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Estrutura dos Materiais: arranjos moleculares - Polímerosarranjos moleculares - Polímeros Motivação/Importância � Porquê estudar a classe dos Polímeros � Conjunto de propriedades únicas que mais nenhuma classe de materiais possui: � Baixa densidade � Isolamento térmico e elétrico� Isolamento térmico e elétrico � Facilidade de processamento � Baixo custo � variedade de objetos a que temos acesso hoje se deve à existência de polímeros sintéticos, como por exemplo: � sacolas plásticas, para-choques de automóveis, tubos para água, panelas antiaderentes, mantas, colas, tintas, chicletes, fibras texteis, lentes óculos, carcaças de eletros, ... etc. Metais vs Polímeros: características Metais vs Polímeros Não metálicos (ex: C, H, O, F, Cl, S) Ligação covalente - intracadeia Ligação van der Waals - intercadeias Baixas densidades Comportamento variado - de frágil a Pelo menos um elemento metálico (puro) ou mais metais (ligas) Ligação metálica No geral, elevada densidade Deformáveis plasticamente Comportamento variado - de frágil a grandes deformações elastoplásticas Baixas temperaturas de amolecimento e fusão Isolantes elétricos e térmicos Exceto polímeros semicondutores Boa resistência ao choque térmico Boa resistência ao ataque químico Passível degradação aos raios UV. Deformáveis plasticamente Baixas propriedades a elevadas temperaturas Condutividade elétrica e térmica elevadas Elevado CET Baixa resistência à corrosão Exceto: Ti, Au, Pt Definição • O que é um Polímero Poli + mero “Muitos” “unidade repetitiva”“Muitos” “unidade repetitiva” C C C C C C HHHHHH HHHHHH Polietileno (PE) ClCl Cl C C C C C C HHH HHHHHH Cloreto de polivinila (PVC) HH HHH H Polipropileno (PP) C C C C C C CH3 HH CH3CH3H mero mero mero POLÍMEROS NATURAIS & SINTÉTICOSPOLÍMEROS NATURAIS & SINTÉTICOS POLÍMEROS Naturais: madeira, borracha, algodão, lã, couro e seda, proteínas, enzimas, celulose e amidos (ex: milho). Sintéticos: maioria dos plásticos, borrachas e fibras • Maior evidência após a 2ª Guerra Mundial; • Substitui a maioria das peças metálicas e de madeira sem grandes perdas de propriedades; • Redução considerável de custos. Típos de polímeros: Típos de polímeros: POLÍMEROS Plásticos* Elastómeros (borrachas) Fibras RevestimentosPOLÍMEROS Adesivos Espumas Filmes • Plásticos - são materiais poliméricos com alguma rigidez estrutural sob carga e são empregados em aplicações de uso geral. MOLÉCULAS DE HIDROCARBONETOSMOLÉCULAS DE HIDROCARBONETOS • A maioria dos polímeros é de origem orgânica; • Materiais orgânicos são hidrocarbonetos; • As ligações intramoleculares são covalentes; • Cada átomo de C pode realizar 4 ligações covalentes; Compostos de H e C • Cada átomo de C pode realizar 4 ligações covalentes; • Hidrocarboneto saturado - cada carbono esta ligado a 4 outros átomos • Cada átomo de H pode realizar apenas 1 ligação covalente. • As ligações entre C podem ser simples, duplas ou tripas: Metano (CH4) Etileno (C2H4) Acetileno (C2H2) MOLÉCULAS DE HIDROCARBONETOSMOLÉCULAS DE HIDROCARBONETOS • As moléculas que possuem ligações duplas e triplas INSATURADAS • As moléculas que possuem todas as ligações simples SATURADAS Hidrocarbonetos Hidrocarbonetos simples pertencem a família das parafinas Compostos com fórmula molecular (CnH2n+2) MOLÉCULAS DE HIDROCARBONETOSMOLÉCULAS DE HIDROCARBONETOS • ISOMERISMO: hidrocarbonetos com mesma composição química mas arranjos atômicos diferentes. Butano (C4H10) Algumas das propriedades físicas dos hidrocarbonetos Isobutano (C4H10) dos hidrocarbonetos irão depender do seu estado de isomerização Temperatura de ebulição: • Butano ( - 0,5ºC) • Isobutano (- 12,3ºC) MOLÉCULAS POLIMÉRICASMOLÉCULAS POLIMÉRICAS • São gigantescas em comparação com os hidrocarbonetos; • Por causa do tamanho são chamadas de MACROMOLÉCULAS; • Os átomos da molécula estão ligados entre si por ligações covalentes; • Essas longas moléculas são compostas por unidades estruturais que se repetem ao longo de toda a cadeia MEROS; • MONÔMERO é a molécula (hidrocarboneto) a partir da qual o polímero é sintetizado. QUÍMICA DAS MOLÉCULAS POLIMÉRICASQUÍMICA DAS MOLÉCULAS POLIMÉRICAS • Se todas as unidades de repetição ao longo da cadeia forem do mesmo tipo o polímero resultante é um HOMOPOLÍMERO; • Caso as cadeias sejam compostas por duas ou mais unidades de repetição diferentes teremos um COPOLÍMERO; • FUNCIONALIDADE É o número de ligações que um dado monômero pode formar Monômero bifuncional duas ligações covalentes Monômero trifuncional três ligações covalentes origina um polímero em rede origina um polímero linear Química de Polímeros • Reações de polimerização – Conhecimento de química, especialmente de química orgânica, – Noções de ligação química, em particular de ligação covalente, – Conhecimento de radicais livres,– Conhecimento de radicais livres, – Nomenclatura dos compostos orgânicos, de grupos funcionais (grupo metila, felina, alcool, éster, amida… etc) � A maior parte dos termoplásticos é sintetizada pelo processo de polimerização em cadeia. Neste processo uma grande quantidade de moléculas pequenas se ligam covalentemente formando cadeias moleculares muito longas – POLÍMERO ! Há uma variedade de grupos orgânicos envolvidos nas estruturas poliméricas GRUPOS ORGÂNICOSGRUPOS ORGÂNICOS R e R’ representam grupos orgânicos tais como: CH3 (metil) C2H5 (etil) C6H5 (fenil) Química de Polímeros Reação de polimerização – Síntese do polímero Monómero é a mais pequena molécula, a partir da qual o polímero é sintetizado. Mero - unidade de repetição (isto é, que se repete) na cadeia de um polímero. cadeia de um polímero. Monómero de etileno Mero de etileno Química de Polímeros � Polimerização via Radical Livre ou Adição ou em Cadeia Iniciação Radical livre Monômero de etileno • Iniciador “radical livre”: exemplo - Peróxido de benzoíla C H H O O C H H C H H O2 R= 2 Propagação Química de Polímeros - Polietileno Molécula em zig-zag O ângulo entre os átomos de C é de 109º e não 180º Química de Polímeros � Polimerização por condensação ou em etapas - Consiste na formação de polímeros por reações químicas intermoleculares que ocorrem em etapas, e que podem envolver mais que uma espécie de monômero. - Existe normalmente um subproduto com baixa massa molar (ex: água, amônia) que é eliminado. poliamida ou nylon 6.6 1,4- diaminobenzeno ácido tereftálico Ligação amida QUÍMICA DAS MOLÉCULAS POLIMÉRICASQUÍMICA DAS MOLÉCULAS POLIMÉRICAS Monômero tetrafluoretileno (CF2=CF2) POLITETRAFLUORETILENO TEFLON™ Monômero cloreto de vinila (CH2=CHCl) POLICLORETO DE VINILA PVC FORMA GENÉRICA das OLEFINAS R representa um átomo (H, Cl, F, etc.) ou um grupo orgânico (CH3, C2H5, C6H5, ....) P.Ex: Se R for o CH3 o polímero é o polipropileno PP QUÍMICA DAS MOLÉCULAS POLIMÉRICASQUÍMICA DAS MOLÉCULAS POLIMÉRICAS POLITETRAFLUORETILENO POLICLORETO DE VINILA POLIPROPILENO QUÍMICA DAS MOLÉCULAS POLIMÉRICASQUÍMICA DAS MOLÉCULAS POLIMÉRICAS Grupo ácido Grupo metil Grupo alcool • Mi: Massa de um mol de cadeias • Durante o processo de polimerização, nem todas as cadeias crescem Baixa Mi Alta Mi PESO MOLECULAR (MASSA MOLECULAR)PESO MOLECULAR (MASSA MOLECULAR) • Durante o processo de polimerização, nem todas as cadeias crescem até um mesmo comprimento; isto resulta em uma distribuição diferente de comprimentos de cadeias ou de pesos moleculares. • Ordinariamente, especifica-se um peso molecular médio: Mi � peso molecularmédio (massa molar média) para uma determinada faixa de tamanhos iin MxM Σ= Mi Mi PESO MOLECULAR (MASSA MOLECULAR)PESO MOLECULAR (MASSA MOLECULAR) Massa molecular numérica média iip MwM Σ= Massa molecular ponderal média Mi � peso molecular médio para uma determinada faixa de tamanhos Xi - fração do número total de cadeias nessa faixa de tamanhos � Existem várias maneiras pelas quais a massa molar média pode ser definida: xi wi faixa de tamanhos Mn é obtida dividindo-se o numero de cadeias em diversas faixas de tamanhos. Mp baseia-se na fração do peso das cadeias das várias faixas de tamanhos. � Uma forma alternativa de expressar o tamanho médio da cadeia de um polímero é através do seu grau de polimerização � n = número de meros por cadeia C C C C C C C CH H H H H H H H H H H H H H H H H C C C C H H H H H H H H H( ) ni = 6 meros GRAU DE POLIMERIZAÇÃO (GRAU DE POLIMERIZAÇÃO (GPGP)) � O GP dá uma ideia do tamanho médio, ou seja, do comprimento médio das cadeias poliméricas � O GP representa o número médio de unidades repetidas (meros) em uma cadeia polimérica. mero do médiomolecular peso onde = ==== ∑∑ m m M nwGP m M nxGP piip n iin Massa molecular numérica média Massa molecular ponderal média ∑= iin MxM CÁLCULO DOS PESOS MOLECULARES MÉDIOS CÁLCULO DOS PESOS MOLECULARES MÉDIOS E DO GRAU DE POLIMERIZAÇÃOE DO GRAU DE POLIMERIZAÇÃO Exemplo: considere que a distribuição de pesos moleculares abaixo é para o PVC e calcule: a) O peso molecular médio numérico b) O grau de polimerização c) O peso molecular médio ponderal ∑= iip MwM ∑ ii m MnGP = a)O peso molecular médio numérico CONSTRUIR A SEGUINTE TABELA: Faixa de pesos moleculares (g/mol) Média Mi (g/mol) xi xiMi (g/mol) 5.000 – 10.000 7.500 0,05 3755.000 – 10.000 7.500 0,05 375 10.000 – 15.000 12.500 0,16 2.000 15.000 – 20.000 17.500 0,22 3.850 20.000 – 25.000 22.500 0,27 6.075 25.000 – 30.000 27.500 0,20 5500 30.000 – 35.000 32.500 0,08 2600 35.000 – 40.000 37.500 0,02 750 Mn = Σ xi* Mi = 21.150 g/mol 100 21.150 g/mol iin MxM Σ= peso molecular médio numérico Mi � peso molecular médio para uma determinada faixa de tamanhos b) O grau de polimerização DETERMINAR A MASSA MOLECULAR DO MERO Neste caso o PVC: m = 2 x C = 2 x 12,01 = 24,02 3 x H = 3 x 1,01 = 3,03 1 x Cl = 1 x 35,45 = 35,45 62,50 g/mol62,50 g/mol GP = Mn/m = 21.150/62,50 = 338 Repetições do mero em cada cadeia do PVC !!! c) O peso molecular médio ponderal CONSTRUIR A SEGUINTE TABELA: Faixa de pesos moleculares (g/mol) Média Mi (g/mol) wi wiMi (g/mol) 5.000 – 10.000 7.500 0,02 1505.000 – 10.000 7.500 0,02 150 10.000 – 15.000 12.500 0,10 1.250 15.000 – 20.000 17.500 0,18 3.150 20.000 – 25.000 22.500 0,29 6.525 25.000 – 30.000 27.500 0,26 7.150 30.000 – 35.000 32.500 0,13 4.225 35.000 – 40.000 37.500 0,02 750 Mn = ΣwiMi = 23.200 g/mol 100 23.200 g/mol ∑= iip MwM • Conformação – A orientação molecular pode ser mudada pela rotação em torno das ligações simples. • Uma única cadeia polimérica pode conter grande número de quantidade de dobras, torções e contorções FORMA MOLECULARFORMA MOLECULAR “r = distância do inicio ao fim da cadeia” ESTRUTURA MOLECULARESTRUTURA MOLECULAR Polímeros linear Polímeros ramificados Polímero com ligações cruzadas Polímeros em rede • Em geral, os polímeros não têm um único tipo específico de estrutura !!! • Um polímero predominantemente linear pode ter uma certa quantidade de ramificações e de ligações cruzadas ESTRUTURA MOLECULARESTRUTURA MOLECULAR • Efeito da ramificação na densidade do polímero • Disposição ou arranjo dos grupos laterais: R � grupo lateral diferente do hidrogênio (ex.: Cl, F, CH3 ,anel benzénico ) � Cabeça-à-cauda (head-to-tail) CONFIGURAÇÕES MOLECULARES � Cabeça-à-cauda (head-to-tail) Cabeça-à-cabeça (head-to- head) � “Menos comum devido a repulsão entre os grupos R” • Estereoisomerismo ou Taticidade � regularidade das cadeias IIsotático – todos os grupos R estão no mesmo lado da cadeia Sindiotático – os grupos R alternam de ESTERIOISOMERISMO Sindiotático – os grupos R alternam de cada lado da cadeia de um forma regular Atático – os grupos R estão distribuídos de forma randômica “aleatória” na cadeia • Na realidade, um polímero específico não exibe apenas uma dessas configurações; • A forma predominante depende do método de síntese C C HCH3 CH2 CH2 C C CH3 CH2 CH2 H cis trans ISOMERISMO GEOMÉTRICO cis-poli-isopreno (borracha natural - hevea) O grupo CH3 e o H estão do mesmo lado da ligação dupla - Macia, flexível (pneus) trans-poli-isopreno (guta percha) O grupo CH3 e o H estão em lados opostos da ligação dupla - Resistente e dura (rev. bola golfe) � Resultado da diferença configuracional propriedades diferentes !!! RESUMINDO: � As macromoléculas poliméricas podem ser caracterizadas em termos dos seus tamanhos, formas e estruturas: � O tamanho molecular é especificado em termos da massa molar(ou grau de polimerização). � A forma molecular (conformação) está relacionada ao grau� A forma molecular (conformação) está relacionada ao grau de rotação, enrolamento e dobramento da cadeia, conduzindo a um entrelace e embaraço com as cadeias vizinhas (relacionado com grandes deformações elásticas). � A estrutura molecular depende da maneira na qual as unidades estruturais estão unidas umas às outras. � Estruturas lineares, ramificadas, com ligações cruzadas e em rede são todas possíveis, além de diversas configurações isoméricas (isotática, sindiotática, atática, cis e trans). Estrutura intermolecular dos polímeros - Classificação: POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS e TERMORRÍGIDOS � A classificação desses materiais é feita com base no comportamento face ao aumento de temperatura: • TERMOPLÁSTICOS: amolecem quando são aquecidos, e endurecem quando resfriados (processos reversíveis e podem ser repetidos recicláveis. Geralmente são polímeros lineares ou aqueles que apresentam alguma ramificação flexível. • Isto acontece porque as cadeias macromoleculares dos termoplásticos se encontram ligadas por forças de van der Waals ou por ligações de H que se quebram por ação doligadas por forças de van der Waals ou por ligações de H que se quebram por ação do calor, fundindo-se o material. Ao ser novamente resfriado, voltam a ser restabelecidas as suas ligações intermoleculares, não havendo desta forma quebra das fortes ligações covalentes (p.ex: C-C ou C-H) dos meros que formam as macromoléculas. • TERMOFIXOS ou TERMORRÍGIDOS: são polímeros em rede, que se tornam permanentemente duros durante a sua formação e não amolecem com um aquecimento. Ao aquecerem sofrem um processo de cura reticulação. � É um processo irreversível. Após aquecimento, não podem ser remodelados. • Dois ou mais meros diferentes na cadeia polimérica. Aleatório – A e B aleatoriamente distribuídos na cadeia Alternado – A e B alternando na cadeia polimérica Em bloco – blocos de A alternando com COPOLÍMEROS Em bloco – blocos de A alternando com blocos de B Enxertado – cadeias de B enxertadas na cadeia de A Peso molecular do mero i iimfm Σ= Fração molar do mero i COPOLÍMEROS • As borrachas sintéticas são em sua maioria copolímeros; • A borracha estireno-butadieno (SBR) é um copolímero aleatório (pneus de automóveis); • A borracha nitrílica (NBR) é um outro copolímero aleatório (mangueiras de gasolina) COPOLÍMEROS Acrilonitrila-Butadieno-Estireno (ABS) � O estado “cristalino”pode existir nos materiais poliméricos. � Consideramos a cristalinidade dos polímeros como a compactação de cadeias moleculares para produzir um arranjo atômico /molecular ordenado. � Alguns polímeros são considerados materiais semi-cristalinos, compostos por regiões amorfas e regiões cristalinas - “CRISTALINIDADE” DOS POLÍMEROS “A cristalinidade nos polímeros pode variar de 0 até aproximadamente 95 %” Ex: Célula unitária ortorrômbica do polietileno. Nota: obviamente, cadeias moleculares também se estendem além da célula unitária � A densidade de um polímero “cristalino” será maior que a de um polimero amorfo do mesmo material e com a mesma massa molar. % Cristalinidade � % do material que é cristalino. Região cristalina O grau de cristalinidade em relação ao peso pode ser determinado a partir de medições precisas da massa específica, de acordo com: CRISTALINIDADE DOS POLÍMEROS O recozimento “tratamento térmico” causa o crescimento das regiões cristalinas: � Aumenta o grau de cristalinidade Região amorfa ρc� massa especifica polímero totalmente cristalino ρa� massa especifica polímero totalmente amorfo ρe� massa especifica da amostra que se deseja determinar o grau de cristalinidade 100)( )(% xdadecristalini ace aec ρρρ ρρρ − − = � Fatores que influenciam o grau de cristalinidade do polímeros: � Taxa de resfriamento durante a solidificação - Durante a cristalização no resfriamento, as cadeias que são altamente aleatórias e entrelaçadas no líquido viscoso, devem adquirir uma configuração ordenada. Para que isso ocorra, deve ser dado tempo suficiente para que as cadeias se movam e se alinhem umas com as outras. �Estrutura química da molécula e configuração da cadeia - CRISTALINIDADE DOS POLÍMEROS �Estrutura química da molécula e configuração da cadeia - A cristalização não é favorecida nos polímeros compostos por unidades repetitivas quimicamente complexas. A regularidade espacial da cadeia favorece cristalização (estereorregularidade). � Quanto maior ou volumoso for o grupo lateral - menor tendência para cristalização � Maior número de ligações cruzadas - menor tendência para cristalizar. • Cristalitos: pequenas regiões cristalinas, cada uma delas com um alinhamento preciso, as quais estão emaranhadas por regiões amorfas compostas por moléculas com orientação aleatória. • Existem apenas se o crescimento for suficientemente lento. “Modelo de cadeia dobrada” CRISTAIS POLIMÉRICOS Monocristal de Polietileno (PE) • Muitos polímeros que são cristalizados a partir de uma massa fundida são semicristalinos e formam uma estrutura tipo esferulita. • O nome esferulita sugere crescimento até se alcançar uma forma apropriadamente esférica. • Consiste de um agregado de cristalitos com cadeias dobradas em CRISTAIS POLIMÉRICOS formato de fitas (lamelas), com aproximadamente 10 nm de espessura, que se estendem radialmente para fora a partir de um único sitio de nucleação localizado no centro. • O PE, o PP, o PVC, o náilon (PA 6.6), o PTFE e PHB são exemplos de polímeros que formam uma estrutura esferulítica quando se cristalizam a partir de uma massa fundida. Crescimento das Esferulitas Cristalito lamelar com cadeias dobradas Material amorfo Direção do crescimento da esferulita Crescimento radial a partir do sítio de nucleação Molécula de ligação Sitio de nucleação Contorno interesferulitico Esferulita Crescimento das Esferulitas Visualização em microscópio com luz polarizada Lamela cristalina Região amorfa Polímero PHB - polihidroxibutirato (polímero biodegradável) COMPORTAMENTO TÉRMICOCOMPORTAMENTO TÉRMICOCOMPORTAMENTO TÉRMICOCOMPORTAMENTO TÉRMICO COMPORTAMENTO TÉRMICO • Termoplásticos � escoam ( rompimento e restabelecimento das ligações van de Waals) – Amorfos – Semicristalinos– Semicristalinos • Termofixos� não escoam - Sofrem um processo de reticulação (cura) • Termoplásticos � escoam Forças intermoleculares “seguram” as cadeias, impedindo seu deslocamento COMPORTAMENTO TÉRMICO 50 Forças intermoleculares enfraquecem quando o material é aquecido � translação das moléculas • Termoplástico cristalino (1) * • Termoplástico amorfo (2) COMPORTAMENTO TÉRMICO FUSÃO Estrutura cristalina se desmancha e se torna amorfa PONTO DE FUSÃO Tm ou Tf * Polímero totalmente cristalino hipotético (não existe polímero 100% cristalino). • Termoplástico cristalino* (1) • Termoplástico amorfo (2) TRANSIÇÃO VÍTREA Polímero amorfo rígido torna-se flexível e elástico ao ser aquecido acima da Tg Material líquido ao ser resfriado COMPORTAMENTO TÉRMICO TEMPERATURA DE TRANSIÇÃO VÍTREA Tg acima da Tg torna-se gradativamente mais viscoso, até passar a se comportar como uma borracha Comportamento térmico: Tg FLEXIBILIDADE cadeias devem se dobrar ELASTICIDADE cadeias devem se desenrolar COMPORTAMENTO MECÂNICOCOMPORTAMENTO MECÂNICOCOMPORTAMENTO MECÂNICOCOMPORTAMENTO MECÂNICO Comportamento Mecânico - As características mecânicas dos polímeros, em sua maioria são altamente sensíveis a sua natureza química (massa molar média), taxa de deformação, temperatura e ambiente (presença de água, solventes orgânicos…) Direção do aumento da resistência mecânica Ramificada Ligações Cruzadas RedeLinear Ligações secundárias Comportamento Mecânico Polímeros T e n s ã o ( M P a ) Frágil Tensão x Deformação Limite de resistência à tração Deformação T e n s ã o ( M P a ) Plástico Elastômero Propriedades Mecânicas Polímeros Tensão x Deformação Limite de resistência à tração Deformação T e n s ã o Limite de escoamento Comportamento Mecânico Polímeros Polímero Limite de resistência à tração (MPa) Limite de escoamento (MPa) Alongamento na fratura (%) Polietileno (baixa densidade) 8,3 - 31,4 9,0 – 14,5 100 -650densidade) Polietileno (alta densidade) 22,1 – 31,0 26,2 – 33,1 10 – 1200 PMMA 48,3 – 72,4 53,8 – 73,1 2,0 – 5,5 Náilon 75,9 – 94,5 44,8 – 82,8 15 – 300 PVC 40,7 – 51,7 40,7 – 44,8 40 – 80 PTFE 20,7 – 34,5 - 200 – 400 Metais ex: aço 4100 600 100 Comportamento Mecânico Polímeros T e n s ã o ( M P a ) PMMA � Efeito da temperatura nas propriedades dos polímeros T e n s ã o ( M P a ) Deformação ↑temperatura ↓ resistência ↑temperatura ↑ alongamento Comportamento Mecânico Polímeros ruptura frágil ruptura plástica x estrutura fibrilar próximo à ruptura próximo à ruptura x T e n s ã o ( M P a ) � Deformação em polímeros plásticos e frágeis x deslizamento das regiões cristalinas alinhamento das regiões cristalinas polímeros semicristalinos alongamento das regiões amorfas Carga/descarga Estrutura inicial estrutura em rede estrutura linear T e n s ã o ( M P a ) Deformação Comportamento Mecânico Polímeros � Deformação em polímeros plásticos e frágeis Comportamento Mecânico Polímeros � Deformação em elastômeros Ligações cruzadas Tensão Tensão Tensão Tensão O aumento da entropia faz o polímero retornar à sua forma original quando a tensão é retirada! PROCESSAMENTO POLÍMEROSPROCESSAMENTO POLÍMEROSPROCESSAMENTO POLÍMEROSPROCESSAMENTO POLÍMEROS Técnicas de conformação A técnica usada para o processamento de um polímero depende basicamente: 1. do material ser termoplástico ou termofixo, 2. da temperatura na qual ele amolece (no caso de 2. da temperatura na qual ele amolece (nocaso de material termoplástico), 3. da estabilidade química (resistência à degradação oxidativa e à diminuição da massa molar das moléculas) do material a ser processado, 4. da geometria e do tamanho do produto final. Técnicas de conformação -Os materiais poliméricos normalmente são processados em temperaturas elevadas (> 100 ºC) e geralmente com a aplicação de pressão. -Os termoplásticos amorfos são processados acima da temperatura de transição vítrea e os acima da temperatura de transição vítrea e os semicristalinos acima da temperatura de fusão. Em ambos os casos a aplicação de pressão deve ser mantida durante o resfriamento da peça para que a mesma retenha sua forma. - Os termoplásticos podem ser reciclados. Processamento de Termoplásticos 1) Extrusão (extrusão-sopro; produção de filmes; co-extrusão) 2) Injeção (injeção-sopro; co-injeção) 3) Termoformação3) Termoformação 4) Rotomoldagem 5) Fiação (via seca, úmida ou por fusão) 6) Compressão Processamento de Termofixos Geralmente é feito em duas etapas: 1. Preparação de composição reativa contendo polímero de baixo peso molecular - algumas vezes chamado “pré- polímero”. vezes chamado “pré- polímero”. 2. Processamento e cura (reticulação, vulcanização) do “pré-polímero” para obter uma peça dura e rígida, geralmente em um molde que tem a forma da peça acabada. Processamento de Termofixos � Moldagem por Compressão � Moldagem por Transferência � Moldagem por Injeção Extrusão • Processo contínuo • As matérias-primas (pellets ou pó) são transportadas, passam de um estado sólido a um estado fundido e são forçadas a passar por uma matriz (fieira) que molda a forma do produto final.matriz (fieira) que molda a forma do produto final. • Produção de perfis ( tubos, chapas, lâminas, filmes, calhas etc) e revestimento de fios. • A extrusão-sopro é um processo especial que utiliza a extrusão para formar o “parison” que em seguida é soprado. Extrusão Processo: Processo contínuo Extrusão Extrusoras: monorosca ou rosca dupla Extrusão Extrusora de filmes planos Extrusão de filmes Extrusão Extrusora de filmes planos: processo tubular Injeção � Processo descontínuo que possui um ciclo de injeção. � Plastificação do material, transporte e injeção em um molde. � Resfriamento dentro do molde (termorrígidos são curados no molde)Resfriamento dentro do molde (termorrígidos são curados no molde) � Abertura do molde e extração da peça. � Processo capaz de produzir peças complexas em grandes quantidades e de modo preciso. � Peças moldadas por injeção: Interior dos automóveis, gabinetes eletrônicos, aparelhos domésticos, equipamentos médicos, CDs pallets, brinquedos, cestos e baldes, xícaras promocionais, tampas em geral e tampas para garrafas de leite... etc Injeção Processo: Injeção Injetoras: • Sistema de plastificação e injeção. • Sistema de movimentação e refrigeração do molde. Partes funcionais da injetora: Injeção Parafuso da injetora: Injeção Moldes para injetoras: Termoformação � Matéria-Prima: • Chapa plástica (ou bobina plástica): – Material termoplástico (ABS, HIPS, PS, PP,– Material termoplástico (ABS, HIPS, PS, PP, PE) sólido de até 12 mm de espessura (conforme a capacidade de aquecimento e vácuo do equipamento). Termoformação • Entrada do material na máquina. • Aquecimento por radiação até amolecimento. • – A bomba de vácuo (ou ar comprimido) é Processo: acionada e a sucção causada pelo vácuo através do molde (com furos) força o material a tomar a forma do molde. • Resfriamento até alcançar rigidez suficiente. • Desmoldagem • Corte de rebarbas Termoformação Moldagem a vácuo: com molde fêmea e macho: Termoformação Produtos termoformados: Rotomoldagem Características: � Fabricação de produtos quase isentos de tensão. � Peças sem linhas de costura. � Acabamento atrativo para produtos de grande porte. � Alto grau de liberdade durante a construção do molde. � Facilidade de modificação do molde ou da espessura da peça. � Pequena geração de rebarbas. � Facilidade de mudança de material e cores; possibilidade de moldar peças de cores distintas no mesmo ciclo. Rotomoldagem Processo: Rotomoldagem Produtos rotomoldados: Fiação Características: • Polimeros na forma de fibras são capazes de serem estirados numa proporção comprimento-diâmetro 100:1 • Comercialmente sua maior aplicação é na indústria têxtil • Em uso são exigidas mecânicamente por tração, torção, cisalhamento e abrasão • Polímeros são sempre termoplásticos, capazes de atingir alto grau de cristalização. Fiação Processo: Fiação Produtos: Moldação por sopro Processo: Moldação por sopro Processo: Moldagem por Transferência Processo: Moldagem por Compressão Processo: APLICAÇÕES COMUNSAPLICAÇÕES COMUNSAPLICAÇÕES COMUNSAPLICAÇÕES COMUNS Consumo Consumo por segmento Polietileno - PE Tipos de Polietileno Linear de baixa densidade (PELBD) Alta densidade (PEAD) Baixa densidade (PEBD) Alta densidade (PEAD) PE de ultra alto peso molecular (UHMWPE) Polietileno - PE CARACTERÍSTICAS: Baixo custo Boa tenacidade à TA e baixas temperaturas Resistência mecânica suficiente para muitas aplicações Boa flexibilidade numa vasta gama de temperaturas, mesmo até -73ºC Excelente resistência à corrosão Ótimas propriedades de isolamentoÓtimas propriedades de isolamento Ausência de cheiro e sabor Baixa transmissão de vapor de água APLICAÇÕES: Recipientes, isolamentos elétricos, tubagens químicas, utensílios domésticos, garrafas moldadas por sopro. Filmes de PE são utilizados em embalagens e transporte de materiais Reservatórios de água (até 1500 litros)… etc Policloreto de vinila - PVC Monômero cloreto de vinila (CH2=CHCl) POLICLORETO DE VINILA PVC Tipos de PVC PVC rígido PVC plastificado Copolímeros de PVC - Acetato de vinilo Policloreto de vinila- PVC CARACTERÍSTICAS: Essencialmente amorfo, devido aos átomos de cloro O homopolímero tem resistência relativamente alta (52 a 62MPa) Fragilidade - baixa resistência ao impacto Boas propriedades elétricas (resistência dielétrica de 17 a 51kV/mm) Excelente resistência aos solventes O elevado teor em cloro do PVC é responsável pela resistência química O elevado teor em cloro do PVC é responsável pela resistência química e à chama (retardador de chama) APLICAÇÕES: O PVC rígido é utilizado em tubagens e ramais para águas, molduras de janelas, tubos elétricos. O PVC plastificado é utilizado em têxteis, estofos (napa) de automóveis, vestuário protetor de chuva, sapatos (galocha), malas, cortinas de chuveiro, tapetes, pavimentos, revestimento interior de tetos de automóveis, mangueiras de jardim, isolamento de fios elétricos Polipropileno - PP CH3 • A substituição de cada um de dois átomos de carbono da cadeia principal por um grupo metil (CH3 ) restringe a rotação das cadeias, originando um material mais resistente mecanicamente, mas menos flexível. Os grupos metil das cadeias também provocam um aumento da Tg e da Tm. • No entanto, o PP é semi-cristalino porque as cadeias se enrolam em hélice, o que facilita a ordenação cristalina. Polipropileno - PP CARACTERÍSTICAS: Baixa densidade (0,9 g/cm3), monómero de baixo custo Polímero semicristalino (cadeias enrolam em hélice) Ponto de fusão, cerca de 170ºC, tornando o PP bastante rígido à TA. Pode ser submetido a temperaturas de 120º sem se deformar Boa dureza superficial e estabilidade dimensional Boas resistência química, à umidade e ao calor Excelente resistência à flexão e fluência APLICAÇÕES: O PP pode ser utilizado em produtos esterilizáveisem água a ferver, componentes de eletrodomésticos, embalagens, utensílios de laboratório, tanques de máquinas de lavar-roupa, painéis de instrumentos de automóveis, para-choque de carros utilitários, interior de carpetes na forma de tecido, sacolas de transporte de muitos produtos industriais, cadeiras, articulações integrais altamente resistentes à fadiga, parafusos de aperto, tubagens de água quente e fria. Poliestireno - PS • A presença do anel benzénico (grupo lateral) ligado a átomos de carbono da cadeia principal do PS origina uma configuração rígida. • O grupo lateral, de grande peso molecular, dificulta a ordenação das cadeias e torna o material essencialmente amorfo. • O homopolímero caracteriza-se pela rigidez, claridade cintilante e facilidade de processamento mas tendência a ser frágil. Poliestireno - PS PS resistente ao impacto (HIPS) Homopolímero - PS Espumas de PS (isopor)Tipos de PS Copolímeros de estireno - SAN (estireno-acrilonitrilo) - ABS (acrilonitrilo butadieno estireno) - SBR (estireno-butadieno) Espumas de PS (isopor) Poliestireno - PS CARACTERÍSTICAS: Baixa densidade: 1,05 g/cm3 para o homopolímero, 0,16 para a espuma PS homopolímero - muito rígido E= 3,5 GPa - FRÁGIL - Estilhaça!!! Transparente (amorfo) - possui uma claridade cintilante Facilmente atacado por hidrocarbonetos, ex: benzeno, tolueno. Em contato com alcoóis, ácidos e óleos, o PS tende a causar fissuração Boas propriedades de isolamento elétrico Facilidade de processamento, baixo custo APLICAÇÕES: O PS homopolímero é utilizado principalmente em embalagens e produtos em que a sua fragilidade não constitua perigo para os utilizadores, e em que haja interesse em explorar a transparência característica do material (copos e talheres descartáveis, canetas BIC ® ) Como HIPS é utilizados em embalagens (ex: copos de iogurte), interiores de geladeiras, artigos de esporte. Espumas de PS são utilizadas como isolamento térmico, embalagens. Politetrafluoroetileno - PTFE • O PTFE é um polímero completamente fluoretado, que se obtém por polimerização em cadeia de radicais livres de tetrafluoretileno. • O PTFE é um polímero cristalino com ponto de fusão de 327ºC. Do pequeno tamanho do átomo do flúor e da regularidade da cadeia polimérica de carbono fluoretado, resulta um material polimérico cristalino muito denso (para um material plástico). Politetrafluoroetileno - PTFE CARACTERÍSTICAS: Alta densidade para um polímero: 2,13 - 2,20 g/cm3 Semicristalino (grau de cristalinidade 95%): ponto de fusão de 327ºC. Excelente resistência aos reagentes químicos, Propriedades mecânicas razoáveis desde temperaturas criogénicas (-200ºC) até cerca de 260ºC. Resistência ao impacto elevada mas resistência à tração, ao desgaste e fluência são baixas comparativamente com outros polímeros estruturais Boas propriedades de isolamento elétrico Difícil processamento (viscosidade elevada), O PTFE é escorregadio, ceroso e baixo coeficiente. de atrito ( µ= 0.02) APLICAÇÕES: O PTFE é usado em tubagens e peças de bombas resistentes quimicamente, peças de laboratório, isolamento de cabos de alta temperatura, componentes elétricos, fitas e revestimentos não aderentes, fitas de vedação e isolamento, chumaceiras autolubrificantes, o’rings... Polimetacrilato de metila - PMMA •O PMMA também conhecido por acrílico é um polímero amorfo e perfeitamente transparente que não absorve luz visivel. • A ligação à cadeia principal dos grupos metil e metacrilato, átomos de carbono sim, átomos de carbono não, origina bloqueios espaciais consideráveis, tornando o PMMA rígido e relativamente resistente. • A sua Tg (temperatura de transição vítrea) varia entre 105 e 120ºC . Polimetacrilato de metila - PMMA CARACTERÍSTICAS: Baixa densidade: 1,17 - 1,20 g/cm3 Polímero amorfo - transparente. Boa resistência às condições ambientais Altamente resistente à radiação UV, não descolorando nem degradando Rígido, resistente e não estilhaça como o PS. Mais resistente ao impacto do que o vidro comum. Bastante duro, boa resistência ao riscamento APLICAÇÕES: As aplicações do PMMA relacionam-se com a transparência, resistência ao ambiente, boa aparência e durabilidade. O PMMA é utilizado em janelas de avião e barcos, claraboias, acessórios de iluminação exterior, painéis para publicidade. Lentes e luzes traseiras de automóveis (resistem ao ambiente, óleos e gasolina), óculos de proteção, lentes comuns, puxadores e maçanetas, tijolos decorativos transparentes, banheiras e lavatórios, placas decorativas e fibras óticas. Poliamida - PA - (CH2)4 grupo amida • As PA’s ou nylons são termoplásticos processados por fusão, cuja cadeia principal incorpora um grupo de repetição amida • Alguns tipos de nylons são produzidos por polimerização por condensação de um diácido orgânico com uma diamida. Outros nylons são produzidos por polimerização em cadeia de compostos em anel •A designação de nylon 6,6 significa que existem 6 atómos de carbono na diamina e também 6 átomos de carbono no ácido orgânico. Existem outros tipos de nylons 6,9 ; 6,10 ; 6,12. Poliamidas - PA CARACTERÍSTICAS: Baixa densidade: 1,13 - 1,25 g/cm3 - ex: PA 6,6 Semicristalino - estrutura regular e simétrica das cadeias poliméricas Ponto de fusão: 250 - 260ºC Boa capacidade de suportar cargas a elevadas temperaturas Boa tenacidade, baixo coeficiente de atrito e boa resistência química Fortemente higroscópicos - afeta a rigidez e a estabilidade dimensional Boa capacidade de isolamento elétrico (tomadas e isolamento de cabos) APLICAÇÕES: As aplicações das PA relacionam-se com o reduzido coeficiente de atrito e resistência ao desgaste: ex: engrenagens, dentes de zipper. Como resistência térmica, as PA aplicam-se a radiadores de automóveis. Como resistência mecânica e estabilidade dimensional das variedades reforçadas: carcaças de ferramentas elétricas (Black and Decker), ventiladores de automóveis, componentes de material de esporte Na indústria têxtil: fibras para tecidos (fibras tratadas - não higroscópicas) Policarbonato - PC • O PC possui dois grupos fenil e dois grupos metil, ligados ao mesmo átomo de carbono na unidade estrtural de repetição, causando considerável bloqueio espacial e tornando a estrutura molecular muito rígida. No entanto, as ligaçõe simples carbono- oxigênio na ligação carbonato dão alguma flexibilidade à estrutura molecular, o que se reflete em uma elevada energia de impacto. Policarbonato - PC CARACTERÍSTICAS: Baixa densidade: 1,20 - 1,22 g/cm3 Completamente amorfo - transparente Elevada resistência ao impacto, rigidez e resistência à flexão Bom isolante mesmo ao longo de uma faixa temperaturas: -50ºC a 135ºC Só arde na presença de chama - auto extinguível Elevada estabilidade dimensional, componentes com tolerâncias apertadas Resistente a uma grande variedade de produtos químicos APLICAÇÕES: As aplicações do PC relacionam-se com a resistência ao impacto, ao calor e frio, transparência e propriedades elétricas. Proteção e segurança (escudos antivandalismo), globos de iluminação pública, capacetes, interiores de aviões e barcos, hélices para barcos, carcaças de snowmobile, mamadeiras, coberturas de relés, Pela transparência: lentes e óculos, e substituição de vidros em janelas e coletores solares. Politereftalato de etileno - PET grupo • No PET os aneis fenil, juntamente com os grupos carbonilos (-C-O-), constituem unidades planas de grandes dimensões nas cadeias poliméricas. Esta estrutura regular cristaliza muito rapidamente apesar do seu tamanho. • A estrutura do anel fenil confere rigidez a este material enquanto as unidades de etileno conferem alguma mobilidade molecular durante o processamento por fusão. grupo éster CARACTERÍSTICAS: Baixa densidade: 1,30 - 1,40 g/cm3 Semicristalino Granderesistência ao mergulhamento e à absorção de umidade Boa resistência mecânica ( resistência à tração: 50MPa) Boas propriedades isolantes Resistente à maioria dos produtos químicos Politereftalato de etileno - PET Excelentes propriedades barreira APLICAÇÕES: O PET é muito utilizado em fibras têxteis de grande resistência, carpetes e “tecido” para pneus Desde de 1977 que o PET é utilizado como resina-base para compósitos de matriz polimérica. Devido às propriedades barreira, e com a introdução de agentes nucleadores, o PET é utilizado em embalagens de bebidas carbonatadas, e em filmes para embalagens de alimentos. Politeteretercetona - PEEK • Polímero de aplicações altamente tecnológicas •No PEEK os aneis fenil, juntamente com o grupo carbonilo (-C-O-), constituem unidades planas de grandes dimensões nas cadeias poliméricas . Apesar do seu tamanho, esta estrutura regular cristaliza muito rapidamente. • A estrutura do anel fenil confere rigidez a este material e ao mesmo tempo absorve impactos de elevada energia. CARACTERÍSTICAS: Baixa densidade: 1,28 - 1,32 g/cm3 Semicristalino Elevada resistência termo-mecânica até 250ºC Excelente resistência química, elevada estabilidade dimensional Boa resistência ao desgaste, baixo coeficiente de atrito Atóxico, biocompatível Polieteretercetona - PEEK Alta resistência contra os raios gama APLICAÇÕES: O PEEK é muito utilizado em aplicações de alto rendimento para exigências extremamente altas. Na indústria de máquinas, motores e automóveis, tecnologia nuclear e de vácuo, tecnologia de transporte e movimentação de cargas, indústria têxtil, de embalagens e papel, eletrotécnica, tecnologia de precisão,. Em próteses joelho e quadril. Aplicações: rodas dentadas; réguas de deslize; buchas; pistões de dosagem; soquetes e mancais de atrito; vedação de válvula esférica; corpo de bomba; porta wafer’s, peças de plugues e próteses. COPOLÍMEROSCOPOLÍMEROS Acrilonitrila-Butadieno-Estireno (ABS) CARACTERÍSTICAS: Boa resistência à tração Boa resistência ao impacto e à abrasão Excelente estabilidade dimensional Rígido e resistente ao calor Resistente os agentes químicos (exceto alguns solvente orgânicos)Resistente os agentes químicos (exceto alguns solvente orgânicos) Facilidade de processamento e coloração APLICAÇÕES: O ABS é utilizado em aplicações onde se deseja grande resistência ao impacto, como pex: aspiradores, cortadores de relva, telefones, secadores de cabelo, carcaça (caixa exterior) de eletrodomésticos, brinquedos (peças LEGO), artigos de esporte, carcaça de armas… etc Também se aplicam quando se pretende componentes com tolerâncias dimensionais apertadas, como painéis de instrumentos de automóveis COPOLÍMEROSCOPOLÍMEROS Acrilonitrila-Butadieno-Estireno (ABS) APLICAÇÕES TECNOLÓGICASAPLICAÇÕES TECNOLÓGICASAPLICAÇÕES TECNOLÓGICASAPLICAÇÕES TECNOLÓGICAS Polietileno - UHMWPE CARACTERÍSTICAS: Baixo coef. de atrito (só perde para o PTFE) Elevada resistência ao impacto e à fadiga (não trinca) Atóxico (não produz produtos que possam provocar infeções) Fácil de usinagem APLICAÇÕES: Ex: próteses (joelho, quadril) UHMWPE Polietileno - UHMWPE Quadril Joelho Polietileno - UHMWPE Prótese maxilobucofacial UHMWPE RECICLAGEM DE POLÍMEROSRECICLAGEM DE POLÍMEROSRECICLAGEM DE POLÍMEROSRECICLAGEM DE POLÍMEROS Produção vs Reciclagem Produção vs Reciclagem Polímeros Biodegradáveis Polímeros Biodegradáveis Polímeros Biodegradáveis BIODEGRADAÇÃOBIODEGRADAÇÃO DEGRADAÇÃODEGRADAÇÃO ENZIMÁTICA COMBINAÇÃOHIDRÓLISE EROSÃO VOLUME EROSÃO SUPERFICIAL Reciclagem Prof. Dr. Jorge Carlos Pereira jocabuzo@gmail.com