Prévia do material em texto
Os Incentivos fiscais às atividades de pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica estão previstos nos arts.17 à 26 da Lei 11.196/05, regulamentados pelo Decreto Nº 5.798/06 e Instrução normativa RFB N.1187/11.E são destinados às pessoas jurídicas que realizem atividades de pesquisa e desenvolvimento de acordo como conceitua a lei. Conforme consultas realizadas à diversas fontes e jurisprudência para aquisição dos benefícios é necessário que o contribuinte primeiramente cumpra os requisitos proferidos pela legislação, entre eles: estar pessoa jurídica sob regime de tributação do Lucro Real, e possuir regularidade fiscal comprovada por CND ou CPD-EN referente aos dois semestres do ano calendário em que fizer uso dos benefícios ; À partir desta “auto - conclusão”, o interessado elabora sua contabilidade, devendo ele próprio controlar contabilmente os dispêndios em P&D em contas especificas, vide Art. 22 da lei 11196/05 - Os dispêndios e pagamentos de que tratam os arts. 17 a 20 desta Lei: I - serão controlados contabilmente em contas específicas; Desta forma, as pessoas jurídicas beneficiadas devem prestar anualmente ao MCTIC (Ministério da Ciência, tecnologia, inovações e Comunicações), a respeito de seus programas de pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica, por intermédio do preenchimento e entrega do FORM P&D, que se trata de um Formulário Eletrônico, (ativo no link www.mctic.gov.br/incentivosfiscais) , Disponível à partir de maio até 31 de julho, como previsto no artigo 14 do DECRETO Nº 5.798/06: “Art. 14. A pessoa jurídica beneficiária dos incentivos de que trata este Decreto fica obrigada a prestar ao Ministério da Ciência e Tecnologia, em meio eletrônico, conforme instruções por este estabelecidas, informações sobre seus programas de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, até 31 de julho de cada ano.” Vale ressaltar que o relatório devido ao MCTIC deverá ser apresentado com suficiente precisão, sob pena de glosa dos dispêndios; segue principais motivos que a equipe técnica do MCTIC encontra na elaboração de gastos declarados e Acordão da receita federal “Quanto à análise dos dispêndios frente aos incentivos pleiteados, com frequência foram encontrados projetos que apresentavam problemas com dispêndios mesmo estando tecnicamente satisfatórios como por exemplo: Não existem claras indicações de correspondência entre os gastos e os projetos, principalmente com recursos humanos, nem por exigência do FORMP&D nem, regra geral, em anexos que acompanham os processos. Notam-se informações desencontradas, muitas pessoas em tempo parcial, equipes muito pequenas em dedicação integral, falta de informação sobre o papel delas nos projetos, aumento de pessoal de apoio contando como aumento de pesquisador. Também é baixa, nos processos analisados, a incidência de RH com pós-graduação (mestres e doutores). Quando ocorre algum tipo de contratação de terceiros, mesmo sendo universidades, ICTs ou MPEs, raramente se encontra a função da equipe própria da empresa ou uma clara divisão de responsabilidades entre a empresa e a parte contratada. A rubrica “7.1.3.Outros/Serviços de apoio técnico” costuma receber muitos lançamentos que não se caracterizam como “Apoio técnico”, como é estritamente requerido no FORMPD. A consequência é que muitas contratações cujo escopo não cabe como Apoio Técnico, por exemplo, a contratação de desenvolvimento por empresas de grande porte ou terceirizações de clara atividade técnica essencial ao projeto são lançadas nessa rubrica.” ACÓRDÃO Nº 12-53330 de 05 de Marco de 2013: ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ EMENTA: IRPJ. LUCRO REAL. EXCLUSÕES. GLOSA DE DISPÊNDIOS COM PESQUISAS E DESENVOLVIMENTO DE INOVAÇÕES TECNOLÓ-GICAS. FALTA DE DETALHAMENTO DOS PROJETOS. PARECER DO MCTI. A pessoa jurídica beneficiária do incentivo de que trata o art. 19 da Lei nº 11.196/2005 fica obrigada a prestar ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI informações sobre seus programas de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. Não logrando a interessada detalhar, com suficiente precisão, os projetos por ela executados, cabe a glosa do incentivo. Ratificação do parecer técnico emitido pelo MCTI, diante da ausência de elementos capazes de infirmá-lo ou desmenti-lo. IRPJ. LUCRO REAL. EXCLUSÕES. GLOSA DE DISPÊNDIOS COM PESQUISAS E DESENVOLVIMENTO DE INOVAÇÕES TECNOLÓ-GICAS. DISPÊNDIOS EFETUADOS COM EMPRESAS DE MÉDIO E GRANDE PORTE. A pessoa jurídica beneficiária do incentivo de que trata o art. 19 da Lei nº 11.196/2005 não está impedida de contratar, junto a empresas de médio e grande porte, serviços técnicos de apoio aos seus projetos de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovações tecnológicas. Para fazer jus, todavia, ao incentivo fiscal, a empresa deverá comprovar que os serviços contratados junto a estas empresas não caracterizam transferência, ainda que parcial, da execução do projeto. Na falta de tal comprovação, reputa-se correta a glosa do incentivo. Ano-calendário: 01/01/2010 a 31/12/2010 O formulário enviado ao MCTIC é averiguado, e este pública lote com análise realizada com auxílios de comitês formados por profissionais de notório saber nas áreas econômicas, então abre-se prazo para pedido de reconsideração, por conseguinte o MCTIC emite Parecer Final e divulga Relatório contendo a relação completa de todas as empresas que enviaram o Formulário no prazo legal. O parecer deferido pelo MCTIC, vincula a Receita Federal quanto aos efeitos dos incentivos verificados na referida lei. Segue decisão afirmando entendimento: ACÓRDÃO Nº 12-44550 de 16 de Marco de 2012 ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ EMENTA: INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. DISPÊNDIOS. BENEFÍCIO FISCAL. Na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL os dispêndios com pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica somente poderão ser excluídos do lucro líquido se forem controlados contabilmente em contas específicas. Artigos 17; 19; 22, inciso I; e 24, da Lei nº.11.196/2005. ESCRITURAÇÃO. CONFIABILIDADE. A falta de integridade e tempestividade na escrituração de informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância e confiabilidade. Resoluções CFC nº.750/93 de 1993 e CFC nº. 1282/10. RECLASSIFICAÇÃO. EFEITOS FISCAIS. A reclassificação somente terá efeitos fiscais se tornar as informações contábeis mais claras, precisas e confiáveis. INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. PARECER TÉCNICO. O parecer técnico emitido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia vincula a Receita Federal, uma vez que aquele órgão é que tem a competência legal para opinar sobre matéria técnica a ele afeita. Artigo 14, do Decreto nº.5.798, de 2006. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. JUROS. INCIDÊNCIA SOBRE MULTA. O crédito tributário não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta. Art. 161, CTN. Em suma para que a Goodyear possa aproveitar desses créditos é necessário o envio do formulário com os projetos de P&D dentro do prazo legal no qual se faz necessário até 31 de julho, e especificados conforme estabelecido pelo MCTIC Ementas: http://decisoes.fazenda.gov.br/netacgi/nph-brs?s10=&s9=NAO+DRJ/$.SIGL.&n=-DTPE&d=DECW&p=1&u=/netahtml/decisoes/decw/pesquisaSOL.htm&r=1&f=G&l=20&s1=&s3=&s4=Contribui%E7%E3o+Social+sobre+o+Lucro+L%EDquido+-+CSLL&s5=pesquisa+e+desenvolvimento+&s8=&s7= http://brasil.abgi-group.com/radar-inovacao/noticias/instrucao-normativa-1187/ DECRETO Nº 5.798, DE 7 DE JUNHO DE 2006. http://artigoscheckpoint.thomsonreuters.com.br/a/66zu/os-incentivos-fiscais-as-atividades-de-pesquisa-e-desenvolvimento-de-inovacao-tecnologica-silvia-helena-gomes-piva lei 11196/05 http://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/perguntas_frequentes/Lei_do_Bem.html importanteeee http://www.revistavisaojuridica.com.br/2017/01/10/incentivos-fiscais-para-pesquisa-e-desenvolvimento/ http://brasil.abgi-group.com/wp-content/uploads/2011/08/Informativo-IN-1.187-RFB.pdfinstrução normativa 1187/2011 http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=16160&visao=anotado MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DE JULGAMENTO EM CURITIBA 2 º TURMA ACÓRDÃO Nº 06-33322 de 25 de Agosto de 2011 ASSUNTO: Normas de Administração Tributária EMENTA: PROJETOS DE P&D. DRJ. FALTA COMPETÊNCIA PARA ANÁLISE. Às Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento - DRJ, compete conhecer e julgar em primeira instância, após instaurado o litígio, es pecificamente, impugnações e manifestações de inconformidade em processos administrativos fiscais, enquanto cabe ao MCT a supervisão e o controle das atividades da ciência e tecnologia. BENEFÍCIOS FISCAIS DOS INCENTIVOS À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. REGULARIDADE FISCAL. ENCERRAMENTO DO PERÍODO. O gozo dos benefícios fiscais dos incentivos à inovação tecnológica é condicionado à comprovação da regularidade fiscal da pessoa jurídica, por ocasião do encerramento do ano-calendário em que se deduziram do lucro real ou da base de cálculo da CSLL os dispêndios com P&D e adepreciação acelerada integral. Data do fato gerador: : 25/11/2009 a 25/11/2009 MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DE JULGAMENTO EM CURITIBA 2 º TURMA ACÓRDÃO Nº 06-33321 de 25 de Agosto de 2011 ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ EMENTA: INCENTIVO À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. CONDIÇÕES PARA DEDUÇÃO NÃO PREENCHIDAS. É indevida a dedução, para efeito de apuração do lucro real, de valor correspondente à soma dos dispêndios realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica (P&D) classificáveis como despesas operacionais, se o Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT avaliou como incompletas as informações no relatório que a empresa lhe apresentou e como não sendo de P&D os dispêndios e se a RFB, ao analisar a contabilidade e documentação, concluiu que além de não estarem controlados contabilmente em contas específicas, tampouco apontavam para atividades de P&D. INCENTIVO À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. DESPESAS DE PESSOAL NÃO EXCLUSIVO. Se a alegada dedicação parcial de tempo de funcionários de produção a P&D, não alocados exclusivamente à pesquisa, não estiver devidamente evidenciada por meio de registros, documentação e contabilização em contas específicas e reconhecida pelo MCT, não pode a RFB aceitar tais dispêndios como passíveis de dedução como incentivo à inovação tecnológica. DEPRECIAÇÃO INCENTIVADA INTEGRAL Se os equipamentos adquiridos foram incorporados à linha de produção, não há como caracterizá-los como máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, destinados à utilização nas atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, conforme condiciona o art. 17, III da Lei nº 9.196, de 2005, que estabeleceu o incentivo. SALDO NEGATIVO DE IRPJ. ESTIMATIVAS NÃO RECOLHIDAS NEM CONFESSADAS COMO DÍVIDA. PARCELAMENTO NÃO CONCRETIZADO. Descabe considerar como passíveis de dedução do IRPJ devido apurado no final do ano, estimativas mensais não recolhidas nem confessadas como dívidas, cujo alegado parcelamento não foi comprovado, nem pago. Data do fato gerador: : 24/07/2009 a 24/07/2009, 25/11/2009 a 25/11/2009 MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 14 de 06 de Fevereiro de 2012 ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ EMENTA: REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO - RTT. GASTOS COM PESQUISA TECNOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Atendidos os requisitos previstos na legislação tributária, a contabilização no ativo intangível, por força das regras contábeis introduzidas pela Lei nº 11.638/2007 e pela Lei nº 11.941/2009, do valor correspondente à soma dos dispêndios realizados, no período de apuração, com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, classificáveis como despesas operacionais pela legislação do IRPJ, não terão efeitos para fins de apuração do lucro real da pessoa jurídica sujeita ao RTT, devendo ser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007. As pessoas jurídicas optantes pelo RTT poderão excluir do lucro líquido, na determinação do lucro real, o valor correspondente a até 60% (sessenta por cento) da soma dos dispêndios realizados, no período de apuração, com as mesmas atividades, limitada a exclusão ao valor do lucro real e da base de cálculo da CSLL antes da própria exclusão, vedado o aproveitamento de eventual excesso em período de apuração posterior. Alternativamente à possibilidade de se admitir como operacionais as despesas com desenvolvimento de inovação tecnológica, as pessoas jurídicas optantes pelo RTT poderão amortizar, no prazo mínimo de 5 (cinco) anos, os valores dos gastos com desenvolvimento de inovação tecnológica reclassificados para o “ativo intangível” em face do disposto no artigo 299-A da Lei nº 6.404/1976, acrescido pela Lei nº 11.941/2009, caso tenham utilizado a faculdade prevista no artigo 58, § 3º, alínea “b”, da Lei nº 4.506/1964 em período anterior à 31/12/2008. MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 14 de 06 de Fevereiro de 2012 ASSUNTO: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL EMENTA: REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO - RTT. GASTOS COM PESQUISA TECNOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Atendidos os requisitos previstos na legislação tributária, a contabilização no ativo intangível, por força das regras contábeis introduzidas pela Lei nº 11.638/2007 e pela Lei nº 11.941/2009, do valor correspondente à soma dos dispêndios realizados, no período de apuração, com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, classificáveis como despesas operacionais pela legislação do IRPJ, não terão efeitos para fins de apuração da base de cálculo da CSLL da pessoa jurídica sujeita ao RTT, devendo ser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007. As pessoas jurídicas optantes pelo RTT poderão excluir do lucro líquido, na determinação da base de cálculo da CSLL, o valor correspondente a até 60% (sessenta por cento) da soma dos dispêndios realizados, no período de apuração, com as mesmas atividades, limitada a exclusão ao valor do lucro real e da base de cálculo da CSLL antes da própria exclusão, vedado o aproveitamento de eventual excesso em período de apuração posterior. Alternativamente à possibilidade de se admitir como operacionais as despesas com desenvolvimento de inovação tecnológica, as pessoas jurídicas optantes pelo RTT poderão amortizar, no prazo mínimo de 5 (cinco) anos, os valores dos gastos com desenvolvimento de inovação tecnológica reclassificados para o “ativo intangível” em face do disposto no artigo 299-A da Lei nº 6.404/1976, acrescido pela Lei nº 11.941/2009, caso tenham utilizado a faculdade prevista no artigo 58, § 3º, alínea “b”, da Lei nº 4.506/1964 em período anterior à 31/12/2008. Olá Jonatas Ferraz tudo bem? Perdão pelo incomodo, sou estagiaria da leticia posso tirar uma duvida com o senhor ? A respeito da Apropriação dos projetos de R & D 2017, ela me pediu para que fizesse uma pesquisa a jurisprudência sobre isto.. Mas para eu entender um pouco melhor o caso pelo que entendi a goodyear já tem um projeto para envio ao MCTIC e a goodyear quer se creditar antes deste parecer é isto? por conta de não haver um prazo para a resposta do MCTIC