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Disciplina: Estudos Hídricos Notas de Aula 02: Escoamento em Tubulações – Regimes de Escoamento dos Fluidos. Professor: MSc. Eng.o Alexandre Marcos F. da C. e Silva Natal – Rio Grande do Norte. A maioria das aplicações da Hidráulica na engenharia diz respeito a utilização de tubos. Tubo é conduto usado para transporte de fluidos, geralmente de seção transversal circular. Quando estão funcionando a seção plena (seção cheia), em geral estão sob pressão maior do que a atmosférica e, ao contrário, estão com a superfície livre. 1. Introdução. Definições. - Considera-se conduto forçado: escoamento sob pressão superior a patm. - Condutos livres apresentam, em qualquer ponto da superfície, pressão igual a patm. * Condutos Forçados incluem: • Encanamentos, • Canalizações ou tubulações sob pressão, • Canalizações ou tubulações de recalque, • Canalizações ou tubulações de sucção, • Sifões verdadeiros, • Sifões invertidos, • Canalizações forçadas das usinas hidrelétricas. * Condutos Livres compreendem: • Canaletas, • Calhas, • Drenos, • Inteceptores de esgotos, • Coletores de Esgoto, • Galerias, • Canais, • Cursos de água naturais (rios). 2. Perda de Carga – Fórmula Universal ou de Darcy- Weissabach. cas".piezométri cotas das diferença a é carga de perdaA " )()(:Logo 0 2 :)A A e Q(Q UniformePermanente Mov. Para - :02e01seçõesasentrecargadePerda - 22 2 2 1 112 2 2 2 1 21 S2S121 1212 2 2 22 21 2 11 1 p Z p Zh g vv vv hhh h g vp Zh g vp ZH f fff ff Fórmula Universal da Perda de Carga (hf) e Perda de Carga Unitária (J). Regime Laminar (tranquilo ou lamelar): “Verifica-se normalmente em condutos com pequenos diâmetros, com escoamento à baixas velocidades e com líquidos bastante densos”. Regime Turbulento (Agitado ou hidráulico): “Verifica-se normalmente em condutos com grandes diâmetros, com escoamento à altas velocidades e com líquidos de pouca densidade”. Exemplo: água. 3. Experiência de Reynolds: Movimento Laminar e Turbulento. Experiência de Reynolds (emprego de corante) Na experiência de Reynolds, a medida que, aos poucos, abre-se o registro, elevam-se a descarga (vazão) e a velocidade de escoamento do líquido (corante). Assim, o filamento colorido pode chegar a difundir-se na massa líquida, em consequência do movimento desordenado das partículas; passando do regime laminar para o turbulento. E, na medida que fecha-se lentamente o registro, reverte-se o processo. A velocidade para a qual essa transição ocorre denomina-se velocidade crítica, ou seja, é a velocidade de passagem de um regime para o outro. Velocidade Crítica Inferior (VcINF): “É aquela velocidade de escoamento abaixo (menor) da qual o escoamento é sempre laminar”. Velocidade Crítica Superior (VcSUP): “É aquela além da qual o regime de escoamento é sempre turbulento”. ).(: ),(: : )/( 1 . .00222.0.0337,01 1 . 278 1 2 mtubulaçãodaDiâmetroD CáguadaaTemperaturT onde sm DTT V o c NFI )/( 1 . .00222.0.0337,01 1 . 44 1 2 sm DTT V SUPc 4. Conceito generalizado do número de Reynolds. Assim, Osborne Reynolds após suas investigações teóricas e experimentais, definiu o Número de Reynolds como um parâmetro que leva em conta a velocidade entre o fluido que escoa e o material que o envolve, uma dimensão linear típica (diâmetro, profundidade, etc) e a viscosidade cinemática do fluido. Portanto, o número de Reynolds “é a relação existente entre as forças de inércia e as de viscosidade”. Trata-se então, de uma unidade admensional que indica se o regime de escoamento é laminar, turbulento ou crítico. Determinação do Número de Reynolds (Re): 2 3 ..... .aceleração a e massa a aisproporcion são ele, sobre agem fluido do inércia a devido que forças As T L LFaVolFamF iii L T L LF n v AF vv .... :são qualquer, seção numa encontram se que partículas as sobre agem de viscosidaa devido que forças As 2 . tubulaçãoda D diâmetro o é L"" ocompriment de grandeza a usualmente onde, .. : ).T(L cinética de viscosidade ecoeficient - dinâmica, de viscosidade ecoeficient - :onde, 1 : .... ... .. 1-2 12 12 2 3 Dv R Lv F F Logo Como Lv F FTL F F L TLL T LL F F e v i v i v i v i Temos que: ]./[: ],/[: ],[: ],/[: : .. .4 . . .4. : . .4 4 . .: ... 3 2 2 22 smQ sm mD smv Sendo D Q R D D Q R Dv RLogo D Q v D Q v A Q vvAQonde DvDv R eee e Considerações: 1ª) Experiências comprovam que: Se Re >= 4000 ⇒ Regime Turbulento, Se Re <= 2500 ⇒ Regime Laminar, Se 2500 < Re < 4000 ⇒ Regime Crítico. 2ª) Os fatores ρ e v determinam a grandeza das forças de inércia, logo quanto maior a influência desta força, maior será o número de reynolds (Re) e a possibilidade do regime de escoamento ser turbulento. 3ª) Os fatores μ ou υ influem sobre as forças oriundas da viscosidade, logo quanto maior a influência destas forças, menor será o número de reynolds (Re) e a possibilidade do regime de escoamento ser laminar. 5. Perda de Carga no escoamento em Regime Laminar (Re <= 2500 ). Nesse regime, o escoamento é calmo, regular e com os filetes líquidos retilíneos. A distribuição das velocidades dos diversos filetes numa dada seção (S) do conduto tem a forma parabólica e a velocidade máxima ocorre no eixo com valor igual a duas vezes a velocidade média. Sejam: p1 e p2: pressões nas seções dos condutos, L: Distância entre as duas seções (S1 e S2), D: Diâmetro do conduto, μ: Coef. de Visc. Dinâmica, Vmáx: Vel. Máxima do escoamento, v: velocidade no perfil da parábola. VM:Velocidade Média, x: raio do êmbolo líquido. 2 2121 p .. :Assim A F P:definiçãoPor L"." ocompriment de êmbolo do mente,respectiva ,2 e 1 seções as sobre pressão de forças das resultante a R seja ter,Devemos x) - p (p R) . A - p (p R pp ).(0 :se- temdinâmico, equilíbrio do equação pela Logo, )....2.(:Assim líquido. êmbolo do lateral área A :onde;.. líquido. êmbolo do escoamento no de viscosidade forças das resultante a F Seja UniformePermanenteMovFR dx dv LxF dx dv AF p 221 221 0 21 21 2 21 . ..4 . ..4 :Assim .. ..2 :seTem .. ..2 )....2.(.. :que Temos x L ) - p(p vv x L ) - p(p vv dxx L ) - p(p dv dvdxx L ) - p(p dx dv Lxx) - p(p -FμRp máx máx xv vmáx ; (Equação 01) Cálculo da Vazão: R dxxvdQ dAvdQ queTemos dxxdA êmbolodoaneldoÁrea 0 ...2. . : ...2 : 128 . . . )( ...2.)(. ..4 )( :, 4 2122 0 21 D L pp QdxxxR L pp Q setemAssim R Sabe-se que: 12 2 22 2 2 11 1 22 fh g vp Z g vp Z Para tubulação de mesmo diâmetro e considerando-se o tubo horizontal: 1221 21 12 . ff hpp pp h )POISEUILLE de (Equação ;.. .32 . 1 . ..128 . 128 . . . . 2 4 4 12 L D v hf D L QhfD L h Q f Assim: Cálculo do Fator de Atrito “f” para o escoamento em Reg. Laminar: e e e R f DvR e Dv R vD f vD g fL D v g v D L f L D v hfII g v D L fhfI 64 :Portanto .. 1 :Logo .. :onde . 1 . .64 . . .64 .. .32 2 .. :se- temAssim, )POISEUILLE de (Fórmula ;.. .32 )( ) UNIVERSAL(Fórmula ; 2 ..)( 2 2 2 2 1) Pela fórmula do fator de atrito, verifica-se que no reg. Laminar, “f” só depende do no de reynolds, ou seja, das propriedades do líquido, do diâmetro e da velocidade. 2) “f” independe do material do conduto. Considerações: 6. Determinação do Fator de atrito “f” no escoamento em Regime Turbulento (Re >= 4000 ). No regime turbulento o cálculo do coeficiente de atrito (f) é feito com base nos efeitos provocados pela rugosidade das paredes internas dos condutos; onde a rugosidade relativa surge como grandeza fundamental no referido estudo. * Rugosidade Relativa (ϵ): ϵ = k/D onde: k – tamanho médio das asperezas, D – diâmetro do conduto. * Princípio da Aderência – Camada Limite Segundo Prandtl (Ludwig Prandtl) durante o escoamento de uma massa fluida, existe uma camada líquida delgada aderente à parede interna em regime laminar, conhecida por filme laminar ou película aderente de espessura “e”. * Determinação da espessura da camada limite “e”: e = 5.v/vat onde: v – vel. média do escoamento, vat – vel. de atrito entre o material do conduto. * Define-se dois tipos de escoamento no regime turbulento: 1) Escoamento turbulento hidraulicamente liso. 2) Escoamento turbulento hidraulicamente rugoso. 3) Escoamento turbulento hidraulicamente misto. 6.1. Escoamento Turbulento Hidraulicamente Liso. “É o escoamento que se verifica quando ao longo de toda extensão do conduto (tubulação) as asperezas não perfuram o filme laminar”. húngaro) (1930,Karman Von Theodore de Fórmula 80,0)log(.2 1 :"") 14,145 . ) fR f fdecálculob k D fR v kv a e eat Condições Analíticas: (1923) Nicuradse de Fórmula 2 log.274,1 1 :"") 20070 . ) e D f fdecálculob k D fR v kv a eat 6.2. Escoamento Turbulento Hidraulicamente Rugoso. “É o escoamento que se verifica quando ao longo de toda extensão do conduto (tubulação) as asperezas perfuram o filme laminar”. Condições Analíticas: (1938) White-Colebrook de Fórmula 51,2 .71,3 log.2 1 :"") 20014,1470 . 5) fRD e f fdecálculob k D fR v kv a e eat 6.3. Escoamento Turbulento Hidraulicamente Misto. “É o escoamento que se verifica quando apenas parte das asperezas perfura o filme laminar. Condições Analíticas: 6.4. Determinação da parcela Re √f. gDJ D fR L H J L gDHD fR L gDHD fv D L gDH fv L gDH fv g v D L fHhf e e .2.... unitária)cargade(perda; .2.. .. .2.. ... .2.. . .2.. . .2 .. 2 2 Gráfico fator de atrito “f” x No de Reynolds (Re) 6.5. Determinação das unidades admensionais “N” e “M”. Quando não se tem condições de determinar Re e Re√f, devido a falta do conhecimento do diâmetro “D”, tem-se que dimensionar as variáveis genéricas e admensionais “N” e “M”. 6.6. Resumo – Limites Práticos. Observação: Exercício 01. Determinar a vazão transportada por uma adutora de aço galvanizado novo, cujo o diâmetro é 1,5m, sabendo-se que seu comprimento é de 360m e que os níveis médios da água na barragem que serve de manancial e o reservatório de jusante são respectivamente 140m e 136,20m. Considerar: k = 10-4m, viscosidade cinética da água: 10-6 m2/s. Exercício 02. Determinar a perda de carga total por uma adutora de aço galvanizado novo, cujo o diâmetro é 1,5m, sabendo-se que seu comprimento é de 360m e que a vazão de escoamento é 9,0 m3/s, conforme figura abaixo. Considerar: k = 10-4m, viscosidade cinética da água: 10-6 m2/s. Exercício 03. Determinar o diâmetro de uma canalização que transporta uma vazão de 8,60 m3/s, sabendo-se que seu comprimento é 380m e a perda de carga total é de 3,50m. Considerar: k = 10-4m, viscosidade cinética da água: 10-6 m2/s.
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