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MEC-SETEC 
INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS 
CÂMPUS AVANÇADO PIUMHI 
Bacharelado em Engenharia Civil 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESABAMENTOS DE TERRA NO RIO DE JANEIRO EM 2011 
Questões sobre seminário apresentado 
 
 
 
 
 
GABRIELA FERNANDES DE CASTRO SOUZA 
HENRIQUE MARTINS CARDOSO 
JOSIANE RODRIGUES 
 
 
 
 
Piumhi 
2018 
1. Um estudo publicado pelo Departamento de Recursos Minerais do Rio de 
Janeiro (DRM-RJ), sobre as causas do desastre ocorrido na serra fluminense 
no estado do Rio de Janeiro em 2011, que provocou a morte de mais de 900 
pessoas, aponta para a ocorrência simultânea de cinco tipos de deslizamentos 
deflagrados por chuva torrencial. Cite pelo menos dois desses tipos de 
deslizamentos e faça uma breve descrição. 
 
RESPOSTA: 
Foram identificados os seguintes tipos de deslizamentos: 
● Corrida de massa, detritos, terra ou lama: As águas dos rios que 
passam por essas regiões aumentaram muito em intensidade e 
velocidade, causando a erosão das margens. Em alguns momentos, o 
movimento das águas era interrompido por barreiras de detritos e 
quando essa se rompia, provocava o aumento da velocidade do curso 
do rio, gerando um efeito cascata. 
● Deslizamento na Parroca: Confundido por muitos moradores das 
regiões atingidas como um “terremoto”, devido ao choque de terra e ao 
barulho produzido. Ocorre quando o escorregamento de terra do topo de 
um local muito íngreme atinge o solo na superfície, provocando outro 
deslizamento em sequência. 
● Deslizamento tipo Catarina: Este tipo de deslizamento recebeu esta 
denominação por ser um fenômeno parecido com o que ocorreu em 
Santa Catarina. Ele ocorreu em uma área não tão íngreme, onde o solo 
que cobre a rocha tem espessura máxima de 1,5 metro. Neste caso, a 
grande quantidade de água da chuva fica armazenada entre a rocha e a 
fina camada de solo, deixando o terreno instável. 
● Deslizamento tipo rasteira: Ele ocorre quando o solo da base do morro 
tem uma espessura mais fina, que pode ser resultado da intervenção do 
homem no solo. O deslizamento ocorre primeiro na parte inferior do 
morro ocasionada por fenômeno semelhante ao tipo Catarina. Sem 
sustentação, a parte superior e pesada do morro desliza em um 
segundo momento. 
● Deslizamento tipo vale suspenso 
Tipo identificado onde o solo é mais profundo. Atinge pequenos 
alcances, mas com grande quantidade de material movimentado. Por 
ser mais lento, sua ocorrência pode ser identificada com antecedência. 
Primeiro, a água acumulada faz um buraco em parte da encosta, 
provocando fissuras na terra, que são indicativos de que o deslizamento 
ocorrerá. A água age como uma colher em um pote de sorvete, 
causando a rotação do solo e posterior deslizamento. 
 
2. Cite pelo menos três das principais causas prováveis dos deslizamentos 
de terra ocorridos na região serrana do estado do Rio de Janeiro em 2011, e 
explique cada uma delas. 
 
RESPOSTA 
● Expansão desordenada das encostas; 
● Características geológicas da região; 
● Topografia do local; 
● Vazão elevada dos rios; 
● Elevado índice pluviométrico; 
● Negligência do estado 
 
 
3. Explique como a intervenção do homem pode ter sido um fator 
contribuinte para os deslizamentos de terra ocorridos na região serrana do 
estado do Rio de Janeiro em 2011. 
 
RESPOSTA 
 
A falta de planejamento urbano pode ocasionar em uma expansão 
desordenada em encostas e em regiões passíveis de inundações. A ocupação 
de encostas pode gerar graves problemas, a começar pela retirada de 
vegetação, que implica perda de resistência do solo e consequentemente a 
erosão. 
 
 
4. Cite 3 formas de prevenção de deslizamentos de encostas. 
 
● Planejamento urbano e intervenção do Estado em regiões de risco; 
● Mapeamento preciso das áreas de risco; 
● Instalação de um sistema de drenagem externo e interno; 
● Muros de contenção; 
● Projetos de conservação da cobertura vegetal. 
 
 
5. A percolação da água em encostas pode reduzir a resistência do solo 
por alguns fatores. Cite dois fatores que colaboram para o deslizamento de 
encosta. 
 
● Aumento da poropressão ao longo das superfícies com elevado 
potencial de ruptura; 
● Redução da coesão aparente; 
● Aumento do peso do maciço; 
● Ação erosiva interna (piping) e externa.

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