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Aluna Zenaide Rodrigues Pinheiro
Pólo: Paracambi
Literatura Brasileira II
Avaliação a Distância 1
QUESTÃO 1
O riso e o deboche são marcas de uma severa crítica em relação aos   governantes na poesia de Gregório de Matos. Mais do que isso, em suas sátiras, Matos procura compreender as linguagens de seu tempo. Logo, por que podemos configurar a poesia de Gregório como um “jornal” do Brasil Colônia e o poeta como cronista?
Sua poesia passa por diferentes fases, em uma delas o autor dá muita importância aos temas religiosos e de salvação espiritual. Em sua fase satírica, faz críticas à Igreja Católica e ao governador da Bahia. 
Poemas líricos também são atribuídos a Gregório de Matos, são obras que revelam uma angústia perante questões do amor, da vida e da religião. O escritor ainda causou polêmica com poemas eróticos. 
Contemporâneo de Padre Antônio Vieira, ambos representam produções antagônicas do Barroco colonial. Enquanto o padre, pregando na Igreja, afirmava a transcendência da alma, o poeta, declamando na praça, torna-se cronista do mundo prosaico.
QUESTÃO 2
Por que houve tanta dificuldade em se fixar a autonomia dos textos atribuídos a Gregório de Matos?
Os poemas de Gregório de Matos teve sua publicação depois de sua morte, com isso os historiadores não sabem ao certo o que foi realmente escrito pelo autor e os textos que lhe foram atribuídos equivocadamente. De qualquer forma sabe-se que Gregório era uma figura polêmica e que chegou a ser expulso da Bahia.
QUESTÃO 4
Explique o que seria o “caso” Gregório de Matos a partir da discussão desenvolvida por Antonio Candido em A formação da literatura brasileira: momentos decisivos e Haroldo de Campos em O sequestro do Barroco na formação da literatura brasileira: o caso Gregório de Matos.
 
Nesta obra, Campos critica a exclusão do Barroco da história da literatura brasileira efetuada por Antônio Candido em Formação da literatura brasileira (1981). Em Candido (1981), a noção de sistema literário abriu novas perspectivas em relação a “questão da origem” da literatura brasileira, uma verdadeira obsessão da história da literatura segundo Campos (1989). Ainda que “No sentido mais amplo, houve literatura entre nós desde o século XVI)” (CANDIDO, 1981: 15), para Candido, a formação da literatura brasileira teria iniciado no Arcadismo, momento em que o nacionalismo começa a tomar forma. É a noção de sistema literário que permite Candido localizar esse momento de “origem” da literatura brasileira. É no Arcadismo que a tradição do que posteriormente será a literatura brasileira começa a se consolidar, sintetizando a linguagem equilibrada e normatizada do neoclassicismo com as descrições da terra brasileira. O sistema literário brasileiro de Candido é a consolidação de uma tradição que tenta dar visibilidade às “coisas brasileiras” na Europa, através da universalização do particular. O sistema literário brasileiro começaria no final do século XVIII com os árcades mineiros, analisados no volume um de Formação... e estaria plenamente desenvolvido com os românticos da metade do século XIX, analisados no volume dois de Formação..., momento este que teve em seu ápice a figura de Machado de Assis. Sua periodização obedeceria a evidência “estética e histórica”. -. Em Formação... os escritores do período Barroco não fazem parte do sistema literário brasileiro pois não teriam formado uma “tradição” literária. Antônio Vieira e Gregório de Matos seriam “manifestações literárias” do período colonial que não tiveram fôlego de constituir um sistema: “Em fases iniciais, é frequente não encontrarmos esta organização [do sistema literário na relação autor/obra/público] de maneira a formar uma “tradição” […] Isto não impede que surjam obras de valor […] São manifestações literárias.” 
REFERÊNCIAS CAMPOS, Haroldo de. O sequestro do barroco na formação da literatura brasileira: o caso Gregório de Matos. Salvador: FCJA, 1989. CANDIDO, Antônio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 6 ed. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 1981. v.1 e v.2

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