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Prof. Dr. Jorge Carlos Pereira 2018.2 Motivação - Estrutura dos Materiais As propriedades de alguns materiais estão diretamente relacionadas às ligações químicas e suas estruturas cristalinas. Explica a diferença significativa nas propriedades de materiais cristalinos e não cristalinos de mesma composição química. Explicação para, por exemplo: – Ex: magnésio e berílio puros que têm a mesma estrutura (HC) são mais frágeis (fraturam sob menores níveis de deformação) do que ouro e prata puros, os quais têm outra estrutura cristalina (CFC). - Ex: Alumina (Al2O3) cristalina (opaca) e amorfa (transparente) Estrutura dos materiais - Metais Representação esquemática de uma peça de um metal puro indicando os diferentes níveis estruturais. Planos de átomos ordenados segundo um padrão repetitivo a longas distâncias - 3D Ex: Pb líquido Tª > 327ºC Energia vs Arranjo atômico • Não denso, arranjo aleatório • Denso, arranjo ordenado Energia r Distância típica entre átomos vizinhos Energia típica de ligação Energia r Distância típica entre átomos vizinhos Energia típica de ligação Configuração mais estável energeticamente mínimo de energia Ro - distância de equilíbrio Materiais e Arranjo Estrutural • Átomos arranjados de forma periódica, ordem em 3D Materiais Cristalinos • Átomos não estão arranjados de forma periódica Materiais Não-cristalinos "Amorfo" = Não-cristalino Ex: SiO2 cristalina Ex: SiO2 não-cristalina • Típico de: • Ocorre para: Silício Oxigênio - Metais - Muitas cerâmicas - Alguns polímeros - Estruturas complexas (ex: vidros) - Elevada viscosidade - Resfriamento rápido Estruturas Cristalinas • Muitos materiais, tais como os metais, algumas cerâmicas e alguns polímeros, ao solidificarem, apresentam seus átomos organizados de uma forma tridimensional, conhecida como rede cristalina (arranjo 3D de pontos que coincidem com as posições do átomos - ou com os centros de átomos) . • A organização ou regularidade, determina uma periodicidade espacial da distribuição atômica, isto é, depois de um certo intervalo espacial, a disposição dos átomos se repete. • Um sólido que apresenta ordenamento ou periodicidade na distribuição atômica de seus átomos é dito cristalino. Quando esta periodicidade não existe, o material é dito amorfo. Arranjo Periódico • Cristal ideal – Construído através de uma repetição infinita e perfeita de unidades estruturais idênticas no espaço. “Os átomos que constituem um sólido podem oscilar em torno de sua posição de equilíbrio, mas não são livres para migrar num raio maior que seu próprio raio atômico.” • Tipos de arranjos atômicos – Sem ordem – Ordem de curto alcance – Ordem de longo alcance Típico dos materiais amorfos Típico dos materiais cristalinos Arranjo Periódico • Sem ordem: – Os átomos preenchem aleatoriamente o espaço no qual o material está confinado. Este tipo de estado é denominado estado gasoso. Ex: Ar, N, He, ... • Ordenamento de curto alcance: – O ordenamento dos átomos só se estende até os vizinhos mais próximos. Ex: Vidros, quatro átomos de oxigênio são ligados covalentemente a um átomo de silício (SiO4 -), formando a sílica • Ordenamento de longo-alcance: – O arranjo atômico se estende através de todo o material; – Os átomos formam um padrão regular e repetitivo, como grades ou redes. Ex: metais, muitas cerâmicas e alguns polímeros. Ordem atômica vs Alcance • Sólidos amorfos – Ordem atômica de curto alcance (ex: vidros) • Policristalino – Ordem regular atômica de longo alcance – Presença de muitos grãos ou cristais separados por contornos (contornos de grão) • Monocristalino – Ordem atômica de longo alcance em todo o grão ou cristal. – Existe um só grão (ou cristal)… não existem contornos de grão. Tipos de sólidos: Ordem atômica vs Alcance Fronteira entre dois cristais de TiO2. Carbono amorfo. • Microscopia Eletrônica de Transmissão - MET 2 nm Resumo: cristalino vs amorfo • Material cristalino - os átomos estão situados em um arranjo que se repete ou é periódico ao longo de grandes distâncias atômicas. Existe ordem de longo alcance, um arranjo tridimensional repetitivo, no qual cada átomo está ligado aos seus átomos vizinhos mais proximos. • Material amorfo (não-cristalino) - não possui arranjo atômico regular e sistemático ao longo de distâncias atômicas relativamente grandes. Estruturas amorfas podem surgir devido a: Estruturas ou moléculas bastantes complexas (geometria e comprimento) – resulta em viscosidades elevadas, Resfriamento rápido --- não há tempo para os átomos (ou íons ou moléculas) se ordenarem. A transição de material cristalino /amorfo - depende da facilidade que uma estrutura atômica aleatória no estado líquido, tem para se tornar ordenada durante a solidificação. Materiais monocristalinos - Compostos por um só grão ou cristal • Logicamente, não existem contornos de grão. • Arranjo periódico se estende por todo o material sem interrupção. • As células unitárias se ligam da mesma maneira e possuem a mesma orientação. Cristal de granada - Mg3Al2(SiO4)3 Materiais monocristalinos • Algumas aplicações requerem monocristais • A ausência de defeitos associado aos contornos de grão pode dar aos monocristais propriedades únicas, particularmente mecânicas, óticas e elétricas. - Diamantes para uso como abrasivo - Lâminas para turbinas (ligas de Ni e Ti) - Semicondutores de Si - Monocristais de safira e outros materiais são usado para lasers Materiais policristalinos • Formado por muitos cristais pequenos, os grãos ou cristais. • A orientação cristalográfica varia de grão para grão, formando os contornos de grão. •Textura é uma orientação preferencial dos grãos. Solidificação Materiais policristalinos • A maior parte dos materiais de engenharia são policristalinos Fotomicrografia de um lingote de liga Nb-Hf-W . • Cada “grão” é um cristal simples. • Os grãos estão orientados aleatoriamente. (propriedades de componente globais não são direcionais). • Tamanho dos grãos, de 1 nm a 2 cm (de poucos a milhões de camadas atômicas ). 1 mm Isotrópico - grãos equiaxiais - propriedade não varia com a direção Anisotrópico - grãos ≠ tamanhos - propriedade varia com a direção) - Vários grãos ou cristais Monocristais vs Policristais • Monocristais - Propriedades variam com a direção: anisotrópico Ex: os módulos de elasticidade (E) no Ferro CCC • Policristais - propriedades não variam com a direção (no geral). - se os grãos estão randomicamente orientados, isotrópico. (EFerro policristalino = 210 GPa) -se os grãos estão texturados, anisotrópico. (apresentam um orientação preferencial) 200 mm E (diagonal) = 273 GPa E (aresta) = 125 GPa Ex: processo de laminação Resumo: Monocristais vs Policristais Monocristal - material para o qual a ordem atômica se estende ininterruptamente ao longo da totalidade da amostra - um só grão Nomalmente são anisotrópicos • Grãos anisotrópicos - crescimento em uma determinada direção - As propriedades variam com a direção de crescimento do grão Material policristalino - composto por muitos cristais pequenos ou grãos, os quais possuem diferentesorientações cristalográficas. Normalmente são isotrópicos •Grãos equiaxiais - tem todos relativamente o mesmo tamanho, orientados aleatoriamente. - As propriedades não variam com a direção (no geral). Redes Cristalinas • Motivo é uma unidade estrutural que se repete regularmente no espaço • Rede é um arranjo de pontos no espaço, a qual define a relação geométrica entre os motivos numa estrutura; (arranjo 2D de pontos que coincidem com as posições do átomos - ou com os centros de átomos). • Nó são os pontos igualmente espaçados dentro da rede. Rede cristalina 2D Estruturas Cristalinas 3D • Descrita pela célula unitária. Consiste num pequeno grupo de átomos que forma um modelo repetitivo e ordenado ao longo da estrutura tridimensional. É escolhida para representar a simetria da estrutura cristalina. É a unidade estrutural básica e define a estrutura cristalina em virtude da sua geometria e das posições dos átomos no seu interior. Para a maioria das estruturas cristalinas são paralelepípedos ou prismas. Estruturas Cristalinas 3D • Célula unitária. Estrutura geométrica básica (menor “tijolo”) que repetido no espaço gera a rede cristalina Átomos Célula unitária Cristal ou grão Célula primitiva • Célula Primitiva é a que possui um único ponto por célula, enquanto uma célula não primitiva possui mais de um ponto por célula. • Numa Célula Primitiva, cada ponto é compartilhado no plano, por outros três vizinhos: no espaço (3D) cada ponto é compartilhado por sete outros vizinhos. célulapontox ticesNpontosvér Ncélula /14/14 4 célulapontox ticesNpontosvér Ncélula /18/18 8 No Plano 2D: No Espaço 3D: Célula não-primitiva • Contém mais de um ponto por célula – Ex.: Célula centrada. No espaço, uma célula centrada contém: pontos ticesNpontosvér sintNpontoradacélulacentNpontos 2 8 / Parâmetros de rede • As redes espaciais “células unitárias” são definidas por três vetores cristalográficos, a, b e c e pelos ângulos , e • O tamanho e a forma da célula unitária podem ser descritos pelos 3 vetores de rede, a, b e c, com origem em um dos vértices da célula unitária. • Qualquer átomo pode ser descrito por um vetor. Os comprimentos a, b e c dos vetores e os ângulos , e que fazem entre eles definem os parâmetros de rede da célula unitária. Modelo de esferas rígidas modelo de esfera rígida atômica para um sólido cristalino Em alguma direção, essas esferas rígidas têm que se tocar Para facilitar o estudo das estruturas cristalinas faz-se alusão ao modelo atômico das esferas rígidas… para mais fácil compreensão. Ex: Fe CFC Ex: NaCl Número de coordenação • A forma como os átomos se arranjam em uma célula unitária é consequência do tamanho, bem como do nível de afinidade entre os mesmos (características das ligações químicas). • Uma característica importante de uma célula unitária é o número de coordenação, ou seja, o número de vizinhos mais próximos ou de átomos em contato. Número de coordenação Geometria linear Geometria triangular planar Número de coordenação Número de coordenação Número de coordenação Número de coordenação Nº de átomos eq. por célula unitária Nº de átomos por célula unitária 1/2 1/4 1/8 Face Aresta Vértice Fator de Empacotamento Atômico • O fator de empacotamento atômico (FEA) representa a fração do volume de uma célula unitária que corresponde a esferas sólidas, assumindo o modelo de esfera atômica rígida, ou: FEA = Volume de átomos eq. em uma célula unitária * Volume total da célula unitária *assumindo o modelo das esferas rígidas O volume de uma esfera rígida: (4/3)*π*R3 Ex: o volume da célula cúbica = (lado)3 = (a0) 3 Fator de Empacotamento Atômico %) ( 100* . em V Vn FEA célula O FEA dá uma ideia do valor (em % ou fração) do volume ocupado pelos átomos/íons na célula cristalina, ou do volume de espaço vazio na mesma. O FEA pode ser calculado para metais e cerâmicas, e a sua fração será sempre inferior a 1. (nunca será de 100%!!!). O FEA traduz-se na razão entre o volume dos átomos contidos na célula e o volume total da mesma. Sistemas Cristalinos No século XIX Bravais identificou 7 sistemas cristalinos e 14 células unitárias (ou 14 retículos de Bravais), que se forem repetidas periodicamente no espaço, produziriam as possíveis estruturas ou reticulados cristalinos de átomos. A teoria de Bravais foi confirmada no início do século XX com os experimentos de difração de raios-X de Bragg. Os sistemas cristalinos incluem todas as possíveis geometrias de divisão do espaço por superfícies planas contínuas. Definem as relação entre os parâmetros de rede e a geometria das células unitárias Os 7 Sistemas Cristalinos Cúbico a = b = c α = β = γ = 90o Tetragonal a = b ≠ c α = β = γ = 90o Hexagonal a = b ≠ c α = β = 90o, γ = 120o Monoclínico a ≠ b ≠ c α = γ = 90o ≠ β Ortorrômbico a ≠ b ≠ c α = β = γ = 90o Romboédrico a = b = c α = β = γ ≠ 90o Triclínico a ≠ b ≠ c α ≠ β ≠ γ ≠ 90o Os 7 Sistemas Cristalinos Sistema Eixos Ângulos axiais Cúbico (3) a1 = a2 = a3 Todos os ângulos = 90° Tetragonal (2) a1 = a2 ≠ c Todos os ângulos = 90° Ortorrômbico (4) a ≠ b ≠ c Todos os ângulos = 90° Monoclínico (2) a ≠ b ≠ c 2 ângulos = 90°; 1 ângulo ≠ 90° Triclínico (1) a ≠ b ≠ c 3 ângulos diferentes, nenhum = 90° Hexagonal (1) a1 ≠ a2 = a3 = c Ângulos = 90° e 120° Romboédrico (1) a1 = a2 = a3 3 ângulos iguais, porém ≠ 90° • Resumo: em formato de tabela As 14 Redes de Bravais • Dos 7 sistemas cristalinos podemos identificar 14 tipos diferentes de células unitárias, conhecidas como redes ou retículos de Bravais. • Cada uma destas células unitárias tem certas características que ajudam a diferenciá-las das outras células unitárias. Estrutura Hexagonal Compacta Os reticulados de Bravais não contemplam a estrutura Hexagonal Compacta Coloridos para diferenciar dos demais Nosso foco no estudo - metais: 1 – Sistema Cúbico 2 – Sistema Hexagonal Cúbica de corpo centrado - CCC Cúbica de face centrada - CFC Cúbica simples - CS * Hexagonal compacta - HC Hexagonal simples - HS * * - raro em metais Estrutura Cristalina dos Metais • Como a ligação metálica é não direcional, então não existem grandes restrições quanto ao número e posição de átomos vizinhos. - Assim as distâncias entre átomos vizinhos tendem a ser minimizadas de forma a baixar a energia de ligação, então, os metais terão NC (números de coordenação) alto e empilhamento compacto. • A maior parte dos metais se estrutura em três tipos de rede: Cúbica de face centrada – cfc (fcc - face centered cubic) Cúbica de corpo centrado – ccc (bcc - body centered cubic) Hexagonal compacta – hc (hcp - hexagonal close compact) Metais: Estrutura Cúbica 1 – Sistema Cúbico Cúbica de corpo centrado - CCC Cúbica de face centrada - CFC Cúbica simples - CS * * - raro em metais https://www.youtube.com/watch?v=Rm-i1c7zr6Q https://www.youtube.com/watch?v=KNgRBqj9FS8 Estrutura cúbica simples - CS • Muito rara devido ao baixo nível de empacotamento da estrutura. • Ex: Pôlonio α (Po α) - metal radioativo. • Osátomos tocam-se na direção da aresta. • Estrutura cúbica simples: (esquerda) representação da célula unitária através de esferas rígidas e (direita) célula unitária com esferas reduzidas (átomos afastados para mais fácil compreensão). NC = 6 Estrutura cúbica simples - CS • NÚMERO DE COORDENAÇÃO. 1 átomo / célula unitária: 8 vértices x 1/8 = 1 átomo equivalente por célula unitária Estrutura cúbica simples - CS • Nº de átomos equivalentes por célula unitária 1/8 do átomo dentro da célula unitária. Relação entre o raio atômico (r) e o parâmetro de rede, ao • Como determinar a relação entre o raio atômico e o parâmetro de rede? Determinar a direção de maior empacotamento, ou seja, aquela direção com maior números átomos que estão em contato (p. ex: pela aresta, diagonal da face ou diagonal do centro do cubo) Geometricamente determina-se a relação entre o raio atômico (r) e o parâmetro de rede (ao) Relação entre o raio atômico e o parâmetro de rede - CS Relação entre o raio atômico e o parâmetro de rede - CS a0 = 2r Volume CS = (a0) 3 = (2r)3 r = a0/2 FEA para a estrutura CS • FEA para a estrutura CS= 0.52 ou 52% FEA = a 3 4 3 p (0.5a) 3 1 átomos célula unitária átomo volume célula unitária volume a R=0.5a Cada célula unitária contém: 8 x 1/8 = 1 átomo/célula a = 2r ↔ r = a/2 ↔ r = 0,5 a (2r)3 FEA para a estrutura CS Nota: Volume CS = (a0) 3 = (2r)3 Estrutura cúbica de faces centradas - CFC • Átomos se tocam ao longo das diagonais das faces do cubo. – ex: Al, Cu, Au, Pb, Ni, Pt, Ag, Fe (γ) NC = 12 4 átomos / célula unitária: 6 faces x ½ + 8 vértices x 1/8 Estrutura cúbica de faces centradas - CFC • NÚMERO DE COORDENAÇÃO Estrutura cúbica de faces centradas - CFC • NÚMERO DE COORDENAÇÃO = 12 Relação entre o raio atômico e o parâmetro de rede - CFC a 2 a FEA para a Estrutura CFC • FEA para a estrutura CFC = ? FEA = 4 3 p ( 2 a/4 ) 3 4 átomos célula unitária átomo volume a 3 célula unitária volume Diagonal das faces: Comprimento = 4R = 2 a 4 átomos / célula unitária FEA = 0,74 x 100 = 74% FEA para a estrutura CFC Metais no sistema CFC Exemplos de metais que cristalizam no sistem CFC, à temperatura 20 °C Estrutura cúbica de corpo centrado - CCC • Átomos se tocam o longo das diagonais internas do cubo. – ex: Cr, W, Fe (), Ba, Nb, Li, V, Ta, Mo NC = 8 2 átomos / célula unitária: 1 centro + 8 vértices x 1/8 Estrutura cúbica de corpo centrado - CCC • NÚMERO DE COORDENAÇÃO. 2 átomos / célula unitária: 1 centro + 8 vértices x 1/8 NOTA: O átomo central foi colocado com outra cor para melhor entendimento Relação entre o raio atômico e o parâmetro de rede - CCC Relação entre o raio atômico e o parâmetro de rede - CCC Relação entre o raio atômico e o parâmetro de rede - CCC Exercício: A 20ºC, o ferro apresenta a estrutura CCC, sendo o raio atômico 0,124nm. Calcule o parâmetro de rede, a0 , da célula unitária do ferro (em nm). - Na célula unitária CCC, os átomos se tocam segundo as diagonais do cubo. Assim, se a0 for o comprimento da aresta do cubo, tem-se : a0 = 0,2864 nm NOTA: 1nm (nanómetro) = 10-7 cm = 10-9 m 1 Å (ångstrom) = 10nm = 10-8 cm = 10-10 m • FEA para a estrutura ccc = 0.68 FEA para a Estrutura CCC FEA = 4 3 p ( 3 a/4 ) 3 2 atoms célula unitária átomo volume a 3 célula unitária volume a R a a 2 a 3 comprimento = 4R = Diagonal interna do cubo: 3 a FEA para a estrutura CCC Metais no sistema CCC Exemplos de metais que cristalizam no sistem CCC, à temperatura 20 °C Relação entre o raio atômico e o parâmetro de rede - Exercício aFeCCC = ??? aFeCFC = ??? A 912°C, o ferro (Fe) passa de uma estrutura de CCC para CFC. O raio atômico do ferro é de 1,24Å. Calcule o parâmetro de rede (em nm), a0 , da célula unitária do Fe CCC e CFC. Resumo: sistema cúbico CS CCC CFC Metais: Estrutura Hexagonal 2 -Sistema Hexagonal Hexagonal compacta - HC Hexagonal simples – HS* * - raro em metais Hexagonal simples - HS Normalmente os metais não cristalizam no sistema hexagonal simples porque o FEA é baixo, 60% exemplos: Selénio (Se), Telúrio(Te) Esta estrutura é formada por 2 hexágonos sobrepostos, com o equivalente a 1/6 átomo por cada vértice e 1/2 átomo no centro do hexágono a = b ≠ c α = β = 90o, γ = 120o a = b = 2 r • 3 células rômbicas Hexagonal simples - HS O parâmetro de rede, c, (altura do prisma hexagonal) é dado por: c = 2. a .(2/3)1/2 = 4. r .(2/3)1/2 Os átomos tocam-se na aresta dos planos basais a = b ≠ c α = β = 90o, γ = 120o a = b = 2 r a b c Hexagonal simples - HS A∆ = (a2 √3)/4 Então, a área do hexágono regular será igual a 6 vezes a área do triângulo equilátero A = (6 . a2 √3)/4 AHS = 3 a 2 √3 2 VHS = 3 a 2 √3 * c 2 Sendo que c = 2. a .(2/3)1/2 = 4. r .(2/3)1/2 Hexagonal simples - HS • É mais comum nos metais devido ao seu elevado FEA, equivalente ao observado nas estruturas CFC. – Formada por 2 hexágonos sobrepostos e 1 plano intermediário de 3 átomos. Estrutura formada por 3 células rômbicas – Ex: Be, Mg, Ti, Zn, Ca, Co… Hexagonal compacta - HC 6 átomos / célula unitária: 2 átomo em cada vértice dos hexágonos + 1 átomo no centro de cada hexágono + 3 átomos em seu centro. Átomos / Célula unitária • 1/6 de cada um dos 12 átomos localizado nos vértices das faces, 1/2 de cada um dos 2 átomos centrais das faces e os 3 átomos internos. • Há 6 átomos por célula unitária. • Ou, 2 átomos/célula, se for usada a representação rômbica (12 átomos x 1/6) + (2 átomosx 1/2) + 3 átomos = 6 átomos /célula unitária NOTA – os átomos foram diferenciados para melhor compreensão, mas são o mesmo elemento!!! Átomos / Célula unitária (12 átomos x 1/6) + (2 átomosx 1/2) + 3 átomos = 6 átomos /célula unitária Relação parâmetros de rede – a e c Razão c/a ideal = esferas uniformes empilhadas da maneira mais compacta possível. a = b = 2r LEMBRAR: Átomos tocam-se ao longo da aresta dos planos basais e no semi- plano extra de átomos Estrutura HC: c/a e FEA Estrutura HC: calculando c/a A∆ = (a2 √3)/4 Então, a área do hexágono regular será igual a 6 vezes a área do triângulo equilátero A = (6 . a2 √3)/4 AHC = 3 a 2 √3 2 VHC = 24*R 3 *√2 Sendo que c = a .(√8 / √3) = 2.r .(√8 / √3 ) e a=2.r Estrutura HC: calculando área Estrutura HC: calculando o FEA Estrutura HC : NC e FEA • NC = 12 • FEA = 0,74 Coloridos para diferenciar dos demais Metais do sistema HC Exemplos de metais que cristalizam no sistem HC, à temperatura 20 °C Parâmetros de rede (nm) Resumo: Sistema hexagonal HS HC Rede Átomos por célula Número de coordenação Parâmetro de rede Fator de empacotamento HS 3 6 a=2*R c= a*2*(√2/3) 0,60 HC 6 12 a=2*R c= a*(√8/√3) 0,74 • Como nós podemos empilharátomos de um metal para minimizar os espaços vazio? Formação de estruturas compactas - para minimizar os espaços vazios – diminuindo assim a energia potencial do sistema, tornando-se mais estáveis termodinamicamente. Agora tente empilhar estas camadas em 2D para formar estruturas 3D. vs. 2 dimensões Empilhamento ótimo dos átomos Formação de estruturas compactas - 3D https://www.youtube.com/watch?v=CsnNbuqxGTk A formação de estruturas compactas dos metais pode ser esquematizada fazendo analogia ao empilhamento de laranjas, compactando-as o mais possível para minimizar os espaços vazios. Empilhamento ótimo dos átomos Formação de estruturas compactas - 3D https://www.youtube.com/watch?v=CsnNbuqxGTk Empilhamento ótimo dos átomos Coloridos para diferenciar dos demais, mas estrutura formada por átomos do mesmo tipo Metais: Empilhamento ótimo dos átomos METAIS - Formação de estruturas compactas para minimizar os espaços vazios diminuindo assim a energia do cristal. Como a ligação metálica é não direcional, então não existem grandes restrições quanto ao número e posição de átomos vizinhos. - Assim, as distâncias entre átomos vizinhos tendem a ser minimizadas de forma a baixar a energia de ligação, então, os metais terão NC (números de coordenação) alto e empilhamento compacto. Qual o motivo para os metais formarem estruturas compactas??? Porque isto acontece? Metais: Empilhamento ótimo a) Camada compacta de esferas c) Adição de uma segunda camada, situada nas depressões da primeira camada b) Adicionando uma camada sobre a primeira, empilhamento ABAB, típico da HC. d) Adição de uma terceira camada, por cima dos sítios octaédricos formados, empilhamento ABCABC, típico de CFC. Sítio tetraédrico Sítio octaédrico A B A B C Estruturas cristalinas compactas e interstícios Interstício octaédrico Interstício tetraédrico (a) Sequência de empilhamento de planos compactos para a estrutura HC (b) Sequência de empilhamento de planos compactos para a estrutura CFC. Interstícios em estruturas cristalinas Vimos que as esferas não preenchem totalmente todo o espaço da célula unitária, resultando empacotamento atômico (FEA) < 1 (para todos cristais) Isto implica que existem interstícios (vazios ou sítios) entre os átomos. Quanto mais baixo for o FEA, maior será o volume ocupado por vazios na célula O tamanho e a distribuição dos interstícios em materiais tem um papel importante em certos aspetos do comportamento do material e.g. solubilidade de átomos intersticiais e na sua difusividade. Em estruturas compactas (CFC, HC) existem dois tipos de vazios tetraédricos e octaédricos Sítio octaédrico tem número de coordenação 6 (não deve ser confundido com coordenação 8) e o sítio tetraédrico tem número de coordenação 4. Nos cristais CCC os sítios NÃO apresentam a forma regular de um tetraedro ou de um octaédrico. São formas distorcidas destes sítios. Interstícios em estruturas cristalinas • Posições intersticiais na estrutura CFC Tetraédros Octaédros Interstícios em estruturas cristalinas • Posições intersticiais na estrutura CFC Tetraédros Octaédros Interstícios em estruturas cristalinas • Posições octaédricas na estrutura CFC O octaédro situa-se no centro da célula CFC, na posição ½, ½, ½, + as translações dos centros das faces Interstícios em estruturas cristalinas • Posições octaédricas na estrutura CFC O octaédro situa-se no centro da aresta da célula cúbica CFC Interstícios em estruturas cristalinas • Posições tetraédricas na estrutura CFC O tetraédro situa-se a ¼ da diagonal interna da célula unitária CFC , + as translações dos centros das faces Interstícios em estruturas cristalinas • Resumo: posições intersticiais na estrutura CFC Existem 8 sítios tetraédricos e 4 sítios octaédricos por célula. A localização e o número de sítios por átomo na célula cristalina estão listados na tabela abaixo: Sitios CFC Posição Sítios / célula Sítios / átomo Tetraédrico ¼ da distância desde cada vértice ao longo da diagonal interna da célula cúbica <111> ((¼, ¼, ¼)) 8 2 Octaédrico • Centro célula cúbica: 1 (½, ½, ½) • Centro aresta (12/4 = 3) (½, 0, 0) 4 1 Interstícios em estruturas cristalinas • Posições intersticiais na estrutura HC Tetraédros Octaédros Interstícios em estruturas cristalinas • Posições intersticiais na estrutura HC Tetraédros Octaédros Interstícios em estruturas cristalinas • Posições tetraédricas na estrutura HC Sítios tetraédricos ocorrem em 2 direções Interstícios em estruturas cristalinas • Posições octaédricas na estrutura HC Sítios octaédricos só ocorrem em uma direção Interstícios em estruturas cristalinas • Resumo: posições intersticiais na estrutura HC Existem 4 sítios tetraédricos e 2 sítios octaédricos por célula. A localização e o número de sítios por átomo na célula cristalina estão listados na tabela abaixo: Sítios HC Posição Sítios / célula Sítios / átomo Tetrahedral (0,0,3/8), (0,0,5/8), (⅔, ⅓,1/8), (⅔,⅓,7/8) 4 2 Octahedral • (⅓ ⅔,¼), (⅓,⅔,¾) 2 1 Interstícios em estruturas cristalinas • Posições intersticiais na estrutura CCC Tetraédros distorcidos Octaédros não-regular a a3/2 a a3/2 Interstícios em estruturas cristalinas • Posições intersticiais na estrutura CCC Tetraédros distorcidos Octaédros não-regular Interstícios em estruturas cristalinas • Posições intersticiais na estrutura CCC Tetraédros distorcidos Octaédros não-regular Interstícios em estruturas cristalinas Coordenadas do sítio TT: {½, 0, ¼} (4 em cada face) Coordenadas dos sítios OC: {½, ½, 0} (+ CCC translações: {0, 0, ½}) Ilustrando apenas uma face NÃO existem sítios em um cristal CCC com forma regular de poliedro. Os sítios em um cristal CCC são: “octaédro” distorcido e “tetrédro’ distorcido. → o termo correto deveria ser não-regular ao invés de distorcido. O sítio octaédro distorcido é, no fim de contas, um sítio linear uma esfera com tamanho correto ocupando o sítio octaédrico, na realidade apenas toca 2 dos 6 átomos que a rodeiam. Por exemplo, no Ferro, o carbono prefere ocupar estes pequenos sítios octaédricos distorcidos do que os tetraédricos. Interstícios em estruturas cristalinas • Resumo: posições intersticiais na estrutura CCC Existem 12 sítios tetraédricos e 6 sítios octaédricos por célula. A localização e o número de sítios por átomo na célula cristalina estão listados na tabela abaixo: Sítios CCC Posição Sítios / célula Sítios / átomo Tetraédro distorcido • 4 em cada face: [(4/2) 6 = 12] (0, ½, ¼) 12 6 Octaédro não-regular • Centro da face: (6/2 = 3) (½, ½, 0) • Centro da aresta (12/4 = 3) (½, 0, 0) 6 3 Interstícios em estruturas cristalinas • Resumo: posições intersticiais na estrutura CCC NOTA: lembrar que os átomos tem cores diferentes para melhor compreensão MAS são todos do mesmo elemento {0, 0, ½} Ilustração apenas para uma face (devido à simetria cúbica, todas as faces serão identicas) OC TT 12 sítios tetraédricos distorcidos e 6 sítios octaédricos não-regular por célula. Semelhanças entre CFC e HC Ambas estruturas estão empilhadas regularmente por planos compactos. Mesmo tipo de interstícios(TT e OC). Número de coordenação. NC=12 Fator de empacotamento atômico. FEA= 0,74 Semelhanças entre CFC e HC Mesmo tipo de interstícios. CFC Semelhanças entre CFC e HC Mesmo tipo de interstícios (holes, voids, interstices). CFC HC Diferenças entre CFC e HC A sequência de empilhamento. – No CFC o empilhamento é ABCABC..... – No HC o empilhamento é ABAB..... Número de átomos/célula unitária. – No CFC - 4 átomos/ célula unitária – No HC - 6 átomos/ célula unitária Número de posições intersticiais/célula unitária. Estas diferenças acentuadas conduzem a discrepâncias significativas nas propriedades dos materiais. Diferenças entre CFC e HC • A sequência de empilhamento: CFC HC Diferenças entre CFC e HC • A sequência de empilhamento: Resumo: CS, CFC, CCC e HC Número de coordenação Distância ao vizinho mais próximo Parâmetro de rede Número de átomos por célula Número de pontos n rede Volume dos átomos por célula unitária Volume da célula unitária CS CCC CFC HC Especificações Densidade teórica e densidade real do metal • O conhecimento da estrutura cristalina permite o cálculo da densidade, : Ac NV An * * Onde: n = número de átomos da célula unitária A = peso atômico VC = Volume da célula unitária NA = Número de Avogadro (6,023 x 10 23 átomos/mol) Unidade: g/cm3 ou Mg/m3 Densidade do cristal • Ex: Cobre têm raio atômico de 0,128nm (1,28 Å), uma estrutura CFC, um peso atômico de 63,5 g/mol. Calcule a densidade teórica do cobre. medido experimental = 8,89 g/cm 3 calculado teórico = 8,94 g/cm 3 = a 3 63.5 4 átomos célula unit. mol g célula unit. volume atomos mol 6.023 x 1023 Lembrar: converter nm para cm !!! Densidade do cristal • Ex: Cobre têm raio atômico de 0,128nm (1,28 Å), uma estrutura CFC, um peso atômico de 63,5 g/mol. Calcule a densidade do cobre. ≠ medido= 8,89 g/cm 3 calculado= 8,94 g/cm 3 • Explicação: a diferença é atribuída à ausência de átomos em algumas posições atômicas (lacunas), defeitos lineares, e ao desajustamento dos átomos nos contornos de grão. • Outra causa da discrepância pode ser devida ao fato de os átomos não serem esferas perfeitas (lembrar que que se assumiu o modelo atômico das esferas rígidas). Densidade do cristal Fe ccc = 7,88 g/cm 3 Densidade do cristal Exercício: O nióbio (Nb) apresenta massa atômica de 92,906 g/mol, raio atômico de 0,1430 nm e estrutura cristalina cúbica de corpo centrada (CCC). Determinar a densidade teórica do nióbio em [g/cm3 ]. Dados: NAv = 6,02 x 1023 átomos/mol 1 nm = 1 x10-9 m = 1 x 10-7 cm Ac NV nA Nb = 4,66 g/cm 3 Densidade do cristal Exercício: O magnésio (Mg) possui uma estrutura HC com uma razão c/a =1.624, e densidade = 1,74g/cm3 . Calcule o raio atômico do Mg. O PA (Mg)=24,3 g/mol. Para a HC o n = 6 átomos/ célula unitária. • Como para a estrutura HC o parâmetro de rede a = 2R Então R = a /2 <=> R= 3,2 / 2 <=> R(Mg) = 1,6 Å ou 0,16 nm Densidade de algumas substâncias e compostos (a 25ºC) Substância Densidade (g/cm3) Substância Densidade (g/cm3) Substância Densidade (g/cm3) Gás natural 0,00055 Magnésio 1,74 NaCl 2,16 Ar 0,00122 Alumínio 2,70 UO2 10,0 Etanol 0,79 Cobre 8,96 SiO2 α 2,65 Gelo (0 ºC) 0,92 Prata 10,5 CaF2 3,18 Água (4 ºC) 1,0 Chumbo 11,34 CaTiO3 4,04 Sangue h. 1,06 Mercúrio 13,6 MgAl2O4 3,58 Açucar 1,57 Ouro 19,32 PEAD 0,93 - 0,97 Cortiça 0,24 Platina 21,5 PVC 1,3 - 1,45 M. pinheiro 0,44 Diamante 3,51 PS-Isopor 0,01 - 0,16 M. carvalho 0,60 Grafita 2,26 PC 1,20 Granito 2,60 Vidro janela 2,58 PTFE 2,20 Polimorfismo e Alotropia • Fenómeno no qual um sólido (metálico ou não metálico) pode apresentar mais de uma estrutura cristalina, dependendo da temperatura e da pressão. Esse fenômeno é conhecido como polimorfismo. Ex: silica (SiO2) como quatzo, cristobalita, tridimita... • Alotropia - polimorfismo em elementos puros (carbono como diamante e grafite, Fe(ccc) e Fe(cfc); Ti (α) e Ti(β) • Geralmente as transformações alotrópicas / polimórficas são acompanhadas de mudanças na densidade (volume) e mudanças de outras propriedades físicas. • Exemplos: Ferro, titânio, cálcio, estrôncio... Carbono (grafite, diamante, fulereno...) SiC (chega a ter 20 modificações cristalinas), SiO2 , ZnS... Polimorfismo e Alotropia Alotropia do Ferro puro Alotropia do Titânio FASE Existe até 883ºC Apresenta estrutura HC - hexagonal compacta É mole FASE Existe a partir de 883ºC Apresenta estrutura ccc É dura Alotropia do Titânio Alotropia do Carbono Fases Polimórficas: a) Diamante b) Grafite c) Lonsdaleite d) Fulerenos C60 e) C540 f) C70 g) Carbono amorfo h) Nanotubo de carbono i) Grafeno Alotropia Exemplo 1: O ferro passa de CCC para CFC a 912 ºC. Ligeiramente acima e abaixo dessa temperatura os raios atômicos são para o Fe(ccc) 1,258Å e 1,292Å para o Fe cfc. Qual a porcentagem de variação de volume provocada pela mudança de estrutura? Vccc= 2*a3 Vcfc= a3 accc= 4R/ (3) 1/2 acfc = 4R /(2) 1/2 ou acfc =2R *(2) 1/2 Vccc= 49,1 Å3 Vcfc= 48,7 Å3 V%= [(48,7 - 49,1) /49,1] x 100 = - 0,8% de variação - contração! Para o cálculo foi tomado como base 2 células unitárias ccc, por isso Vccc= 2a3 Nº de átms da CFC é 4 e da CCC é 2, então é necessário multiplicar a CCC por 2. 4 átomos de Fe geram 2 células unitárias CCC e 1 célula unitária CFC, nccc=2 ncfc=4 Alotropia •Exemlo 2 : À temperatura ambiente o estrôncio exibe estrutura cfc. Ao ser aquecido acima de 557 °C esse arranjo atômico transforma-se em ccc. Determine a variação de volume atômico que envolve essa transformação alotrópica. Considere que o raio atômico permanece constante. Resumo: Alotropia Exercício 1 - A 20ºC, o polônio (Po) apresenta a estrutura CS, sendo o parâmetro de rede, a, de 0.3352 nm. Calcule: Dados: PA (Po) = 209,0 g/mol ; NAv = 6,023 x 1023 átomos/mol ; 1 nm = 1 x10-7 cm • O raio do átomo do Po (em nm). (R= 0,168 nm) • O volume da célula cristalina do Po (em cm3)? (V=3,766E-23 cm3) • O número de coordenação . (NC= 6) • O número de átomos por célula unitária. (1 átomo equiv. por célula) • O fator de empacotamento atômico para a estrutura do Po a 20ºC. (52%) • A densidade teórica do Po (g/cm3)? (ρ= 9,21 g/cm3) Exercício 2 - A 20ºC, o cromo (Cr) apresenta massa atômica de 52,0 g/mol, raio atômico de 1,27 Å e estrutura cristalina cúbica de corpo centrada (CCC). Calcule: Dados: PA (Cr) = 52,0 g/mol ; NAv = 6,023 x 1023 átomos/mol ; 1 nm = 1 x10-7 cm • O parâmetro de rede, ao, da célula unitária do cromo (em nm). (a=0,293 nm) • O número de cordenação do cromo. (NC=8) • O número equivalentes de átomos por célula unitáriado cromo (2 átomos equivalentes/célula unitária CCC) •O fator de empacotamento atômico para a estrutura do Cr CCC. (FEA=68%) • A densidade teórica do cromo (em g/cm3). (ρ= 6,86 g/cm3) Exercício 3 - A 20ºC, o ferro apresenta a estrutura CCC, sendo o raio atômico 0,1258 nm . Dados : A (Fe) = 55,85 g/mol Calcule: • O parâmetro de rede, ao, da célula unitária do ferro (em nm) • O número de cordenação. • O número de átomos por célula unitária. • O fator de empacotamento atômico para a estrutura do Fe CCC. • A densidade teórica do Fe (em g/cm3) • O ferro CCC passa a ferro CFC a 912º C, sendo que o raio atômico do Fe CFC é de 0,129nm. Determine a porcentagem de variação de volume provocada pela mudança de estrutura. Exercício 4- Abaixo estão tabelados o peso atômico, a densidade e o raio atômico para três ligas hipotéticas. Para cada uma delas determinar qual a sua estrutura cristalina, sabendo que todas pertencem ao sistema cúbico. Liga Peso atômico (g/mol) Densidade (g/cm3) Raio atômico (nm) A 43,1 6,40 0,122 B 184,4 12,30 0,146 C 91,6 9,60 0,137 Exercício 5 - Acima de 882 °C, o Titânio (Ti) possui uma estrutura cristalina CCC com parâmetro de rede ao= 0.332 nm. Abaixo desta temperatura, o titânio apresenta uma estrutura cristalina HC com os seguintes parâmetros de rede ao = 0.2978 nm e co =0.4735 nm. • Determine a porcentagem de variação de volume quando o Ti HC se transforma em Ti CCC a 882ºC. Houve contração ou expansão? • Determine o raio do Ti à temperatura ambiente. 882ºC Prof. Dr. Jorge Carlos Pereira jocabuzo@gmail.com
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