já que era positiva em várias situações associadas a inflamação ou lesão tecidual. Posteriormente, foi desenvolvido teste semiquantitativo por aglutinação do látex, mas ainda de valor clinico limitado, principalmente para o acompanhamento da evolução e da resposta ao tratamento de algumas doenças. 
A dosagem da PCR continuou sendo realizada por métodos qualitativos ou semiquantitativos até a década de 80, quando sua caracterização bioquímica possibilitou o desenvolvimento de anticorpos monoclonais. Surgiram, então, métodos imunológicos quantitativos, sendo a turbidimetria e a nefelometria os mais usados. Os primeiros testes quantitativos desenvolvidos, e ainda utilizados, não tem sensibilidade suficiente para detectar a PCR no soro de indivíduos saudáveis que apresentam, geralmente, valores inferiores a 2mg/L. Esses testes tem mais utilidade clinica no monitoramento da resposta de fase aguda em doenças infecciosas e inflamatórias. Com a necessidade de se estudar o grau de inflamação crônica em indivíduos aparentemente saudáveis (principalmente para avaliação de risco coronariano), foram desenvolvidas técnicas de alta sensibilidade para a dosagem de PCR (high sensitivity-PCR ou hs-PCR). Já estão validados e disponíveis no mercado a metodologia de ELISA e métodos automatizados de turbidimetria e nefelometria. Atualmente, as técnicas disponíveis para hs-PCR apresentam sensibilidade analítica alta (0,04mg/L), rapidez de execução (15 a 30 min) e necessitam de apenas 50 μL de soro para a sua realização.
TRANSMISSÃO VERTICAL E HORIZONTAL
A transmissão vertical é aquela que ocorre diretamente dos pais para seus descendentes através da placenta, esperma, óvulo, sangue, leite materno – infecção do genitor para os filhos (transovariana; transplacentéria; perinatal ou via colesterol/leite).
A transmissão horizontal ocorre a transmissão do agente de um indivíduo para outro, de mesma espécie ou não – infecção por contagio. Ocorre se o espalhamento do parasita for através do contato de indivíduo infeccioso com um hospedeiro vulnerável a infecção. Esta pode ser direta; indireta ou aérea.
Transmissão horizontal direta
Por contato direto, resistência à condições ambientais é irrelevante; transferência do agente etiológico, sem a interferência de veículos (ser animado ou inanimado que transporta um agente etiológico). Ou por contato indireto, em que a resistência à condições ambientais é relevante. 
Transmissão indireta 
Pode ocorrer por veículos – agulhas, materiais cirúrgicos, luvas, etc. – ou por vetores, biológicos ou mecânicos – insetos.
Transmissão aérea
Pelo ar pra mucosa, lesões e outros. Pode ocorrer através de espirros.
ANTICORPOS E ANTÍGENOS
Os anticorpos são proteínas circulantes produzidas nos vertebrados em resposta à exposição a estruturas estranhas conhecidas como antígenos. Os anticorpos são incrivelmente diversos e específicos em suas habilidades de reconhecer estruturas estranhas e constituem os mediadores da imunidade humoral contra os microrganismos.
As substancias geradas ou que foram reconhecidas pelos anticorpos foram denominados antígenos. Anticorpos, moléculas do complexo maior de histocompatibilidade (MHC) e receptores de antígeno da célula T são três classes de moléculas usadas pelo sistema imune adaptativo para se ligar aos antígenos.
Os anticorpos são sintetizados somente pelas células da linhagem de linfócitos B e existem em duas formas: anticorpos ligados à membrana na superfície dos linfócitos B funcionam como receptores de antígenos; e anticorpos secretados neutralizantes as toxinas, previnem a entrada e espalhamento dos patógenos e eliminam microrganismos.
O reconhecimento do antígeno pelos anticorpos ligados à membrana nas células B imaturas, ativa o linfócito a iniciarem uma resposta imune humoral. As células B ativadas se diferenciam em receptor de antígeno.
As formas secretadas dos anticorpos estão presentes no plasma nas secreções mucosas, no fluido intersticial e no fluido dos tecidos. 
Na fase efetora da imunidade humoral, esses anticorpos secretados se ligam aos antígenos e disparam vários mecanismos efetores que eliminam os antígenos.
Quando o sangue ou plasma forma um coagulo, os anticorpos permanecem no fluido residual, chamado soro. O soro não possui os fatores de coagulação, mas contém todas as proteínas encontradas no plasma. Qualquer amostra de soro que apresente moléculas detectáveis de anticorpo que se ligam a um antígeno é chamado de antissoro – sorologia (estudo).
Um homem adulto e saudável, com 70Kg, produz cerca de 2 a 3g de anticorpos por dia. Quase dois terços desse correspondem a um anticorpo chamado IgA, produzido pelas células B ativadas e plasmocitos.
Características gerais do anticorpo
A maioria dos anticorpos é encontrado no terceiro grupo mais rápido de migração das globinas, globinas gama, ou, imunoglobulina (Ig), fazendo referência à porção que confere imunidade da fração gamaglobulina.
Todas as moléculas de anticorpo compartilham as mesmas características estruturais básicas, mas apresentam marcante variabilidade nas regiões onde os antígenos se ligam.
Uma molécula de anticorpo tem uma estrutura simétrica do núcleo composta de duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas idênticas – em ambas cadeias contêm uma seria de unidades homologas repetidas, cada uma com cerca de 110 aminoácidos de comprimento, que se dobram independentemente em um motivo globular, domínio Ig.
Ambas as cadeias leve e pesada consistem em regiões variáveis de aminoterminal (V) que participam no reconhecimento do antígeno e regiões carboxiterminais constantes; as regiões C das cadeias pesadas medeiam as funções efetoras.
Características estruturais das regiões variáveis do anticorpo
A maioria das diferenças de sequência e variabilidade entre os diferentes anticorpos está confinada a três pequenos trechos da região V da cadeia pesada e a três trechos na região V da cadeia leve.
Características estruturais das regiões constantes do anticorpo
As moléculas de anticorpo podem ser divididas em classes e subclasses distintas com base nas diferentes estrutura das regiões C da cadeia pesada.
Diferentes isotipos e subtipos de anticorpos realizam distintas funções efetoras. As moléculas de anticorpo são flexíveis, permitindo que elas se liguem a diferentes antígenos.
Ligação dos anticorpos a antígenos
Todas as funções dos anticorpos são dependentes de sua habilidade em se ligar especialmente a antígenos. Um antígeno é qualquer substancia que pode ser especificadamente ligada por uma molécula de anticorpo ou receptor de célula T.
Embora todos os antígenos sejam reconhecidos por linfócitos específicos ou por anticorpos, somente alguns deles são capazes de ativar os linfócitos. Moléculas que estimulam as respostas imunes são chamadas de imunógenos.
Macromoléculas são eficazes para estimular os linfócitos B a iniciarem as respostas imunes humorais, porque a ativação da célula B necessita que múltiplos receptores de antígenos sejam mantidos juntos. Agentes químicos pequenos podem se ligar aos anticorpos que são, portanto, antígenos, mas não podem ativar as células B por si só.
Os anticorpos são capazes de reconhecer especificamente uma variedade de antígenos com afinidade variada. Todas as características do reconhecimento do antígeno refletem em propriedades das regiões Vdo anticorpo.
Especificidade: os anticorpos podem ser notavelmente específicos para os antígenos.
Diversidade: um indivíduo é capaz de produzir um grande número de anticorpos estruturalmente distintos, cada um com uma especificidade distinta. A habilidade dos anticorpos em qualquer indivíduo de se ligar a um grande número de diferentes antígenos é um reflexo da diversidade do anticorpo, e a coleção total de anticorpos com diferentes especificidades representam o repertorio do anticorpo.
Maturação de afinidade
DENGUE E ZIKA
Dengue é a doença causada por um dos quatro tipos do vírus dengue DEN-1, 2, 3, e 4, do gênero Flavivirus, família Faviviridae. Esse vírus é transmitido ao homem principalmente pelo mosquito Ae. Aegypti. Sua manifestação pode ser assintomática, oligossintomatica ou clássica (febre, cefaleia, dor retrorbital, mialgia e artralgia, astenia, prostração e hemorragia nas formas mais graves).
No brasil, os vírus DEN-1 e DEN-4 foram isolados.
O Aedes é capaz de se multiplicar em vários ambientes. O período de incubação médio da doença é de quatro a sete dias, e a infecção pode apresentar-se, por exemplo, como assintomática, febre indiferenciada, síndrome do dengue e dengue hemorrágico.
Três sorotipos encontram-se em circulação, com predomínio do DEN-3.
É a arbovirose que mais causa problemas no mundo. Mais de 2 milhões de casos por ano. É encontrado no sudeste da Ásia, África, Caribe e América do Sul.
Arbovírus (de “arthropod borne virus”) são vírus que podem ser transmitidos ao homem por vetores artrópodos. 
Definição da OMS: “vírus mantidos na natureza através da transmissão biológica entre hospedeiros vertebrados suscetíveis por artrópodos hematófagos, ou por transmissão transovariana e possivelmente venérea em artrópodos.”
EPIDEMIA COMO FATO SOCIAL
As epidemias do século dezenove ocorreram, quando as empresas tentaram resolver seus problemas econômicos criando grandes distâncias entre as necessidades sociais de uma força de trabalho em expansão e os bens e serviços disponíveis.
A coincidência de crises periódicas na produção e na saúde mostrou que as epidemias eram ocasiões para se lutar contra a injustiça, e não simplesmente contra a doença. E os trabalhadores demonstraram uma capacidade para a auto-organização durante as epidemias que forçou as autoridades municipais a reformar profundamente a organização do trabalho, do mercado e do serviço social.
Desde o início da manufatura, e particularmente desde sua organização capitalista, a natureza em geral e especificamente a doença têm sido vistas como obstáculos, perigos momentâneos – devido a seu efeito sobre a força de trabalho – que tem de ser racionalmente superados e, se possível, transformados em bens no processo de acumulação. A doença começa como um fato social, mas só se torna inteiramente um produto social no fim de um longo processo histórico durante o qual as bases naturais iniciais da vida social – clima, fertilidade do solo, caça, abrigo, etc. – são substituídas por produtos da atividade viva da sociedade.
No Novo Mundo, a distribuição da doença também seguiu cada vez mais as divisões do trabalho e o local de moradia. Disenteria, febre tifóide, varíola e febre amarela – a última resultado do tráfico de escravos – continuaram a dificultar a conquista fácil durante todo o período; mas, no final do século XVI, o tifo e o escorbuto – doenças diretamente ligadas aos padrões de vida do soldado comum – desempenharam o papel mais importante.
Engels, por exemplo, atribuiu as assim chamadas doenças da pobreza e desordem urbana – que pareciam surgir espontaneamente na comunidade – às condições de trabalho nas fábricas. A doença surgia da interação entre relações sociais e condições, e não apenas das condições de trabalho isoladamente, e deveria ser estudada não só para descobrir a coisa causadora, mas como impacto pato-fisiológico da situação de uma determinada classe.
A situação atual tem características peculiares, entre elas: 
a) aumento da população mundial (mais de seis bilhões de pessoas); 
b) grandes movimentações dessas populações, espontaneamente (viagens de lazer ou negócios) ou induzidas (guerras, secas e outros desastres ambientais); 
c) aumento das doenças pela maior exposição de grupos específicos a situa- ções de risco, como institucionalizados em prisões, asilos para idosos, orfanatos, migrantes e em escolas, as populações de rua e também aquelas com condições precárias de moradia; 
d) mudanças ecológicas intensas e rápidas, relacionadas ao desenvolvimento econômico e industrial; 
e) diminuição do suporte social, aumento do desemprego, urbanização desorganizada; 
f) utilização intensa de antimicrobianos, facilitando, por um lado, o aparecimento de cepas resistentes e, paradoxalmente, por outro, também contribuindo para o desenvolvimento de resistência quando da falta de aderência aos tratamentos.
O surgimento dessa epidemia no início dos anos 1980, grave e mortal, envolvendo diversos aspectos das relações humanas (sexo, morte, preconceito), pode servir como exemplo para o enfrentamento de outras doenças. A expectativa imodesta da possibilidade de controlar as doenças infecciosas no final do século XX veio por terra e, no caso específico da Aids, pela dificuldade de efetivar os meios preventivos comprovados (modificação de comportamento, utilização de preservativos, bancos de sangue seguros, utilização de seringas descartáveis), de desenvolver medicamentos realmente eficazes e de custo acessível e, ainda, de desenvolver e disponibilizar vacinas eficazes.
Contraditória e positivamente, com a grave epidemia, a disseminação global da infecção pelo HIV e o envolvimento da sociedade civil clamando por acesso à informação, verbas para pesquisa e novos medicamentos, bem como a oportunidade de expandir a discussão sobre temas complexos (por exemplo, sexualidade, morte, uso de drogas ilícitas, confidencialidade) trouxeram subprodutos benéficos.
VACINAÇÃO
As vacinas compostas de micro-organismos não patogênicos intactos são produzidas pelo tratamento do microrganismo de modo que não possa causar doença (p. ex., atenuação da virulência) ou pela morte dos micro-organismos, mas mantendo-se a sua imunogenicidade. 
A grande vantagem das vacinas microbianas atenuadas é que induzem todas as respostas imunológicas inatas e adaptativas (tanto humorais como mediadas por células) que o micro-organismo desencadearia e são, portanto, a maneira ideal de induzir imunidade protetora.
Atualmente, as vacinas bacterianas atenuadas ou mortas em uso geralmente induzem proteção limitada e são eficazes apenas por curtos períodos. As vacinas virais vivas atenuadas geralmente são mais eficazes.
A abordagem mais empregada para a produção de tais vírus atenuados é a passagem repetida em cultura de células. Mais recentemente, a geração de mutantes sensíveis à temperatura e por deleção chegou ao mesmo objetivo. Vacinas virais frequentemente induzem imunidade especifica de longa duração, de modo que a imunização de crianças seja suficiente para proteção por toda a vida. 
Algumas vacinas virais atenuadas (p. ex., contra pólio) podem causar doença em hospedeiros imunocomprometidos, e por esse motivo as vacinas de polivirus inativados são agora as mais comumente utilizadas. 
A principal preocupação com as vacinas virais ou bacterianas atenuadas é a segurança.
A vacinação é o processo que estimula as respostas imunes adaptativas protetoras contra os microrganismos por meio da exposição a formas ou componentes não patogênicos de microrganismos. Algumas das vacinas mais eficazes são compostas de microrganismos atenuados, que são tratados para perder sua infectividade e patogenidade ao mesmo tempo que mantem sua antigenicidade.
A imunização com esses microrganismos atenuados estimula a produção de anticorpos neutralizantes contra antígenos microbianos que protegem o indivíduo vacinado contra infecção subsequente.
Memória Imunológica
Uma resposta imunológica efetiva elimina os microrganismos que iniciaram a resposta. Segue-seentão uma fase de contração, em que os clones de linf6citos expandidos morrem e a homeostasia é restaurada.
A ativação inicial dos linfócitos gera células de memória de vida longa, que podem sobreviver durante anos após a infecção. As células de memória são mais efetivas no combate aos micro-organismos do que os linfócitos virgens, visto que conforme foi assinalado anteriormente, as células de memória representam um reservatório expandido de linfócitos específicos para um determinado antígeno (mais numerosos que as células virgens específicas para o antígeno) e respondem mais rapidamente e de modo mais efetivo contra o antígeno do que as células virgens.
Esta é a razão pela qual a geração de respostas de memória constitui outra meta importante da vacinação. 
PERIODO DE INCUBAÇÃO
O período de incubação é definido como o tempo médio entre o contato com o agente etiológico (infecção) e o aparecimento das sintomatologias no organismo humano.
No caso específico do HIV, o período de incubação médio estimado e citado pelo Ministério da Saúde por meio do Departamento de DST/AIDS é de 3 a 6 semanas. Isso quer dizer que após a exposição ao vírus o paciente infectado começa a apresentar alguns sintomas como febre e mal-estar entre três a seis semanas, sendo que estes sintomas fazem parte da fase inicial da doença.

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