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1 2 3 Reitor Prof. Ms. Stefano Barra Gazzola Gestão da Educação a Distância Prof. Ms. Wanderson Gomes de Souza Design Instrucional e Diagramação Diógenes Caxin Victor Rocha Coord. do Núcleo Pedagógico Prof.ª Ms. Terezinha Nunes Gomes Garcia Prof.ª Dr.ª Gleicione Aparecida Dias Bagne de Souza Revisão Ortográfica / Gramatical Erika de Paula Sousa 4 Autor Alessandro Ferreira Alves Doutor em Matemática Aplicada pela Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação (FEEC) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP-SP) no departamento de Telemática. Mestre em Matemática Pura pelo Instituto de Matemática, Estatística e Computação (IMECC) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP-SP). Possui Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU-MG). Atua como professor titular no Centro Universitário do Sul de Minas (UNIS-MG), desde o ano de 2001, como professor em diversos Cursos de Graduação, bem como cursos de pós- graduação, nas Modalidades Presencial (GEP) e a Distância (GEaD). Além disso, é Coordenador do Curso de Licenciatura Plena em Matemática na Modalidade a Distância desde o segundo semestre de 2007, bem como já atuou como coordenador dos cursos de pós-graduação do UNIS-MG, tais como: MBA em Finanças Corporativas (GEDUP – 2007 e 2008), MBA em Gestão Empresarial (GeaD – 2008), Pós-graduação em Matemática Empresarial (GEP – 2004, 2005 e 2006) e Lato Sensu em Matemática e Ensino (GEDUP – 2002 e 2003). Atualmente, atua como professor titular de disciplinas em vários cursos de 5 nossa instituição, como, por exemplo, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção, Engenharia Civil, Matemática, Física, Comércio Exterior, Sistemas de Informação e Ciência da Computação, relacionadas à Matemática, Estatística e Computação, bem como professor em diversos cursos da GEPÓS, (MBA em Finanças Corporativas e Gestão Bancária, MBA em Gestão Estratégica e Inteligência em Negócios, MBA em Gestão Empresarial, MBA em Logística Empresarial e Lato Sensu em Ensino de Matemática e Física). O professor Alessandro Ferreira Alves também é membro do CONSELHO UNIVERSITÁRIO (CONSUN) do Centro Universitário do Sul de Minas Gerais desde o ano de 2008, atuando como representante do quadro de coordenadores da instituição. De outra forma, atua com projetos de consultoria na área de Finanças, Estatística Aplicada a Mercado e Controle Estatístico de Processos. 6 ALVES, Alessandro Ferreira Guia de Estudo – Cálculo Diferencial Integral I – Alessandro Ferreira Alves. Varginha: GEaD- UNIS/MG, 2012. 91p. 1. Introdução ao cálculo diferencial e integral, limites e continuidade de funções de uma variável real. I. Título. 7 Sumário A Integral e Aplicações 11 1 - Aspectos Introdutórios 12 2 - Processo de Antidiferenciação – Primitiva Imediatas 13 3 - Algumas Técnicas de Antiderivação 34 4 - Regra de Cadeia para Antiderivação 35 5 - Mudança de Variável (ou Integração por Substituição) 40 6 - A Derivada e a Integral Indefinida da Função Exponencial 42 7 - A Técnica da Integração por Partes 43 8 - A Integral Definida e Aplicações Diversas 48 8.1 Partição de um Intervalo 49 8.2 Soma de Riemann 50 8.3 Integral de Riemann: Definição 57 8.4 Propriedades da Integral 59 8.6 Primeiro Teorema Fundamental do Cálculo 60 9 - Cálculo de Áreas 70 9.1 Aplicação à Fisica: um Estudo de Caso em Cinemática 84 10 - Resumo da Unidade 89 11 - Referências Bibliográficas 90 8 META Nesta quarta Unidade é de nosso interesse apresentar a teoria acerca da integral indefinida, integral definida e aplicações, bem como, trabalhar com as principais definições, métodos de integração e teoremas relacionados. De outra forma, apresentaremos uma série de resoluções de aplicações de problemas simulados utilizando os conceitos apresentados anteriormente. 9 OBJETIVOS DA UNIDADE Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta unidade, você seja capaz de: - Introduzir e Interpretar o processo de antidiferenciação, que é, o processo inverso da diferenciação (ou derivação); - Adquirir técnicas de demonstração; - calcular sem dificuldades primitivas imediatas; - estar familiarizado com as primeiras técnicas de integração, que são: a mudança de variável e a integração por partes; - reconhecer a técnica a ser empregada na resolução de integrais indefinidas; - resolver aplicações envolvendo a teoria discutida na unidade. - Compreender e aplicar a noção de integral na resolução de problemas simulados nas áreas de matemática e física; 10 - estar plenamente familiarizado com os principais conceitos e resultados envonvendo as integrais indefinidas e definidas; - compreender, relacionar e aplicar os principias resultados do cálculo diferencial de uma variável em situações do dia-a-dia; 11 A Integral e Aplicações 12 1- Aspectos Introdutórios Você já está familiarizado com operações inversas. Adição e Subtração, multiplicação e divisão são operações inversas, bem como potenciação e radiciação. Nesta Unidade, vamos desenvolver a operação inversa da diferenciação chamada de antidiferenciação. Figura 01: O processo de antidiferenciação. Derivação ou Diferenciação Antiderivação ou Antidiferenciação 13 2- Processo de Antidiferenciação – Primitiva Imediatas Vamos começar introduzindo a noção de antiderivada ou primitiva. Definição (Primitiva ou Antiderivada): Consideremos f uma função definida em um intervalo I, i.e., f: I . Uma primitiva (ou antiderivada) de f em I é uma função F definida em I tal que F’(x) = f(x) x I, ou seja, a derivada de F(x) é igual à função f(x) para todo x pertencente ao intervalo I. Vejamos alguns exemplos introdutórios. F(x) = x é uma primitiva de f(x) = 1 em , pois: para todo x , temos que F’(x) = 1 = f(x). Note que neste caso I = . F(x) = x + 3 é uma primitiva de f(x) = 1 em , pois: para todo x , temos que F’(x) = 1 = f(x). Note que neste caso I = . 14 F(x) = x² – 10 é uma primitiva de f(x) = 2x em , pois: para todo x , temos que F’(x) = 2x = f(x). Note que neste caso I = . F(x) = 3 1 .x 3 é uma primitiva de f(x) = x 2 em , pois: para todo x , temos que F’(x) = 3 1 . 3. x 2 = x 2 = f(x). Note que neste caso I = . F(x) = 4.x 3 + x 2 + 5 é uma primitiva de f(x) = 12. x 2 + 2.x, para todo x real, pois: F’(x) = 4.3. x 2 + 2.x + 0 = 12. x 2 + 2.x = f(x). F(x) = senx é uma primitiva para f(x) = cosx, pois: F’(x) = [senx]’ = cosx = f(x). F(x) = cosx é uma primitiva para f(x) = – senx, pois: F’(x) = [cosx]’ = - senx = f(x). 15 Salientamos, que em geral, se uma função F(x) for uma primitiva de uma função f(x) num intervalo I e se a função G(x) for definida por Onde C é uma constante arbitrária, então: Ou seja,G(x) = F(x) + C G’(x) = [F(x) + C]’ = F’(x) + 0 = F’(x) G’(x) = F’(x) 16 E G(x) também é uma primitiva de f no intervalo I. Em verdade, vamos mostrar que se F(x) for qualquer primitiva particular de f(x) em I, então toda primitiva de f(x) em I, será dada por F(x) + C, onde C é uma constante qualquer. A função de F(x) = x 2 é uma primitiva de f(x) = 2x em I = , analogamente, G(x) = x 2 + 3 também é uma primitiva de f(x) = 2x em I = . Observe que, no lugar do número 3 poderia vir qualquer outro valor numérico e assim mesmo a função G(x) seria uma primitiva de f(x) no conjunto dos números reais. Resumindo, observamos que se f(x) possui uma primitiva particular F(x) então ela admite na verdade uma infinidade de primitivas, que diferem por um valor constante. 17 Teorema 01: Se f(x) e g(x) forem duas funções, tais que f ’(x) = g’(x) para todo x no intervalo I, então haverá uma constante K, tal que f(x) = g(x) + K para todo x em I. Demonstração: Vamos definir uma função h(x) no intervalo I da seguinte forma: h(x) = f(x) – g(x) Desta forma, para todo x em I, h’(x) = f ’(x) – g’(x) Onde, usamos que a derivada de uma diferença é a diferença entre as derivadas. Porém, por hipótese, f ’(x) = g’(x) para todo x em I. Logo: 18 h’(x) = 0 para todo x em I (*) Agora, vamos usar o seguinte resultado que provavelmente vocês viram no curso de Cálculo Diferencial e Integral I: Se a derivada de uma função f(x) se anula em todo um intervalo I então f(x) é constante, isto é, f(x) = K (constante). Sendo assim, usando (*) para a função h(x), concluímos que: h(x) = K, i.e., h(x) é constante Portanto, h(x) = f(x) – g(x) = K Ou seja, 19 f(x) = g(x) + K c.q.d. Teorema 02: Se F(x) for uma primitiva particular de f(x) em um intervalo I, então toda primitiva de f(x) em I será dada por: Onde C é uma constante arbitrária e todas as primitivas de f(x) em I poderão ser obtidas de (I), atribuindo-se certos valores a C. Demonstração: Suponhamos que G(x) represente qualquer primitiva de f(x) em I, então G’(x) = f(x) para todo x I. Além disso, como F(x) é uma primitiva particular de f(x) em I, temos que F’(x) = f(x) para todo x I. Daí, segue que G’(x) = F’(x) para todo x I. Logo, pelo Teorema 01, existe uma constante C tal que: G(x) = F(x) + C para todo x em I (I) F(x) + C 20 Como G(x) representa qualquer primitiva de f(x) em I, segue que toda primitiva de f(x) pode ser obtida de F(x) + C, onde C é uma constante arbitrária. c.q.d. Definição (Antidiferenciação): Chamamos de Antidiferenciação o processo de encontrar o conjunto de todas as primitivas de uma dada função. O símbolo denota a operação de antidiferenciação e escrevemos: Onde F’(x) = f(x) e d(F(x)) = f(x).dx. dxxf )( = F(x) + C 21 Observações Importantes i) O conjunto de todas as primitivas de f(x) é a Integral Indefinida de f(x) em relação a variável x, denotada por dxxf )( . ii) é o símbolo de uma integral. iii) f(x) é o integrando de uma integral e x é a variável de integração. iv) Leibniz introduziu a convenção de escrever a diferencial de uma função após o símbolo de antidiferenciação. v) Podemos escrever também ))(( xFd = F(x) + C. vi) Podemos considerar que o símbolo de antidiferenciação significa a operação inversa da operação denotada por d para o cálculo diferencial. vii) Se {F(x) + C} for o conjunto de todas as funções cuja diferencial é f(x).dx, também será o conjunto de todas as funções cujas derivadas são f(x). Assim sendo, a antidiferenciação é considerada como a operação de encontrar o conjunto de todas as funções, tendo uma dada derivada. 22 Como a antidiferenciação é a operação inversa da diferenciação, os Teoremas sobre antidiferenciação podem ser obtidos dos Teoremas que envolvem diferenciação. Desta maneira, os Teoremas a seguir podem ser provados a partir dos Teoremas correspondentes da diferenciação, estudados no semestre anterior. Vejamos os primeiros resultados importantes como segue, que são chamados de tabeladas imediatas. Teorema 03: dx = x + C. Demonstração: Notemos que dx = dx.1 , logo dx = x + C, já que [x]’ = 1. c.q.d. Teorema 04: dxxfa )(. = a. dxxf )( , onde a é uma constante. Note que o Teorema 04, estabelece que para determinar uma antiderivada de uma constante vezes uma função, encontramos inicialmente uma antiderivada da função multiplicando-a, em seguida, pela constante, que no nosso caso é a. Qual é a justificativa (demonstração) do Teorema 04? Tente fazer, é bem simples! Teorema 05: Se f 1 e f 2 estão definidas no mesmo intervalo, então 23 dxxfxf )]()([ 21 = dxxf )(1 + dxxf )(2 . O Teorema 05, nos diz que para determinar uma antiderivada da soma de duas funções, achamos primeiro a antiderivada de cada uma das funções separadamente e então, somamos resultados, ficando subentendido que ambas as funções estão definidas no mesmo intervalo. O Teorema 05 pode ser estendido a um número qualquer, finito, de funções. Combinando o Teorema 05 com o Teorema 04, temos o seguinte resultado: Teorema 06: Se f 1 , f 2 , ..., f n estão definidas no mesmo intervalo, então dxfcxfcxfc nn ]....)()(.[ 2211 = dxxfc )(. 11 + dxxfc )(. 22 + ... + dxxfc nn )(. , onde c 1 , c 2 , ..., c n são constantes. Vejamos mais alguns resultados, que usaremos nos próximos exercícios e ao longo de todo curso. Teorema 07: Se n for um número racional, dxxn = C n xn 1 1 , n 1 . O caso n = – 1 será discutido mais a frente, pois aparecerá a função logarítmica. Demonstração: 24 Basta notarmos que D x n nnn x n xn n xn n x 1 ).1( 1 ).1( 1 111 . Vejamos alguns exemplos, a fim de aplicar os resultados discutidos anteriormente. c.q.d. Exercícios de Aprendizagem Calcular as seguintes integrais indefinidas: a) dxx 2 = b) dx x 2 1 c) dxx .3 d) dxx )5.3( e) dxxxxx )7.2.9.8.5( 234 25 f) 3 4 2 7.5 t t dt g) dx x xx . 1 . Solução: a) dxx 2 = C x C x 312 312 b) dx x 2 1 = C x C x C x 1 112 112 c) dxx .3 = CxCxC x C x dxx 3 43 43 4 1 3 1 3 1 . 4 3 . 4 3 3 4 1 3 1 d) dxx )5.3( = dxxdx 5.3 = CxxCCxxCxC x dxdxx .5.2 3 ).5.3(.5. 2 3 ).(5 2 .3.5..3 221 2 21 2 , onde C = ).5.3( 21 CC . 26 e) dxxxxx )7.2.9.8.5( 234 = dxxdxdxxdxxdxx .729.8.5 234 = Cxxxxx .7.3.2 2345 (Verifique os cálculos!). f) 3 4 2 7.5 t t dt= CttC tt dttdttdt t dt t t 3 1 3 53 1 3 5 3 4 3 2 3 4 3 4 2 .3.7. 5 3 .5 3 1 .7 3 5 .5.7.5 1 .7.5 = 3.t 35 – 3 1 21 t + C Para não sobrecarregarmos a notação, resolvemos as integrais de forma separada, e apenas no final colocamos a constante de integração C. A resposta deve ter uma constante, pois como vimos se trata de uma integral indefinida. 27 g) dxxxx . 1 . = CxxC xx dxxdxxdxxxx 2 1 2 52 1 2 5 2 1 2 3 12 1 .2. 5 2 2 1 2 5 ).( Os Teoremas para a antiderivada das funções seno e coseno seguem imediatamente dos Teoremas correspondentes para diferenciação. Teorema 08: Cxxdx cossen Demonstração: De fato, basta notarmos que D x (– cosx ) = – (– senx) = senx. c.q.d. 28 Teorema 09: Cxxdx sencos Demonstração: De fato, basta notarmos que D x (senx ) = cosx. c.q.d. Os Teoremas que discutiremos a seguir, são consequências dos Teoremas para as derivadas das funções: tangente, cotangente, secante e cosecante. As demonstrações são imediatas, obtidas com o cálculo da derivada do segundo membro das fórmulas. Teorema 10: Ctgxxdx2sec . 29 Teorema 11: Cgxxdxec cotcos 2 . Teorema 12: Cxdxtgxx sec..sec . Teorema 13: Cecxdxgxecx cos.cot.cos . Tente justificar os Teoremas anteriores para exercitar, é bastante simples! As identidades trigonométricas são frequentemente usadas quando calculamos antiderivadas envolvendo funções trigonométricas. As dez identidades fundamentais abaixo são de fundamental importância. 30 Identidades Trigonométricas Fundamentais senx . cosecx = 1 cosx . secx = 1 tgx . cotgx = 1 tgx = x x cos sen cotgx = x x sen cos secx = xcos 1 cosecx = xsen 1 sen 2 x + cos 2 x = 1 1 + tg 2 x = sec 2 x 1 + cotg 2 x = cosec 2 x 31 Exercícios de Aprendizagem Calcule as seguintes integrais indefinidas: a) dxxectgxx )cos.5.sec.3( 2 b) dxx xgx sen sen.3cot.2 2 c) dxxgxtg )4cot( 22 d) dxxx )cos(sen 22 e) ecxdxx cos.cos 32 Solução: a) dxxectgxx )cos.5.sec.3( 2= Cgxxdxxectgxdxx )cot.(5sec.3.cos.5.sec.3 2 = Cgxx cot.5sec.3 b) dxx xgx sen sen.3cot.2 2 = dx x x gx x dx x x dx x gx sen sen 3cot. sen 1 .2 sen sen.3 sen cot.2 22 = = CxgxCxgxxdxgxecx cos.3cot.2)cos.(3)cot.(2sen3cot.cos.2 c) dxxgxtg )4cot( 22 = xdxecxdxdxxecx 2222 cossec]4)1(cos1[(sec + 2. dx = tgx – cotgx +2.x + C 33 d) dxxx )cos(sen 22 = dx = x + C (Usamos a Relação Trigonométrica Fundamental) e) ecxdxx cos.cos = dx = x + C (Usamos a relação cosx.cosecx = 1) 34 3- Algumas Técnicas de Antiderivação Em diversas situações as primitivas não podem ser encontradas diretamente, desta forma, é necessário estudarmos algumas técnicas. A partir do momento, em que o grau de complexidade das integrais vai aumentando é natural pensarmos em novas técnicas para contornar tais situações. Figura 02: Algumas técnicas de integração. Mudança de Variável Integração por Partes Frações Parciais Regra da Cadeia para Antiderivação Substituição Trigonométrica 35 4- Regra de Cadeia para Antiderivação Vamos encontrar a derivada de 102)1.( 10 1 x . Para isto, aplicando a Regra da Cadeia para Derivadas, i.e., a regra para cálculo da derivada de uma função composta (visto no semestre anterior), temos que: D x [ 102)1.( 10 1 x ] = xxxx .2.)1().2.()1.(10. 10 1 921102 Agora, suponhamos que desejamos antiderivar à função xx .2.)1( 92 . Então, necessitamos calcular: (I) xdxx .2.)1( 92 ).2.()1( 92 xdxx Para encontrarmos um tal procedimento para esta situação, consideremos: (II) g(x) = 1 + x 2 e g’(x) = 2.x.dx Logo, podemos escrever (I) como: (III) ]).('.[)]([ 9 dxxgxg Daí, pelo Teorema 07, segue que: 36 (IV) 109 . 10 1 . uduu + C (Fizemos u = g(x) logo du = g’(x).dx) Notemos que (III) é da mesma forma que o primeiro membro de (IV), assim: ]).('.[)]([ 9 dxxgxg = 10)](.[ 10 1 xg + C Portanto, 10292 )1.( 10 1 ).2.()1( xxdxx + C A justificativa para o nosso raciocínio utilizado anteriormente é o seguinte Teorema abaixo, denominado de Regra da Cadeia para Antiderivação. Teorema 14: Sejam g uma função diferenciável de x e o intervalo I a imagem de g. Suponha que f seja uma função definida em I e que F seja uma primitiva de f em I. Então: ])('[)).(( dxxgxgf = F(g(x)) + C Onde F’(x) = f(x). 37 Demonstração: Temos que F’(x) = f(x), pois F é uma primitiva de f, daí: (I) F’(g(x)) = f(g(x)) Agora, aplicando a Regra da Cadeia para derivação considerando a função F(g(x)), obtemos: D x [F(g(x)] = F’(g(x)). g’(x) Substituindo (I) na igualdade acima, segue que: D x [F(g(x)] = f(g(x)). g’(x) Isto é, a função F(g(x)) é uma primitiva para a função f(g(x)).g’(x), da qual segue que ])('[)).(( dxxgxgf = F(g(x)) + C c.q.d. 38 Calcular as seguintes integrais indefinidas: a) dxx 4.3 b) dxxx )cos(. 2 Solução: Observações Importantes! 1) (Caso Particular do Teorema Anterior) – Se g for uma função diferenciável e se n for um número racional, n -1, segue que C n xg dxxgxg n n 1 )]([ ])('.[]([ 1 2) A Regra da Cadeia para Antiderivação é: ])('[)).(( dxxgxgf = F(g(x)) + C, onde F é uma primitiva de f. Se nessa fórmula f for a função co- seno então F será a função seno e teremos: ])('[)).(cos( dxxgxg = sen(g(x)) + C 39 a) dxx 4.3 Cx x dxxdxxdxx 2 312 1 2 1 2 1 )43.( 3 2 . 3 1 1 2 1 )4.3( . 3 1 ).3.( 3 1 .)4.3()4.3(4.3 = Cx 2 3 )43.( 9 2 Neste caso, fizemos g(x) = 3.x + 4 logo g’(x) = 3.dx. b) Cxxdxxdxxx )sen(.2 1 ).2.( 2 1 .)cos()cos(. 222 40 5- Mudança de Variável (ou Integração por Substituição) É possível calcular uma primitiva após efetuarmos uma mudança de variável. Nosso objetivo aqui, é através de uma mudança de variável simplificarmos a integral a ser calculada para uma já conhecida (tabelada imediata). Esta técnica é muito parecida com a que discutimos anteriormente. Calcular dxxx 1. 2 . Solução: Vamos efetuar a seguinte mudança de variável u = 1 + x ou ainda x = u – 1 daí du = dx Então: dxxx 1. 2 = duuduuduuduuuuduuu 2 12 3 2 5 22 1 2 .2).12(.)1( 2 1 = C uuu 2 3 2 5 .2 2 7 2 3 2 5 2 7 = Cxxx 2 3 2 5 2 7 )1.( 3 2 )1.( 5 4 )1.( 7 2 41 Calcular dxx 5)9( Solução: Vamos efetuar a seguinte mudança de variável u = x – 9 daí du = dx Então: dxx 5)9( = C x C u C u duu 6 )9( 615 6615 5 Calcule dxx)3sen( Solução: Vamos efetuar a seguinte mudança de variável u = 3x daí du = 3.dx, ou seja, dx = 3 du Então: dxx)3sen( = CxCuudu du u )3cos(.3 1 )cos.( 3 1 sen. 3 1 3 .sen Antes de estudarmos a próxima técnica de integração, que é, a integração por partes, vamos fazer uma 42 rápida revisão sobre a função exponencial e a função logarítmica. Nossa tarefa aqui, é encontrar as derivadas da função exponencial e da função logarítmica a fim de resolver integrais que envolvam estas funções. 6- A Derivada e a Integral Indefinida da Função Exponencial Teorema 15: (Derivada da Função Inversa) Consideremos a função y = f(x) bijetora e derivável em I tal que f ’(x) 0 para x em I. Então a função inversa x = f 1 (y) é derivável em f(I) e que (f 1 )’(y) = )(' 1 xf , sendo y = f(x). Em símbolos, temos o seguinte: x = f 1 (y) (f 1 )’(y) = )(' 1 xf Desta forma, sabemos que a função logarítmica é a função inversa da função exponencial, então: y = log b x x = b y E vimos também que se x = b y então x’ = b y .lnb. Logo, pelo Teorema da Derivada da Função Inversa, segue que: 43 y’ = bxbbbbx xy b ln. 1 ln. 1 ln. 1 ' 1 log Resumindo, y = log b x y’ = bx ln. 1 Em particular, se b = e, segue que: y = lnx y’ = xex 1 ln. 1 Portanto, temos que: dx x 1 = lnx + C Obviamente considerando x > 0 para a existência de lnx. 7- A Técnica da Integração por Partes A priori devemos salientar que toda integral poderia ser resolvida utilizando a técnica da Integração por Partes, mas na prática nós vamos averiguar que não é bem assim, ou seja, necessitamos realmente dos outros métodos de 44 acordo com a especificidade de cada integral a ser resolvida. Consideremos duas funções f e g. Suponhamos que f e g sejam definidas e deriváveis num certo intervalo I . Sabemos da teoria de derivadas, que: [f(x).g(x)]’ = f ’(x).g(x) + g’(x).f(x) (Derivada de um produto) Ou seja, f(x). g’(x) = [f(x).g(x)]’ – f’(x).g(x) Agora, suponhamos que f’(x).g(x) admita primitiva em I e notando que f(x).g(x) é uma primitiva de [f(x).g(x)]’ (Por quê?) então f(x).g’(x) também admite primitiva em I e: dxxgxfxgxfdxxgxf )().(')().()(').( Tomando dxxgdvxgv dxxfduxfu ).(')( ).(')( Segue que: duvvudvu ... (Fórmula da Integração por Partes) 45 Observações Importantes i) A priori toda integral poderia ser resolvida pela integração por partes, já que pode ser colocada na forma do primeiro membro da igualdade acima, porém veremos que não é tão simples assim. ii) A chamada de u e dv, deve ser da seguinte forma: devemos chamar de u algo que seja fácil para derivar e de dv algo que seja fácil para integrar, pois olhando para a fórmula da integração por partes de u temos que encontrar du e de dv temos que encontrar v. iii) Na determinação de v (através da integração de dv) aparece uma constante (pois se trata de uma integral indefinida), mas ela pode ser desprezada já que desaparece no desenvolvimento dos cálculos. iv) A integração por partes é frequentemente usada quando o integrando envolve logaritmos, funções trigonométricas inversas (discutiremos na última unidade) e produtos de funções. 46 Calcular dxex x . . Solução: Vamos chamar u = x e dv = e x .dx, daí: du = dx e v = e x . Desta maneira, pela fórmula da integração por partes, segue que: dxex x . = x. e x – dxex = x. e x – e x + C Calcular xdxln . Solução: Vamos chamar u = lnx e dv = dx, daí: du = x 1 .dx e v = x. Desta maneira, pela fórmula da integração por partes, segue que: xdxln = x.lnx – dx x x 1 . = x.lnx – x + C Calcular xdxx cos. . Solução: Vamos chamar u = x e dv = cosx.dx, daí: du =dx e v = senx. Desta maneira, pela fórmula da integração por partes, segue que: xdxx cos. =x.senx – dxx.sen = x.senx – (–cosx) + C = x.senx + cosx + C 47 Calcular xdxx ln. . Solução: Vamos chamar u = lnx e dv = x.dx, daí: du = x 1 .dx e v = 2 2x . Desta forma, pela fórmula da integração por partes, segue que: xdxx ln. = lnx. 2 2x – dx x x 1 . 2 2 = lnx. 2 2x – dxx.. 2 1 = lnx. 2 2x – 4 2x + C Calcular dxex x . 2 . Solução: Este é o típico caso em que teremos que efetuar duas vezes a integração por partes.. Inicialmente, vamos chamar de u = x 2 e dv = e x dx, então: du = 2.x.dx e v = e x . Daí, segue que: dxex x . 2 = x 2 . e x – dxex x ..2 = x 2 . e x – dxex x ..2 Note que a integral do segundo membro foi resolvida no Exemplo 1, logo: dxex x . 2 = x 2 . e x – 2.[x.e x – x] + C = x 2 . e x – 2x.e x + 2.x + C 48 8- A Integral Definida e Aplicações Diversas Agora, estaremos interessados em apresentar a noção de Integral Definida, cuja origem foi a formalização matemática da ideia do cálculo de áreas de regiões planas delimitadas pelos gráficos de funções. Observemos inicialmente que somente "sabemos" calcular, efetivamente, a área de regiões limitadas por segmentos de retas como retângulos, triângulos ou composições destes. • Cálculo de Áreas • Somas Parciais Integral Definida • Integral Indefinida → Integral Definida • Partição de Um Intervalo Integral Definida 49 Figura 03: Aspectos Introdutórios da Integral Definida. 8.1 Partição de um Intervalo Definição (Partição de um Intervalo): Uma partição P de um intervalo [a, b] é um conjunto finito P = {x 0 , x 1 , ..., x n } onde a = x 0 < x 1 < x 2 < ...< x n = b. Uma partição P de [a, b] divide [a, b] em n intervalos [x 1i , x i ], i = 1, 2, ..., n. Figura 04: Representação da partição P de um intervalo [a, b]. A amplitude do intervalo [x 1i , x i ], será indicada por ix = x i – x 1i . Assim: 1x = x 1 – x 0 , , Etc. Os números 1x , 2x , ..., nx não são necessariamente iguais; o maior deles é denominado amplitude da partição P ao qual 50 indicamos por máx ix . Uma partição P = {x 0 , x 1 , ..., x n } de [a, b] será indicada simplesmente por P: a = x 0 < x 1 < x 2 < ...< x n = b. 8.2 Soma de Riemann Consideremos f uma função definida em [a, b] e P: a = x 0 < x 1 < x 2 < ...< x n = b uma partição de [a, b]. Para cada índice i (i = 1, 2, ..., n) seja c i um número em [x 1i , x i ] escolhido arbitrariamente. Figura 05: Definição dosnúmeros c i . Definição (Soma de Riemann de f): O número nni n i i xcfxcfxcfxcf ).(...).().().( 2211 1 51 é chamado de soma de Riemann de f, relativa à partição P e aos números c i . Notemos que, se f(c i ) > 0, f(c i ). ix será então a área do retângulo R i determinado pelas retas x = x 1i , x = x i , y = 0 e y = f(c i ); se f(c i ) < 0, a área de tal retângulo será – f(c i ). ix . Vejamos a Figura 06 abaixo: Figura 06: Área dos retângulos R i . Geometricamente, podemos então interpretar a soma de Riemann: i n i i xcf ).( 1 52 como a diferença entre a soma das áreas dos retângulos R i que estão acima do eixo x e a soma das áreas dos que estão abaixo do eixo x. Figura 07: Soma das áreas dos retângulos. Consideremos F uma função definida em [a, b] e seja P: a = x 0 < x 1 < x 2 < x 3 < x 4 = b uma partição de [a, b]. O acréscimo F(b) – F(a) que a F sofre quando se passa de x = a para x = b é igual à soma dos acréscimos F(x i ) – F(x 1i ) para i variando de 1 a 4: F(b) – F(a) = F(x 4 ) – F(x 0 ) = [F(x 4 ) – F(x 3 )] + [F(x 3 ) – F(x 2 )] + [F(x 2 ) – F(x 1 )] + [F(x 1 ) – F(x 0 ) ] Isto é, F(b) – F(a) = )]()([ 1 4 1 i i i xFxF 53 De modo geral, se P: a = x 0 < x 1 < x 2 < ...< x n = b for uma partição de [a, b], então F(b) – F(a) = )]()([ 1 1 i n i i xFxF Sejam F e f definidas em [a, b] e tais que F’ = f em [a, b]; assim F é uma primitiva de f em [a, b]. Seja a partição P: a = x 0 < x 1 < x 2 < ...< x n = b de [a, b]. Prove que escolhendo convenientemente ic em [x 1i , x i ] tem-se: F(b) – F(a) = i n i i xcf .)( 1 Solução: De acordo com o que vimos acima, F(b) – F(a) = )]()([ 1 1 i n i i xFxF 54 Agora, aplicando o TVM (Teorema do Valor Médio) para a função F no intervalo [x 1i , x i ], temos que existe um ponto ic em [x 1i , x i ] tal que: F'( ic ) = 1i 1-ii x ) F(x - )F(x ix Ou seja F(x i ) – F(x 1i ) = F'( ic ).(x i – x 1i ) E como temos que F’ = f em [a, b] e 1 iii xxx , resulta que F(b) – F(a) = i n i i xcf .)( 1 c.q.d. Suponhamos, no exemplo anterior, que f seja contínua em [a, b] e que os ix sejam suficientemente pequenos; desta maneira, para qualquer escolha de c i em [x 1i , x i ], f(c i ) deve diferir muito pouco de f( ic ). É razoável, então, que nestas condições i n i i xcf .)( 1 seja uma boa avaliação para o acréscimo F(b) – F(a), isto é: 55 F(b) – F(a) i n i i xcf .)( 1 É coerente, ainda, esperarmos que a aproximação acima será tanto melhor quanto menores forem os ix . Veremos mais adiante que, no caso de f ser contínua em [a, b], F(b) – F(a) = 0. lim ixmáx i n i i xcf .)( 1 onde máx. ix indica o maior número do conjunto { ix / i = 1, 2, ..., n}. O sentido em que tal limite deve ser considerado será esclarecido na próxima seção. Note que máx. ix 0 implica que todos os ix tendem também a zero. Vejamos de uma forma diferente o que acabamos de descrever, ou seja, vamos ver uma versão cinemática do que acabamos de discutir. Para tal, consideremos uma partícula deslocando-se sobre o eixo Ox com função de posição x = x(t) e com velocidade v = v(t) contínua em [a, b]. Observe que x = x(t) é uma primitiva de v = v(t) (já que a velocidade é igual à derivada do espaço em 56 função do tempo). Seja a = t 0 < t 1 < t 2 < ...< t n = b uma partição de [a, b] e suponhamos máx. it suficientemente pequeno (o que implica que todos os it são suficientemente pequenos). Sendo c i um instante qualquer entre t 1i e t i , a velocidade v(c i ) é um valor aproximado para a velocidade média entre os instantes t 1i e t i : v(c i ) iii i i tcvxou t x ).( (observe que pelo Teorema do Valor Médio (TVM), existe um instante ic entre t 1i e t i tal que iii tcvx ).( ), onde ix é o deslocamento da partícula entre os instantes t 1i e t i . Como a soma dos deslocamentos ix , para i variando de 1 a n, é igual ao deslocamento x(b) – x(a), resulta que: x(b) – x(a) i n i i tcv ).( 1 Novamente, é razoável esperarmos que, à medida que as amplitudes it tendem a zero, a soma i n i i tcv ).( 1 tenda a x(b) – x(a): 57 x(b) – x(a) = 0. lim itmáx i n i i tcv .)( 1 . 8.3 Integral de Riemann: Definição Nesta seção, é de nosso interesse definir a Integral Definida que em verdade é conhecida como a Integral de Riemann. Definição (Integral de Riemann): Sejam f uma função definida em [a, b] e L um número real. Dizemos que i n i i xcf ).( 1 tende a L, quando máx. ix 0, e escrevemos 0. lim ixmáx i n i i xcf ).( 1 = L se, para todo >0 dado, existir um >0 que só dependa de mas não da particular escolha dos c i , tal que n i ii Lxcf 1 ).( < para toda partição P de [a, b], com máx. ix < . 58 Este número L, que quando existe é único, é chamado de Integral de Riemann 1 de f em [a, b] e indicamos por: b a dxxf )( . Desta maneira, por definição, b a dxxf )( = 0. lim ixmáx i n i i xcf ).( 1 Se b a dxxf )( existe, então diremos que f é integrável (segundo Riemann) em [a, b]. É comum referirmo-nos a b a dxxf )( como integral definida de f em [a, b]. Observação Importante! Por definição, colocamos que: a a dxxf )( = 0 e 59 8.4 Propriedades da Integral Vamos analisar as primeiras e principais propriedades da Integral Definida, que estão listadas no seguinte resultado: Teorema 16: Sejam f e g integráveis em [a, b] e k uma constante. Então: a) f + g é integrável em [a, b] e b a b a b a dxxgdxxfdxxgxf )()()]()([ ; 60 b) k.f 1é integrável em [a, b] e b a b a dxxfkdxxfk )(.)(. ; c) Se f(x) 0 então b a dxxf )( 0; d) Se c [a, b] e f é integrável em [a, c] e em [c, b] então b c b a c a dxxgdxxfdxxf )()()( . Maiores detalhes com relação a demonstração do resultado acima pode ser vista em [1]. Agora, discutiremos sem dúvida nenhuma um dos resultados mais importantes do Cálculo Diferencial e Integral, que é o Primeiro Teorema Fundamental do Cálculo. 8.6 Primeiro Teorema Fundamental do Cálculo De acordo com a definição de integral, se f for integrável em [a, b], o valor do limite 1 1 – Foi o matemático alemãoBernard Riemann que deu o primeiro tratamento adequado da integral, meados do século XVIII). 61 i n i i xmáx xcf i ).(lim 1 0. será sempre o mesmo, independentemente da escolha dos c i , e igual a b a dxxf )( . Assim, se, para uma particular escolha dos c i , tivermos i n i i xmáx xcf i ).(lim 1 0. = L então teremos L = b a dxxf )( . Teorema 17 (1 0 Teorema Fundamental do Cálculo) – Se f for integrável em [a, b] e se F for uma primitiva de f em [a, b], então: b a dxxf )( = F(b) – F(a) Demonstração: Suponhamos que f seja integravel em [a, b] e que admita uma primitiva F(x) em [a, b], isto é, F’(x) = f(x) em [a, 62 b]. Seja P: a = x 0 < x 1 < x 2 < ...< x n = b uma partição qualquer de [a, b]. Daí, escrevemos: F(b) – F(a) = )]()([ 1 1 i n i i xFxF (veja Segunda seção desta Unidade). Segue, então, do TVM (Teorema do Valor Médio), que, para uma conveniente escolha de ic em [x 1i , x i ], teremos F(b) – F(a) = ii n i xcF ).(' 1 ou (I) F(b) – F(a) = ii n i xcf ).( 1 Se para uma partição P de [a, b], os ic forem escolhidos como em (I), teremos i n i i xmáx xcf i ).(lim 1 0. = F(b) – F(a) e, portanto, b a dxxf )( = F(b) – F(a) 63 c.q.d. Vejamos agora alguns exemplos ilustrativos, onde utilizando o resultado anterior encontraremos diversas integrais definidas. Calcule dxx 2 1 2 . Solução: Sabemos que F(x) = 3. 3 1 x é uma primitiva de f(x) = x 2 e f é contínua em [1, 2], desta forma: Observações Importantes! i) Pode ser provado ainda que toda função contínua em [a, b] é integravel em [a, b]; por enquanto, vamos admitir e utilizar tal resultado (Tal fato será provado mais adiante). Desta forma, segue então do primeiro teorema fundamental do cálculo que se f for contínua em [a, b] e F uma primitiva de f em [a, b], então: b a dxxf )( = F(b) – F(a) ii) Em verdade, para encontrarmos uma integral definida, primeiramente encontramos a integral indefinida e depois calculamos as imagens F(b) e F(a) e determinamos a diferença F(b) – F(a). 64 dxx 2 1 2 = 3 1 3 8 )1()2(. 3 1 2 1 3 FFx = 3 7 ou seja, dxx 2 1 2 = 3 7 Calcule dx 3 1 4 . Solução: Sabemos que F(x) =4x é uma primitiva de f(x) = x 2 e f é contínua em [1, 2], desta forma: dxx 3 1 .4 = )1()3(.4 31 FFx = 12 – 4.(-1) = 16 ou seja, dxx 3 1 .4 = 16 Calcule dxxx 2 0 2 ]1.3[ . 65 Solução: dxxx 2 0 2 ]1.3[ = 2 2 12 4 2 )0()2( 2 .3 4 4 2 0 24 FFx xx = 8 Calcule dx x 2 1 2 1 . Solução: dx x 2 1 2 1 = dxx 2 1 2 = 2 1 1 1 2 1 )1()2( 1 2 1 FF x Calcule dx xx ] 11 [ 2 1 3 . Solução: dx xx ] 11 [ 2 1 3 = 8 32ln.8 )1()2( .2 1 ln 2 1 2 FF x x 66 Calcule dxx 8 0 2sen . Solução: dxx 8 0 2sen = 4 22 2 1 ) 4 cos(. 2 1 )0() 8 (2cos. 2 1 8 0 FFx Calcule dxe x 1 0 . Solução: dxe x 1 0 = e FFe x 1 1)0()1( 1 0 . 67 Exercícios de Aprendizagem 1) Calcular as seguintes integrais definidas: a) 1 0 )3( dxx b) 1 1 )12( dxx c) 4 0 2 1 dx d) 1 2 2 )1( dxx e) 3 1 dx f) 2 1 .4 dx g) 3 1 3 1 dx x h) 1 1 .5 dx i) 2 0 2 )3.3( dxxx j) 1 0 3 ) 2 1 .5( dxx l) 1 1 )32( dxx m) 0 1 )32( dxx 68 n) 1 1 )21( dxx o) 1 2 2 ) 1 ( dxx x p) 4 0 dxx q) 4 1 1 dx x r) 8 0 3 dxx s) 0 1 3 )32( dxxx t) 1 0 8 dxx u) 3 1 2 ) 1 5( dx x v) 3 3 3dxx x) 1 1 37 )( dxxxx w) 1 2 1 )3( dxx z) 1 1 ln dxe x 2) Utilizando as técnicas de integração já estudadas encontre as seguintes integrais definidas abaixo: 69 a) 1 0 2)3( dxx b) 1 1 3)22( dxx c) 2 3 2cos xdx c) 0 3sen xdx d) dxex x 1 0 . e) 2 1 ln xdx f) 2 1 ln. xdxx g) 0 sen. xdxx h) 0 cos. xdxx i) xdxx ln. 2 1 4 j) xdxx cos.2 l) dxex x. 1 0 3 70 9- Cálculo de Áreas Seja f contínua em [a, b], com f(x) 0 em [a, b]. Neste momento, estamos interessados em definir a área do conjunto A do plano limitado pelas retas x = a, x = b, y = 0 e pelo gráfico de y = f(x). Vejamos a Figura 08 abaixo. Figura 08: Área do conjunto A – nosso objetivo nesta seção. Consideremos, então, P: a = x 0 < x 1 < x 2 < ...< x n = b uma partição de [a,b] e sejam ic e ic em [x 1i , x i ] tais que f( ic ) é o valor mínimo e f( ic ) o valor máximo de f em [x 1i , x i ]. Uma boa definição para a área de A deverá implicar que a soma de Riemann i n i i xcf ).( 1 seja uma aproximação por falta 71 da área de A e que i n i i xcf ).( 1 seja uma aproximação por excesso, isto é: i n i i xcf ).( 1 área de A i n i i xcf ).( 1 Vejamos a interpretação geométrica na Figura 09 abaixo. Figura 09: Aproximação das áreas dos retângulos – por falta e por excesso. Como as somas de Riemann mencionadas tendem a b a dxxf )( , quando máx. ix 0, nada mais natural do que definir a área de Apor Área A = b a dxxf )( 72 Vamos começar agora a calcular diversas áreas de conjuntos definidos no plano euclidiano 2 , a partir do que discutimos na seção anterior. Calcule a área do conjunto do plano limitado pelas retas x = 0, x = 1, y = 0 e pelo gráfico de f(x) = x 2 . Observações Importantes! i) De forma similar, definimos a área de A no caso em que f é uma função integrável qualquer, com f(x) 0 em [a, b]; ii) Sempre é interessante você desenhar (ou representar) geometricamente o conjunto ao qual você quer determinar a área; é um procedimento simples, que auxilia na interpretação do cálculo. 73 Solução: Inicialmente devemos representar geometricamente o conjunto ao qual queremos determinar a sua área. Notemos que temos x = 0 (representa o eixo dos y), x = 1 (reta paralela ao eixo y), y = 0 (representa o eixo dos x) e f(x) = x 2 (representa a parábola cujo vértice é a origem O(0, 0) do plano cartesiano). Desta forma, temos o seguinte gráfico associado mostrado na Figura 10 abaixo. Figura 10: Conjunto A do exemplo 01 – delimitação da área a ser calculada. Sendo assim, temos que: 74 área A = 3 1 3 1 0 31 0 2 x dxx u.a. Ou seja, a área do conjunto A é igual a 31 . Além disso, observe que: Note que os limites de integração definem a variação da variável x para delimitação da área a ser calculada. A unidade colocada u.a. significa unidades de área. Calcule a área do conjunto A = 2 2 1021/),( x yexyx . Solução: De forma similar, inicialmente notemos que A é o conjunto do plano limitado pelas retas x = 1 (reta paralela ao eixo dos y), x = 2 (reta paralela ao eixo dos y), y = 0 (representa o eixo dos x) e pelo gráfico de y = 2 1 x . Geometricamente, temos a situação descrita na Figura 11 abaixo. 75 Figura 11: Conjunto A do exemplo 02 – delimitação da área a ser calculada. Sendo assim, temos que: área A = 2 1 )1( 2 111 2 1 2 1 2 x dx x u.a. Ou seja, a área do conjunto A é igual a 2 1 . As situações que apresentaremos logo a seguir sugerem como estender o conceito de área para uma classe mais ampla de subconjuntos do 2 . Vejamos a Figura 12 abaixo. 76 Figura 12: Área a ser calculada quando f(x) 0 em [a,b]. Neste caso, observamos que a menos de sinal a b a dxxf )( representa a área da região hachurada, ou seja área A = – b a dxxf )( . (Lembre- se que não existe área negativa!). Vejamos outra situação que poderemos ter, descrita na figura abaixo, onde devemos usar a noção de somarmos áreas. Figura 13: Área a ser calculada quando f(x) 0 em [c, d] e f(x) 0 em [a,c] e em [d, b]. 77 Seja A o conjunto hachurado. Neste caso, temos que: Área = dxxfdxxfdxxfdxxf b a b d c a d c )()()()( Observe que: b a dxxf )( = b d c a d c dxxfdxxfdxxf )()()( = soma das áreas dos conjuntos acima do eixo Ox menos soma das áreas dos conjuntos abaixo do eixo Ox. Em verdade, é como se subdividíssemos o conjunto A em diversos subconjuntos considerando acima e abaixo do eixo dos x. Vejamos agora outra situação, sendo que neste caso irá aparecer mais do que uma função no contexto, isto é, teremos f(x) e g(x) duas funções; aqui, analisaremos a diferença entre as duas de tal forma que esta diferença seja positiva. Vejamos com maiores detalhes abaixo. Consideremos a Figura 14 abaixo que retrata esta situação. Figura 14: Cálculo da área de um conjunto delimitado pela diferença entre duas funções. 78 Notemos que a área do retângulo hachurado da Figura 14 é dada por [f( ic ) – g( ic )]. ix Logo: n i iii xmáx xcgcf i 1 0. )].()([lim = b a dxxgxf )]()([ = área A onde A é o conjunto limitado pelas retas x = a, x = b e pelos gráficos de y = f(x) e y = g(x), com f(x) g(x) em [a, b], ou seja, f(x) – g(x) 0 em [a, b]. Observação Importante! Grosso modo para termos f(x) g(x) ou f(x) – g(x) 0 em [a, b] basta analisarmos qual das dos gráficos das duas funções está acima da do outro, assim: f(x) g(x) ou f(x) – g(x) 0 em [a, b] – significa que o gráfico de f(x) está acima do gráfico de g(x); g(x) f(x) ou g(x) – f(x) 0 em [a, b] – significa que o gráfico de g(x) está acima do gráfico de f(x). 79 Vejamos alguns exemplos que ilustram a teoria discutida anteriormente. Pede-se: a) Calcule a área da região limitada pelo gráfico de f(x) = x 3 , pelo eixo x e pelas retas x = -1 e x = 1. b) Calcule dxx 1 1 3 . Solução: a) Inicialmente vamos plotar o gráfico da função f(x) = x 3 e delimitar a região cuja área queremos calcular. Devemos notar também que a função f(x) = x 3 é negativa em [-1, 0] e positiva em [0, 1]. Sendo assim, devemos dividir a região total (A) em (A 1 + A 2 ) e então: área A = área A 1 + área A 2 Desta forma, geometricamente temos que: Figura 15: Área a ser calculada no Exemplo 03. 80 Logo: área A 1 = 0 1 3 4 1 dxx e área A 2 = 1 0 3 4 1 dxx Portanto, área A = área A 1 + área A 2 = ¼ + ¼ = ½ b) dxx 1 1 3 = 4 1 4 1 4 )1( 4 1 4 = 0 = área A 2 – área A 1 Calcule a área da região limitada pelas retas x = 0, x = 1, y = 2 e pelo gráfico de y = x 2 . Solução: Neste exemplo, estamos na situação de termos no contexto duas funções f(x) e g(x) (que são y = 2 e y = x 2 ). Desta forma, a função a ser integrada deve ser a diferença entre as duas respeitando que a diferença deve ser positiva. Representando no 81 plano as curvas citadas no exemplo, temos a seguinte disposição geométrica mostrada na Figura 16. Figura 16: Disposição geométrica do Exemplo 04. De acordo com a última observação, segue que: área A = 3 5 3 .2]2[ 1 0 31 0 2 x xdxx Note que pegamos a diferença [2 – x 2 ] pois o gráfico de y = 2 está acima do gráfico de y = x 2 . Calcule a área do conjunto de todos os pontos (x, y) tais que x 2 y x . Solução: Inicialmente vamos desenhar as duas curvas. Sendo assim, a figura abaixo representa os gráficos das curvas y = x 2 e y = x . 82 Figura 17: Disposição geométrica do Exemplo 05. área = 3 1 3 1 3 2 3 . 3 2 ][ 1 0 3 3 1 0 2 x xdxxx Notemos que: Para definirmos os limites de integração, analisamos a interseção entre as curvas y = x 2 e y = x , ou seja, na figura observamos que na área a ser calculada a variacao de x é de x = 0 até x = 1; Para cada x em [0, 1], (x, y) pertence ao conjunto se, e somentese, x 2 y x ; As curvas y = x 2 e y = x são inversas uma da outra no intervalo [0, 1]; Os pontos em que as curvas se interceptam são as soluções do sistema xy xy 2 . 83 Calcule a área da região compreendida entre os gráficos de y = x e y = x 2 . Solução: As curvas y = x e y = x 2 interceptam-se nos pontos de abscissas 0 e 1. Então, temos a seguinte disposição geométrica: Figura 18: Disposição geométrica do Exemplo 06. Desta forma: área = 1 2332 ][][ 2 1 23 1 0 2 1 32 2 1 0 2 xxxx dxxxdxxx Neste caso: 84 Tivemos que dividir o intervalo [0, 2] em dois subintervalos [0, 1] e [1, 2] já que de acordo com a figura, no primeiro subintervalo o gráfico de y = x está acima do gráfico de y = x 2 ; enquanto que para o segundo subintervalo, o gráfico de y = x 2 está acima do gráfico de y = x. A interseção das curvas são as soluções do sistema 2xy xy . 9.1 Aplicação à Fisica: um Estudo de Caso em Cinemática Consideremos, agora, uma partícula que se desloca sobre o eixo x com equação x = x(t) e com velocidade v = v(t) contínua em [a, b]. A diferença x(b) – x(a) é o deslocamento da partícula entre os instantes a e b. Como x(t) é uma primitiva de v(t) (Por quê?), segue do primeiro Teorema Fundamental do Cálculo que x(b) – x(a) = b a dttv )( . Por outro lado, definimos o espaço percorrido pela partícula entre os instantes a e b por 85 b a dttv )( . Se v(t) 0 em [a, b], o deslocamento entre os instantes a e b será igual ao espaço percorrido entre estes instantes, que, por sua vez, será numericamente igual à área do conjunto A limitado pelas retas t = a, t = b, pelo eixo Ot e pelo gráfico de v = v(t). Vejamos a interpretação geométrica descrita na Figura 19 abaixo. Figura 19: Disposição geométrica da velocidade em função do tempo. Suponhamos, agora, por exemplo que v(t) 0 em [a, c] e v(t) 0 em [c, b]. Vejamos a figura abaixo: 86 Figura 20: Configuração do deslocamento num intervalo subdividido em dois. Neste caso, o deslocamento entre os instantes a e b será: x(b) – x(a) = b a dttv )( = área A 1 – área A 2 Enquanto o espaço percorrido entre estes instantes será: b a dttv )( = c a dttv )( – b c dttv )( = área A 1 + área A 2 . Uma partícula desloca-se sobre o eixo x com velocidade v(t) = 2 – t. Pede-se: a) Calcule o deslocamento entre os instantes t = 1 e t = 3. Discuta o resultado encontrado. b) Calcule o espaço percorrido entre os instantes 1 e 3. 87 Solução: a) Vejamos a figura abaixo: Figura 21: Gráfico da equação v(t) = 2 – t. Temos que: x(3) – x(1) = 3 1 3 1 2 2 .2)2( t tdtt = 0. Em [1, 2[, v(t) >0, o que significa que no intervalo de tempo [1, 2[ a partícula avança no sentido positivo; em [2, 3], v(t) <0, o que significa que neste intervalo de tempo a partícula recua, de tal modo que no instante t = 3 ela volta a ocupar a mesma posição por ela ocupada no instante t = 1. Vejamos a figura abaixo que descreve este processo. Figura 22: Interpretação geométrica do resultado. 88 b) O espaço percorrido entre os instantes t = 1 e t = 3 é dado por 2 1 3 2 3 1 )2()2(2 dttdttdtt = 1. Observe que o espaço percorrido entre os instantes 1 e 2 é: 2 1 2 1 )2( dtt e que o espaço percorrido entre os instantes 2 e 3 é: 3 2 3 2 2 1 )2(2 dttdtt . Exercícios de Aprendizagem 1) Calcular a área da figura definida pela reta y = 2.x + 1 e o eixo x, no intervalo [0,3]. 2) Calcular a área da figura formada pela curva y = x 2 + 2.x + 1 e o eixo x, no intervalo [0, 2]. 3) Calcular a área da figura formada pela curva y = x 2 – 9 e o eixo x no intervalo [0,5]. 89 4) Calcular a área entre as curvas y = x 2 e y = -x2 + 6.x + 5,625. 5) Calcular a área da figura compreendida entre a parábola y = x 2 e a reta y = 3 – 2x. Representar geometricamente. 6) Calcular a área da figura compreendida pelas retas x = 0, y = 3 .2 x e y = x – 5. Representar geometricamente. 7) Calcule a área do conjunto do plano limitado pelas retas x = 0, x = 1, y = 0 e pelo gráfico de f(x) = x 2 . Representar geometricamente. 8) Calcule a área sob o gráfico de f(x) = x 2 – 5.x + 9, 1 x 4. Representar geometricamente. 10- Resumo da Unidade Nesta quarta Unidade, trabalhamos com a teoria da integração, apresentando desde a integral indefinida até a integral definida. Além disso, discutimos as principais técnicas 90 de integração, bem como resultados fundamentais associados e propriedades relacionadas. Cabe ressaltar ainda a resolução de diversas aplicações nos mais variados campos do conhecimento envolvendo a Integral de uma função y = f(x). 11- Referências Bibliográficas Para maiores informações com relação ao assunto tratado nesta Unidade, cada um de vocês podem se pautar nos livros descritos abaixo. Bibliografia Básica GUIDORIZZI, Hamilton Luiz. Um Curso de Cálculo. 5ª Ed. Volume 1. Rio de Janeiro: LTC, 2003. LEITHOLD, Louis. O Cálculo com Geometria Analítica. 3ª Ed. Volume 1. São Paulo: Harbra, 1994. THOMAS, George B. Cálculo. Volume 1. São Paulo: Addison Wesley, 2003. 91 Bibliografia Complementar ANTON, H. Cálculo: Um novo horizonte. 6ª Ed. Volume 1. São Paulo: Bookman, 2000. BOULOS, P. Cálculo Diferencial e Integral. Volume 1. SP: Makron Books, 2006. EDWARDS, Jr. C. H.; PENNEY, D. E. Cálculo com Geometria Analítica. Volume 1. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1997. FLEMIMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: Funções, Limite, Derivação, Integração. 5ª Ed. Revista e Ampliada. SP: Pearson Makron Books, 1992. SIMMONS, G. L. Cálculo com Geometria Analítica. Volume 1. São Paulo: McGraw-Hill, 1987.
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