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Análise de um Sistema de Informação em Saúde para os agendamentos de consultas de especialidade cirúrgica

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Análise de um Sistema de Informação em Saúde para os agendamentos de consultas de especialidade cirúrgica
Introdução
Segundo Marin (2010) os Sistemas de informação em Saúde (SIS) podem ser definidos como um conjunto de componentes que coletam, processam, armazenam e distribuem a informação para apoiar o processo de tomada de decisão e auxiliar no controle das organizações de saúde. 
Para Perreault e Safran (2001) citado por Marin (2010) como premissa básica, o sistema de informação em saúde deve contribuir para a melhoria da qualidade, da eficiência e da eficácia do atendimento em saúde, possibilitando a realização de pesquisa, o fornecimento de evidência e auxiliando no processo de ensino. Assim, como finalidades principais, pode-se afirmar que um SIS deve servir para gerenciar a informação que os profissionais de saúde precisam para desempenhar as atividades com efetividade e eficiência, facilitar a comunicação, integrar a informação e coordenar as ações entre os múltiplos membros da equipe multiprofissional, fornecendo recursos para apoio financeiro e administrativo. 
Como problema será analisado se o sistema SIGA (Sistema de Informação para a Gestão da Assistência à Saúde) que é um projeto da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, voltado para a Gestão do SUS realmente consegue através dos recursos disponíveis realizar um aproveitamento satisfatório das consultas de Cirurgia Ginecológica, Pediátrica e de Pequenas Cirurgias que são disponibilizadas para as Unidades Básicas de Saúde de referência do Hospital Municipal Professor Waldomiro de Paula. [1: Disponível em: <http://tutorial.saude.prefeitura.sp.gov.br/siga.html> Acesso em: 18/03/2014]
O objetivo é constatar se as funcionalidades da ferramenta em questão auxiliam para que não haja a taxa de até 50% de absenteísmo das consultas de especialidade cirúrgica. 
O trabalho tem como justificativa realizar uma análise para constatar se havia um controle mensal do absenteísmo desde o inicio da implantação do Ambulatório no Hospital em 2006 e dos recursos disponíveis na Central de Marcação de Consultas - CMC do Sistema SIGA, implantando em fevereiro/2009 que auxiliam no controle da taxa. 
1 - Referencial teórico
Conforme Braga, Brandão, Fernandes e Lima (2011) a informática é uma área inovadora que facilita o acesso as informações, assim, tal recurso associado à saúde tem-se mostrado bastante eficaz, contribuindo para otimizar o tempo e facilitar tarefas, principalmente no que diz respeito ao sistema de informação nesta área. Para Marin (2010, p.21), os sistemas de informação em saúde congregam um conjunto de dados, informações e conhecimento utilizados nesta área para sustentar o planejamento, o aperfeiçoamento e o processo decisório dos múltiplos profissionais envolvidos no atendimento aos pacientes.
Nos dias atuais com o aumento do número de dados, que posteriormente geram informações, segundo Targino (2009, p. 55) o aumento de registros informacionais mostra a necessidade de agregar informações sob uma visão sistêmica, a fim de facilitar o acesso. 
Já Benito (2001) citado por Lickeski e Veles (2009, p. 449) diz que um dos objetivos principais de um sistema de informação é promover a qualidade da assistência, aprimorando a administração da informação nas unidades de internação e gerenciamento da gestão do trabalho. Deve-se considerar ainda, que esses sistemas de informação em saúde, resultarão numa documentação melhorada para propósitos legais e de pesquisa relacionados à escrituração. Segundo Lickeski e Veles (2009, p. 448) é preciso insistir no fato de que as vantagens trazidas pelos sistemas de informação são imensas, permitindo que os profissionais mudem suas perspectivas em relação a esse novo meio tecnológico.
Segundo Targino (2009, p. 57) se a informação circulante em qualquer organização guarda as características organizacionais enquanto elemento que inexiste fora de determinado contexto, no campo da saúde nas últimas décadas, os sistemas de informação conquistam espaço, em decorrência do avanço das atividades setoriais, como vigilância epidemiológica, estatísticas vitais e administração de serviços.
Para Brandão, Rocha e Teixeira (2011) o sucesso da introdução de um sistema de informação pode ser tão importante como o sistema em si. Se não for introduzido com sucesso não poderá atingir a sua finalidade que é potencializar o desempenho da organização. Muito pelo contrário poderá contribuir para a degradação das operações. É importante que os responsáveis pela introdução de sistemas detenham competências de comunicação e de liderança para facilitar estes processos. 
 Barreto (1999) e Heecks (2006) citados por Cavalcante e Silva (2011, p. 294) consideram que há no mercado vários sistemas que propiciam a informatização do trabalho em saúde, e os mesmos têm sido implantados nos serviços, trazendo uma série de mudanças no processo de trabalho. O principal objetivo de um sistema da informação é apoiar e provocar mudanças na organização para melhorar o funcionamento dos processos de trabalho e o cuidado da saúde. Entretanto, se um sistema de informação de saúde tende a mudar muito os processos de uma organização, poderá trazer com isso um risco de fracasso. Rocha e Teixeira (2007, p. 78) também informam que alguns profissionais de sistemas de informação da área da saúde têm-nos indicado que a falta de uma boa gestão da mudança é a causa principal do insucesso dos sistemas de informação.
Perez, Zwicker, Zilber e Medeiros (2010) também concordam sobre o fracasso de sistemas e dizem que para que se torne uma potencial ferramenta e capaz de gerar competitividade é necessário que seja detalhadamente planejada e cuidadosamente implantada. Caso isto não ocorra, as chances de fracasso podem assumir proporções indesejáveis. Além disso, depois de implantada, uma nova tecnologia deverá ser potencializada ao máximo, o que ocorre quando ela é adotada pelos indivíduos e grupos que compõe uma organização. Tal fato realça a importância de se avaliar a forma como os usuários finais percebem a inovação introduzida. 
Castells (2007) citado por Cavalcante e Silva (2011, p. 294) diz que uma gestão eficiente, desencadeia a busca por instrumentos que possam auxiliar no processo de trabalho. A grande revolução provém das novas formas de tratar a informação, sendo a aparelhagem eletrônica moderna fundamental para a integração dos meios de comunicação, armazenagem, ordenação e processamento de dados, alterando a vida administrativa para melhorar a capacidade de uso de informação para decisão.
Segundo o Ministério da Saúde (1999) citado por Lickeski e Veles (2009, p. 449) no cenário atual dos serviços de saúde, a informação tornou-se a base para o desenvolvimento das instituições, tornando os sistemas de informação um instrumento essencial para a gestão do trabalho, contribuindo no que diz respeito às ações de gerenciamento, monitoramento, desenvolvimento e avaliação do trabalho em saúde. Neste sentido, a informatização ganha muita importância, pois, encurta os fluxos, favorecendo a comunicação entre setores da organização, departamentos e unidades, representando, portanto, uma base concreta para o processo gerencial. 
Outra questão analisada sobre sistemas da informação em saúde para Guimarães (2004) citados por Cavalcante e Silva (2011, p.295) é a segurança dos dados, considerando o acesso restrito. Os sistemas devem permitir o acesso de um usuário somente aos módulos relacionados ao seu perfil cadastrado, ou seja, é imprescindível que as informações disponíveis aos usuários sejam apenas aquelas relativas às suas necessidades de trabalho. 
Segundo Bii, Hannan, Odero, Rotich e Smith (2000) e Cone, Merrell, Rafiq, Zhao (2004) citados por Marin (2010) nos Estados Unidos, o Presidente George Bush, em 2004, afirmou que o registro eletrônico de saúde era essencial para melhoria do atendimento em saúde à população e que no prazo de dez anos, todo cidadão norte-americano deveria ter seu registro de saúde informatizado. Outros países comoAustrália, Canadá, Dinamarca, França, Portugal, Nova Zelândia e Inglaterra, apresentaram iniciativas nacionais semelhantes. Os países em desenvolvimento como Equador, Malásia, Kenya, Uganda, Chile e Argentina, nos últimos anos, também estão utilizando o registro eletrônico de saúde como solução para documentação nacional.
Marin (2010) diz que o Brasil possui o terceiro maior sistema de saúde no mundo, compreendendo sete mil hospitais, 25 mil laboratórios, cerca de 17 mil clínicas e 125 mil consultórios médicos. O uso de tecnologia da informação é mais evidente para tarefas de rotina, como agendamento, registros gerais, com cerca de 8% dos hospitais usando sistemas computadorizados para apoio nas atividades clínicas. O futuro pode, trazer, um sistema de registro eletrônico de saúde que proporcione vantagem global da tecnologia e aplicação de conceitos atualizados e consistentes com o modelo de atendimento em saúde adotado; viabilizar conectividade e cobertura geral, permitindo acessibilidade onde o paciente estiver; utilizar uma tecnologia que forneça aquilo que o profissional precisa em termos de formato, conteúdo e tempo; permitir projeção de necessidade de recursos para o atendimento, estabelecendo métricas para avaliar o resultado obtido, a qualidade do cuidado prestado, o desempenho dos profissionais, as disparidades e a eficiência do serviço, permitindo progressivas melhorias.

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