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2ª AVALIAÇÃO

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CUSTOS DE PRODUÇÃO 
 Custo de oportunidade X Custos Contábeis 
 Avaliação privada X Avaliação social 
 Conceito de Externalidade 
 Custos de Curto Prazo 
 Custos de Longo Prazo 
CUSTOS DE OPORTUNIDADE X CUSTOS CONTÁBEIS 
Tudo tem um custo na economia, mesmo não envolvendo dispêndio financeiro. Custos de oportunidade 
são custos implícitos, relativos aos insumos que pertencem à empresa e que não envolvem desembolso 
monetário. Esses custos são estimados a partir do que poderia ser ganho no melhor uso alternativo (por isso são 
também chamados custos alternativos ou custos implícitos). Não são contabilizados no balanço, mas são 
importantes no planejamento da empresa. 
CUSTOS DE OPORTUNIDADE 
Ex 1 : se o produtor decide fazer um investimento produtivo ele está deixando de ter o retorno financeiro que teria 
se aplicasse o dinheiro no banco. 
Ex 2: se o produtor é dono da terra e está colocando a mesma em produção está deixando de receber o 
arrendamento que poderia obter por essa terra. 
Ex 3: o agricultor que trabalha na atividade está deixando de ganhar o salário que poderia receber em uma 
atividade alternativa. 
CUSTOS DE OPORTUNIDADE X CUSTOS CONTÁBEIS 
Exemplo: os custos de produção de leite podem ser divididos em três grupos: 
Custos contábeis: a)Gastos que implicam desembolso, tais como mão-de-obra contratada, concentrados, 
medicamentos, fertilizantes e outros; b) Depreciação de benfeitorias, máquinas e animais adultos; 
Custo de oportunidade: remuneração do capital estável, pertencente ou não à própria empresa e colocado à 
disposição da produção de leite, tais como arrendamento do próprio pasto e juros sobre o próprio capital empatado 
em benfeitorias, máquinas e animais, além da remuneração da mão-de-obra familiar. 
DEPRECIAÇÃO 
A taxa anual de depreciação de um bem, será fixada em função do prazo, durante o qual se possa esperar 
utilização econômica. Para fins contábeis, a depreciação indica o quanto do valor de um ativo foi utilizado. 
CUSTOS DE OPORTUNIDADE X CUSTOS CONTÁBEIS 
Merecem cuidado especial de interpretação os fatores do terceiro grupo. Evidentemente que eles não 
fazem parte do custo de produção do leite, porém o valor correspondente a eles é a recompensa que o produtor 
recebe quando coloca tais fatores à disposição do processo de produção. Assim, por exemplo, mesmo que o lucro 
seja zero, não significa que o produtor não ganhe nada; ganhou o valor correspondente aos fatores do terceiro 
grupo. Os argumentos anteriores ajudam a explicar a razão por que alguns analistas insistem em dizer que a 
atividade leiteira dá prejuízo, e o produtor insiste em continuar produzindo leite. 
AVALIAÇÃO PRIVADA E AVALIAÇÃO SOCIAL 
Avaliação privada: avaliação financeira, específica da empresa. Por exemplo, o aumento da produção de um 
determinado bem (automóvel); 
Avaliação social: custos (ou benefícios) para toda a sociedade, derivados da produção da empresa. Por exemplo, 
a poluição advinda do aumento de automóveis (externalidade negativa). 
EXTERNALIDADES 
As empresas ao produzir e as famílias ao consumir não levam em conta todas as consequências que se 
derivam dos seus atos. Externalidades: alterações de custos e benefícios para a sociedade, derivadas da produção 
da empresa. 
POSITIVAS: ex. produção O2 pelas florestas cultivadas. NEGATIVAS: ex. poluição, perda biodiversidade 
CURTO E LONGO PRAZO NA ECONOMIA 
Curto prazo é o período de tempo no qual o emprego de alguns fatores de produção não pode ser alterado. 
Longo prazo é o período de tempo conceptual para o qual não temos fatores de produção fixos. 
CUSTOS NO CURTO PRAZO 
Custo direto ou variável: aquela que pode ser avaliado diretamente com relação a cada produto, proporcional 
ao volume de produção. Ex: matérias primas, ração animal, vacinas, etc. 
Custo indireto ou fixo: e aquele que não pode ser pode ser atribuído ao produto, por isso são distribuídos entre 
os produtos produzidos a partir de critérios especiais. Não pode ser alterado pela variação da produção. Ex.: 
Aluguéis, depreciação, etc. 
CUSTO FIXO E VARIÁVEL 
Ex. Produção de leite 
CUSTOS FIXOS CUSTOS VARIÁVEIS 
 Despesas com o escritório;  Inseminação; 
 IPVA do(s) veículo(s) utilizado(s) no trabalho com o leite;  Combustível; 
 Salários dos funcionários permanentes;  Mao de obra temporária; 
 Impostos; 
 Seguros; 
 Alimentação dos animais (farelos, 
ração e silagem); 
 Outros gastos relacionados à estrutura necessária para a 
produção, como é o caso da depreciação das máquinas, 
equipamentos e construções. 
 Medicamentos; 
 Energia; 
 Produtos químicos utilizados na 
higienização da ordenha; 
 Adubos; 
 Sementes de pastagem; 
 Outras despesas ligadas 
diretamente à produção do leite. 
 
Custo Fixo Total (CFT): mantém-se fixo, quando a produção varia. 
Custo Variável Total (CVT): varia com a produção, ou seja, depende da quantidade produzida. 
 
Custo Total (CT): soma do custo variável total com o custo fixo total. 
 
 
Obs: Lei dos rendimentos decrescentes = Lei dos 
custos crescentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O formato de U das curvas CTMe e CVMe “a curto prazo” 
também se deve à lei dos rendimentos decrescentes, ou 
lei dos custos crescentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Custo Marginal: diferentemente dos custos médios, os custos marginais referem-se 
às variações de custo, quando se altera a produção, ou seja, é o custo de se produzir 
uma unidade extra de produto. 
OBS: Os custos marginais não são influenciados pelos custos fixos 
(invariáveis a curto prazo). 
 
 
 
 
 
 
PONTO CRÍTICO 
No Ponto de equilíbrio ou Ponto Crítico, o 
lucro da empresa é zero, ou seja, é o ponto em que 
os produtos vendidos pagam todos os custos e 
despesas (fixas e variáveis), mas ainda não sobra 
nada para o empresário e seus sócios. Mas a partir 
deste ponto, os novos produtos vendidos passarão 
a gerar lucro para empresa. 
Custos CT = CF + CV 
Receita RT = P X Q (preço x quantidade) 
Lucro = RT – CT 
Ponto de Equilíbrio RT = CT Lucro 0 
(não há lucro nem prejuízo) 
 
 
 
CUSTOS A LONGO PRAZO 
No longo prazo não existem custos fixos, todos os custos são variáveis, sendo assim, um agente 
econômico: 
 Opera no curto prazo e planeja no longo prazo. 
 Os empresários têm um elenco de possibilidades de produção de longo prazo, com diferentes escalas de 
produção (tamanho), que podem escolher. 
Supondo 3 escalas de produção: I) 10, II) 15 e III) 20 máquinas. Neste caso, as curvas de custo médio de 
longo prazo serão: 
 
 
 
 
 
A curva “cheia” é a curva de custo médio de longo prazo CMeLP) (Curva de Envoltória ou curva de 
planejamento de longo prazo). Esta curva mostra o menor custo unitário. 
 
 
 
 
 
 
 
 Embora, as curvas de custo médio de longo e de curto prazo tenham o mesmo formato em U, elas diferem 
no sentido de que o formato a curto prazo deve-se a Lei dos rendimentos decrescentes (ou custos crescentes), a 
uma dada planta ou tamanho, enquanto o formato da curva de longo prazo deve-se aos rendimentos de escala, 
quando varia o tamanho da empresa. 
EXERCÍCIOS SOBRE CUSTOS 
1) Aponte a diferença entre o conceito de Custos Fixos e Custos Variáveis. 
 
 
2) Uma empresa tem um custo fixo de R$ 800.000,00 e um Custo Variável Médio de R$ 300,00. A análise está 
sendo feita no Curto Prazo ou Longo Prazo? Justifique sua resposta. 
 
 
3) Na mesma empresa, caso não esteja produzindo nada, qual seria o Custo Total? Justifique sua resposta. 
 
 
4) Uma empresa tem um Custo Fixo de R$ 800.000,00 e um Custo Variável Médio de R$ 300,00. Caso a 
empresa esteja produzindo
1.000 unidades, qual seria o Custo Total? Explique como chegou a esse 
resultado. 
 
5) Uma empresa tem um custo fixo de R$ 800.000,00 e um Custo Variável Médio de R$ 300,00. Caso a 
empresa esteja produzindo 1.000 unidades, qual seria o Custo Fixo Médio? Caso a empresa produza 2.000 
unidades? Qual é a tendência do Custo Fixo Médio? 
 
 
 
6) Imagine uma empresa que tenha 10 máquinas e tenha um Custo Médio de R$ 20,00. O empresário incorpora 
10 novas máquinas, além das anteriores, e o Custo Médio passa para R$ 15,00. Nesse caso, existem 
economias de escala, deseconomias de escala ou retornos constantes de escala? Justifique sua resposta. 
 
 
7) Com as informações disponíveis complete a tabela sobre a estrutura de custos de uma empresa: 
 
 
 
 
 
ESTRUTURAS DE MERCADO 
INTRODUÇÃO 
A formação de preço de mercado é um resultado direto da interação entre compradores e vendedores. 
Essa interação ocorre sob diferentes estruturas de mercado. Até agora estávamos supondo uma estrutura 
específica de mercado: Concorrência Perfeita. 
MERCADO 
O mercado é um arranjo que aproxima compradores e vendedores, em que há trocas de bens e serviços 
por dinheiro em determinado espaço geográfico. Os mercados podem ser locais, regionais, nacionais ou 
internacionais. 
LIMITES GEOGRÁFICOS DOS MERCADOS 
Com a melhoria nas tecnologias, nas comunicações e nos transportes os limites dos mercados podem se 
ampliar. O mercado pode ser caraterizado como transações comerciai, independentemente do local em que essas 
transações se realizam. 
Exemplo: mercado do leite 
Em 1866, foi criada na Suíça a primeira fábrica de leite condensado. O crescimento das cidades, aumento 
das estradas de ferro e dos navios a vapor estimulou o comércio internacional de alimentos. Nos anos 1960, a 
Tetra Pak lançou o processo UHT contínuo e sistemas assépticos de embalagem. 
ESTRUTURAS DE MERCADO 
As caraterísticas organizacionais de um mercado definem as relações entre: 
 Vendedores no mercado 
 Compradores no mercado 
 Vendedores e compradores 
 Vendedores estabelecidos e novos vendedores 
As várias formas ou estruturas de mercado dependem basicamente de 3 variáveis: 
1.Número de empresas: número de compradores e vendedores e tamanho relativo de cada empresa no mercado 
2.Natureza do produto: homogêneo ou diferenciado 
3.Barreira à concorrência 
 
NÚMERO DE EMPRESAS 
Mercado atomizado: quando tem grande número de firmas, uma empresa não consegue influenciar o preço de 
mercado (tomadoras de preço). 
Mercado não atomizado: quando tem poucas atuando no mercado, uma empresa consegue afetar as decisões 
das outras empresas e o preço no mercado. 
Grau de concentração (avicultura) 
O domínio das multinacionais BRF e JBS foi resultado de um processo de concentração econômica iniciado 
no final dos anos 2000, com decisiva participação do Estado brasileiro. Em 2014, as duas companhias abateram, 
juntas, 2,6 bilhões de cabeças de frango, o equivalente a quase metade do total nacional. Quando o assunto são 
as exportações, a concentração torna-se ainda maior. Ambas foram responsáveis por cerca de 70% dos 
embarques de frango em 2013. 
NATUREZA DO PRODUTO 
Produto homogêneo: quando todas as empresas produzem exatamente o mesmo produto, portanto, esses 
produtos são substitutos perfeitos. 
Produto diferenciado: quando as mercadorias são diferenciadas, os compradores irão preferir uma delas em 
detrimento das demais. 
DIFERENCIAÇÃO DE PRODUTO 
Grau em que o produto é considerado diferente pelos consumidores. A diferenciação de produtos visa 
tornar a demanda mais inelástica, diminuindo o número de produtos substitutos próximos. A diferenciação de 
produto é uma das principais estratégias das empresas. Concentra-se na fixação de marcas, embalagens e 
inovações. Em alimentos, a diferenciação de produto pode se dar por: 
•Ingredientes 
•Método de preparação 
•Aspecto e cor 
•Sabor 
•Embalagens 
•Características dietéticas 
 
BARREIRAS À ENTRADA 
A facilidade de entrada de novas firmas é um fator que influencia a competição. As barreiras à entrada 
podem ser medidas pelo preço mais elevado que a firma pode cobrar, sem que ocorra o ingresso de novas firmas. 
Podem derivar de: 
 Controle de um fator estratégico (exemplo: empresa de fertilizantes que tenha controle sobre exploração 
de rochas fosfáticas) 
 Economias de escala (os custos das grandes firmas são menores) 
 Outras vantagens em custos (novas empresas terão que gastar mais em propaganda para tornar suas 
marcas conhecidas, por exemplo) 
 Patente de invenção 
GRAU DE COMPETIÇÃO: Com base nessas três variáveis as estruturas de mercado podem ser classificadas 
como: 
 Competitivos (concorrência pura, monopilística e monopsônica) 
 Pouco competitivos (oligopólios e oligopsônios) 
 Sem competição (monopólios e monopsônios) 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS ESTRUTURAS DE MERCADO 
 
MERCADOS AGRÍCOLAS 
A agricultura tem mercados competitivos, uma vez que os produtos agrícolas são produzidos por grande 
número de produtores e são, em geral, homogêneos. Mas quando os agricultores vão comprar os seus insumos 
enfrentam, em geral, mercados oligopólicos e quando vão vender seus produtos surgem poucos compradores 
(oligopsônios ou monopsônios). 
CONCORRÊNCIA PURA OU PERFEITA 
 Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e compradores. 
 Produtos homogêneos: todas as firmas oferecem um produto semelhante. 
 Ausência de barreiras à concorrência: não há barreiras para o ingresso de empresas no mercado. 
 Transparência do mercado: todos os consumidores e produtores têm acesso pleno à informação. 
 O produtor é um tomador de preços. 
 Como os produtores individuais não podem afetar os preços dos seus produtos, á um forte incentivo para 
eles aumentarem seus lucros através da redução de custos e pela melhoria da tecnologia na atividade 
produtiva (ou seja, aumentar a produtividade e diminuir custos unitários). 
Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros 
extraordinários, mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do 
empresário (seu custo de oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade). 
MONOPÓLIO 
Características básicas: 
 Uma única empresa produtora do bem ou serviço; 
 Não há substitutos próximos para esse produto; 
 Existem barreiras à entrada de firmas concorrentes; 
 A empresa pode definir o preço no mercado. 
 Barreiras à entrada de novas firmas: 
 Natural (as caraterísticas do mercado impedem que mais de uma firma atue no mercado; ex: energia 
elétrica) 
 Patentes 
 Controle de matéria prima 
 Institucional ou estatal 
Diferentemente da concorrência perfeita, como existem barreiras à entrada de novas empresas, os lucros 
extraordinários devem persistir também a longo prazo em mercados monopolizados. Os consumidores pagam o 
preço mais alto e têm uma qualidade de produto inferior ao que haveria em concorrência. 
MONOPSÔNIO E OLIGOPSÔNIO: Para muitas agroindústrias existe, em determinada região, um único ou poucos 
compradores. 
CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA 
Características básicas: 
 Muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço; 
 Cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos; 
 Cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado que os produtos são diferenciados, e o 
consumidor tem opções de escolha, de acordo com sua preferência. 
 Esse poder é limitado porque existem substitutos próximos 
 Devido à diferenciação de produto a curva de demanda é menos elástica que a de concorrência perfeita e, 
por causa
da substituição a demanda é menos inelástica do que em monopólio. 
 Quanto mais diferenciado for o produto, menos a possibilidade de substituição por produto de outras 
empresas e, portanto, maior controle de preço. 
 Forte diferenciação resulta em maior “lealdade” do consumidor. 
OLIGOPÓLIO 
 Poucas grandes empresas 
 Produto homogêneo ou diferenciado 
 Há fortes barreiras à entrada de concorrentes 
 Informações restritas para dificultar a entrada de novos produtores. 
Características básicas: 
 Devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder de fixar os preços de venda em seus 
termos. 
 No oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para a entrada de novas empresas no setor. 
Tipos de oligopólio: 
 Com produto homogêneo (por exemplo, alumínio e cimento); 
 Com produto diferenciado (por exemplo, automóveis). 
OBS: A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois, as barreiras à entrada de novas firmas persistirão. 
Formas de atuação das empresas: 
 Concorrem entre si: via preços ou de promoções (forma de atuação pouco frequente); 
 Formam cartéis (conluios, trustes): fixa preços e a repartição (cota) do mercado entre as empresas. 
ABUSO DE PODER ECONÔMICO 
O Brasil possui legislação para coibir o abuso de poder econômico em defesa da concorrência e proteção 
aos consumidores. 
CADE (Conselho Administrativo de Direito da Concorrência): Tem por objetivo julgar os processos de abuso 
do poder econômico e avaliar fusões. 
EXERCÍCIOS SOBRE ESTRUTURAS DE MERCADO 
1) Na Tabela a seguir se apresenta a participação aproximada no mercado das maiores empresas 
abatedouros de aves no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
a) Neste caso, pode se dizer que existe concorrência perfeita? Justifique sua resposta. 
 
 
 
2) Imagine que existem apenas 2 empresas de venda de agroquímicos para o produtor rural em 
determinada região. 
a) Para o produtor trata-se de: 
Concorrência perfeita ( ) Oligopólio ( ) Monopsônio ( ) 
b) Quais podem ser as consequências para o produtor rural? 
 
3) No caso da produção de feijão, qual seria a estrutura de mercado que mais se assemelha: Concorrência 
Perfeita, Oligopólio, Monopólio ou Concorrência Monopolística? Justifique sua resposta. 
 
 
4) Analise o segmento de mercado de iogurtes como Concorrência Monopolística. Como concorrem as 
empresas? 
 
 
5) O que é o oligopsônio e o monopsônio? Como estas estruturas de mercado se aplicam no caso das 
agroindústrias? 
 
 
6) A que estrutura de mercado corresponde o serviço de correios no Brasil para os usuários? 
a. Concorrência perfeita 
b. Oligopólio 
c. Concorrência monopolista 
d. Monopólio 
Justifique sua resposta 
 
7) A que estrutura de mercado corresponde a situação em que “existem muitas empresas vendendo 
produtos diferenciados que são substitutos próximos entre si”. 
a. Concorrência perfeita 
b. Oligopólio 
c. Concorrência monopolista 
d. Monopólio 
Cite exemplos: 
 
8) Suponha uma situação onde um fornecedor de cana de açúcar tem duas usinas para processar o produto 
na região. Que tipo de estrutura de mercado seria? 
a. Concorrência perfeita 
b. Oligopsônio 
c. Monopsônio 
 
 
VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS I 
PRINCIPAIS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS 
 Produto Interno Bruto (PIB) mede o nível de atividade econômica. 
 Desemprego : número de pessoas procurando emprego. 
 Inflação: elevação sustentada do nível de preços. 
Objetivos da política macroeconômica 
 Alto nível de emprego 
 Crescimento e desenvolvimento econômico 
 Equidade (distribuição de renda) 
 Estabilidade dos preços 
Vários objetivos são conflitantes (ex: alto nível de emprego pode favorecer a inflação, crescimento pode 
favorecer concentração de renda), então o governo terá que fazer escolhas. 
Produto Interno Bruto (PIB) 
O PIB é o valor de mercado da soma dos bens e serviços finais produzidas no país em determinado período 
de tempo ou a soma dos valores agregados em um dado período. 
 Bem final: aquele destinado diretamente ao consumidor final. 
 Bem intermediário: é aquele utilizado na produção de outro bem. 
 Bens de capital: prédios, máquinas e equipamentos que serão utilizados pelas empresas por muito 
tempo. 
Exemplo: imaginemos uma serraria que produz lenha para lareira. Ela possui um serra elétrica e dois machados. 
Ela compra toras de madeira e, de vez em quando, uma serra circular para substituir a que quebrou, assim como 
uma lima para afiar os machados. Os seus insumos são as toras, serras circulares e lima. Em um mês fatura R$ 
50.000, e gasta R$ 30.000 com toras de madeira e R$ 500 com serras, limas e outros materiais. O consumo 
intermediário foi, portanto, R$ 30.500. A riqueza que essa firma acrescentou à economia foi R$ 19.500. O PIB é a 
soma do valor adicionado por todas as firmas. 
PIB por país - 2015 
PIB mundial = US$ 73 trilhões 
Estados Unidos = 18 US$ trilhões 
Brasil = US$ 1,8 trilhões 
 
 
PIB ajustado por Paridade de Poder de Compra (PPC) 2018 
A paridade do poder de compra (PPC) é um método para se ajustar o poder de compra dois países. 
TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB DO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTICIPAÇÃO (%) DOS SETORES NO PIB BAHIA – 2016 
 PARTICIPAÇÃO DAS REGIÕES NO PIB - 2014 
 
 
 
 
 
 
 
IDENTIDADES MACROECONÔMICAS FUNDAMENTAIS 
 Produto = Renda = Despesa 
 Quando as empresas remuneram os fatores de produção, isso vira renda que se transforma em consumo 
dos produtos (despesa) 
FLUXO CIRCULAR DA RIQUEZA 
É um esquema simplificado: considera uma economia fechada 
(sem setor externo), sem governo, sem poupança e sem depreciação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PIB PELA ÓTICA DA DESPESA 
Os bens importados devem ser subtraídos 
porque não formam parte da produção do país. 
 
DESPESA 
 Consumo das famílias: pode ser de bens não duráveis (ex: alimentos, vestuário), bens duráveis (ex: 
carro, eletrodomésticos) e serviços (ex: corte de cabelo, transporte). 
 Investimento: bens adquiridos para uso futuro, como novas fábricas, novas moradias e estoques. 
 Exportações líquidas: o valor de bens e serviços exportados menos o valor de bens e serviços 
importados. 
 
 
 
 
 
DESPESA DO BRASIL EM 2014 
 
RENDA: Somatório das remunerações dos fatores de produção (salários, lucros, juros e alugueis) durante 
determinado tempo. Y = w + l + j + a 
Fatores de produção: 
 Trabalho 
 Capacidade empresarial 
 Capital 
 Recursos naturais (terra) 
Toda receita de uma empresa pela venda de produtos vai virar remuneração dos fatores de produção (w, l, j e a). 
Pelo fluxo circular da riqueza  Produto = Renda 
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA 
 Índice de Gini: criado pelo matemático italiano 
Conrado Gini, é um instrumento para medir o grau de 
concentração de renda em determinado país. 
Numericamente, varia de zero a um (alguns 
apresentam X 100): o valor zero representa a 
situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma 
renda e o valor um (ou 100) está no extremo oposto, 
isto é, uma só pessoa detém toda a riqueza. 
 O Brasil é o décimo país mais desigual do mundo, 
segundo dados divulgados no Relatório de 
Desenvolvimento Humano (RDH), elaborado pelas 
Nações Unidas. 
QUESTÕES SOBRE MACROECONOMIA I 
1) Complete a tabela indicando qual é a relação entre as variáveis: 
 
 
 
 
 
2) No caso dos EUA, qual é maior: o PIB ou o PNB (Produto Nacional Bruto)? E para o Brasil? 
 
3) Nas duas colunas da tabela, qual corresponde ao PIB nominal (US$) e qual ao PIB ajustado por Paridade 
de Poder de Compra (US$ PPC) para o ano de 2016: 
País
EUA 18 trilhões US$ 18 trilhões US$ 
Índia 8 trilhões US$ 2 trilhões US$ 
China 21 trilhões US$ 11 trilhões US$ 
Brasil 3 trilhões US$ 1,8 trilhões US$ 
4) Qual foi a evolução do PIB nominal per capita no Brasil de 2010 a 2015? Explique. 
 
 
 
5) O índice de Gini para a renda de um país para 0,547, enquanto outro país registrou um índice de Gini para 
a renda de 0,258. Esses países seriam Noruega e Brasil, respectivamente, ou é ao contrário? Explique. 
 
 
 
VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS II: EMPREGO, INVESTIMENTO, POUPANÇA 
EMPREGO 
Participação % no pessoal ocupado no Brasil – 2018 
 Pessoas de 14 anos ou mais em idade de trabalhar: 169 milhões 
 População fora da força de trabalho: 65 milhões 
 Pessoas na força de trabalho: 104 milhões (PEA: População Economicamente Ativa) 
 Pessoas ocupadas: 92 milhões 
 Com carteira assinada: 62 
 Sem carteira: 11 
 Conta própria: 19 
 Empregador: 900 mil 
 Desempregados: 12 milhões 
TAXA DE DESEMPREGO 
Taxa de desemprego = 
𝑁º 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜𝑠
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑒𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎
 𝑥 100 
 Quem procurou emprego, mas não achou, no mês anterior à pesquisa, é considerado desempregado. 
 Cálculo de desemprego não considera subemprego, nem as pessoas que desistiram de procurar 
emprego. 
 A População Economicamente Ativa (PEA) são os empregados mais os desempregados. 
 Subocupados são os que trabalham menos de 40 horas por semana, mas gostariam de trabalhar mais 
 A renda per capita era de R$ 2.230 no trimestre encerrado em outubro de 2018. 
 Em 2014, a renda média era de R$ 2.245 
 Lei de Okun: um decréscimo do PIB está associado ao aumento da taxa de desemprego. 
TIPOS DE DESEMPREGO 
 Cíclico ou conjuntural: dispensa de mão de obra devido à situação macroeconômica; 
 Estrutural ou tecnológico: devido a mudanças tecnológicas como a automação; 
 Friccional: sempre há certo desemprego porque algumas empresas estão fechando e algumas pessoas 
procuram mudar de emprego (praticamente não existe desemprego zero em economias de mercado). 
INVESTIMENTO: O investimento é a Formação Bruta de Capital Físico (FBKF) + Variação de Estoques 
Investimento Líquido = Investimento Bruto – Depreciação 
Variação do investimento como % do PIB 
 De 2000 a 2015 a proporção do PIB destinada ao investimento foi de 19,5%, em média. Em 2016, o 
investimento caiu para 16,4% do PIB, sendo o menor desde o ano 2000. Em 2017, o Investimento foi para 15,6% 
do PIB. O principal fator explicativo da recessão está sendo o investimento, que está caindo sistematicamente 
acima da queda % do PIB. 
Indicadores da China 
 O crescimento médio do PIB nos últimos 35 anos foi de 9,5% ao ano. A renda per capita passou de US$ 250, 
em 1980, para US$ 9.040, em 2014. A relação investimento/PIB (45,6% em 2015) 
Fatores que afetam o investimento 
 Se não há projeção de crescimento da economia as empresas tendem a investir menos e o baixo 
investimento compromete a taxa de crescimento futura. 
 O investimento depende da taxa de juros. Quando a taxa de juros é alta, pode ser mais vantajoso aplicar 
no setor financeiro do que no setor produtivo. A taxa de juros no Brasil está caindo, mais ainda é alta 
quando comparada a outros países. 
TAXA DE JUROS E INVESTIMENTO 
 Altas taxas de juros encarecem os empréstimos reduzindo a rentabilidade dos projetos de investimento Ex: 
se o empresário espera uma taxa de retorno de 8% ao ano para um projeto e a taxa de juro é 6%, então vale a 
pena realizar o investimento, mas se a taxa de juro passar para 7% e a rentabilidade esperada cair par 7%, torna-
se muito arriscado fazer esse investimento. Há sempre um elemento de incerteza no investimento, porque não se 
sabe exatamente as quantidades que serão vendidas, nem os preços, despende das expectativas. 
POLÍTICA FISCAL 
 Em épocas de recessão, em que o investimento privado é insuficiente para manter a atividade econômica, o 
governo pode gastar mais para estimular a economia. Também pode reduzir impostos para favorecer o 
investimento privado. O governo estaria assim atuando de maneira anticíclica. Keynes recomendou política fiscal 
expansionista para período com insuficiência de demanda agregada. Na crise de 1930, o governo dos EUA 
implementou uma política para estimular o consumo e o investimento (construção de infraestrutura, ajuda aos 
desempregados, subsídios ao produtos agrícolas, etc.) Quando há inflação (mais demanda que oferta), as 
medidas precisam reduzir os gastos ou aumentar a tributação. 
POUPANÇA (S): Poupança é a parcela da renda que não é gasta no período em que é recebida, e por 
consequência é guardada para ser usada num momento futuro. S = Y – C 
 A taxa de poupança é a porcentagem do PIB que não é consumida, ou seja, aquilo que a economia produz, 
mas não consome. Em uma economia fechada, o Investimento é igual à poupança interna. S = I 
Poupança Privada 
 A propensão média a consumir é a relação entre o nível de renda é o nível de consumo. Isso depende de 
hábitos culturais, gostos e preferencias. Supõe-se que a propensão a poupar seja relativamente estável. Mas, na 
medida que a renda familiar aumenta, também aumenta a propensão a poupar. 
Relação do investimento com a poupança 
 No Brasil, a taxa de poupança interna beira os 16% e a taxa de investimento 20%. A diferença é a poupança 
externa. 
Poupança externa 
 A teoria do desenvolvimento, já na década de 1950 e 1960, falava que em países em desenvolvimento, além 
da poupança interna, era necessário recorrer a outros países através de financiamentos e investimento estrangeiro 
direto. O problema é que esses recursos externos vão criar no futuro pagamento de juros e transferência de lucros 
e dividendos para outros países. Além disso, torna a economia brasileira mais dependente dos ciclos econômicos 
internacionais. 
Financiamento do desenvolvimento pela poupança externa 
 Nos anos 50, os investimentos externos diretos na indústria dos países em desenvolvimento se tornaram uma 
realidade, e nos anos 70 foi finalmente possível a muitos países incorrerem em elevados déficits em conta corrente, 
e financiá-los com aumento da dívida financeira ou então patrimonial. O episódio terminou com a grande crise da 
dívida externa dos anos 80. Não obstante, nos anos 90, depois que o Plano Brady (1990) equacionou a crise 
anterior, a ideia foi retomada, transformando-se em uma estratégia de crescimento: a "política de crescimento com 
poupança externa e abertura da conta capital". 
Investimento, poupança interna e externa 
POUPANÇA EXTERNA 
 A baixa taxa de juros nos países desenvolvidos favorece 
investimentos em países emergentes. Quando há superávit em transações 
correntes (mais exportações que importações) a poupança brasileira está 
sendo levada para outros países. Esse fluxo de poupança externa mantem 
a taxa de câmbio valorizada (entra muito dólar e o dólar fica mais barato 
em reais). No caso de valorização cambial, se estimula as importações, 
muitas vezes de artigos de consumo o que pode provocar 
desindustrialização e gerar pouco investimento. 
 
Poupança do Governo 
Stotal = Sprivada + Sgoverno + Sexterna 
 Quando o governo tem déficit (gasta mais do que arrecada) a diferença tem que ser coberta pela poupança 
privada ou pela poupança externa, através da emissão de títulos da dívida, por exemplo. 
 Déficit público = Igoverno – Sgoverno 
PIB NOMINAL E PIB REAL 
 Imagine que a inflação do ano 1 para o ano 2 foi de 10%, então para comparar os dois anos (achar PIB real) 
teria que deflacionar o PIB nominal do segundo ano em 10%. Isso para poder comparar os dois anos. 
 Preços ano 1 = 100% PIB ano 1= 1.000 
 Preços ano 2 = 110% PIB
ano 2 = 1.200 
 Parece que o PIB cresceu 20%, mas: 
 PIB Real ano 2 = 1.200/1,1 = 1.090 
 PIB no segundo ano com preços do 1º ano (ano base) 
Mede se de fato houve um crescimento da produção. 
QUESTÕES SOBRE MACROECONOMIA II 
1) É possível que aumente o número de pessoas que não trabalham e ao mesmo tempo ocorra uma redução 
do desemprego? Explique. 
 
 
 
 
2) Os Desempregados fazem parte da PEA (População Economicamente Ativa)? 
 
 
3) Os Desalentados fazem parte da PEA (População Economicamente Ativa)? 
 
 
 
 
4) É possível que ocorra uma recuperação da atividade econômica (crescimento do PIB) e que o desemprego 
continue elevado? Qual pode ser a explicação? 
 
 
 
5) Qual tem sido a taxa histórica de Investimento como % do PIB no Brasil? Como se situa o Brasil com 
relação a outros países neste indicador? 
 
 
6) Por que a variável Estoque faz parte do Investimento? 
 
 
 
7) Qual é a relação do Investimento com a taxa de juros? 
 
 
 
8) O que quer dizer que o Estado pode atuar de modo anticíclico na economia? 
 
 
 
9) Qual pode ser o papel da Poupança Externa no Investimento? 
 
 
COMÉRCIO EXTERIOR AGROPECUÁRIO 
 A participação do agronegócio nas exportações totais do País foi de 44% em 2017. 
EXPORTAÇÕES AGROPECUÁRIAS 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS DESTINOS DAS EXPORTAÇÕES 2017 
 China compra mais soja, União Europeia cereais, café, produtos florestais, carnes e frutas, e EUA produtos 
florestais, café, etanol e fumo. 
Indicadores Do Setor Agroexportador 
IVE= Volume 
IC = Câmbio 
IAT =Atratividade do Agronegócio 
IPE=Preços 
 De 2000 a 2017, o volume exportado 
pelo agronegócio brasileiro (IVE-Agro/Cepea) 
apresentou forte crescimento (323%). Os 
preços médios em dólar (IPE-Agro/Cepea) 
subiram 69% (apesar das quedas a partir de 2011). O Real (IC-Agro/Cepea) se valorizou 48%. Como resultado, 
nesses 18 anos, a atratividade das exportações agro (IAT-Agro/Cepea) caiu 19%, ficando mais estável entre 2016 
e 2017. 
EXPORTAÇÕES AGROPECUÁRIAS 2017 
 O volume exportado em 2017 foi 14,5% maior que o ano anterior, devido à supersafra de grãos (as 
exportações de soja aumentaram 32,1% e milho 33,9%). A média dos preços ficou 3,8% acima de 2016. O 
aumento no volume exportado e nos preços dos produtos resultou num aumento de 12% do valor exportado em 
dólares pelo agronegócio. Em reais, o faturamento cresceu apenas 4%, em decorrência da valorização do Real. 
PRINCIPAIS IMPORTAÇÕES AGROPECUÁRIAS 2017 
 O Saldo comercial do agronegócio é claramente favorável (86bi de 
exportações e 12 de importações). O produto que tem ocupado o primeiro lugar 
nas exportações é o trigo, farinhas e derivados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTAÇÃO DE AGROQUÍMICOS 
 Levantamento do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) indica que o 
país importou 418 mil toneladas de agroquímicos por US$ 7,1 bilhões, em 2014. A importação de inseticidas foi 
responsável por US$ 2,7 bilhões desse total, ou 127,5 mil toneladas. Nos herbicidas foi de 225,19 mil toneladas. 
"O fato é que seguimos altamente dependentes de importação em defensivos. Em torno de 80% dos produtos 
vendidos no Brasil são de origem importada", disse ao Valor Ivan Sampaio, gerente de informação do Sindiveg. 
Existem cerca de 300 ingredientes ativos disponíveis atualmente no mercado, mas apenas dez deles são 
sintetizados no Brasil, conforme Sampaio. "Esse cenário é o oposto das décadas de 1970 e 1980, quando 80% 
do produto comercializado no país vinha do mercado local“. A China seguiu como a principal origem dos defensivos 
importados pelo Brasil, com uma fatia de 26,3% do total. Os chineses, ao lado dos indianos – que, por ora, 
respondem por apenas 6,27% das compras do país no exterior -, têm avançado em progressão geométrica no 
mercado brasileiro. O motivo é a forte atuação no segmento de agroquímicos genéricos, ou pós-patente. 
QUESTÕES SOBRE COMÉRCIO EXTERIOR AGROPECUÁRIO 
1) Analise a tendência de evolução do Saldo Comercial do agronegócio de 2000 a 2017.] 
 
 
 
2) Como se comportaram os preços dos principais produtos nesse período? 
 
 
 
3) Como se comportou a taxa de câmbio nesse período? 
 
 
4) O que é o Índice de Atratividade do Agronegócio? 
 
 
 
5) Quais produtos tiveram o maior crescimento no volume exportado em 2017? 
 
 
 
6) Qual foi a participação da China, União Europeia e Estados Unidos nas exportações do agronegócio 
brasileiro em 2017? 
 
 
7) Qual foi a participação da cereais/oleaginosas, carnes, açúcar e álcool, café e produtos florestais nas 
exportações de 2017? 
 
SETOR EXTERNO DA ECONOMIA 
O que leva os países a comercializarem entre si? 
Teoria das Vantagens Comparativas (David Ricardo): Sugere que cada país deva se especializar na produção 
daquela mercadoria em que é relativamente mais eficiente e importar aqueles bens cuja produção implicar um 
custo relativamente maior. Assim explica-se a especialização dos países na produção de bens diferentes e a troca 
entre eles. 
ECONOMIA DO PÓS-GUERRA 
 Em 1944 ocorreu em Bretton Woods, EUA, o acordo para a reconstrução econômica internacional, tendo 
como base três instituições internacionais: 
 Fundo Monetário Internacional (FMI): voltado à manutenção da estabilidade das taxas de cambio e 
assistência aos países membros em desequilíbrio no balanço de pagamento (dólar americano como 
referência cambial internacional, com lastre em reservas de ouro, mas em 1971, o Presidente Nixon 
suspendeu conversibilidade do dólar em ouro). 
 Banco Mundial: financiar a reconstrução dos países envolvidos na guerra e financiar infraestruturas em 
países em desenvolvimento. 
 Organização Internacional do Comércio (OIC): não foi aprovada pelo congresso americano. 
Com o impasse da OIC, foi criado o acordo denominado GATT (Geral Agreement on Tariff and Trade: Acordo 
Geral sobre Tarifas e Comércio); Nos seus 47 anos de existência teve oito rodadas de negociações; Após a 
finalização da Rodada do Uruguai foi criada a Organização Mundial do Comércio (OMC), em 1995. 
ACORDOS DA OMC 
 A OMC tem uma base legal mais forte que o GATT; Foi criado um mecanismo de solução de controvérsias, 
deixando os membros que adotarem medidas incompatíveis com as regras da organização, passíveis de 
retaliação; Principais contenciosos do Brasil na área agrícola: 
 Algodão - EUA (Negociado acordo temporário com EUA em junho de 2010, no qual se comprometem a 
reduzir os subsídios a exportação e a indenizar os cotonicultores brasileiros em US$ 147 milhões/ano até 
a aprovação da nova Farm Bill. 
 Brasil, Austrália e Tailândia sobre os subsídios à exportação de açúcar concedidos pela União Europeia. 
Ganho de causa em 2006, União europeia passou de exportadora a importadora de açúcar. 
 Bananas - União Europeia. Em Janeiro de 1999, a UE introduziu um novo regime de importação de 
bananas, mas a OMC decidiu que esse novo regime também era incompatível com as obrigações da UE 
na OMC. Depois de muitas negociações, em 1º de janeiro de 2006, a UE pôs a vigorar o novo regime de 
importação de bananas. 
 Em 27/11/2008, o Brasil apresentou pedido de consultas aos EUA a respeito de medidas antidumping 
adotadas pelo Departamento de Comércio desse país (USDOC) com relação à importação de 
determinados tipos de suco de laranja provenientes do Brasil. O painel decidiu a favor do Brasil. 
Os SUBSÍDIOS são classificados em três categorias nos acordos da OMC: 
a) subsídios vermelhos ou proibidos, em especial os subsídios à exportação 
b) subsídios amarelos
ou acionáveis (são aqueles que causam efeitos adversos, ou seja, provocam prejuízo grave 
à indústria de outro país) 
c) subsídios verdes ou não-acionáveis (pesquisa, meio ambiente). 
TERMOS COMERCIAIS 
 Exportações – Importações = Saldo Comercial 
 Saldo Comercial >0 Superávit Comercial 
 Saldo Comercial <0 Déficit Comercial 
 Exportações + Importações = Fluxo Comercial ou Corrente Comercial 
 FOB: Free On Board (FOB), quer dizer sem considerar custos de frete e seguros. 
 CEF: significa que o frete é pago na origem, ou seja, no preço da venda estão incluídos o custo da 
mercadoria, o seguro de transporte e o frete. 
 Tarifa: nível de imposto cobrado por um país para permitir a entrada e a saída de mercadorias em seu 
território nacional. 
 Salvaguardas: medidas de salvaguarda têm como objetivo proteger a indústria doméstica que esteja 
sofrendo prejuízo grave em virtude do aumento das importações, para que ela tenha tempo de se adequar 
à competição externa. 
 Dumping: prática de colocar no mercado produtos abaixo do custo com o intuito de eliminar a concorrência 
e aumentar as quotas de mercado. 
EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO MUNDIAL 
 Fluxos Comerciais e Financeiros internacionais crescem a taxas maiores que o próprio crescimento da 
economia mundial (globalização). 
 O Grau de Abertura aumenta que quase todos os países. 
 A taxa de crescimento do comércio mundial desacelerou após a crise de 2008. 
 Em 2014, o valor das exportações mundiais foi de US$ 18 trilhões. 
 As exportações corresponderam a 23,4% do PIB mundial e só 11,5% do PIB no Brasil. 
 Em 2017, o brasil era a 9ª economia mundial, mas ficou no 26º lugar nas exportações. 
BALANÇO COMERCIAL BRASILEIRO 
 O Brasil fechou a balança comercial de 2017 com recorde positivo. O superávit chegou a US$ 67 bilhões. 
 No primeiro semestre de 2018, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 34 bilhões. 
 As exportações somaram US$ 136 bilhões e as importações US$102 bilhões no primeiro semestre. 
 China é um grande parceiro para o Brasil: é para onde mais vendemos e de onde mais compramos. 
TAXA DE CÂMBIO 
 Como todo preço, a taxa de câmbio, é determinada pela oferta e pela demanda, no caso, de divisas (divisas 
associa-se ao dólar). 
OFERTA DE DIVISAS: Agentes que precisam trocar dólares por reais: depende do volume de exportações e 
da entrada de capitais externos. 
DEMANDA DE DIVISAS: Agentes que precisam trocar reais por dólares: depende do volume das importações 
e da saída de capitais externos, pagamento de juros, fretes, etc. 
É o preço da moeda (divisa estrangeira em temos da moeda nacional ou vice-versa). 
Ex: 1,00 U$ = R$ 3,75 ou R$ 1,00 = U$ 0,26 
Obs.: Um aumento da taxa de câmbio implica em desvalorização do real e uma redução implica em valorização 
do real. 
Ex.: 1,00 U$ = R$ 3,75  1,00 U$ = R$ 4,00 Desvalorização 
Ex.: 1,00 U$ = R$ 3,75  1,00 U$ = R$ 3,00 Valorização 
OFERTA DE DIVISAS > DEMANDA DE DIVISAS – Aumenta a disponibilidade de moeda estrangeira 
(valorização cambial) 
OFERTA DE DIVISAS < DEMANDA DE DIVISAS – Diminui a disponibilidade de moeda estrangeira 
(Desvalorização cambial) 
ENTRADAS E SAÍDAS DE DIVISAS NO PAÍS 
 Comércio de mercadorias (exportações, importações); 
 Serviços (pagamentos de juros, royalties, remessa de lucros, turismo, pagamentos de fretes etc.); 
 Movimento de capitais (investimentos diretos estrangeiros, empréstimos e financiamentos, capitais 
especulativos) 
BALANÇO DE PAGAMENTOS 
 Registro contábil de todas as transações de um país com o resto do mundo. 
 Envolve tanto transações com bens e serviços como transações com capitais financeiros. 
A. Balança Comercial 
 Exportações 
 Importações 
B. Balança de Serviços 
 Viagens internacionais, fretes, seguros, lucros, juros e dividendos, serviços governamentais e diversos 
C. Transferencias Unilaterais 
D. Saldo em Conta Corrente (A+B+C) 
E. Movimento de Capitais 
 Investimentos, re-investimentos, empréstimos, financiamentos, amortizações, outros 
F. Erros e Omissões 
G. Saldo do Balanço de Pagamentos (D+E+F) 
EFEITO DA TAXA DE CÂMBIO SOBRE COMÉRCIO EXTERIOR 
Valorização cambial  A Taxa de câmbio cai  Compradores estrangeiros, com os mesmos dólares, compram 
menos produtos brasileiros  Exportadores têm desestímulo para a venda (exportam menos). Importadores 
pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais. 
Valorização cambial  A Taxa de câmbio cai (moeda nacional mais forte)  Importadores pagarão menos reais 
por dólar e tendem a importar mais, aumentando a concorrência com os nacionais (âncora cambial).  Pressão 
pela queda dos preços internos – instrumento para controlar a INFLAÇÃO. 
REGIMES CAMBIAIS 
Taxa Fixa de Câmbio 
 
Taxa de Câmbio Flutuante 
 
BC fixa a taxa de câmbio 
 
Taxa determinada pelo mercado de divisas 
 
 Maior Previsibilidade aos agentes do mercado. 
 Evita aumentos de preços de produtos 
importados, sendo, portanto, útil para controle da 
inflação. 
Dirty Floating (Flotação suja) É o mais adotado: 
Regime de Câmbio Flutuante, mas com intensa 
atuação do Banco Central, na venda e na compra, que 
procura mantê-la em níveis relativamente estáveis. 
 
EFEITO DA TAXA DE CÂMBIO SOBRE COMÉRCIO EXTERIOR E INFLAÇÃO 
Desvalorização cambial  Pode proporcionar um aumento nas Exportações e redução das importações.  
Pressão sobre os custos de produção.  Aumento da inflação. 
 A valorização do real favorece importações e limita exportações, com isso aumenta a oferta interna de 
produtos, tem mais concorrência e os preços caem. Controlar os preços através da manipulação do câmbio é 
chamado de “âncora cambial” (Brasil de 1994 a 1999). 
 O Nível da Taxa de Câmbio é afetado pelos objetivos da política econômica do país. A Taxa de Câmbio deve 
ser relativamente alta para estimular as exportações e relativamente baixa para não encarecer demasiado as 
importações, e pressionar a inflação. 
EFEITO DA VALORIZAÇÃO DA TAXA DE JUROS SOBRE O CÂMBIO

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