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Guia Básico de Orientação Nutricional para as Equipes de Saúde da Atenção Básica Guia Básico de Orientação Nutricional para as Equipes de Saúde da Atenção Básica Governo do Estado Bahia Secretaria de Saúde do Estado da Bahia Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia Governo do Estado Bahia Secretaria de Saúde do Estado da Bahia Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia Guia Básico de Orientação Nutricional para as Equipes de Saúde da Atenção Básica Guia Básico de Orientação Nutricional para as Equipes de Saúde da Atenção Básica Salvador - 2008 Governo do Estado Bahia Secretaria de Saúde do Estado da Bahia Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia Governo do Estado da Bahia Jacques Wagner Secretário de Saúde do Estado da Bahia Jorge José Santos Pereira Solla Superintendência de Atenção Integral à Saúde Alfredo Boa Sorte Diretoria de Gestão do Cuidado Débora do Carmo Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia Reine Marie Chaves Fonseca Coordenação Técnica - SESAB/CEDEBA Maria Teresa Nunes Gouveia Coordenação de Apoio a Rede - SESAB/CEDEBA Júlia de Fátima Coutinho Criação e Elaboração do Texto Equipe técnica da SESAB/CEDEBA Nutricionistas: Lúcia Barbosa Marisa Sacramento Gonçalves Maria Palmira C. Romero Enfermeira: Maria das Graças Velanes de Faria Revisão Geral: Reine Marie Chaves Fonseca Odelisa Silva de Matos Projeto Gráfico: Grajaú Gráfica e Encadernadora Ltda. Coordenação de Rede de Cuidados Especializados Luana da Silveira GUIA básico de orientação nutricional para as equipes de saúde da atenção básica. Salvador: SESAB/CEDEBA, 2008. 1. Equipe de saúde - Guia nutricional. CDU 612.39 Apresentação.............................................................................................5 Objetivos da terapia nutricional para diabetes e hipertensão........................................................................7 Objetivos da terapia nutricional em situações específicas............................................................................8 Metas do tratamento do diabetes mellitus tipo 2...........................................9 Avaliação Nutricional.................................................................................10 Necessidades energéticas totais............................................................... 11 Composição do plano alimentar.................................................................12 Carboidratos...........................................................................................13 Gorduras................................................................................................ 13 Proteínas................................................................................................14 Vitaminas e sais minerais........................................................................14 Fibras..................................................................................................... 15 Água.......................................................................................................15 Fracionamento do Plano Alimentar........................................................ .15 Adoçantes ..............................................................................................16 Alimentos Diet e Light .............................................................................16 Álcool.....................................................................................................16 Primeira consulta......................................................................................17 Consulta subsequente..............................................................................18 Aspectos clínicos e laboratoriais da hemoglobina glicada............................................................................19 ANEXOS.................................................................................................. 21 Medicamentos para diabetes disponíveis na rede básica...............................................................Anexo 1 Medicamentos para hipertensão disponíveis na rede básica...............................................................Anexo 2 Os 10 passos para a alimentação saudável......................................Anexo 3 Lista de Substituição - DM ................................................................Anexo 4 Planos Alimentares....................................................................Anexo 5 a 11 Referências Bibliográficas........................................................................34 SUMÁRIO A partir do Plano de Reorganização da Atenção ao Diabético e Hipertenso-2001, favorecido pelo fortalecimento da atenção básica de saúde desencadeado pelo processo de municipalização da saúde, e a implantação do Projeto Mais Saúde pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e implementado nas micro e macro regionais de saúde fica evidente a necessidade de rediscutir a atuação da equipe de saúde nas ações de Diabetes e Hipertensão Arterial. Do ponto de vista dos serviços de saúde, se antes havia a intencionalidade, atualmente há responsabilidade e compromisso. Isto porque um dos principais objetivos deste Plano é vincular às equipes de saúde os diabéticos e hipertensos do SUS. Para tal, a qualificação técnica dos recursos humanos através das capacitações e treinamento são elementos essenciais na melhoria da qualidade da assistência a que se propõe. Diante das experiências vivenciadas na assistência ao diabético e hipertenso, na atenção básica observa-se que com o quadro reduzido do profissional de nutrição, em especial no Programa de Saúde da Família, surge um hiato na EDUCAÇÃO ALIMENTAR. Aliado ao mau hábito alimentar e as condições sócio-econômicas e culturais do paciente, a fragilidade técnica dos demais profissionais da equipe de saúde da atenção básica no tocante à nutrição contribui como um dos fatores que mais influenciam na falta do cumprimento das orientações sobre o plano alimentar por parte dos diabéticos e hipertensos. Embora não substitua a consulta com um profissional nutricionista, mas vislumbrando maior desempenho técnico da equipe de saúde das Unidades de Saúde no tocante à prescrição do tratamento não farmacológico, especificamente, no planejamento alimentar dos diabéticos e hipertensos, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, através do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia/Coordenações Técnica e Apoio à Rede, elaborou este Manual contendo orientações nutricionais, de forma objetiva e essencial, dirigidos a essa clientela, viabilizando assim, a identificação do plano alimentar mais apropriado ao paciente. Salientamos que estas instruções seguem as diretrizes das Normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e Orientações Técnicas das Sociedades Científicas de diabetes e hipertensão . APRESENTAÇÃO 5 OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL PARA DIABETES E HIPERTENSÃO 1. Prevenir e tratar as complicações crônicas do diabetes e hipertensão, modificando a ingestão de nutrientes e o estilo de vida de forma adequada para prevenção e tratamento da obesidade, dislipidemia, doenças cardiovasculares, hipertensão e nefropatia 2. Alcançar e manter os parâmetros metabólicos satisfatórios, incluindo: Níveis de glicose sanguíneos no limite normal ou mais perto do normal possível de ser seguro para prevenir ou reduzir o risco para complicações do diabetes. Um perfil de lipoproteínas e de lipídios que reduza o risco para doença macrovascular. Níveis de pressão arterial quereduzam o risco cardiovascular. Nutrição adequada levando em consideração as necessidades individuais, preferências pessoais e culturais e estilo de vida e ao mesmo tempo respeitando os desejos do individuo e sua vontade de mudar. 7 OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL EM SITUAÇÕES ESPECÍFICAS 1. Jovens com diabetes tipo 1 Promover aporte de energia adequado para assegurar crescimento e desenvolvimento normais , integrar regimes de insulina juntamente com os hábitos alimentares e atividade física usuais 2. Jovens com diabetes tipo 2 Facilitar mudanças de hábitos alimentares e atividade física que reduzem resistência a insulina e melhora status metabólico 3. Idosos Prover as necessidades psicossocial e nutricional, para um individuo em envelhecimento. 4. Indivíduos tratados com insulina ou secretagogos de insulina Prover educação de auto-cuidado para tratamento (e prevenção) da hipoglicemia, principalmente relacionada ao exercício. 8 Glicose Plasmática(mg/dl) Ideal Aceitável Jejum 110 126 2 horas pós-prandial 140 160 Glicohemoglobina(%) < 6,5 Colesterol(mg%) Total < 200 HDL >45 LDL <100 Triglicérides (mg%) <150 Pressão Arterial(mmHg) Sistólica <135 Diastólica <80 Índice de massa Corpórea(Kg/m²) 20 – 25 Kg/m² Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes-2007 METAS DO TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS TIPO 2 e da hipertensão arterial 9 Avaliação nutricional Uma avaliação básica do estado nutricional do individuo pode ser feita com dados antropometricos (peso, altura, circunferência abdominal) MEDIDA DA CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL Medida geralmente encontrada próxima a cicatriz umbilical, deve ser feita no meio da distância entre a crista ilíaca e o rebordo costal inferior ÍNDICE DE MASSA CORPORAL - IMC É um indicador utilizado para determinar o estado nutricional. O IMC é calculado pela divisão do peso em kg pela altura em metros ao quadrado IMC = Peso Altura² IMC Estado Nutricional >40 Obesidade G III 35-39,9 Obesidade G II 30-34,9 Obesidade G I 25-29,9 Pré Obesidade/Sobrepeso >27 18,5-24,9 Normal 22-27 <18,5 Baixo peso <22 18 a < 60 anos > 60 anos Classificação (OMS,1998) e Parâmetros do SISVAN SEXO AUMENTADO MUITO AUMENTADO HOMEM >94 >102 MULHER >80 >88 Fonte: I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica 10 Os alimentos são fontes de energia para o trabalho do organismo, a qual chamamos de caloria. A quantidade de calorias necessária para um indivíduo varia de uma pessoa para outra, deve ser calculada com base no estado nutricional e adequada ao estilo de vida de cada um. CÁLCULO DO VET MÉTODO PRÁTICO Para calcular o VET com base no Estado Nutricional em indivíduos de 18 a 60 anos e em idosos utilizar a tabela abaixo . NECESSIDADES ENERGÉTICAS TOTAIS OU VALOR ENERGÉTICO TOTAL (VET) SOBREPESO OBESO IDOSOS PD x 25-35 CAL PD x 25-30 CAL ESTADO NUTRICIONAL IMC < 18,5BAIXO PESO HOMENS MULHERES PA x 40 - 50 CAL PA x 30 - 40 CAL PD x 30 - 35 CAL PD x 30 - 35 CAL PD x 25 - 30 CAL PA x 35-45 CAL PA x 25-35 CAL PD x 25-35 CAL 18,5 - 24,9 25,0 - 29,9 > 30 EUTRÓFICO - - PA Peso atual 2 PD Peso desejável (IMC desejável x altura ( m ) 2 2 IMC desejável para homens = 22 Kg/ m idosos = 25 Kg/ m 2 2 IMC desejável para mulheres = 20,8 Kg/ m idosas = 23,8 Kg/ m OBSERVE O NÍVEL DE ATIVIDADE DA PESSOA COM DIABETES. 11 O plano alimentar do diabético e/ou hipertenso , deve ser individualizado e nutricionalmente adequado considerando também o perfil metabólico (pressão arterial, perfil glicêmico e lipídico, função renal) Através da pirâmide de alimentos podemos visualizar a importância da variedade, moderação e proporção dos alimentos que devem ser consumidos diariamente de acordo com seu valor nutritivo e funcional . COMPOSIÇÃO DO PLANO ALIMENTAR Energia Concentrada Construtores Energéticos Reguladores Reguladores Construtores 12 CARBOIDRATOS Fornecem energia ao organismo. Cada grama fornece 04 calorias. Carboidrato e gordura monoinsaturada devem perfazer 60 - 70% das calorias totais do Plano Alimentar. Alimentos contendo carboidratos de cereais integrais, frutas, verduras e leite desnatado devem ser incluídos em uma dieta saudável. Como a sacarose não aumenta a glicemia mais que quantidades isocalóricas de amido, alimentos contendo sacarose podem eventualmente ser consumidos no contexto de uma alimentação saudável. GORDURAS Também fornecem energia, cada grama de gordura fornece 09 calorias. Recomenda-se o consumo aproximado de 30% do VET ou 80 a 85% de CHO + gorduras totais, sendo : * Saturada < 10% Recomendar até 7% se LDL-colesterol for > 100mg/dL. Evitar carnes gordas, embutidos, laticínios integrais, frituras, gordura do coco, azeite dendê, pele de frango, bacon, toucinho e alimentos ricos em gorduras trans. * Poliinsaturada até 10 % .Incluir óleos vegetais soja, milho, girassol e peixes (sardinha, cavala, arenque, salmão) * Monoinsaturada 60 a 70 % CHO + ácidos graxos. Incluir azeite oliva , óleo canola, abacate, oleaginosas *Colesterol < 300 mg/ d ia. Recomenda-se 200 mg diárias para indivíduos com LDL-colesterol >100 mg/dL Observação: As gorduras mono e poliinsaturadas quando submetidas a altas temperaturas saturam. O consumo excessivo de gorduras eleva significativamente o total de calorias da dieta , conseqüentemente há aumento de peso que é fator de risco de doenças cardiovasculares, hipertensão, obesidade e outras patologias. Duas ou três porções de peixe por semana provêem gordura poliinsaturada Omega 3 na dieta e devem ser recomendas. Óleo Soja 13 PROTEÍNAS Responsáveis pela formação da estrutura dos tecidos. Cada grama de proteína fornece 04 calorias Representam 15 - 20% do VET. Preferir carne magra, leite e derivados desnatados. Ovos respeitar o limite de duas gemas por semana. Não há evidências para sugerir que o percentual de proteínas deva ser modificado em pessoas com diabetes se a função renal é normal. VITAMINAS E SAIS MINERAIS Quando a ingestão dietética é adequada, em geral não há necessidade de suplementação. É recomendado o consumo de 2 a 4 porções de frutas, sendo uma rica em vitamina C (frutas cítricas) e de três a cinco porções de hortaliças cruas e cozidas e sempre que possível , dar preferência aos alimentos integrais. A ingestão diária de 1000-1500 mg de cálcio, especialmente em indivíduos idosos com diabetes é recomendada. Leite e derivados , folhosos verde escuro são boas fontes de cálcio SAL Deve ser limitado a 6g/dia ou 2,4 g de sódio que equivalem a 4 colheres de café rasas de sal (4g de sal ) + sal próprio do alimento (2g de sal). Evitar os alimentos processados, como embutidos,conservas, enlatados, defumados e salgados de pacotes do tipo snacks. Retirar o saleiro da mesa 14 FRACIONAMENTO DO PLANO ALIMENTAR FIBRAS Componentes de origem vegetal que resistem a hidrólise pelas enzimas digestivas e desempenham um importante papel no bom funcionamento do aparelho digestivo, favorecendo a integridade da mucosa intestinal, melhorando a intolerância à glicose e o perfil lipídico. Classificam-se em : FIBRAS SOLÚVEIS (pectina e gomas) tem a função de retardar o esvaziamentogástrico e do trânsito intestinal ,tornar mais lenta a absorção da glicose e reduzir os níveis de colesterol. FIBRAS INSOLÚVEIS, (celulose, hemicelulose e lignina) tem a função de acelerar o trânsito intestinal e dão saciedade. É recomendado o consumo diário mínimo de 20 gramas/dia da forma de hortaliças, frutas, leguminosas e grãos integrais. ÁGUA É o principal componente do organismo, constitui cerca de 2/3 do peso corporal total. Junto ao oxigênio, ela é o elemento mais importante para a manutenção da vida. Possui função reguladora, de transporte de nutrientes, bem como a eliminação de toxinas, regula a temperatura corporal. Em situações normais recomenda-se o uso mínimo de 2 litros de água /dia. Nos pacientes que usam doses fixas de insulina ou secretagogos de insulina os alimentos devem ser distribuídos em 3 refeições com 2 a 3 lanches intermediários nestes incluído a refeição noturna. Manter constante, a cada dia e em cada refeição, a quantidade de carboidrato ingerida, com auxílio da lista de equivalentes ou usando o recurso da contagem de carboidrato . O fracionamento do plano alimentar é importante para que haja equilíbrio entre a ação da medicação e a liberação de glicose, evitando flutuações nos níveis séricos. 15 ADOÇANTES Os adoçantes artificiais não-calóricos podem ser utilizados respeitando-se as recomendações diárias oficiais ALIMENTOS DIET E LIGHT Os alimentos diet são formulados de maneira que sua composição atenda às necessidades específicas Os alimentos light são aqueles que em relação ao produto convencional apresentam uma redução de algum nutriente, no mínimo, de 25% Recomendações: Usar com orientação do profissional de saúde Conhecer composição ( ler o rótulo) Substituir o valor de carboidrato na dieta Evitar produtos que tenham teor > 5g de gordura/porção. ÁLCOOL Não é recomendado o uso habitual de bebidas alcoólicas. O uso excessivo pode aumentar o risco de hipoglicemia e está relacionado com o aumento da pressão arterial e do peso. Contudo, estas podem ser consumidas moderadamente no limite de duas doses para homem e uma dose para mulher . Uma dose é definida como 360 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 45 ml de bebida destilada. Para reduzir o risco de hipoglicemia, bebidas alcoólicas devem ser consumidas com alimentos. Diet Light 16 Selecione o plano alimentar* que mais se aproxime ao valor encontrado e adeque aos hábitos do paciente Leia o plano alimentar e oriente o uso da lista de substituição** para o paciente e/ou acompanhante Reforçe a necessidade dos lanches da tarde e noite nos diabéticos , principalmente os que fazem uso de medicação. Encaminhe para os demais profissionais da equipe e incentive a participação nos grupos educativos. Proceda a avaliação do Estado Nutricional. Com base no IMC calcule o VET 1º Passo: 2º Passo: 3º Passo: 4º Passo: 5º Passo: PRIMEIRA CONSULTA *Ver anexo páginas 5-11 ** Ver anexo pagina 4 17 1º Passo: Verifique os níveis de glicemia e pressão arterial Investigue sinais e sintomas apresentados Avalie a necessidade de ajuste do plano alimentar de acordo com a nova avaliação Reforce as orientações da LISTA DE SUBSTITUIÇÃO. Esclareça dúvidas 2º Passo: 3º Passo: 4º Passo: 5º Passo: Repita a avaliação do estado nutricional Encaminhe o paciente para os demais profissionais da equipe e reforce a participação nos grupos educativos. 6º Passo: CONSULTA SUBSEQUENTE 18 ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS DA HEMOGLOBINA GLICADA Fonte : Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes - 2007 SIGNIFICADO DA A1C Reflete a glicemia média de um indivíduo durante os dois ou três meses anteriores à data de realização do teste, e assim, tem grande utilidade na avaliação do nível do controle glicêmico e da eficácia do tratamento vigente. FREQÜÊNCIA: Deve ser realizada de rotina em todos os pacientes desde o início do tratamento e no mínimo a cada três ou quatro meses. CORRELAÇÃO ENTRE AS MEDIDAS DAS GLICEMIAS COM OS NÍVEIS DE HEMOGLOBINA GLICADA Hemoglobina glicada (%) Glicemia (mg/dl) 6 135 7 170 8 205 9 240 10 275 11 310 12 345 19 ANEXOS QUEM SÃO E COMO ATUAM Sulfoniluréias agem principalmente aumentando a secreção de insulina pelo pâncreas. A hiperinsulinemia tardia, a probabilidade de reações hipoglicêmicas e ainda o ganho de peso tornam estas drogas merecedoras de cuidados específicos. Biguanidas, particularmente a metformina, são indicados para pacientes em que predomina a resistência à insulina, pois seu mecanismo de ação principal é melhorar a sensibilidade à insulina. São contra-indicadas em pacientes com insuficiência renal, hepática e cardíaca. Inibidores das alfa-glicosidases, como o acarbose, agem retardando a absorção intestinal (da glicose, frutose) reduzindo a hiperglicemia e a hiperinsulinemia após as refeições, porém podem trazer efeitos colaterais indesejados como eliminação de gases e alterações do ritmo intestinal. Sulfoniluréias Biguanidas Inibidores das alfa-glicosidases MEDICAMENTOS PARA DIABETES DISPONÍVEIS NA REDE BÁSICA: Secretores de Insulina Fármaco Apresentação Faixa Duração Mecanismo Forma de terapêutica de ação da droga administrar GLIBENCLAMIDA 5 mg 5–20mg 12 a 24h Secreção 1 a 2x ao dia de insulina antes das refeições Sensibilizadores de Insulina METFORMINA* 500–850 mg 500–2.250mg 6 a 12h sensibilidade à 1 a 2x ao dia e 1.000 mg insulina nos tecidos após as Periféricos refeições Inibidores da Alfaglicosidase ACARBOSE 50–100 mg 25–300mg <4h Retarda a absorção 1 a 3x ao dia intestinal de durante as Carboidratos refeições Perfil Médio de Ação das Insulinas* Origem Tipo Início Pico Duração efetiva Duração máxima HUMANA NPH (N) 2–4h 6–10h 10–16h 14–18h Rápida (R) 0,1–1h 2–3h 3–6h 6–8h Fonte: Medical management of type 1 diabetes, 3rd edition – 1998 American Diabetes Association *Disponível na atenção básica metformina 850mg e acarbose 50mg ANEXO 1 MEDICAMENTOS PARA HIPERTENSÃO DISPONÍVEIS NA REDE BÁSICA: QUEM SÃO E COMO ATUAM Hidroclorotiazida agem aumentando através da diurese a excreção de sódio. São essenciais no tratamento dos hipertensos. Sua dosagem não deve ultrapassar a 25mg/dia. Propranolol, inibem a renina e a atividade simpática. Indicados especialmente em pacientes coronários. Podem desencadear broncoespasmo. Captopril, inibidor da enzima conversora da angiotensina II. Indicado especialmente em diabéticos para reduzir a pressão intraglomerular. Contra-indicado na gestação ou em mulheres com risco de engravidar, pela possibilidade de malformações fetais. Hidroclorotiazida Propranolol Captopril ANEXO 2 1º PASSO Coma frutas e verduras variadas, pelo menos duas vezes por dia. 2º PASSO Consuma feijão pelo menos quatro vezes por semana. 3º PASSO Evite alimentos gordurosos como carnes gordas salgadinhos e frituras. 4º PASSO Retire a gordura aparente das carnes e a pele do frango. 5º PASSO Nunca pule refeições, faça três refeições a um lanche por dia. No lanche, escolha uma fruta. 6º PASSO Evite refrigerantes e salgadinhos de pacote. 7º PASSO Faça as refeições com calma e nunca na frente da televisão. 8º PASSO Aumente a sua atividade física diária. Ser ativo e se movimentar. Evite ficar parado, você pode fazer isto em qualquer lugar. 9º PASSO Suba escadas ao invés de usar o elevador, caminhe sempre que possível e não passe longos períodos sentado assistindo TV. 10º PASSO Acumule 30 minutos de atividade física todos os dias.OS DEZ PASSOS PARA A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Fonte: Manual Hipertensão Arterice e Diabetes Mellitus MS 2002 ANEXO 3 SUS / SESAB - Secretaria de Saúde do Estado da Bahia CEDEBA - AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO Lista de Substituição - DM ANEXO 4 SUS -SESAB -CEDEBA -AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO PLANO ALIMENTAR Nome:__________________________________________________Reg:_____________ Sugestão Cardápio 1400 calorias Alimento Quantidade CHO Substituição Café a gosto 0 Café Leite desnatado 2 c. sopa 12 Grupo 1 Pão ou substituto 1 unidade 30 Grupo 2 Margarina light 1 c. chá 0 total 42 Lanche Fruta 1 porção 15 Grupo 5 Salada crua a vontade 0 Grupo 6 Vegetal cozido 4 c. sopa 0 Grupo 6 Azeite oliva/óleo 1 c. chá 0 Almoço Feijão 1 concha 7,5 Arroz ou substituto 4 c. sopa 30 Grupo 3 Carne 1 porção 0 Grupo 4 Fruta 1 porção 15 Grupo 4 total 52,5 Lanche Fruta 2 porções 30 Grupo 5 Sopa verdura/carne 2 conchas 15 Café a gosto 0 Jantar Leite desnatado 1 c. sopa 6 Grupo 1 Pão ou substituto 1 unidade 30 Grupo 2 Margarina light 2 c. chá 0 total 51 Leite desnatado 1 c. sopa 6 Grupo 1 Ceia Biscoito água 3 unidades 15 Grupo 7 total 21 Opção Jantar - Repetir quantidades do almoço sem feijão CHO = Carboidrato ANEXO 5 SUS -SESAB -CEDEBA -AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO PLANO ALIMENTAR Nome:__________________________________________________Reg:_____________ Sugestão Cardápio 1500 calorias Alimento Quantidade CHO Substituição Café a gosto 0 Café Leite desnatado 1 c. sopa 6 Grupo 1 Pão ou substituto 1 unidade 30 Grupo 2 Margarina light 2 c. chá 0 Fruta 1 porção 15 Grupo 5 total 51 Lanche Fruta 1 porção 15 Salada crua a vontade 0 Grupo 6 Vegetal cozido 4 c. sopa 0 Grupo 6 Azeite oliva/óleo 1 c. chá 0 Almoço Feijão 1 concha 7,5 Arroz ou substituto 5 c. sopa 37,5 Grupo 3 Carne 1 porção 0 Grupo 4 Fruta 1 porção 15 Grupo 5 total 60 Lanche Fruta 2 porções 30 Grupo 5 Sopa verdura/carne 2 conchas 15 Café a gosto 0 Jantar Leite desnatado 2 c. sopa 12 Grupo 1 Pão ou substituto 1 unidade 30 Grupo 2 Margarina light 2 c. chá 0 total 57 Leite desnatado 1 c. sopa 6 Grupo 1 Ceia Biscoito água 3 unidades 15 Grupo 7 total 21 Opção Jantar - Repetir quantidades do almoço sem feijão CHO = Carboidrato ANEXO 6 PLANO ALIMENTAR Sugestão Cardápio 1600 calorias Alimento Quantidade CHO Substituição Café a gosto 0 Café Leite desnatado 1 c. sopa 6 Grupo 1 Pão ou substituto 1 unidade 30 Grupo 2 Margarina light 2 c. chá 0 Fruta 1 porção 15 Grupo 5 total 51 Lanche Fruta 1 porção 15 Salada crua a vontade 0 Grupo 6 Vegetal cozido 4 c. sopa 0 Grupo 6 Azeite oliva/óleo 1 c. chá 0 Almoço Feijão 1 concha 7,5 Arroz ou substituto 6 c. sopa 45 Grupo 3 Carne 1 porção 0 Grupo 4 Fruta 1 porção 15 Grupo 5 total 67,5 Lanche Fruta 2 porções 30 Grupo 5 Sopa verdura/carne 3 conchas 22,5 Café a gosto 0 Jantar Leite desnatado 2 c. sopa 12 Grupo 1 Pão ou substituto 1 unidade 30 Grupo 2 Margarina light 2 c. chá 0 total 64,5 Leite desnatado 2 c. sopa 12 Grupo 1 Ceia Biscoito água 3 unidades 15 Grupo 7 total 27 Opção Jantar - Repetir quantidades do almoço sem feijão CHO = Carboidrato ANEXO 7 SUS -SESAB -CEDEBA -AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO PLANO ALIMENTAR Sugestão Cardápio 1800 calorias Alimento Quantidade CHO Substituição Café a gosto 0 Café Leite desnatado 2 c. sopa 12 Grupo 1 Pão ou substituto 1 unidade 30 Grupo 2 Margarina light 2 c. chá 0 Fruta 1 porção 15 Grupo 5 total 57 Lanche Fruta 1 porção 15 Salada crua a vontade 0 Grupo 6 Vegetal cozido 4 c. sopa 0 Grupo 6 Azeite oliva/óleo 1 c. chá 0 Almoço Feijão 2 conchas 15 Arroz ou substituto 6 c. sopa 45 Grupo 3 Carne 1 porção 0 Grupo 4 Fruta 1 porção 15 Grupo 5 total 75 Lanche Fruta 2 porções 30 Grupo 5 Sopa verdura/carne 2 conchas 15 Café a gosto 0 Jantar Leite desnatado 2 c. sopa 12 Grupo 1 Pão ou substituto 1,5 unidade 45 Grupo 2 Margarina light 2 c. chá 0 total 72 Leite desnatado 2 c. sopa 12 Grupo 1 Ceia Aveia flocos 2 c. sopa 15 Grupo 7 total 27 Opção Jantar - Repetir quantidades do almoço com 01 concha de feijão CHO = Carboidrato ANEXO 8 SUS -SESAB -CEDEBA -AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO PLANO ALIMENTAR Sugestão Cardápio 2000 calorias Alimento Quantidade CHO Substituição Café a gosto 0 Café Leite desnatado 1 c. sopa 6 Grupo 1 Pão ou substituto 1,5 unidade 45 Grupo 2 Margarina light 2 c. chá 0 Fruta 1 porção 15 Grupo 5 total 66 Lanche Fruta 1 porção 15 Salada crua a vontade 0 Grupo 6 Vegetal cozido 4 c. sopa 0 Grupo 6 Azeite oliva/óleo 1 c. chá 0 Almoço Feijão 2,5 conchas 18,8 Arroz ou substituto 7 c. sopa 52,5 Grupo 3 Carne 1 porção 0 Grupo 4 Fruta 1 porção 15 Grupo 5 total 86,3 Lanche Fruta 2 porções 30 Grupo 5 Sopa verdura/carne 3 conchas 22,5 Café a gosto 0 Jantar Leite desnatado 2 c. sopa 12 Grupo 1 Pão ou substituto 1,5 unidade 45 Grupo 2 Margarina light 2 c. chá 0 total 79,5 Leite desnatado 2 c. sopa 12 Grupo 1 Ceia Biscoito água 6 unidades 30 Grupo 2 total 42 Opção Jantar - Repetir quantidades do almoço com 01 concha de feijão CHO = Carboidrato ANEXO 9 SUS -SESAB -CEDEBA -AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO PLANO ALIMENTAR Sugestão Cardápio 2200 calorias Alimento Quantidade CHO Substituição Café a gosto 0 Café Leite desnatado 2 c. sopa 12 Grupo 1 Pão ou substituto 1,5 unidade 45 Grupo 2 Margarina light 2 c. chá 0 Fruta 1 porção 15 Grupo 5 total 72 Lanche Fruta 2 porções 30 Salada crua a vontade 0 Grupo 6 Vegetal cozido 4 c. sopa 0 Grupo 6 Azeite oliva/óleo 1 c. chá 0 Almoço Feijão 2,5 conchas 18,8 Arroz ou substituto 8 c. sopa 60 Grupo 3 Carne 1 porção 0 Grupo 4 Fruta 1 porção 15 Grupo 5 total 93,8 Lanche Fruta 2 porções 30 Grupo 5 Sopa verdura/carne 2 conchas 15 Café a gosto 0 Jantar Leite desnatado 2 c. sopa 12 Grupo 1 Pão ou substituto 2 unidades 60 Grupo 2 Margarina light 2 c. chá 0 total 87 Leite desnatado 2 c. sopa 12 Grupo 1 Ceia Biscoito água 6 unidades 30 Grupo 2 total 42 Opção Jantar - Repetir quantidades do almoço com 01 concha de feijão CHO = Carboidrato ANEXO 10 PLANO ALIMENTAR Sugestão Cardápio 2500 calorias Alimento Quantidade CHO Substituição Café a gosto 0 Café Leite desnatado 1 c. sopa 6 Grupo 1 Pão ou substituto 2 unidades 60 Grupo 2 Margarina light 2 c. chá 0 Fruta 1 porção 15 Grupo 5 total 81 Lanche Fruta 2 porções 30 Salada crua a vontade 0 Grupo 6 Vegetal cozido 4 c. sopa 0 Grupo 6 Azeite oliva/óleo 1 c. chá 0 Almoço Feijão 3 conchas 22,5 Arroz ou substituto 9 c. sopa 67,5 Grupo 3 Carne 1 porção 0 Grupo 4 Fruta 1 porção 15 Grupo 5 total 105 Biscoito água 3 unidades 15 Lanche Fruta 2 porções 30 Grupo 5 total 45 Sopa verdura/carne 3 conchas 22,5 Café a gosto 0 Grupo 1 Jantar Leite desnatado 2 c. sopa 12 Grupo 2 Pão ou substituto 2 unidades 60 Margarina light 2 c. chá 0 total 94,5 Leite desnatado 2 c. sopa 12 Grupo 1 Ceia Biscoito água 6 unidades 30 Grupo 2 total 42 Opção Jantar - Repetir quantidades do almoço com 1,5 concha de feijão CHO = Carboidrato ANEXO 11 REFERÊNCIAS AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Princípios de nutrição e recomendações em diabetes. Diabetes Care, Rio de Janeiro,v. 3, n. 2, jun. 2004. Edição em português. AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Recomendações de nutrição para pacientes diabéticos. Diabetes Clínica: Jornal Multidisciplinar do Diabetes e das Patologias Associadas, Rio de Janeiro, n.. 4, p. 128-132, 2000. AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Recomendações nutricionais para o diabetes. Diabetes Clínica: Jornal Multidisciplinar do Diabetes e das Patologias Associadas, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, p. 143-145, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diabetes mellitus. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. 56 p. (Cadernos de Atenção Básica, 16). BRASIL. Ministério da Saúde. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus no Brasil: manual de hipertensão arterial e diabetes mellitus. Brasília, 2002. 102 p. (Série C. Programas e Relatórios, 59). DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSAO ARTERIAL, 5, fev. 2006, São Paulo. [Hipertensão arterial]. São Paulo: Sociedade Brasileira de Hipertensão, 2006. 50 p. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/v_diretrizes_brasileira_hipertensao_arterial_2006.p df>. Acesso em: 14 ago. 2008. GUEDES, Erika P.; VALÉRIO, Cynthia M.; BENCHIMOL, Alexander K. (Eds.). Tratamento e acompanhamento do diabetes mellitus: diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. Rio de janeiro: SBD, 2007. 70 p. KRAUSE, Marie V.; MAHAN, L. K. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 8. ed. São Paulo: Roca, 1994. SEYFFARTH, Anelena S.; LIMA, Laurenice P.; LEITE, Margarida, C. (Coord.). Abordagem nutricional em diabete mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. 155 p. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. I diretriz brasileira de diagnóstico e tratamento da síndrome metabólica. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Rio de Janeiro, v. 84, p. 3-28, abr. 2005. Suplemento I. TAMBASCIA, Marcos A.; GOMES, Marília de B.; DIB, Sérgio Átala (Eds.). Tratamento e acompanhamento do diabetes mellitus: diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. [Rio de Janeiro]: SBD, 2007. 168 p. 34 ANOTAÇÕES 35 ANOTAÇÕES 36 Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 Página 19 Página 20 Página 21 Página 22 Página 23 Página 24 Página 25 Página 26 Página 27 Página 28 Página 29 Página 30 Página 31 Página 32 Página 33 Página 34 Página 35 Página 36 Página 37 Página 38 Página 39
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