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aviso prévio - terminação contratual e proteção face a dispensa pós estácio

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82 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
Aula 6: Aviso prévio 
 
 
Introdução 
Neste módulo, o objetivo é o aprendizado do aviso prévio trabalhado e 
indenizado, proporcional à sua retratação, de acordo com o nosso ordenamento 
jurídico. Além disso, estudaremos as peculiaridades do aviso prévio, bem como 
as recentes mudanças ocorridas em nossa legislação. Por fim, debateremos 
acerca do instituto da estabilidade e analisaremos as hipóteses de sua 
aplicabilidade e a limitação do poder potestativo neste período. 
 
Para melhor compreensão do tema, utilizaremos a doutrina e a jurisprudência 
e, após o aprendizado de toda a origem legal, poderemos nos aprofundar no 
estudo das próximas aulas, que serão a consequência deste início histórico e 
que são de suma importância para os operadores de direito. 
 
Objetivo: analisar o instituto do aviso prévio e sua aplicabilidade no direito do 
trabalho.
83 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
Conteúdo 
 
 
Aviso Prévio 
O aviso prévio não encontra suas origens no Direito do Trabalho. Esse instituto 
surgiu como uma forma de aviso entre as partes, informando que um lado não 
mais tem interesse na manutenção de determinado contrato. Esse instituto foi 
introduzido na Idade Média, nas relações corporativas, quando o companheiro 
só poderia abandonar o trabalho comunicando previamente ao mestre, mas não 
havia tal reciprocidade. 
 
No Brasil, o Código Comercial de 1850 apresentava uma previsão sobre o aviso 
prévio, dos comerciantes em relação aos seus prepostos e dos prepostos em 
relação àqueles. A Lei nº 62 de 1935 estabeleceu o sistema unilateral do aviso 
prévio apenas do empregado para o empregador e, posteriormente, o instituto 
veio a ser regulamentado pela CLT, bem como pela CRFB/88 no inciso XXI do 
art. 7º. 
 
A Constituição Federal inscreveu, pela primeira vez, o aviso prévio no artigo 7º, 
XXI, proporcional ao tempo de serviço, sendo, no mínimo, de trinta dias, nos 
termos da lei. 
 
Dessa forma, os incisos I e II, do 487, da CLT não foi recepcionado pelo art. 7º, 
XXI, CRFB/88 (que fixava o aviso em oito dias, desde que o tempo de serviço 
fosse inferior a um ano). 
 
Conceito 
É a comunicação que uma das partes do contrato de trabalho deve fazer à 
outra de que pretende rescindir tal pacto sem justa causa, de acordo com o 
prazo previsto em lei, sob pena de pagar uma indenização substituta. 
84 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
Natureza jurídica 
• Comunicação 
• Prazo 
• Pagamento 
 
 
Tem a combinação de três elementos, que, segundo Amauri Mascaro 
Nascimento, seriam: 
Todavia, a natureza jurídica do aviso prévio refere-se à declaração unilateral 
receptícia constitutiva de vontade. Em outras palavras, é a declaração de 
vontade pela qual exercem as partes sobre o direito potestativo de resilição do 
contrato de trabalho por prazo indeterminado, sendo de natureza receptícia, 
endereçado a alguém determinado, assim necessária a declaração a um outro 
contratante e o decurso de um lapso de tempo entre a declaração e a extinção. 
 
Para Maurício Godinho Delgado, a natureza jurídica do aviso prévio, no Direito 
do Trabalho, é tridimensional, pois o citado autor segue o mesmo entendimento 
dado por Amauri Mascaro. 
 
Assim, o aviso prévio prestado em trabalho tem natureza salarial; contudo, se o 
pré-aviso não for laborado (for, portanto, indenizado), não há que se falar em 
natureza salarial (Súmulas 14 TST). 
 
Aviso prévio proporcional, prazo e retratação, e renúncia 
Aviso prévio proporcional 
O art. 487, I e II, da CLT prevê dois prazos de aviso prévio, em função do 
tempo de funcionamento do salário. Contudo, por força do art. 7º, XXI, 
CRFB/88, houve a revogação tácita dos dispositivos acima, pois a CLT não é 
pacífica a partir de que dia devem ser contados os 30 dias. Inclusive, esta prevê 
prazo inferior ao ora estabelecido para o aviso prévio. 
85 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
A Lei 12.506, que regulamenta o aviso prévio proporcional por tempo de 
serviço, entrou em vigor no dia 11 de outubro de 2011. Contudo, como já 
mencionado, o aviso prévio proporcional já era direito do trabalhador previsto 
na Constituição Federal de 1988, com o mínimo expresso de 30 dias, mas 
devendo ser regulado por lei ordinária. 
 
Assim, foi alterado o regime do aviso prévio fixo em 30 dias, previsto no artigo 
487, II, da CLT. E a proporcionalidade do aviso prévio, prevista no artigo 7º, 
XXI, da Constituição, passa a ser computada a partir do primeiro ano de 
contrato do empregado, de forma que, para contratos com prazos inferiores a 
esse, aplica-se o mínimo constitucional de 30 dias. Assim, depois de completar 
um ano no emprego, o trabalhador terá direito ao acréscimo de 3 (três) dias ao 
aviso prévio por ano de serviço prestado, com a limitação de que não 
ultrapassem 60 dias de acréscimo, totalizando 90 (noventa) dias. 
 
Vale observar que a lei nova passou a incidir sobre os contratos de trabalho em 
curso, portanto, não se aplicando às notificações já emitidas pelo empregador, 
conforme a vontade das partes já manifestada para por termo ao contrato 
antes da vigência da lei, com fulcro na Súmula 441 do TST. 
 
Com base nesse entendimento, o Ministério do Trabalho, no Memorando 
Circular nº 10, de 27.10.2011, itens 10 e 11, da Secretaria das Relações de 
Trabalho, afastou a eficácia da lei nova aos avisos prévios dados antes de 
13.10.2011. 
Prazo e retratação 
A contagem do prazo, nos moldes da Súmula 380, TST, é aplicada de acordo 
com o art. 132 do CCB, ou seja, excluindo-se o dia do começo e incluindo o dia 
do seu vencimento. 
 
O aviso prévio, como declaração receptiva de vontade, surte seus efeitos 
independentemente da concordância da outra parte. Porém, se a parte que 
concedeu o aviso reconsiderá-lo, haverá exigência para a concordância da outra 
parte, mesmo que de forma tácita, conforme artigo 489, CLT. 
86 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
Renúncia 
O aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. Portanto, a renúncia só terá 
eficácia se for da parte do empregador, isto é, dispensando o empregado de 
laborar no referido período, sem prejuízo do salário. Assim, a Súmula 276 do 
TST só autoriza o empregador deixar de pagar o respectivo valor se 
comprovadamente o empregado obteve novo emprego. 
 
Efeitos 
São vários os efeitos jurídicos do aviso prévio, em especial o que trata da data 
da denúncia do contrato pela parte concedente do aviso. Uma vez 
concedido o aviso, o contrato se extingue depois de expirado o prazo (Súmula 
380 do TST). Para Délio Maranhão, o aviso prévio produz o efeito de 
transformar em contrato a termo, ou seja, a convenção feita sem prazo. 
Decorrido o período do aviso, ele termina automaticamente. 
 
Conforme o art. 489 da CLT, se a parte notificante reconsiderar o ato, à outra 
pode ou não aceitar, porque o direito potestativo já foi exercido. Agora, se for 
aceita ou continuar o contrato depois do prazo (aceitação tácita de 
reconsideração), o contrato continua. 
 
Outro aspecto diz respeito ao prazo padrão de 30 (trinta) dias, ou o 
proporcional até 60 (sessenta) dias, integrando ao contrato para todos os fins, 
conforme art. 487, § 1º, da CLT. E o outro diz respeito ao seu pagamento, se 
trabalhado ou indenizado. 
O valor do aviso equivale ao salário mensal do obreiro, acrescido de todas as 
parcelas pagas habitualmente no curso do contrato. 
87 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
 
Assim, o tempo de serviço vai integrar o contrato detrabalho para todos os fins, 
consoante estabelece o art. 487, parágrafos 1º., 5º., 6º da CLT, devendo, 
portanto, constar anotação na CTPS a projeção do aviso prévio, por força da 
Orientação Jurisprudencial nº 82 da SBDI-1 – TST. 
 
Ademais, a integração do aviso prévio ao tempo de serviço vale para fins de 
contagem do biênio prescricional, isto é, que é a partir do seu término, 
conforme Orientação Jurisprudencial nº 83 SDI-1, do TST. 
 
Todavia, merece atenção para o fato de que este fenômeno não autoriza o 
pagamento da multa de 40% do FGTS sobre o aviso prévio indenizado, 
conforme dispõe o item II da Orientação Jurisprudencial nº 42 da SBDI-1 do 
TST, a saber: 
II – O cálculo da multa de 40% do FGTS deverá ser feito com base no 
saldo da conta vinculada na data do efetivo pagamento das verbas 
rescisórias, desconsiderada a projeção do aviso prévio indenizado, por 
ausência de previsão legal. 
Dessa forma, o período do aviso integra, sempre, o tempo de serviço do 
empregado, mesmo quando converte-se no pagamento dos salários daquele 
período. Isso porque a indenização substitutiva constitui um ressarcimento do 
dano decorrente da falta do aviso prévio, sendo que a relação permanece na 
sua existência jurídica até o termo do aviso, embora sem prestação de serviço. 
90 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
Finalidade 
O objetivo do aviso dado ao empregado é para que este tenha tempo para 
procurar outro emprego (artigo 488, CLT, Súmula 230, TST). Para que isso se 
concretize, o legislador autorizou o horário de trabalho reduzido em duas horas, 
sem prejuízo do salário integral, inclusive se o trabalho for noturno. 
 
Essa redução, normalmente, é feita no final da jornada, mas, como a lei é 
silente, pode ser no início dela. Deve ser de duas horas corridas (sem 
fracionamento, a não ser com a concordância do operário ou se for mais 
favorável), sendo facultado ao mesmo trabalhar sem a redução das duas horas 
e faltar sete dias corridos ao final da semana para o término do aviso, sempre 
sem prejuízo do salário. Para as profissões com jornada de trabalho inferior à 
regra geral, como é o caso da categoria dos bancários, de seis horas, também 
deve ser respeitada a redução em comento. 
 
Vale lembrar que a hora reduzida ou a ausência nos últimos sete dias do mês 
se enquadra como interrupção do contrato de trabalho, sendo ilegal ser 
substituída pelo pagamento das horas correspondentes. 
 
Base de cálculo do aviso prévio 
Corresponde ao salário do empregado na época da despedida. O aviso prévio 
indenizado é acrescentado aos adicionais pagos com habitualidade, como: 
periculosidade, insalubridade, horas extras, adicional noturno. A falta do aviso 
por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários 
correspondentes ao prazo do aviso. Por outro lado, a falta por parte do 
empregado dá ao empregador o direito a descontar dos salários a importância 
equivalente, sendo possível a compensação de dívidas de natureza trabalhista. 
Portanto, a base de cálculo tem como fundamento jurisprudencial as Súmulas 
354, 172, 253, do TST – (art. 468, art. 487, 5º, 6º, do CLT). 
91 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
Sobre o reajuste salarial concedido por norma coletiva na vigência do período 
do aviso prévio (trabalhado ou não), o empregado fará jus a este, bem como às 
diferenças das demais parcelas pagas na rescisão (Lei 6708/79 – art. 9º). 
 
Cabimento 
A regra geral é que o aviso prévio cabe nos contratos por prazo 
indeterminado (art. 487, CLT), bem como nas seguintes hipóteses: 
 
• Na rescisão do contrato de trabalho sem justo motivo; 
• Acordo entre empregado e empregador (art. 484-A, CLT): receberá metade do 
aviso prévio indenizado; 
• Despedida indireta do empregado (§ 4º, art. 487, da CLT); 
• Extinção ou falência da empresa (Súmula 44 do TST – Lei 11.101/05); 
• No caso de causa recíproca na rescisão do contrato de trabalho, o pagamento 
corresponde à metade do respectivo valor (Súmula 14 do TST – Art. 484 da 
CLT). 
Entretanto, não cabe o aviso prévio nas hipóteses abaixo: 
• Contratos regidos pela Lei 6.019/74; 
• Demissão por justa causa, por parte do empregado (art. 491 da CLT) ou do 
empregador (resolução indireta do contrato de trabalho – art. 490 da CLT e 
Súmula 73 do TST). 
 
Em relação ao empregado, perde-se as indenizações e as parcelas ainda não 
implementadas ao longo do contrato de trabalho. 
 
No que tange a resolução indireta do contrato de trabalho (art. 490 da CLT, que 
se opera pela via judicial), o empregado fará jus ao pagamento das indenizações 
e das parcelas trabalhistas nos moldes da resilição contratual, sem justo motivo. 
 
Os referidos artigos 490 e 491 da CLT tratam da justa causa ocorrida no curso do 
aviso prévio. Nesse caso, se praticada pelo empregado, este, além de perder a 
indenização que teria direito, perde o restante do salário do aviso prévio. Se
92 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
 
 
for por parte do empregador, fica o empregado desobrigado ao cumprimento 
do restante do aviso prévio. 
Obs.: No caso de abandono de emprego, não se aplica o período de aviso 
prévio (art. 490 e 491 da CLT). 
 
Pergunta-se: 
E se empregado praticar falta grave no curso do aviso? Ora, durante o aviso, 
subsistem as obrigações contratuais. Se praticada a falta, a parte pode resolver 
o contrato naquele momento (art. 491 da CLT), com perda do direito ao 
restante do prazo. Se o empregado cometeu falta grave no decurso do aviso, 
perderá o restante do respectivo prazo. 
 
Motivo de força maior – art. 502 da CLT: para o empregado não estável, 
será pago a metade das verbas devidas pela dispensa sem justa causa. 
 
Contrato a termo, estabilidade e contribuições previdenciárias 
Nos contratos de prazo determinado que possuam cláusula assecuratória do 
direito recíproco de rescisão antecipada do contrato, o aviso prévio será 
devido, além da indenização prevista no art. 481 da CLT. 
 
Já nos contratos de prazo determinado sem cláusula assecuratória do direito 
recíproco de rescisão antecipada do contrato, será com base nos artigos 479 
a 481 da CLT. 
Consoante dispõe a Súmula 163 do TST, cabe aviso prévio nas rescisões 
antecipadas nos contratos de experiência. 
Estabilidade: o Tribunal Superior do Trabalho firmou entendimento no 
sentido de que os institutos do aviso prévio e da garantia de emprego são 
incompatíveis entre si, razão pela qual é inválida a concessão do aviso prévio 
na fluência da garantia de emprego (Súmula 348 do TST). 
Contribuições Previdenciárias: incidem sobre o aviso prévio indenizado. 
 
Jurisprudência: “O prazo do aviso prévio, seja ele trabalhado ou 
indenizado, integra o tempo de serviço do empregado para todos os efeitos 
93 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
 
legais. A previsão do artigo 487, parágrafo 1º, da CLT, foi aplicada pelo 
ministro Barros Levenhagen (relator) e integrantes da Quarta Turma do 
Tribunal Superior do Trabalho para deferir recurso de revista a uma ex-
empregada da Telemar Norte Leste S/A e garantir- lhe a tramitação de sua 
causa. A decisão do TST afastou a prescrição do direito de ação da 
trabalhadora. 
A ocorrência da prescrição, contudo, foi afastada pelo TST. O exame da 
questão levou ao deferimento do recurso à trabalhadora, que alegou a 
integração do aviso prévio ao tempo de serviço para todos os efeitos legais, 
inclusive para fins de contagem do biênio prescricional. Além do dispositivo 
legal (artigo 487, parágrafo 1º), também foi alegada a contrariedade à 
Orientação Jurisprudencial nº 83 da Seção Especializada em DissídiosIndividuais – 1 (SDI-1) do TST. 
A análise da norma da CLT levou o ministro Levenhagen a afirmar que o 
marco inicial da contagem do prazo da prescrição não pode corresponder à 
data em que foi concedido o aviso prévio, mas sim ao termo final do prazo. O 
relator também frisou o entendimento consolidado no TST sobre o tema, por 
meio da OJ nº 83, segundo a qual “a prescrição começa a fluir na data do 
término do aviso prévio”. 
 
Com a decisão tomada pelo TST, os autos do processo retornarão ao 
TRT 
baiano que retomará o exame da causa, que havia
 equivocadamente considerado prescrita. (RR 401/2003-012-05-
00.3)” 
 
Atividades propostas 
 
Caso 1: Marilia foi admitida para trabalhar na empresa Esperança e Indústria 
Ltda. e prestou serviços por 11 (onze meses). Em 26/3/2017, tomou ciência 
do aviso prévio, cujo cumprimento deveria ser efetuado em “casa”. A 
empregada foi comunicada que, ao final do período de aviso prévio, deveria 
retornar à empresa para o recebimento de suas verbas resilitórias. O 
empregador efetuou o pagamento no dia 27/04/2017. Analisando a legislação 
94 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
 
em vigor e a jurisprudência pacífica de nossos Tribunais Trabalhistas, 
esclareça se o pagamento foi pago corretamente ou se existe a incidência da 
multa pelo atraso no pagamento dessas verbas. 
 
 
Caso 2: O empregado Jorge, cuja remuneração é percebida quinzenalmente, 
imotivadamente, manifestou desejo de romper o vínculo empregatício e 
conceder aviso prévio ao seu empregador Lauro. Jorge possui contrato de 
trabalho há quinze anos com Lauro e pretende trabalhar durante os trinta 
dias do aviso prévio. O empregador não concordou e afirmou que a legislação 
estabelece aviso prévio proporcional, e que será necessário acrescer três dias 
para cada ano de trabalho, sob pena de ser feito o desconto pelos dias não 
trabalhados. Analisando a situação concreta e com base na lei e no 
entendimento jurisprudencial, responda se o empregador possui ou não razão 
em sua argumentação. Além disso, esclareça se Jorge terá direito a optar 
pela redução do horário de trabalho em duas horas diárias ou se ausentar do 
serviço por sete dias corridos, sem prejuízo do salário, durante o cumprimento 
do aviso prévio. 
 
 
Caso 3: José Araújo, após completar 22 anos e dois meses de vínculo 
jurídico de emprego com a empresa Amarilis Informática, foi 
injustificadamente dispensado em 11/11/2016. No mesmo dia, seu colega 
de trabalho Marco Antonio, que contava com 25 anos completos de vínculo 
de emprego na mesma empresa, também foi surpreendido com a dispensa 
sem justo motivo, sendo certo que o ex-empregador nada pagou a título de 
parcelas resilitórias a ambos. Um mês após a rescisão contratual, José Araújo 
e Marco Antônio ajuízam ações trabalhistas, postulando, dentre outras 
rubricas, o pagamento de aviso prévio. À luz da Lei n. 12.506/2011, 
introduzida no ordenamento jurídico em 11/10/2011, que regula o pagamento 
do aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, esclareça quantos dias serão 
concedidos aos empregados supra mencionados. 
 
Material complementar: leia a Portaria do Ministério do Trabalho e 
Emprego – MTE Nº 5 de 08.01.2013 D.O.U. 09.01.2013, disponível na 
Biblioteca virtual. 
95 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 
38. ed. atual. São Paulo: Saraiva, 2013. 
 
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 8. ed. Niterói: Impetus, 2013. 
 
JORGE NETO, Francisco Ferreira; CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa. 
Direito do Trabalho. 6. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2012. 
 
DELGADO GODINHO, Maurício. Curso de Direito do Trabalho. 2013. 
 
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho: história e 
teoria geral do direito do trabalho. Relações individuais e coletivas do trabalho. 
28. ed. rev. atual. São Paulo: Saraiva, 2013. 
 
Exercícios de fixação 
 
Questão 1 
Quanto ao aviso prévio proporcional, considerando os parâmetros da Lei 
nº 12.506/11, é incorreto afirmar: 
 
a) O aviso prévio será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos 
empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. 
b) Ao aviso prévio, serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço após 
dois anos de trabalho prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 
(sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. 
c) O aviso prévio proporcional é um dos direitos destinados ao trabalhador, 
conforme previsto, expressamente, na Constituição Federal. 
d) Segundo entendimento sumulado do TST, o direito ao aviso prévio 
proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de 
contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei n° 12.506, em 
13 de outubro de 2011. 
 
96 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
 
Questão 2 
Relativamente ao aviso prévio, conforme disposto na legislação e 
jurisprudência dominante, é incorreto afirmar: 
 
a) O direito aos salários do período de férias escolares assegurado aos 
professores (art. 322, caput e § 3º, da CLT) não exclui o direito ao aviso 
prévio, na hipótese de dispensa sem justa causa ao término do ano letivo ou 
no curso das férias escolares. 
b) A cessação da atividade da empresa com o pagamento da indenização, 
simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso 
prévio. 
c) Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento das 
verbas rescisórias é até o décimo dia da notificação de despedida. 
d) O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é 
assegurado nas rescisões de contrato de trabalho celebrados a partir da 
publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011. 
Questão 3 
O contrato de trabalho vigeu de 10/3/2011 a 15/10/2016. O empregado foi 
dispensado sem justa causa, com aviso prévio indenizado. Ao longo da relação 
de emprego, não usufruiu férias. Assinale a alternativa correta: 
 
a) O empregado faz jus ao aviso prévio de 42 dias, bem como à indenização 
em dobro de quatro períodos de férias, à remuneração de um período de 
férias, de forma simples, e à remuneração de 9/12 de férias proporcionais, 
igualmente de forma simples. 
b) O empregado faz jus ao aviso prévio de 45 dias, bem como à indenização 
em dobro de cinco períodos de férias e à remuneração de 9/12 de férias 
proporcionais, igualmente de forma simples. 
c) O empregado faz jus ao aviso prévio de 30 dias, bem como à indenização 
em dobro de quatro períodos de férias, à remuneração de um período de 
férias, de forma simples, e à remuneração de 7/12 de férias proporcionais, 
igualmente de forma simples. 
97 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
 
d) O empregado faz jus ao aviso prévio de 45 dias, bem como à indenização 
de cinco períodos de férias, de forma simples, e à remuneração de 9/12 de 
férias proporcionais, igualmente de forma simples. 
e) O empregado faz jus ao aviso prévio de 45 dias, bem como à indenização 
em dobro de quatro períodos de férias, à remuneração de um período de 
férias, de forma simples, e à remuneração de 9/12 de férias proporcionais, 
igualmente de forma simples. 
Questão 4 
 
As irmãs Simone, Sinara e Soraya tiveram seus contratos de trabalho 
rescindidos. A dissolução do contrato de trabalho de Simone decorreu de culpa 
recíproca de ambas as partes; a rescisão do contrato de trabalho de Sinara foi 
indireta, tendo em vista que a sua empregadora praticou uma das faltas 
graves passíveis de rescisão contratual; e Soraya foi dispensada com justa 
causa.Nestes casos, o aviso prévio: 
a) Não será devido a Simone, Sinara e Soraya, por expressa disposição legal. 
b) Será devido apenas a Simone, em 50% do seu valor. 
c) Será devido a Simone, Sinara e Soraya, sendo o seu valor integral para 
Simone e Sinara e de 50% para Soraya. 
d) Será devido apenas a Simone e Sinara, sendo o seu valor integral para 
Sinara e de 50% para Simone. 
e) Será devido apenas para Simone e Sinara, sendo para ambas em valor 
integral. 
Questão 5 
 
O empregado, quando despedido sem justa causa, tem direito: 
a) Ao aviso prévio de trinta dias, acrescido de três dias para cada ano de 
serviço prestado ao empregador, até o máximo de sessenta dias, 
perfazendo o total de noventa dias. 
b) Ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, nos termos da 
Constituição da República e Consolidação das Leis do Trabalho, sem 
98 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
qualquer limitação. 
c) Ao levantamento dos depósitos do FGTS, com o acréscimo de 40%, salvo 
se já houver obtido novo emprego. 
d) Ao seguro-desemprego, nos termos da lei, independentemente do fato de 
possuir outro emprego. 
 
Atividades Propostas 
 
Caso 1: O empregador não efetuou o pagamento corretamente. A OJ 84, SDI-
1, TST estabelece que na hipótese de aviso prévio cumprido em casa, o prazo 
para o pagamento é o mesmo do aviso prévio indenizado, ou seja, 10 (dez) 
dias a contar da dispensa, conforme estabelece o artigo 477, parágrafo 6º, 
alínea b, CLT. Logo, no caso concreto faz jus a empregada à multa do artigo 
477, parágrafo 8º, CLT, tendo em vista o atraso no pagamento das verbas 
trabalhistas. 
 
Caso 2: Na questão concreta, o empregador não possui razão em sua 
argumentação, tendo em vista que a lei 12506/2011, aduz sobre a 
proporcionalidade nas hipóteses de demissão sem justa causa. No caso 
concreto Jorge pediu demissão e por isso o aviso prévio é de 30 (trinta) dias. 
Além disso, não haverá direito a redução na jornada de trabalho, tendo em 
vista que o artigo 488, parágrafo único, CLT somente é aplicável nas 
terminações por iniciativa do empregador. 
 
Caso 3: De acordo com a nova lei, tem-se: 
Se o empregado tem vínculo igual ou inferior a um ano: =<1 = 30 dias de 
aviso. 
Se o empregado tem vínculo superior a um ano e menos de 21, adicionam-se 
3 dias para cada ano excedente. 
Há uma limitação legal de no máximo 60 dias, portanto, após os 21 anos 
acrescem-se aos 30 mais 60, totalizando 90 dias. 
 
No caso de José Araújo que tem 22 anos e 2 meses de casa, tem-se: 30 dias 
(para o 1º ano trabalhado) + (20 x 3) = 30dias+60 = 90 dias. 
99 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
 
Aula 6 
Exercícios de fixação 
 
Questão 1 – B 
Questão 2 – E 
Questão 3 – E 
Questão 4 – D 
Questão 5 – A 
	Introdução
	Conteúdo
	Terminologia
	Extinção
	Cessação
	Terminação
	ruptura contratual:
	Arnaldo Sussekind
	Vólia Bonfim
	Ao longo desta aula vamos estudar separadamente cada uma das hipóteses de terminação do contrato de trabalho e suas consequências para empregado e empregador.
	Extinção contratual – princípios aplicáveis
	Imperatividade das Normas Trabalhistas
	Indisponibilidade dos Direitos Trabalhistas
	Inalterabilidade Contratual
	Primazia da realidade
	Princípio da continuidade da relação de emprego
	Constituição Federal de 1988
	Princípio das presunções favoráveis ao trabalhador
	Princípio da norma mais favorável
	Restrições à extinção contratual
	Restrições a contrato a termo
	Estabilidade e garantias de emprego
	Interrupção e suspensão do contrato de trabalho
	Extinção contratual – evolução jurídica na Brasil
	Antigo modelo celetista
	O FGTS e a liberação do mercado de trabalho
	Atividade proposta
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	Considere as seguintes proposições e responda:
	Questão 2
	Questão 3
	Questão 4
	Questão 5
	Aula 1
	Exercícios de fixação
	Introdução
	Conteúdo
	Extinção dos contratos por tempo determinado
	Extinção Normal
	Características
	Exemplo
	Extinção Anormal
	Característica
	Exemplo
	Atividade proposta
	Atividade proposta
	Contratos por prazo determinado
	Rescisão de contrato por parte do empregador
	Serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:
	Atividade proposta
	Aprenda Mais
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	Questão 2
	Questão 3
	Questão 4
	Questão 5
	Aula 2
	Exercícios de fixação
	Introdução
	Conteúdo
	Culpa recíproca
	São requisitos da culpa recíproca:
	Culpa recíproca: legislação x direitos
	Legislação
	Direito
	Força maior
	Extinção de estabelecimento x força maior
	Aposentadoria
	Extinção da empresa
	Rescisão por extinção
	DIREITO DO EMPREGADO NA RESCISÃO:
	Morte do empregador
	Atividade proposta
	Atividade proposta
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	Questão 2
	Questão 3
	Questão 4
	Questão 5
	Introdução
	Conteúdo
	Demissão por justa causa
	Conceito
	Atividade proposta
	Do desaparecimento dos sujeitos
	Da dispensa por justa causa
	Sistemas da justa causa
	GENÉRICO
	TAXATIVO
	MISTO
	SUBJETIVOS
	OBJETIVOS
	Pressupostos
	Ausência de perdão tácito
	Comunicação da dispensa
	Rescisão indireta
	Exemplo
	Rescisão de Contrato de Trabalho
	Da dispensa por justa causa
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	Questão 2
	Questão 3
	Questão 4
	Questão 5
	Aula 4
	Exercícios de fixação
	Introdução
	Conteúdo
	Pagamento de rescisórios
	Atividade proposta
	Homologação
	Multas
	Suspensão Contratual:
	Prazo para pagamentos
	Prazo para pagamento das verbas rescisórias – art. 477 e o art. 467 da CLT
	Formas de pagamentos
	Estatais: exclusão da pena do art. 477 e 467 da CLT
	A quem se aplica o Art. 467
	Aplicação de Ofício pelo Juiz
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	A respeito do pagamento das verbas rescisórias, assinale a alternativa correta.
	Questão 2
	Questão 3
	Questão 4
	Questão 5
	Aula 5
	Exercícios de fixação
	Atividade Proposta
	Aula 6: Aviso prévio
	Introdução
	Conteúdo
	Aviso Prévio
	Natureza jurídica
	Aviso prévio proporcional, prazo e retratação, e renúncia
	Aviso prévio proporcional
	Prazo e retratação
	Renúncia
	Efeitos
	II – O cálculo da multa de 40% do FGTS deverá ser feito com base no saldo da conta vinculada na data do efetivo pagamento das verbas rescisórias, desconsiderada a projeção do aviso prévio indenizado, por ausência de previsão legal.
	Finalidade
	Base de cálculo do aviso prévio
	Cabimento
	Pergunta-se:
	Contrato a termo, estabilidade e contribuições previdenciárias
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	Questão 2
	Questão 4
	Questão 5
	Atividades Propostas
	Aula 6
	Exercícios de fixação
	Introdução
	Conteúdo
	Estabilidade e garantia do emprego
	Atividade proposta
	Aprenda Mais
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	Questão 2
	Questão 3
	Questão 4
	Questão 5
	Aula 7
	Exercícios de fixação
	Introdução
	Conteúdo
	Fundo de garantia por tempo de serviço - FGTS
	O que é o FGTS?
	Natureza jurídica
	Arnaldo Süssekind
	Fábio Leopoldo de Oliveira
	Amauri Mascaro Nascimento
	Délio Maranhão
	Marthins Catharino
	Sérgio Pinto Martins
	O novo prazo prescricional de cobrança de verbas de FGTS
	Prescrição do FGTS
	PROCEDIMENTOS PARA SAQUE DO FGTS:
	Expurgo inflacionário
	Expurgo Inflacionário
	Aprenda Mais
	Material complementar: Acórdão: TST - Sex, 13 Set 2013 09:27:00) - Processo: RR-14740 58.1996.5.01.0063:
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	Questão 2
	Questão 3
	Questão 4
	Questão 5
	Aula 8
	Exercícios de fixação

Outros materiais