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27/01/2015 1 1 MANEJO DE BACIA HIDROGRÁFICA BACIA HIDROGRÁFICA E CICLO HIDROLÓGICO Jaildo Santos Pereira Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas – CETEC/UFRB E-mail: jaildo@yahoo.com O CICLO HIDROLÓGICO CICLO HIDROLÓGICO Fenômeno global de circulação da água entre a superfície terrestre e a atmosfera, impulsionado fundamentalmente pela energia solar, associada à gravidade e à rotação da Terra. SOL - O MOTOR DO CICLO HIDROLÓGICO Energia do sol Evaporação + transpiração = ar úmido Aquecimento não uniforme das superfícies = vento Vento + ar úmido = transporte de água Expedição Rios Voadores – Pesquisa que estuda a influência da evapotranspiração na região amazônica no regime de chuvas na região Sul e Sudeste. Informações em: www.riosvoadores.com.br CICLO HIDROLÓGICO 27/01/2015 2 C IC LO C IC LO H ID R O LÓ G IC O H ID R O LÓ G IC O PRECIPITAÇÃOA precipitação é entendida em hidrologia como toda água proveniente do meio atmosférico que atinge a superfície terrestre INTERCEPTAÇÃO Parte da precipitação que fica retida em folhas e caules, e que posteriormente irá se evaporar. RETENÇÃO SUPERFICIAL Parte da precipitação que fica armazenada nas depressões do terreno INFILTRAÇÃO Parte da precipitação que chega ao solo se infiltra Superficial e Subterrâneo ESCOAMENTO EVAPORAÇÃO E TRANSPIRAÇÃO Parte da precipitação que é devolvida para atmosfera pela Evaporação ou Transpiração O CICLO HIDROLÓGICO NA BACIA HIDROGRÁFICA BACIA HIDROGRÁFICA Uma região em que a chuva ocorrida em qualquer ponto drena para a mesma seção transversal do curso-d’água. Área de captação natural das precipitações, que faz convergir os escoamentos para um único ponto de saída: o exutório. Para definir uma bacia: Curso d’água (ou simplesmente a linha do talvegue) Seção transversal de referência (exutório) Informações de topografia Diferenciar áreas que contribuem para um ponto BACIA HIDROGRÁFICA Fontes de dados de topografia Seção de referência, ou exutório 27/01/2015 3 Divisor não corta drenagem exceto no exutório. Divisor passa pela região mais elevada da bacia, mas não necessariamente pelos pontos mais altos. 27/01/2015 4 Bacia hidrográfica Sub - bacia Talvegue Exutório A A’ Divisor de águas Divisor de águas Corte A – A‘ Talvegue Talvegue: linha que une as partes + baixas do leito do rio DIVISOR divisor superficial x divisor subterrâneo rio X divisor freático rio Z rio Y rocha impermeável divisor topográfico lençol freático na estação das chuvas lençol freático na estiagem curso d´água intermitente curso d´água perene Divisor Topográfico Delimita a área da qual se deriva o escoamento superficial Divisor Freático Fixa os limites da área que contribui com a água do solo. Define os tipos de cursos d´água 27/01/2015 5 CARACTERÍSTICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA Área de drenagem Comprimento Declividade Curva hipsométrica Forma Cobertura vegetal e uso do solo …… ÁREA DA BACIA HIDROGRÁFICA Característica mais importante da bacia Reflete o volume total de água que pode ser gerado potencialmente na bacia Bacia impermeável e chuva constante: Q = P . A Se A = 60 km2 (60 milhões de m2) e P = 10 mm/hora (2,7 . 10-6 m/s) Q = 166 m3/s Comprimento da bacia Comprimento do rio principal COMPRIMENTO DECLIVIDADE Diferença de altitude entre o início e o fim da drenagem dividida pelo comprimento da drenagem. Tem relação com a velocidade com a qual ocorre o escoamento. Equação de Manning: V proporcional a S0.5 Ponto mais alto: 300 m Ponto mais baixo: 20 m Comprimento drenagem = 7 km Declividade = 0,04 m/m ou 40 m por km PERFIL LONGITUDINAL Perfil típico: alto médio baixo Distância ao longo do rio principal A lti tu de d o le ito Valores típicos: Baixa declividade: alguns cm por km Alta declividade: alguns m por km 27/01/2015 6 ÍNDICE DE CONFORMAÇÃO OU FATOR DE FORMA L I = A / L2 I alto: cheias mais rápidas I baixo: cheias mais lentas EXEMPLOS Alongadas São Francisco Outras: Tietê, Paranapanema, Tocantins EXEMPLOS Circular Taquari Antas RS Rio Itajaí SC COBERTURA VEGETAL Florestas: maior interceptação; maior profundidade de raízes. Maior interceptação = escoamento demora mais a ocorrer Maior profundidade de raízes = água consumida pela evapotranspiração pode ser retirada de maiores profundidades do solo USO DO SOLO Substituição de floresta por pastagem/lavoura Urbanização: telhados, ruas, passeios, estacionamentos e até pátios de casas Modificação dos caminhos da água Aumento da velocidade do escoamento (leito natural rugoso x leito artificial com revestimento liso) Encurtamento das distâncias até a rede de drenagem (exemplo: telhado com calha) USO DO SOLO Agricultura = compactação do solo Redução da quantidade de matéria orgânica no solo Porosidade diminui Capacidade de infiltração diminui Raízes mais superficiais: Consumo de água das plantas diminui 27/01/2015 7 TIPOS DE SOLOS Solos arenosos = menos escoamento superficial Solos argilosos = mais escoamento superficial Solos rasos = mais escoamento superficial Solos profundos = menos escoamento superficial GEOLOGIA Rochas do sub-solo afetam o comportamento da bacia hidrográfica Rochas porosas tem a propriedade de armazenar grandes quantidades de água (rochas sedimentares – arenito) Rochas magmáticas tem pouca porosidade e armazenam pouca água, exceto quando são muito fraturadas. Bacias com depósitos calcáreo tem grandes cavidades no sub-solo onde a água é armazenada. C ur so s d’ ág ua C ur so s d’ ág ua Classificação dos cursos d’água Perenes Intermitentes escoam durante as estações de chuvas e secam nas de estiagem. Efêmeros existem apenas durante ou imediatamente após os períodos de precipitação e só transportam escoamento superficial. A superfície freática encontra-se sempre a um nível inferior ao do leito fluvial, não havendo portanto a possibilidade de escoamento de deflúvio subterrâneo. contêm água durante todo o tempo, o lençol subterrâneo mantém uma alimentação contínua e não desce nunca abaixo do leito do curso d’água, mesmo durante as secas mais severas.
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