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Apostila de Contabilidade Geral

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FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE JANDAIA DO SUL
CURSO: ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
CONTABILIDADE GERAL - PROF. ARIOVALDO MAMBRINI, Ms.
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SUMÁRIO
I - INTRODUÇÃO
CONCEITOS DE CONTABILIDADE
OBJETO E FINALIDADES DA CONTABILIDADE
USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
As informações geradas pela Contabilidade para esses usuários
CAMPO DE APLICAÇÃO
ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE
Objetivos da Contabilidade
Postulados Contábeis
Princípios Contábeis Geralmente Aceitos
Convenções Contábeis
CONTAS
Contas Patrimoniais
Contas de Resultado
O emprego de Razonetes
Modelo de Plano De Contas (Anexos)
PATRIMÔNIO
Ativo
Passivo
Patrimônio Líquido
ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
SITUAÇÕES PATRIMONIAIS
Situação Patrimonial Positiva
Situação Patrimonial Negativa
Situação Nula ou Equilibrada
TÉCNICAS CONTÁBEIS
Escrituração Contábil
Demonstrações Contábeis
Auditoria
Análise de balanço
 Comentários Iniciais:
	A organização social e o desenvolvimento tecnológico atual impossibilitam o isolamento do indivíduo. Assustadoramente, afasta-se a possibilidade do indivíduo nascer e viver por muito tempo em uma mesma comunidade, conservar por um largo período os mesmos contatos sociais, e utilizar-se de forma vitalícia as mesmas especificidades técnicas de trabalho. Tal ocorre porque a mobilidade social tende a aumentar e as técnicas profissionais evoluem intensa e diacronicamente.
	O aprendizado interativo e contínuo procura favorecer a integração da sociedade em constante transformação e atender aos reclamos por recursos humanos melhor preparados para o mercado competitivo, que está cada vez mais exigente.
	O homem não pode assumir, diante dos problemas que o cercam, atitudes meramente contemplativas, mas sim de ação consciente, com conhecimento de causa e efeito, para que os problemas não se agravem e tornem-se mais conflitivos. Para Nérici (1981, p.20), a mentalidade científica é uma exigência da vida hodierna, em que o indivíduo tem de enfrentar uma conjuntura científica e sócio-econômica com tendência a complicar-se cada vez mais.
	Desta forma, a inserção do homem na busca do conhecimento científico é inevitavelmente, marcada por inúmeros obstáculos, erros, superstições, ambições e desejos de ineditismos, que aos poucos contribuem para a formação de um corpo teórico. Assim, ao mesmo tempo em que a ciência fundamenta-se em realizações passadas, sofre impactos de teorias e paradigmas contemporâneos, que reavaliam as investigações e propostas já consagradas. Conseqüentemente, contribui para a construção de novos fatos, teorias, sistemas e metodologias. 
	Com a era do conhecimento, a globalização e as transformações da economia no Brasil e no mundo e o acirramento da competitividade estão mudando o perfil do profissional , fazendo com que, neste cenário de transições, surjam novos requisitos de conhecimento, novas habilidades e atitudes para se constituir uma carreira profissional de sucesso.
	Neste contexto de globalização, a disputa por colocação profissional tornou-se tão acirrada que as vagas são preenchidas observando-se os diferenciais existentes entre cada candidato. 
	O profissional de contabilidade está ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho, pois os empresários estão à procura de pessoas capazes de fazer controles eficazes, relatórios condizentes com a realidade da economia mundial, informações que demonstrem a responsabilidade social da empresa e com dados que venham a combater a concorrência.
	Assim, o maior diferencial do contabilista é saber transformar os dados contábeis em informações, e estas em ações que ajudem maximizar os resultados da organização. Para tanto, o contabilista precisa:
entender os Princípios Contábeis;
compreender o negócio administrado de maneira integrada, sistêmica e estratégico, bem como, de suas relações com o ambiente externo;
ter raciocínio lógico, crítico e analítico, estabelecendo relações causais e formais entre os fenômenos, frente aos diferentes contextos organizacionais e sociais;
 ter boa comunicação interpessoal;
flexibilidade e adaptabilidade diante dos problemas detectados nas relações estratégicas que atendam aos interesses da organização;
ter proposições de modelos de gestão inovadores, capazes de promover mudanças organizacionais;
ter uma formação humanística, uma visão global que o habilite a compreender o meio social, político, econômico e cultural onde está inserido, tomando decisões num mundo globalizado e interdependente; 
formação técnica e científica para desenvolver atividades específicas da prática profissional;
O contabilista deve conscientizar-se de que é responsável por todas as informações inerentes à situação econômica, financeira, patrimonial e social produzidas pela empresa à qual presta serviços.
Neste contexto, a contabilidade é responsável pela geração de informações necessárias ao gerenciamento do negócio, e o contabilista deve participar ativamente das decisões, de maneira que suas informações proporcionem maior confiabilidade às tomadas de decisões.
Assim, a contabilidade participa da gestão das organizações atuando em vários segmentos:
Contabilidade Financeira
Contabilidade de Custos
Contabilidade Geral
Contabilidade Gerencial
Contabilidade Atuária
Contabilidade Pública
Contabilidade Tributária
Contabilidade Imobiliária
Contabilidade Bancária
Contabilidade Rural
Contabilidade Industrial
Auditoria
Controladoria
Perícia Contábil etc
Por fim, é difícil encontrar um único setor, empresa ou organização de qualquer espécie, que não tenha passado a fazer uso intenso das informações e se tornado dependente do conhecimento, como fonte de atração para consumidores e clientes e, da tecnologia da informação aliada às informações contábeis como instrumento para melhor gestão dos empreendimentos.
1. ALGUNS CONCEITOS DE CONTABILIDADE
A contabilidade é uma ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a interpretação dos fatos ocorridos, com o fim de oferecer informações sobre a sua composição e suas variações, bem como sobre o resultado econômico da gestão da riqueza patrimonial.
	Durante todo o processo evolutivo da contabilidade os autores conceituaram a contabilidade de acordo com a utilidade que esta lhes tinha na ocasião:
	Para Hermann Jr., a contabilidade é “a ciência contábil estuda os fatos que produzem variações patrimoniais, classificando-os de modo a fornecer elementos de orientação ao governo, da riqueza”.
	Segundo Hilário Franco (1997, p.19) “é a ciência que estuda e controla as variações no patrimônio das entidades econômico-administrativas, através de um conjunto sistematizado de preceitos e normas próprias”.
2. OBJETO E FINALIDADES DA CONTABILIDADE 
	O objeto da contabilidade é o patrimônio da entidade. Onde o patrimônio é formado pelo conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados à entidade econômico-administrativa, e este constitui um meio indispensável para que esta realize seus objetivos.
	O objetivo da Contabilidade é a geração de informações para que os diversos usuários possam tomar conhecimento da situação da organização em dado momento, para fins de tomada de decisões.
	Assim, para a contabilidade conhecer a situação do patrimônio de uma empresa em um determinado momento, bem como suas variações e os efeitos da ação administrativa sobre a riqueza patrimonial, registra, interpreta e analisa os fenômenos que ocorrem no patrimônio das entidades, objetivando demonstrar a seus usuários, por meio de relatórios próprios, informações sobre o comportamento dos negócios, buscando fornecer aos administradores, dados precisos para a tomada de decisões.
Aparentemente esse processo é muito simples, a contabilidade obtém os dados através de documentos(notas fiscais, requisições, mapas de custos etc), sintetiza-os e apresenta aos usuários em forma de relatórios
	Processo: dados – processamento – informação
 eventos – contabilização – relatórios
	No entanto, existem dois pontos fundamentais a serem considerados, que complicam o processo de geração de informações:
quem são os usuários da informação contábil? 
como gerar informações para esses usuários?
3. USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
Os usuários tanto podem ser internos como externos, com interesses diversificados, razão pela qual as informações geradas pela Entidade devem ser amplas e fidedignas e, pelo menos, suficientes para a avaliação da sua situação patrimonial e das mutações sofrida pelo seu patrimônio, permitindo a realização de inferências sobre o seu futuro.
Os usuários internos: incluem os administradores, gerentes, encarregados, diretores, chefes de departamento, enfim administradores de todos os níveis.
Os usuários externos: concentram suas atenções, de forma geral, em aspectos mais genéricos, expressos nas demonstrações contábeis, como os bancos, fornecedores, sindicatos, acionistas, governo etc.
	Usuários
	Informação contábil mais importante
	Bancos e Financiadores em geral
	Capacidade de pagamento da empresa;
(ao emprestar dinheiro sua preocupação maior é que a empresa possua capacidade de gerar fluxo e caixa futuro para saldar a dívida).
	Entidades Governamentais
	O lucro tributável;
Produtividade;
Valor adicionado;
	Acionistas ou cotistas minoritários
	Retorno sobre o capital investido;
	Empregados
	Fluxo de caixa capaz de assegurar a empresa boa remuneração;
	Administração
	Rentabilidade e Capacidade de Pagamento
3.1 As informações geradas pela Contabilidade para esses usuários:
De maneira geral, os usuários da informação contábil estão preocupados com a compacidade de geração de caixa e rentabilidade da empresa, isto significa que as informações contábeis somente serão importantes, se servirem como instrumentos de predições futuras. Assim, o processo decisório acaba sendo influenciado pelas informações contábeis disponíveis, o que requer do contador sensibilidade para entender que seria injusto oferecer as mesmas informações padronizadas para os usuários externos e internos. 
O sistema contábil deveria ser capaz de produzir, em intervalos regulares de tempo, um conjunto básico e padronizado de informações úteis a um bom número de usuários, sem esgotar as necessidades desses, mas resolvendo-lhes as mais prementes. 
4. CAMPO DE APLICAÇÃO
		A Contabilidade pode ser estudada de modo geral (para todas as empresas) ou em particular (aplicada em certo ramo de atividade ou setor da economia).
		Esta ciência tem como campo de aplicação as entidades econômico-administrativas, constituídas para um objetivo econômico ou social, que se utilizando bens patrimoniais necessitam de um órgão administrativo que pratique atos de natureza econômica. Exemplos:
Pessoa física;
Pessoa jurídica de natureza privada;
Pessoa de direito público; e
União.
Estados;
Municípios;
Fundações.
Quando a Contabilidade Geral for aplicada a empresas:
comerciais, denomina-se Contabilidade Comercial;
industriais, denomina-se Contabilidade Industrial;
públicas, denomina-se Contabilidade Pública;
bancárias, denomina-se Contabilidade Bancária;
hospitalares, denomina-se Contabilidade Hospitalar;
agropecuárias, denomina-se Contabilidade Agropecuária;
de seguros, denomina-se Contabilidade Securitária etc.
Resolver o Exercício 1
5. ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE
	A estrutura conceitual básica da contabilidade representa todo arcabouço teórico que sustenta a escrituração contábil, é o processo de geração e de apresentação das informações. O entendimento dessa estrutura permite uma visão abrangente dos horizontes da contabilidade e de como exercer a profissão contábil melhor.
A estrutura conceitual básica da contabilidade apresentou diversas configurações no decorrer da evolução do pensamento contábil. Todavia, pretende-se evidenciar a estrutura atual e como entende-la melhor.
A estrutura conceitual básica da contabilidade está assim organizada:
		Nesta estrutura percebe-se que primeiramente foram definidos os objetivos da contabilidade para, em seguida, delimitar-se o ambiente em que irá atuar para atingir seus objetivos.
		
5.1 Objetivos da Contabilidade
	Estão definidos como as informações que deverão ser geradas para que os diversos usuários possam tomar conhecimento da situação da organização em dado momento, para tomada de decisão.
5.2 Postulados Contábeis
	Determina os conceitos sociais, econômicos e institucionais, o campo de aplicação no qual a contabilidade atua. Podemos dizer que representam todo alicerce da teoria contábil, onde temos:
	Os Postulados Contábeis podem ser classificados da seguinte forma:
Postulados Normativos: definem o que a contabilidade deveria fazer e como. Pressupõe que o consenso não é suficiente para caracterizar a existência de uma escrituração de um fato contábil. É necessário, antes de tudo, uma justificativa, uma explicação.
Postulado Descritivo: Descreve e explica como a informação contábil deve ser apresentada aos usuários.
Postulados Ambientais: Define o ambiente onde a contabilidade deve operar. Evidenciam o ambiente social, político e econômico onde a contabilidade se desenvolve. Divide-se em: Postulado da Entidade Contábil e da Continuidade.
5.2.1 Postulado da Entidade Contábil
 O Postulado da Entidade Contábil pressupõe a existência da empresa/entidade. Em contabilidade, entidade é todo indivíduo, empresa, grupos de empresas, departamentos etc., desde que desenvolva atividade econômica e que justifique um relatório separado de receitas e despesas com vista à apuração de resultados. Assim os interesses dos sócios não se confundem com os interesses da entidade.
	Pode ser analisado sob quatro enfoques:
Jurídico: a contabilidade deva efetuar separadamente os registros dos sócios (pessoa física) da empresa (pessoa jurídica); Exemplo: não pagamento das contas pessoais com os recursos da empresa.
Econômico: analisa os aspectos quantitativos e qualitativos do patrimônio. Analisa se os recursos investidos estão trazendo os retornos esperados; Exemplo: comparação da situação atual da empresa com as situações passadas.
Organizacional: procurar mostrar a forma como está organizada a entidade e como deve evidenciar os resultados de acordo com os requisitos de cada setor da empresa. Considera cada nível organizacional uma entidade distinta, que merece informações separadas. Esse enfoque está direcionado para a geração de informações gerenciais, à medida que busca evidenciar o comportamento dos “resultados” nos diversos setores da empresa; Exemplo: Departamentalização em custos, cada qual controla seus gastos.
Social: avalia a entidade pelo que ela contribui para a sociedade. Nesse enfoque, o resultado da entidade não medido somente pela diferença entre receitas e despesas, envolve o percentual de aplicação de recursos em termos de benefícios à sociedade. É a importância social da empresa, principalmente no ambiente externo. Exemplo: participação dos funcionários nos lucros da empresas, doações da empresa para construção de uma escola/igreja.
Na visão contábil da entidade, todos os enfoques devem ser vistos em conjunto, pois não são excludentes.
5.2.2 Postulado da Continuidade
O postulado da Continuidade, pressupõe a continuidade das operações da empresa por tempo indeterminado.	Para a contabilidade, a entidade é um organismo vivo que irá operar por um longo período de tempo (indeterminado), ou seja, as entidades são vistas como empreendimento “em andamento”, e, para tanto, seus ativos devem ser avaliados a valor de entrada, ou de acordo com a potencialidadede geração de caixa futuro. Desta forma, a entidade é vista como um mecanismo capaz de adicionar valores aos recursos que utiliza, através de seus lucros. 
5.3 Princípios Contábeis Geralmente Aceitos:
	São regras básicas que dão condições para que os Contadores executem de maneira uniforme a escrituração, a apuração de resultados e a apresentação das demonstrações contábeis, são eles:
Princípio do Custo Original como base de Valor - todos os ativos deverão ser registrados pelo preço pago para adquiri-los ou fabricá-los acrescidos de todos os gastos necessários para colocá-los em condição de gerar benefícios para a empresa, que por sua venda ou imobilização. Exemplo: Aquisição de um Máquina para fazer batentes por 1000,00 + custos de instalação de 200,00 o valor do registro contábil será de 1.200,00;
Princípio da Realização da Receitas em confrontação com a Despesa - este princípio mostra o momento do reconhecimento das receitas e das despesas relacionadas. Entendendo-se por receita, a entrada de recursos para entidade (dinheiro ou direitos a receber) decorrentes de transações (vendas ou prestação de serviços) ou oriundas de transações financeiras ou ganhos eventuais. E por despesas, o sacrifício que a entidade arca para obtenção das receitas.
De maneira geral, é o momento da transferência do bem ou serviço para o cliente. Após a identificação exata da receita, faz-se um esforço de associar (confrontar) toda a despesa sacrificada para a obtenção daquela receita. Desta comparação (receitas e despesas) obtemos o resultado de um período.
Nesse princípio quando se discute o reconhecimento das receitas e despesas, está implícita a forma ou regime de contabilização:
Regime de Caixa: As receitas e despesas serão reconhecidas somente por ocasião de seus recebimento ou pagamento. Esse regime é utilizado geralmente pelas entidades sem fins lucrativos.
Regime de Competência: As receitas e as despesas deverão ser reconhecidas com base no fato gerador das mesmas, independentemente de serem recebidas ou pagas. Esse regime é obrigatório para todas em empresas que visem lucro.
Regime Misto: O regime misto trabalha com regime de caixa para as receitas e com o regime de competência para as despesas, ou seja, as receitas somente serão reconhecidas por ocasião de seu recebimento e as despesas serão reconhecidas levando em conta o seu fato gerador. O Regime Misto é normalmente utilizado pelas empresas públicas.
Princípio do Denominador Comum Monetário: - Este princípio relaciona-se com a qualidade da contabilidade em apresentar o conjunto de bens, direitos, obrigações, receitas e despesas, ou seja, as demonstrações contábeis em uma única base monetária. Procura expressar a natureza essencialmente financeira da contabilidade, no momento em que define que as demonstrações deverão ser apresentadas em moeda corrente do País.
5.4 Convenções Contábeis
Observe que estamos avançando gradativamente em direção aos processos mais efetivos de contabilização:
1º - Delineamos os Objetivos da Contabilidade;
2º- Definimos o ambiente e as condições para desenvolver a contabilidade;
3º - Apresentamos as premissas básicas para a escrituração;
E agora, as restrições e amplitudes dessas regras, que são as convenções contábeis. 
 As Convenções Contábeis são instrumentos que objetivam restringir e delimitar a abrangência dos princípios contábeis, com a finalidade de manter uniforme, consistente e confiável a informação contábil.
Convenção da Objetividade: 	 Para todo e qualquer registro a contabilidade deve possuir documentação suporte (Nota Fiscal), indicando adequadamente o valor do bem.
Caso o contador disponha de duas fontes para avaliação de certo bem, deverá optar pela que tiver documentação suporte. Por exemplo. Na contabilização de um veículo, o contador terá em mãos a nota fiscal de compras, e o orçamento junto ao fornecedor, devendo optar pela N.F. por ser objetivo. 
Está convenção tem por finalidade restringir o uso excessivo e liberal de valores. Pode ocorrer também da empresa não dispor de documentos comprobatórios de determinados valores, como é o caso do goodwill, nesses casos, o valor atribuído a esses bens, pode ser fruto de nosso julgamento (experts), assim como, a existência física de documentos não caracterizar a objetividade, em caso de documentos não idôneos, os quais não representam suporte para a contabilização.
5.4.2 Convenção da Materialidade - 	A contabilidade deve ‘ipio do custo histórico como base de valor. Atualmente, há correntes favoráveis e contrárias ao conservadorismo, devendo prevalecer o bom senso do contador.
Convenção da Consistência - A idéia central dessa convenção é que uma vez adotado determinado critério de contabilização, o mesmo não deve ser mudado com freqüência para que não prejudique a comparabilidade dos resultados. Caso haja necessidade de mudanças desses critérios, os reflexos deverão ser evidenciados nas notas explicativas.
O objetivo dessa Convenção está em reduzir as inconsistências nos relatórios de uma mesma empresa; visa a padronização e permite a analise mais consistente para os usuários da informação contábil. Resolver o Exercício 2 
6. CONTAS
	Para simplificar e agilizar o serviço de escrituração e elaboração das demonstrações contábeis, todos os fatos da mesma natureza que representam a movimentação de um mesmo elemento patrimonial são registrados em um controle (livro, ficha, arquivo do computador) sob uma mesma denominação.
A conta registra os débitos e créditos da mesma natureza, identificados por um titulo que qualifica um componente do patrimônio ou uma variação patrimonial. Ex. Caixa, bancos, Moveis e Utensílios, Fornecedores, Títulos a Pagar etc.
	As contas apresentam características qualitativa e quantitativa. A característica qualitativa deve-se a necessidade das operações da entidade serem identificadas, intituladas, isto é, necessitam de uma denominação específica. Ex. Caixa, Bancos (denominação). Já os valores atribuídos às contas garantem a característica de quantitativa (valoração. Ex. 20000 - 5.000,00 etc).
	As contas podem ser classificadas em Patrimoniais e de Resultado.
6.1 Contas Patrimoniais 
São àquelas representativas de todos os valores que formam o patrimônio da empresa (bens, direitos, obrigações e situação liquida) Ex. Caixa, Bancos conta Movimento, Capital Social. As contas patrimoniais, refletem a posição estática do patrimônio, ou seja, a situação patrimonial em um determinado momento;
6.1.1 Contas Patrimoniais do Ativo
As contas do Ativo que representam os bens e direitos, por convenção, são consideradas de natureza devedora (ou positiva), e figuram do lado esquerdo do Balanço Patrimonial. Assim, qualquer lançamentos a débito aumentará o saldo das contas do Ativo e, qualquer lançamento a crédito diminuirá o valor das contas do Ativo. 
 				 Contas do Ativo
 (natureza devedora)
 		 	 Débito Crédito
 (aumenta o saldo) (diminui o saldo)
6.1.2 Contas Patrimoniais do Passivo
As contas patrimoniais do passivo, e por convenção são de natureza credora. Assim, lançamentos a débito em qualquer conta do passivo, diminuirá o seu saldo e qualquer lançamento a credito aumentará o seu saldo.
 
					Contas do Passivo
 (natureza credora)
				 Débito Crédito
 (diminui o saldo) (aumenta o saldo)
6.1.3 Contas Patrimoniais do Patrimônio Líquido
	As contas do Patrimônio Líquido representam os recursos investidos pelos proprietários da empresa, acrescidos dos resultados obtidos em suas operações. As contas do Patrimônio Liquido, têm funcionamento semelhante às contas do Passivo, por convenção, são de natureza credora. Assim, o saldo das contas será aumentadopor qualquer lançamento a crédito, e diminuído por lançamentos a débito. 
 Contas do Patrimônio Líquido
 (natureza credora)
				 Débito Crédito
 (diminui o saldo) (aumenta o saldo)
6.2 Contas de Resultado
São as contas que registram as variações patrimoniais (despesas e receitas) e demonstram o resultado do exercício. 
São oriundas das operações da entidade em determinado tempo, e serão utilizadas na confrontação para apuração do resultado do período, são, portanto, representativas das variações aumentativas ou diminutivas da situação liquida do patrimônio (receitas e despesas) Ex. Vendas a vista, Despesas Administrativas etc. 
As contas de resultado, refletem a dinâmica patrimonial, isto é, as variações aumentativas ou diminutivas do patrimônio, que geram resultado positivo ou negativo, aumentando ou diminuindo o Patrimônio Liquido da empresa.
6.2.1 Contas de Resultado - Despesas
As despesas representam os sacrifícios de recursos para obtenção de receitas. Por exemplo: para uma empresa revender determinada mercadoria, vários esforços são desprendidos para colocá-la à venda, como: transporte, armazenagem, funcionários etc. assim, todo consumo de bens ou serviço para obtenção de uma receita é denominado de despesas. Portanto, as despesas representam os sacrifícios – gastos – da empresa na busca de receitas.
 As contas de despesas são de natureza devedora ou positiva, e sempre que forem debitadas acarretam a diminuição na situação liquida do patrimônio. 
As despesas provocam reduções do Ativo (bens e direitos) ou um aumento das obrigações a pagar, cujos reflexos será a redução do patrimônio Liquido. Como sabemos, as contas do patrimônio Liquido são de natureza credora, e caso ocorra em um determinado período, despesas superiores às receitas, teremos uma redução do patrimônio líquido da empresa.
 
 Contas de despesas
 (natureza devedora ou negativa)
				 Débito Crédito
 (aumenta o saldo) (diminui o saldo)
 negativamente negativamente
6.2.2 Contas de Resultado - Receitas
As Receitas representam a entrada de recursos para o Ativo, sob a forma de dinheiro, direitos a Receber e outros, decorrentes da venda de mercadorias, produtos ou serviços, em determinado período de tempo, provocando alterações no Ativo e no Patrimônio Liquido da entidade.
	As contas de receitas são de natureza credora ou negativa, e sempre que forem creditas acarretam um acréscimo no total do Ativo e do Patrimônio Liquido.
	No caso de venda de mercadorias, por exemplo, o Ativo (bens e direitos) é aumentado por dinheiro ou Duplicatas a Receber, gerando, conseqüentemente um acréscimo no Ativo e no Patrimônio Liquido da empresa. A contrapartida desse aumento do Ativo e Patrimônio Liquido é denominado de Receita de Vendas de Mercadorias, cuja natureza é credora. 
Assim, as receitas são sempre creditadas e acarretam o aumento da situação líquida positiva do patrimônio.
 Contas de Receitas
 (natureza credora ou positiva)
				 Débito Crédito
 (diminui o saldo) (aumenta o saldo)
 positivo positivo
6.3 O emprego de Razonetes
	Antigamente as contas eram registradas em um livro denominado Livro Razão. Atualmente este livro foi substituído por fichas soltas, nos sistemas mecanizados ou pela memória do computador, nos sistemas computadorizados de contabilidade. Cada ficha destina-se aos registros dos fatos referentes a uma só conta. Nesta ficha é registrado a data em que ocorreu o fato, histórico descritivo do fato e o valor movimentado, bem como o saldo atualizado da conta.
Para simplificação de ilustrações, explicações e resoluções de exercícios, utilizaremos uma representação gráfica de conta bastante simples, que denominaremos de razonete T ou simplesmente razonete. Para todas os razonete em T colocaremos o nome da conta sobre o traço superior do T. No lado esquerdo serão lançados os valores que estarão debitando a conta, e do lado direito os valores que estarão creditando a conta. Vejamos um exemplo:
 Nome da Conta (Caixa)
 		 Débito	 Crédito
 Lançamento 1...... 10,00 5,00 ........ Lançamento 2
 Lançamento 3...... 5,00
 TOTAIS....... 15,00 5,00
 SALDO........ 10,00 
6.4 Modelo de Plano De Contas (Anexos)
	A contabilização das transações de uma empresa é feita pelo departamento, seção ou setor de contabilidade. As transações das empresas nem sempre são da mesma natureza, variando o tipo de conta utilizada para o registro das operações. Por exemplo, uma empresa que somente presta serviços nunca terá uma conta de “venda de mercadorias”, mais sim uma conta de “venda (ou receita) de serviços”. 
Da mesma maneira, a nomenclatura das contas varia de acordo com a preferência do responsável pela contabilidade. Enquanto um contador prefere chamar “venda de serviços”, outro pode preferir usar uma conta “receita de serviços”, que na realidade são a mesma conta com nomenclaturas diferentes. 
Assim, para assegurar a uniformidade na utilização de contas para o registro das transações, as empresas utilizam-se de um plano de contas.
	O plano de contas representa a organização das contas usadas pela empresa para o registro das transações, com o objetivo de assegurar a uniformidade na sua utilização. No apêndice apresenta-se um modelo básico de Plano de Contas. 		 Resolver o Exercício 3
7. PATRIMÔNIO
	Pode ser conceituado como uma grandeza constituída por bens, direitos e obrigações de uma pessoa ou entidade.
	É um complexo de valores pertencentes a alguém, que o explora ou o utiliza com um fim determinado. O patrimônio se forma pela acumulação de bens.
 Nas entidades com finalidade de lucro, todos os bens que compõem o patrimônio têm por finalidade a produção de outros bens ou serviços.
BENS: é tudo que a empresa possui, seja para uso, troca ou consumo. Podem ser:
Materiais – são os bens corpóreos – móveis, imóveis, veículos etc;
Imateriais – são os bens incorpóreos - Gastos com a Organização, Marcas e Patentes, Investimentos em Pesquisas etc.
DIREITOS: são os valores que uma empresa tem a receber
OBRIGAÇÕES: são os valores que a empresa tem a pagar
	Assim, o patrimônio de uma organização é composto por uma parte positiva, denominada de ATIVO, que engloba os bens e os direitos; e uma parte negativa denominada de PASSIVO, que contempla todas as obrigações da organização para com terceiros.
	O excesso de ATIVO sobre o PASSIVO, representa o capital, também chamado de PATRIMÔNIO LIQUIDO, parcela que aparece no Passivo para completar a igualdade entre o total do Ativo e do Passivo.
	A contabilidade estuda os componentes patrimoniais em seus aspectos qualitativos e quantitativos.
 No aspecto qualitativo, eles são classificados de acordo com a natureza de cada um dos bens, direitos e obrigações que formam esse patrimônio, e são representados por contas, como: Caixa, Bancos, Mercadorias, Contas a Receber, Veículos, Ordenados e Salários a Pagar etc.
Já o aspecto quantitativo, está relacionado aos valores monetários que cada um dos bens, direitos e obrigações representam.
	A composição do patrimônio varia de acordo com o objetivo, natureza e a finalidadede cada entidade. Desta forma, não podemos estabelecer uma classificação uniforme para todos os tipos de entidades, mas podemos criar grupos gerais de contas, comuns a todos os tipos de entidades.
 
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UM PATRIMÔNIO
	ATIVO (parte positiva)
	PASSIVO (parte negativa)
	BENS
	OBRIGAÇÕES
	 - Dinheiro
	 - Fornecedores
	 - Estoques
	 - Contas a Pagar
	 - Prédios
	 - Impostos a Pagar
	 - Terrenos
	 - Empréstimos
	 - Móveis
	 - Financiamentos
	 - Veículos
	
	 - Máquinas
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	DIREITOS
	 - Capital Social
	 - Duplicatas a Receber
	 - Reservas
	 - Contas a Receber
	 - Lucros Acumulados
	 - Investimentos (ações)
	
	A parte positiva é representada p,0elos bens e direitos da entidade (ATIVO). A parte negativa pelas obrigações (PASSIVO). A diferença entre o que a entidade possui e o que deve, é a parte que o proprietário do negócio pode dispor livremente. Esta diferença é chamada de SITUAÇÃO LÍQUIDA DO PATRIMÔNIO, ou ainda PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
ATIVO = BENS + DIREITOS (parte positiva)
PASSIVO EXIGÍVEL = OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS (parte negativa)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS
7.1 Ativo
São todos os bens e direitos de propriedade da empresa, expressos em moeda, e que representam benefícios presentes e futuros a empresa, isto é, que tenham potencialidade de geração de caixa.
Para ser considerado Ativo, é necessário preencher quatro características simultaneamente:
bens ou direitos - bens são todos os materiais móveis ou imóveis, com os quais a empresa executa suas atividades, como por exemplo: veículos, maquinas, equipamentos etc. Direitos são os valores que a empresa poderá dispor em prazo imediato ou futuro, podendo ser decorrentes ou não de sua atividade principal, como por exemplo: duplicatas a receber, marcas e patentes etc;
propriedade - é o legitimo poder de decidir sobre o destino do objeto em questão. Nem sem sempre para ser o proprietário é preciso ter a posse. Ex. mercadorias adquiridas que ainda se encontram em poder da transportadora; máquinas encaminhadas para outras empresas para consertos etc;
mensuráveis em dinheiro - os bens devem ter a possibilidade de serem mensurados em dinheiro, pois os bens que não podem ser avaliados em dinheiros, não trazem qualquer expectativa de resultado, mesmo no caso de venda desses bens. Ex. um carro venho, que não tenha mais capacidade de gerar fluxo de caixa e nem tenha mais valor comercial, não é mensurável; e
benefícios presentes e futuros - os bens ou direitos devem trazer benefícios no presente ou no futuro, ou seja tenha potencialidade geração de caixa. Ex. máquinas em perfeito estado de uso, duplicatas a receber com perspectivas de recebimento, maquinas e equipamentos em perfeitos estados de uso.
7.2 Passivo
É composto pelas obrigações, as quais formam os elementos negativos da empresa.
A existência do passivo pode ser justificada por:
necessidade de capital de giro - na insuficiência de recursos próprios, a empresa recorre a terceiros, na forma de empréstimos, compras a prazo etc; 
oportunidade de negócio - oportunidades oferecidas pelos fornecedores que incorporam taxas de juros inferiores à receita obtidas na aplicação do capital em outra oportunidade.
7.3 Patrimônio Líquido
		
Partindo do princípio que os elementos positivos devem ser superiores aos elementos negativos, aparecerá um quarto elementos que denominamos de PATRIMÔNIO LIQUIDO.
Esse quarto grupo corresponde a diferença entre o Ativo (bens e direitos) e as obrigações, e será colocado no lado do passivo para assegurar a igualdade ente os dois lados.
 				 PATRIMÔNIO
	ATIVO
	PASSIVO
	Bens
	Obrigações
Patrimônio Líquido
	Direitos
	
Resolver o exercício nº 4
8. ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
No lado do Passivo, temos os Capitais de Terceiros – representado pelas obrigações e os Capitais Próprios - representados pelo Patrimônio Liquido. O Passivo representa todas as Origens ou Fontes de Recursos – toda a origem do capital. Nenhum recurso entra na empresa se não for via Passivo ou Patrimônio Líquido.
 No lado do Ativo temos caracterizado as Aplicações de Recursos originadas no Passivo e Patrimônio Líquido.
 Assim, fica muito fácil de entender porque o Ativo será sempre igual ao Passivo + Patrimônio Líquido.
ATIVO = PASSIVO EXIGÍVEL + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
TOTAL DAS ORIGENS = TOTAL DAS APLICAÇÕES
	ATIVO ( APLICAÇÕES DE RECURSOS)
	PASSIVO (ORIGENS DE RECURSOS)
	Capital de Giro (Ativo Circulante + R.L.P.)
	Passivo Exigível = Capitais de Terceiros
Patrimônio Líquido .= Capital Próprio
	Capital Fixo (Ativo Permanente)
	
Resolver o exercício nº 5
9. SITUAÇÕES PATRIMONIAIS
	Genericamente, a diferença entre o Ativo e o Passivo, pode ser chamada de situação líquida, podendo o patrimônio representar três situações líquidas:
9.1 Situação Patrimonial Positiva: ATIVO > PASSIVO : teremos o PL > 0
Revela que a empresa possui bens e direitos maiores que as obrigações. Portanto a empresa possui riqueza própria.
	ATIVO 
	PASSIVO 
	Caixa 100
Bancos 100
	Fornecedores 50
Situação Liquida Positiva 150
	TOTAL 200
	TOTAL 200
9.2 Situação Patrimonial Negativa: PASSIVO > ATIVO: teremos PL < 0
Revela que a empresa encontra-se em má situação, apresentando o Passivo a descoberto, isto é, mais obrigações do que bens e direitos.
	ATIVO 
	PASSIVO 
	Caixa 100
Bancos 100
	Fornecedores 250
Situação Liquida Negativa (50)
	TOTAL 200
	TOTAL 200
9.3 Situação Nula ou Equilibrada: ATIVO = PASSIVO: teremos o PL = 0
Revela que a empresa não possui riqueza própria. Todo o seu ativo está comprometido com as dívidas.
	ATIVO 
	PASSIVO 
	Caixa 100
Bancos 100
	Fornecedores 200
 Situação Liquida Nula
	TOTAL 200
	TOTAL 200
Resolver o exercício nº 6
10. TÉCNICAS CONTÁBEIS:
A cada movimentação ocorrida no patrimônio de uma organização, é possível se obter um novo Balanço Patrimonial. Todavia, nas atividades normais de uma empresa, esse procedimento torna-se demasiadamente oneroso e algumas vezes, um tanto quanto demorado, em decorrência do grande número de operações realizadas pelas entidades no seu dia-a-dia.
O principal objetivo da contabilidade e a geração de informações para os diversos usuários tomarem suas decisões, e provavelmente, quanto mais rápido o usuário for informado, maior a probabilidade de se tomar decisões acertadas. Entretanto, deve-se considerar a relação custo-benefício para se determinar a periodicidade dessas informações. 
Assim, a contabilidade utiliza-se de técnicas próprias que consolidam as transações ocorridas no patrimônio das empresas, fornecendo informações e orientações sobre o estado patrimonial e suas respectivas variações:
Escrituração;
Demonstrações Contábeis;
Auditoria; e
Análise de Balanços.
10.1 Escrituração Contábil - Conceito
Consiste na técnica de registro em ordem cronológica dos fatos administrativos, segundo os princípios e normas técnico-contábeis, que interferem no patrimônio,tendo em vista demonstrar os resultados econômicos por ela obtidos em um exercício. 
	É o ato de registrar nos livros da empresa as movimentações ocorridas em seu patrimônio. A escrituração pode ser definida como um conjunto de lançamentos das operações da empresa em ordem cronológica.
	Quando a Contabilidade é organizada, os procedimentos se tornam rotineiros e podem até ser realizados por auxiliares, ficando o contador disponível para solucionar casos de maior complexidade.
10.1.1 Livros de Escrituração
Todas as empresas estão obrigadas a manter uma série de livros de escrituração. Os livros são classificados como obrigatórios e facultativos.
Obrigatórios pela legislação comercial: Livro Diário e Livro Razão.
Obrigatórios para as S/A: Livro de Registro das ações nominativas, Livro de transferência de ações nominativas, Livro das atas das assembléias gerais, Livro de presença dos acionistas, Livro de atas das reuniões da diretoria, Livro de atas e pareceres do conselho fiscal, Livro de atas do conselho de administração e Livro de registro de partes beneficiárias nominativas.
Livros Facultativos (auxiliares): Caixa, Contas-Correntes, Livro Registro de Duplicatas.
Livros Fiscais exigidos pela legislação tributária: Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR, Livro de Apuração do IPI, Livro de entrada de mercadorias, Livro de saída de mercadorias, Livro de apuração do ICMS, Livro de registro de inventário, Livro de movimentação de combustíveis e Livro de Registro de produção e do estoque para empresas industriais, Livro de impressão de documentos fiscais para empresas que confeccionam documentos fiscais e Livro de Registro de Selo Especial de Controle.
Observa-se, que para efeito da legislação tributária, ficam dispensadas da escrituração comercial, as pessoas jurídicas que: 
legalmente habilitadas, optarem pela tributação com base no lucro presumido; e
as empresas optantes pelo SIMPLES Federal.
Para tanto, devem manter em boa ordem e guarda pelo prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, os seguintes livros: Livro Caixa, Livro Registro de Inventário, além de todos os documentos e papeis que sirvam de base para a escrituração desses dois livros.
	Os livros são ferramentas importantíssimas para a sistematização dos procedimentos contábeis. A seguir, abordaremos os mecanismos que o contabilidade possui para o registro das operações nos dois principais livros de escrituração: Livro Diário e Livro Razão.
10.1.2 Métodos de Escrituração – (Método das Partidas Dobradas)
Método de escrituração é a forma de registrar os fatos contábeis.
 	O método das partidas dobradas é uma forma de se registrar os fatos contábeis, difundido na Itália por volta do século XIV e exposto por Frei Luca Pacioli. É universalmente aceito e adotado de 1494. 
A essência do método pelas partidas dobradas é que no registro de qualquer operação ou fato, haverá sempre para cada débito um crédito correspondente, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados.
Os valores ativos, representam sempre saldo devedor e, os passivos, saldo credor, sendo a soma do ativo sempre igual à do passivo.
ATIVO = PASSIVO
SALDO DEVEDOR = SALDO CREDOR
“NÃO HÁ DÉBITO (S) SEM CRÉDITO (S)
 NÃO HÁ CRÉDITO (S) SEM DÉBITO (S) 
10.1.3 Corolários do método das partidas dobradas:
a soma dos débitos é sempre igual a soma dos créditos;
a soma dos saldos devedores é sempre igual a soma dos saldos credores;
as aplicações de capital, registras a débito das contas do ativo, são sempre iguais a soma das origens de recursos (capitais fornecidos ao patrimônio), creditas nas contas do passivo;
a diferenças entre a soma dos bens e dos direitos (parte positiva do patrimônio) e a soma das obrigações (parte negativa do patrimônio) indica a situação liquida patrimonial, que representa o crédito dos titulares, e se chama patrimônio liquido;
as despesas são sempre debitas, pois contribuem para reduzir o patrimônio liquido;
as receitas são sempre creditas, pois contribuem para o aumento do patrimônio liquido;
a demonstração contábil patrimonial (ativo e passivo), chama-se Balanço Patrimonial, porque apresenta sempre a forma de equação, em virtude da contraposição de débitos e créditos, inerentes a todos os registros contábeis; e
a diferença entre as receitas e despesas (lucro ou prejuízo) complementará a equação patrimonial, e indica o aumento ou diminuição do patrimônio liquido.
10.1.4 Lançamentos
É o registro de um fato contábil através do método das partidas dobradas. É feito em ordem cronológica e deve possuir: data da ocorrência do fato, conta a ser debitada, conta a ser creditada, histórico e valor.
 Exemplo: Maringá, 28 de fevereiro de 2002
	 D. CAIXA
	 C. VENDAS DE MERCADORIAS
 Venda a vista conforme NF 1029		 8.000,00
	A conta debitada sempre aparecerá em primeiro lugar, e abaixo, a conta creditada, precedidas da letra D (débito) e C (crédito). Todos os lançamentos são efetuados nos Livro Diário, em ordem cronológica, e sua função consiste em narrar os fatos ocorridos na empresa, monetariamente representados, segundo a natureza de cada fato.
Resolver o Exercício 7
10.2 Demonstrações Contábeis 
As demonstrações contábeis contemplam de forma resumida e ordenada os fatos registrados pela contabilidade em determinado período.
Os relatórios contábeis são conhecidos como informes contábeis. Entre os relatórios contábeis, os mais importantes são as Demonstrações Financeiras – terminologia utilizada pela Lei da S/A, ou Demonstrações Contábeis – terminologia preferida por grande parte dos contadores. 
A Lei 6.404/76 das Sociedades por Ações estabelece que ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar-se, como base na escrituração contábil, as seguintes demonstrações financeiras ou contábeis:
Balanço Patrimonial;
Demonstração do Resultado do Exercício;
Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados;
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos;
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; e
Notas Explicativas
	O Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE são as principais demonstrações para efeito dos nossos estudos.
10.2.1 Balanço Patrimonial
 
	O Balanço Patrimonial é exatamente a representação gráfica do patrimônio das empresas. No Balanço Patrimonial, constam valores representativos do Ativo, do Passivo Exigível e do Patrimônio Liquido no momento em que o Balanço foi elaborado. 
Assim, o Balanço patrimonial tem por finalidade apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, representando, portanto, uma demonstração estática.
	O Balanço Patrimonial é constituído por duas colunas: a coluna da esquerda é denominada de ATIVO; a coluna da direita de PASSIVO e PATRIMÔNIO LIQUIDO. Observa-se que esta representação gráfica de atribuir o lado esquerdo ao Ativo e o direito ao Passivo e Patrimônio Liquido é uma mera questão de convenção.
No Ativo as contas são classificadas em ordem decrescente de grau de liquidez. Portanto, são classificadas em primeiro lugar as contas mais rapidamente conversíveis em disponibilidades.
	No Passivo, as contas ao classificadas em ordem decrescente de prioridade de pagamento das exigibilidade. 
As contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. Desta forma, o Balanço Patrimonial é formado pelos seguintes grupos de contas: 
	BALANÇO PATRIMONIAL EM / / 
	ATIVO
 Ativo Circulante
 Disponível
 Caixa
 Bancos c/ Movimento
 Clientes
 Duplicatas a Receber 
 Outras Contas a Receber
 Estoques
 Mercadorias 
 Despesas do Exercício Seguinte
 Prêmios de Seguro a ApropriarRealizável a Longo Prazo
 Empréstimos Concedidos
 Ativo Permanente 
 Investimentos
 Ações de Outras Companhias
 Imobilizado
 Terrenos
 Diferido
 Despesas Pré-operacionais
	PASSIVO
 Passivo Circulante
 Fornecedores
 Empréstimos
 Obrigações Tributárias
 Outras Obrigações
 Exigível a Longo Prazo
 Financiamentos
 Resultado de Exercícios Futuros
 Receitas Diferida
 (-) Custos/Despesas
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 Capital Social
 Reservas de Capital
 Reserva de Reavaliação
 Reserva de Lucros
 Lucros ou Prejuízos Acumulados
ATIVO CIRCULANTE
	 No ativo circulante são classificadas as contas de bens e direitos já convertidos em dinheiro ou que se converterão em dinheiro até o término do exercício social seguinte. 
	Assim, se uma empresa efetuar uma transação de venda de um bem em janeiro/02, cujo recebimento ocorrerá em dezembro/02, registrar-se-á tal transação no Ativo Circulante, e se o recebimento for para fevereiro/03, registra-se no Ativo Realizável a Longo Prazo.
De forma geral, a Lei 6.404/76 define as características dos elementos que devem compor o ativo Circulante, são elas:
valores disponíveis para utilização imediata ou conversíveis em moeda corrente a qualquer tempo; normalmente são reunidos sob o título de “Disponibilidades”;
direitos conversíveis em valores disponíveis durante o curso do exercício seguinte àquele do balanço ou realizáveis durante o ciclo operacional da empresa se esse exceder a um ano; correspondem a “Direitos realizáveis a Curto Prazo”; e
valores relativos a despesas já pagas que beneficiarão o exercício seguinte àquele da data do balanço; são denominados “Aplicações de Recursos em Despesas”.
No grupo do Ativo Circulante, normalmente encontramos os seguintes subgrupos:
Disponibilidades 
Representa o dinheiro em mãos da empresa, os depósitos bancários a vista e as aplicações de imediata conversibilidade em dinheiro. Diversas contas integram as disponibilidades.
 Enquadram-se também como disponibilidades as chamadas Aplicações de Liquidez Imediata que são investimentos feitos pela empresa a curtíssimo prazo - uma quinzena, uma semana ou um dia, que em virtude de existência de um mercado altamente dinâmico, podem ser consideradas com dinheiro em mãos.
Clientes 
Compreende os valores a receber decorrentes das vendas efetuadas pela empresa. Eventualmente, no caso de empresas prestadoras de serviços, podem ser inclusos os serviços já prestados e ainda não faturados.
Estoques 
Os estoques compreendem os produtos e materiais de propriedade da empresa. Compõem os estoques as seguintes contas: 
Produtos Acabados: representa os produtos cujo processo de fabricação foi concluído e já se encontram em condições de venda.
Mercadorias para Revenda: compreende as mercadorias adquiridas para comercialização.
Produtos em Elaboração: representa o valor do inventário de produtos que se acham em processo de fabricação na data de levantamento do balanço; compreende todos os custos aplicados nesses produtos.
Materiais: compreende todo tipo de material existente na empresa, tanto aquele que se incorpora ao produto como aquele auxiliar da produção, administração e entregas;
Mercadorias em Trânsito: compreende os bens comprados pela empresa que na data do balanço se acham em transporte, a caminho da empresa.
Aplicações Financeiras 
Freqüentemente, por excesso de recursos monetários, por obter boas taxas remuneratórias, por obrigações contratuais ou por falta de opções de negócios, as empresas efetuam aplicações financeiras por prazos que variam desde um dia até alguns anos, embora raramente ultrapasse um ano. As aplicações de curtíssimo prazo devem ser englobadas às disponibilidades; entretanto, as de maior prazo devem constituir um item à parte do Ativo Circulante (ou Realizável a Longo Prazo, se for o caso).
Outras contas do Ativo Circulante 
 Existe uma infinidade de direitos normais e individualmente de pequena monta, que podem surgir no Ativo Circulante de uma empresa, como decorrência de inumeráveis operações possíveis, como adiantamentos a fornecedores, verbas de propaganda a recuperar, valores a receber por vendas não operacionais, venda de imóveis, maquinismo, despesas antecipadas de seguros, assinaturas, aluguéis etc.
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
O Realizável a Longo Prazo compreende teoricamente as mesmas contas do Ativo Circulante (com exceção das Disponibilidades) cujo prazo de realização seja superior a um ano ou ao ciclo operacional se este for superior a um ano.
ATIVO PERMANENTE
O ativo permanente compreende as aplicações de recursos em bens e direitos que não se deseja ou não se pode realizar, isto é, vender e transformar em dinheiro, devido seu caráter permanente na empresa. Represente os bens que a empresa não tem interesse de negociar e que são utilizados no processo operacional. 
 	Os subgrupos que formam o Ativo permanente são: Assim, essas aplicações de recursos podem ser feitas com o objetivo de dar operacionalidade à empresa. Neste caso, compondo o grupo imobilizado. Se não se destinarem à manutenção de atividade da empresa, comporão o grupo de Investimentos. E, existem ainda aplicações em despesas que contribuem para a formação do resultado de exercícios subseqüentes e não devem, portanto, ser apropriadas ao exercício em que foram gastas; constituem o grupo Diferido.
Investimentos 
 A Lei das S. A. estabelece que devem ser classificadas em Investimentos as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza que não se destinem à manutenção da atividade da empresa e não se classifiquem no Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo.
Participações em Outras Sociedades: este item engloba as participações de capital em outras empresas na forma de ações ou de quotas com características de investimentos permanentes. As aplicações de capital em outras empresas, normalmente, são de natureza voluntária e representam uma extensão ou diversificação da atividade econômica da própria empresa. Acima de 10% de participação (sem deter o controle de capital), a outra empresa será uma coligada da investidora. Se houver o controle - definido como preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos administradores -, a outra empresa será controlada.
Outros Investimentos Permanentes: são representados por diversos tipos de investimentos, sempre desvinculados da atividade principal da empresa. Exemplos: Obras de Arte; Imóveis não destinados ao uso; Bens locados a terceiros; Quotas de clubes etc.
Imobilizado 
 O imobilizado compreende os bens e direitos destinados à manutenção da atividade da empresa.
 As principais contas componentes do imobilizado são: terrenos; construções; instalações; máquinas e equipamentos; móveis e utensílios; veículos; marcas e patentes; benfeitorias em imóveis de terceiros; obras em andamento; adiantamento para Imobilização etc.
O custo dos bens levados para o Imobilizado compreende todos os gastos necessários para ter os bens em funcionamento na empresa. Por exemplo, o custo de uma prensa será, além daquele constante da nota fiscal, o custo de transporte e instalação no local, até o seu funcionamento. Não se integram nesses custos, os custos financeiros.
 Diferido
Este grupo compreende gastos que não foram apropriados a Resultados e que irão beneficiar exercícios futuros. São gastos de uma atividade que se espera venha gerar receitas nos próximos exercícios.
Normalmente, esse tipo de despesa (que a rigor não é despesa, mas gasto, pois será despesa somente quando apropriada a Resultado) ocorre na fase pré-operacional ou da empresa como um todo ou de determinadas filiais ou ainda de projetos. Caracterizam-se ainda como Ativo Diferido os gastos em pesquisas e desenvolvimento de produtos ou de processos.PASSIVO CIRCULANTE
Compreende todas as obrigações da empresa, vencíveis até o final do exercício social seguinte. Essas obrigações devem ser tanto as conhecidas (por exemplo, fornecedores, duplicatas a pagar, promissórias a pagar, salários a pagar) como as calculáveis com precisão, tais como variações cambiais e juros, quanto as calculáveis apenas aproximadamente, como provisões para férias e 13º salário dos empregados. 
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
O Exigível a Longo Prazo compreende as obrigações da empresa vencíveis após o termino do exercício social seguinte. Normalmente, os créditos superiores a um ano ocorrem por contratos firmados pela empresa com instituições financeiras, como Bancos de Investimentos ou de Desenvolvimento. Excepcionalmente, podem surgir créditos de longo prazo decorrentes de negociações com fornecedores ou de parcelamentos de dívidas junto ao Governo e ao INSS.
RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS
Compreende as receitas de exercícios futuros, deduzidas as despesas e custos correspondentes. Essas receitas são aquelas faturadas antecipadamente, em relação ao momento de sua efetiva realização. Entretanto, é preciso cuidado: a essas receitas não deve corresponder eventual devolução ou execução de obras ou produtos, pois, nesse caso, não se configuraria como receita, mas como adiantamento de cliente e se enquadraria no Passivo Exigível (Circulante ou Longo Prazo).
 As principais contas e exemplos desse grupo são:
Resultado Diferido de Incorporação de Imóveis: compreende a receita diferida, deduzida dos custos efetivamente incorridos, e os custos previstos a incorrer, relativos às unidades imobiliárias vendidas, pertencentes a exercícios futuros.
Resultado Diferido de Venda de Terrenos: refere-se a receita não recebida deduzida dos custos efetivamente incorridos e dos custos a incorrer relativos a terrenos vendidos, urbanizados ou não, pertencentes a exercícios futuros.
Resultado na Venda de Imobilizado: compreende a receita a receber proveniente da venda de imobilizado que será baixada à demonstração do resultado quando do seu recebimento, independente do seu ramo de atividade.
Aluguel Recebido Antecipadamente: refere-se a receita recebida antecipadamente e ainda não realizada. Tal conta é considerada resultado de exercícios futuros somente quando houver contrato que estabeleça o não-reembolso, mesmo que o locatário devolva antes o imóvel ou bem.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O Patrimônio LÍquido evidencia os recursos dos proprietários da empresa aplicados no empreendimento. Representa os recursos dos acionistas formados por Capital - Dinheiro ou Bens - entregues pelos acionistas à empresa ou por lucros gerados pela própria empresa e retidos em diversas contas de reservas ou de lucros acumulados. Eventualmente, podem existir entradas do tipo doações ou subvenções recebidas de terceiros.
O Patrimônio Líquido pode ser entendido como o conjunto de obrigações da empresa para com os sócios, pois ao iniciar uma sociedade, os sócios transferem à empresa recursos que podem estar representados por bens, e/ou direitos. Inicialmente esses passam a fazer parte do patrimônio da empresa criada. Esses valores, registrados no Ativo têm como contrapartida seu registro no Patrimônio Liquido. Assim essa primeira aplicação de recursos na empresa, denomina-se contabilmente de Capital. 
Etapas Para Elaboração Do Balanço
	Para elaboração do Balanço Patrimonial, deve-se respeitar as seguintes etapas:
Levantamento de balancete de verificação, referente ao razão do último mês;
Ajustes das contas;
Encerramento das contas de resultados – receitas e despesas;
Transferências do saldo apurado para Lucros ou Prejuízos acumulados;
Elaboração do Balanço.
Ressalta-se algumas exigências e requisitos que devem ser observados na elaboração do Balanço Patrimonial, segundo a Lei 6.404/76:
o Balanço deve possuir um cabeçalho no qual constará a denominação da empresa, título da demonstração e data do encerramento do balanço;
o corpo do balanço é constituído por duas colunas: ATIVO e PASSIVO e PATRIMÔNIO LIQUIDO;
as demonstrações de cada exercício deverão ser publicadas com a indicação dos valores correspondentes do exercício anterior; assim o balanço e as demais demonstrações facilitarão o trabalho dos usuários das informações contábeis, ao facilitar a comparação com o ano anterior; e
a legislação menciona a possibilidade de se reduzir dígitos, principalmente em casos de números grandes. 
Resolver o Exercício 8
10.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício
	A demonstração do Resultado do exercício é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em um determinado período. Deve ser apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas, e em seguida indica o resultado (lucro ou prejuízo).
	O resultado apurado nessa demonstração é o que se pode chamar de lucro ou prejuízo dos acionistas, pois além dos itens normais, já se deduzem despesas com o imposto de rendas e as participações nos lucros de outros acionistas, de forma que o lucro liquido demonstrado é o valor final a ser adicionado ao patrimônio da empresa, ou é distribuído como dividendos. 
	A diferença fundamental da DRE com o BP, é que o Balanço Patrimonial contém um retrato da situação patrimonial da empresa, ao demonstrar, de maneira agrupada, os saldo das contas patrimoniais. A DRE apresenta exclusivamente dados relativos à performance da empresa no período, pois apresenta os saldos acumulados das contas de receitas, custos e despesas, ou seja, as contas de resultado.
	Ao se observar a DRE, o usuário poderá notar a presença de maiores minúcias para a tomada de decisão, uma vez, apresentar vários grupos de despesas, receitas, lucros e impostos etc.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
�
	
	Receita bruta das vendas e serviços
	(-)
	Deduções da receita bruta
	=
	RECEITA LÍQUIDA DAS VENDAS E SERVIÇOS
	(-)
	Custo dos produtos vendidos
	(-)
	Custo dos serviços prestados
	=
	LUCRO BRUTO
	(-)
	DESPESAS OPERACIONAIS
	
	Despesas com vendas
	
	Despesas gerais e administrativas
	
	Despesas financeiras + receitas financeiras
	(+/-)
	OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS
	=
	LUCRO OPERACIONAL
	(+/-)
	RECEITAS/DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
	(+)
	Receitas não operacionais
	(-)
	Despesas não operacionais
	=
	RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DA C.S. E I.R.
	(-)
	Contribuição Social
	(-)
	Provisão para Imposto de Renda
	=
	RESULTADO DO EX. ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
	(-)
	Participações
	
	Participações de empregados
	
	Participações de administradores
	
	Partes beneficiárias
	(-)
	Contribuição para fundação de empregados
	=
	
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
	
	LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO
Etapas Para Elaboração Da D.R.E
	Para elaboração do DRE, deve-se respeitar as seguintes etapas:
Levantamento de balancete de verificação, referente ao razão do último mês;
Ajustes das contas;
Encerramento das contas de resultados – receitas e despesas
Transferências do saldo apurado para Lucros ou Prejuízos acumulados;
Elaboração do DRE
Para apurar a receita liquida, deve-se observar inicialmente que na Receita Bruta do período está contido o total do lucro bruto vendido no período. Nela estão incluído todos os impostos incidentes sobre as vendas (os quais pertencem ao governo) além das devoluções e abatimentos ocorridos no período. Desta forma as deduções representam ajustes e não despesas realizadas sobre a receita bruta para se apurar a receita liquida do período.
Com relação ao Lucro Operacional Bruto, este representa a diferença entre as receitas líquidas e o custo da mercadorias ou produtos vendidos, não se levando em conta outras despesas. 
Para se encontrar o Lucro Operacional Liquido, deve-se subtrair do Lucro Bruto as despesas operacionais: com vendas, administrativas, financeiras, tributárias etc. utilizadaspara financiar as operações da empresa.
O Lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social, também conhecido pela sigla LAIR, é obtido a partir do lucro operacional liquido, mediante a adição das receitas e subtração das despesas não relacionadas diretamente com as atividades da empresa. Vale observar que mesmo a Lei das S/A ter estipulado que na DRE, as receitas e despesas não-operacionais, devam ser apresentadas separadamente, é comum as empresas publicarem apenas o lucro ou prejuízo operacional, denominando-o ganhos ou perdas de capital, ao referirem-se aos resultados provenientes da venda de itens do imobilizado, conforme denominação utilizada na legislação do imposto de renda.
Com referência ao Lucro após o Imposto de Renda e da Contribuição Social, é obtido simplesmente pela subtração das respectivas despesas com o IR e Ccontribuição Social. 
Por fim, para se chegar ao Lucro Líquido, deve-se deduzir as participações previstas no Estatuto ou Contrato social – participações de debêntures, participações de empregados, administradores, contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados etc. (também conhecidas como Participações no Lucro). 
Por vez, essas quatro participações podem gerar alguma confusão, pois, dá entender que primeiro se obtém o lucro líquido para, após se efetuar o calculo de tais participações. Todavia, essas participações e contribuições vêm antes do lucro liquido, funcionando como verdadeiras dessas. Assim, o lucro líquido é considerado uma sobra liquida que fica à disposição dos sócios ou acionistas, cuja destinação é evidenciado na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
Resolver o exercício 9
									
10.2.3 Demonstração De Lucros Ou Prejuízos Acumulados 
É a evidenciação clara do lucro do período, sua distribuição e a movimentação ocorrida no saldo da conta lucros ou prejuízos acumulado, do Patrimônio Líquido, isto é, os lucros retidos, não distribuídos aos proprietários e acionistas.
O Art. 186 da Lei 6.404/76, em seus incisos I, II, III, determina a seguinte discriminação na demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados:
I – o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial;
II – as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III – as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo do período.
DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
Saldo inicial da conta “Lucros/Prejuízos Acumulados” (final do exercício anterior)
(() Ajustes de exercícios anteriores
(+) Correção monetária do saldo inicial (extinta)
(-) Dividendos extraordinários
(-) Valor dos lucros incorporados ao capital
(+) Reversões de reservas
(() Lucro/Prejuízo líquido do exercício
(=) Lucro/Prejuízos acumulados antes da proposta de destinação
(-) Proposta de destinação do lucro
Transferência para reservas
Reserva Legal
Reservas Estatutárias
Reservas para Contingências
Reservas de Lucros a Realizar
Outras Reservas de Lucros
Dividendos Propostos
(=) Saldo final da conta “Lucros/Prejuízos Acumulados”
Fonte: Adaptado de ASSAF NETO (2000, p.76)
A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, apresenta os lucros obtidos em exercícios anteriores devidamente ajustados, incorporando-se o resultado do período e excluindo as transferências de modo a apresentar o saldo acumulado dos lucros retidos na entidade. 
A Lei 6.404/76 autoriza a inclusão da DLPA na Demonstração das Mutações do Patrimônio do Líquido, caso esta seja elaborada pela empresa.
10.2.4 Demonstração Das Mutações Do Patrimônio Líquido
Evidencia a mutação do patrimônio liquido a nível global (novas integralizações de capital, resultado do exercício, ajustes de exercícios anteriores, dividendos, reavaliações) e em nível de mutações internas (incorporações de reservas de capital, transferência de lucros acumulados para reservas e vice-versa).
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL é exigida para empresas de capital aberto, conforme exigência da CVM – Comissão de Valores Mobiliários, em sua instrução nº 59, de 22 de dezembro de 1986, para as companhias abertas.
A DMPL fornece informações referente as diversas movimentações que possam ter ocorrido nas contas do Patrimônio Líquido durante o exercício social. Desta forma, todo acréscimo ou diminuição no Patrimônio Líquido é evidenciado por meio desta demonstração. 
As empresas que elaboram a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, ficam dispensadas de elaborar a Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, uma vez esta, obrigatoriamente, estar incluída naquela, embora a DMPL seja particularmente importante para as empresas tenham seu Patrimônio Líquido formado por diversas contas e mantenham com elas constantes transações.
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	
DESCRIÇÃO
	
	
	
	RESERVA DE LUCROS
	
	
	
	Capital Realizado
	Reserva de Capital
	Reserva Reavaliação
	Reserva Legal
	Reserva de
Lucros a Realizar
	Reserva DE
Contingências
	Reserva para Aumento de Capital
	L.P.A.
	
Total
	Saldos em 31/12/x0
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Ajustes de exercícios anteriores
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Efeitos das mudanças de critérios contábeis
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Retificação de erros de exercícios anteriores
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aumentos de capital
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	com lucros e reservas
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	por subscrição realizada
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Reversões de reservas
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	de contingências
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	de lucros a realizar
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Lucro líquido do Exercício
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Reavaliação de bens do ativo
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Proposta da administração de distribuição de lucros
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Reserva legal
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Reserva estatutária
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Reserva de lucros para expansão
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Reserva de lucros a realizar
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Dividendos a distribuir ($ por ação)
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Saldos em 31/12/x1
	
	
	
	
	
	
	
	
	
10.2.5 Demonstração Das Origens e Aplicações De Recursos
Tem por objetivo apresentar de forma ordenada e sumariada, as informações relativas às operações de financiamentos e investimentos da empresa durante o exercício, bem como evidenciar as alterações na posição financeira da empresa.
 A demonstração das Origens e Aplicações de Recursos evidencia a figura do Capital Circulante Liquido no inicio e no final do exercício, indicando as modificações na posição financeira da companhia.
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
	1. ORIGENS DE RECURSOS
	DAS OPERAÇÕES
	 Lucro líquido do exercício
	Mais :
	Depreciação, amortização e exaustão
	
	Variações monetárias de empréstimos/financiamentos a longo prazo
	
	Variação nos resultados de exercícios futuros
	Menos :
	Lucro na venda de imobilizado
	DOS ACIONISTAS
	 Integralização de Capital
	DE TERCEIROS
	 Aumento do passivo exigível a longo prazo
	 Alienação de bens do imobilizado (valor de venda).
	 Venda de investimentos
	 Redução do ativo realizável a longo prazo
	TOTAL DAS ORIGENS DE RECURSOS
	2. APLICAÇÕES DE RECURSOS
	 Dividendos distribuídos
	 Aumento do realizável a longo prazo
	 Aquisição de imobilizado
	 Integralização de novos investimentos
	 Aumento do ativo diferido
	 Transferência para o curto prazo dos empréstimos e financiamentos a longo prazo
	TOTAL DAS APLICAÇÕES DE RECURSOS
	3. AUMENTO OU REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
	AUMENTO OU REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
	
	SALDO EM
	VARIAÇÃO
	
	31.10.X0 (ajustado)31.10.X1
	
	ATIVO CIRCULANTE
	
	
	
	(-) PASSIVO CIRCULANTE
	
	
	
	(=) CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
	
	
	
A DOAR, demonstra através da comparação de dois balanços patrimoniais seguidos, a variação do capital circulante líquido de um ano para outro. Evidencia ao gestor a folga financeira a curto prazo que dispõe a empresa,por meio da diferença entre ativo circulante e passivo circulante.
Marion (1998, p.407) afirma que a DOAR tem por finalidade “explicar a variação de Capital Circulante Líquido (Capital de Giro Próprio ou Capital de Giro Líquido) ocorrida de um ano para outro. Ajuda a compreender como e por que a posição financeira da empresa mudou de um exercício para outro.”
De acordo com Assaf Neto (2000, p.96), a DOAR trata somente das origens e aplicações de recursos que ocorrem fora do âmbito do circulante, assim tem-se:
quando o total das origens for maior que o total das aplicações, o aumento no capital circulante líquido; e
quando total das origens for menor que o total das aplicações de recursos, a redução do capital circulante líquido.
Desta forma, tal comparação fornece uma ampla visão da estrutura financeira da empresa.
10.2.6 Notas Explicativas
As Notas explicativas tem por finalidade complementar as demonstrações contábeis. As Notas Explicativas evidenciam e permitem aos usuários internos e externos analisarem e avaliarem a situação patrimonial e as respectivas movimentações financeiras transcorridas no exercício social da organização.
As Notas Explicativas contemplam informações complementares às demonstrações contábeis. Podem ser apresentadas sob a forma descritiva, em forma de quadros complementares, ou até mesmo em forma de outras demonstrações contábeis julgadas necessárias ao esclarecimento das demonstrações anteriores.
As indicações mínimas previstas para nas Notas Explicativas são:
descrição dos principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos e dos ajustes para atender às perdas prováveis na realização de elementos do Ativo;
investimentos em outras sociedades, quando relevantes;
ônus reais constituídos sobre os elementos do Ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades;
taxa de juros e datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;
opções de compra de ações outorgadas e efetuadas no exercícios;
número, espécies e as classes das ações do capital social;
os ajustes de exercícios anteriores; e
os eventos subseqüentes a data de encerramento do exercício.
MODELO DE NOTAS EXPLICATIVAS
Elaboração das Demonstrações financeiras
As Demonstrações Financeiras foram elaboradas de acordo com a Lei 6.404/76 e normas tributárias pertinentes.
Práticas contábeis:
A provisão para créditos de Liquidação duvidosa foi constituída por montante considerada suficiente para cobrir as perdas na liquidação destes créditos.
A depreciação do Ativo Imobilizado é calculada pelo método linear sobre o valor do custo corrigido.
As provisões para o Imposto de Renda foram calculadas, baseadas no Lucro Reais e contabilizadas sem exclusões da parcela dos incentivos fiscais.
Diferido
Neste exercício foi processada a segunda amortização das Despesas Pré-Operacionais, aplicando-se 20% sobre o saldo correspondente, num total de R$ 5.000.
Capital Social
O Capital Social subscrito e integralizado, é composto de 742.000 ações nominativas e sem valor nominal.
Contratos
As contas de Seguros Contratados registram a cobertura de seguros efetuados com a Companhia X, pelo período de um ano, vencíveis em 30 de junho do exercício seguinte, no valor de R$ 620.000, sendo R$ 330.000 para os estoques e R$ 290.000 para Bens do Ativo Imobilizado.
					Resolver o exercício 10
10.3 Auditoria
Consiste no exame aleatório dos documentos, livros e registros, obedecendo as normas especiais de procedimentos, com o objetivo de verificar se as demonstrações contábeis representam adequadamente a posição econômica e financeira do Patrimônio e os resultados do período administrativo, de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos e as diversas legislações em vigor.
Análise De Balanço
É a técnica especializada que permite decompor, comparar e interpretar as demonstrações contábeis, oferecendo aos interessados na situação econômica e financeira da entidade, dados analíticos e interpretação sobre os componentes do patrimônio, bem como sobre os resultados da atividade econômica desenvolvida.
10.4.1 Métodos de Análise
A análise das demonstrações contábeis será sempre conduzida de acordo com os objetivos do analista. Os principais métodos são os seguintes:
Diferenças absolutas;
Percentagens horizontais;
Percentagens verticais; e
Quocientes ou índices
a) Método das diferenças absolutas
Este método consiste na comparação entre duas situações de cada vez, mediante a apuração das diferenças absolutas entre os valores monetários de uma mesma conta ou de um mesmo grupo, de uma data para outra. Na realidade, tal método é uma análise de usos e fontes, uma vez que é possível evidenciar os montantes líquidos dos recursos obtidos e aplicados entre as duas datas.
	MÉTODO DAS DIFERENÇAS ABSOLUTAS
	BALANÇOS PATRIMONIAIS
	C O N T A S
	Exercício
	Variação
	
	19x1
	19x2
	Aplicação
	Fontes
	Caixa/Bancos (Disponibilidades)
	
	
	
	
	Contas a Receber
	
	
	
	
	Estoques
	
	
	
	
	Imposto a Recuperar
	
	
	
	
	Outras Contas a Receber
	
	
	
	
	Despesas de Exercícios Seguintes
	
	
	
	
	RLP 
	– Depósitos Compulsórios
	
	
	
	
	AP
	– Investimentos
	
	
	
	
	AP
	– Imobilizado
	
	
	
	
	AP
	– Diferido
	
	
	
	
	A T I V O T O T A L
	
	
	
	
	Fornecedores
	
	
	
	
	Instituições Financeiras
	
	
	
	
	Obrigações Tributárias
	
	
	
	
	Contribuições e Obrigações c/Pessoal
	
	
	
	
	Contas e Despesas a Pagar
	
	
	
	
	E L P
	– Fornecedores
	
	
	
	
	
	– Instituições Financeiras
	
	
	
	
	
	– Obrigações Tributárias
	
	
	
	
	
	– Debêntures
	
	
	
	
	P L
	– Capital Social
	
	
	
	
	
	– Reserva de Reavaliacão
	
	
	
	
	
	– Ações em Tesouraria
	
	
	
	
	
	– Resultado Acumulado
	
	
	
	
	P A S S I V O T O T A L
	
	
	
	
	G R U P O S
	19X2
	VARIAÇÃO
	
	INÍCIO
	FINAL
	
	Ativo Circulante
	
	
	
	Passivo Circulante
	
	
	
	Capital de Giro Líquido
	
	
	
b) Método de percentagens horizontais
Através deste método, pode-se determinar a tendência de crescimento ou declínio de valores de uma mesma conta ou grupo de contas, entre duas datas e/ou períodos considerados
Ë necessário, inicialmente, fixar-se uma demonstração-padrão (ou exercício) que servirá como base para as comparações
c) Método de percentagens verticais
Este método consiste no relacionamento dos valores das contas ou de cada grupo de contas com o total do ativo ou do passivo quando se trata do balanço patrimonial: de cada receita e/ou despesa com a receita operacional líquida quando analisada a demonstração do resultado do exercício.
	MÉTODO DE PERCENTAGENS HORIZONTAIS E VERTICAIS
	BALANÇOS PATRIMONIAIS
	C O N T A S
	Balanços e/ou balancetes
	
	
	%
	
	%
	
	%
	Disponibilidade
	
	
	
	
	
	
	Títulos negociáveis
	
	
	
	
	
	
	Contas a receber clientes - Prov.Dev.Duv.
	
	
	
	
	
	
	Estoques
	
	
	
	
	
	
	Despesas antecipadas
	
	
	
	
	
	
	Outros ativos
	
	
	
	
	
	
	TOTAL ATIVO CIRCULANTE
	
	
	
	
	
	
	Valores operacionais a longo prazo
	
	
	
	
	
	
	Valores extra operacionais a longo prazo
	
	
	
	
	
	
	TOTAL REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

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