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2029: ANO EM QUE O CÂNCER SERÁ A PRIMEIRA CAUSA DE MORTE NO BRASIL 
Autores: Hellen Matarazzo; Tiago Cepas Lobo; Nina Victoria Menezes de Melo; Sandra Regina Loggetto; Fábio Fedozzi; Merula Emmanoel Anargyrou Steagall; Instituição: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LINFOMA E LEUCEMIA
 Introdução: Desde que o Ministério da Saúde implantou o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), os estudos epidemiológicos apontam as Doenças do Aparelho Circulatório (DAC) como a principal causa de morte no Brasil. No entanto, os óbitos por neoplasias vêm crescendo, com taxa de mortalidade específica saltando de 94,5 em 2000 para 99,6/100.000 hab. em 2014, enquanto para as DAC, no mesmo período, houve queda de 209,7 para 167,8/100.000 hab. Esses dados sugerem que, a médio e longo prazo, o câncer poderá ser a primeira causa de morte no país
. Objetivo: Alertar os gestores para o câncer como principal causa de morte no Brasil e necessidade de prevenção. 
Método: Para projetar a mortalidade até 2029 utilizou-se um Modelo de Suavização Exponencial, considerando que os dados podem apresentar uma tendência e/ou sazonalidade. Foi usada a taxa de mortalidade padronizada pela população mundial, com base na série histórica de óbitos do SIM entre 2000 e 2014, e a projeção populacional do IBGE. A análise e processamento dos dados utilizou o aplicativo de Business Intelligence Tableau Software v9.3. Resultados: Considerando a mortalidade entre mulheres, a de câncer de mama aumentará drasticamente nas Regiões Norte (N), Nordeste (NE) e Centro-Oeste (CO); a de câncer de colo do útero aumentará cerca de 50% no N; e para câncer de pulmão será a primeira causa de morte por câncer no Sul (S) e a segunda no NE, CO e Sudeste (SE). Já no S e SE, a mortalidade por câncer de mama permanecerá estável em relação a 2014; e a de colo do útero diminuirá no S e SE, permanecendo estável no NE e CO. Analisando a mortalidade entre homens, o câncer de próstata será a primeira causa de morte por câncer no N, NE e CO, permanecendo estável no S e SE; óbitos por câncer de pulmão aumentarão no N e NE, caindo no S e SE; no N teremos mais mortes por câncer de estômago e queda no S e SE. Para ambos os sexos, a mortalidade por câncer de cólon, reto e ânus crescerá em todas as regiões brasileiras, exceto no S para os homens. 
Conclusão: A taxa de mortalidade deve ser estudada de forma coletiva para dimensionar a magnitude do câncer como problema de saúde pública. Este estudo reforça a necessidade de fortalecer os programas de prevenção do câncer, especialmente no N, NE e CO, sem abandonar o S e SE. Conforme esta estimativa, se não houverem medidas para a real prevenção e controle do câncer, a partir de 2029 teremos mais brasileiros morrendo de câncer do que DAC.
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