Nível de produção no longo prazo - Apostila

Microe conomia NÍVEL DE PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO 1 Sumário Introdução .................................................................................................................................... 2 Objetivos ....................................................................................................................................... 2 1. Nível de Produção no Lon go Prazo ...................................................................................... 2 1.1. Custos no long o prazo .................................................................................................. 4 1.2. Renda econômi ca, exceden te do produtor, curva de oferta e ela sticidade no l ong o prazo.......... ................................................................................................................................ 6 1.3. Efeito de um imposto a long o prazo ................................................................ ............ 9 Exercícios .................................................................................................................................... 10 Gabarito ...................................................................................................................................... 11 Resumo ....................................................................................................................................... 12 2 Introdução Na a postila \u201c Maximização de lucros n o curto prazo \u201d , foi apre sentado como a empresa maximiza seus lucros no curto p razo, explorando os conceitos de pro dução, analise da curva de oferta, a elasticidade da oferta d e mercado e o excedente do produtor no curto prazo. Nesta apostila \u201c Nível de produção no longo prazo \u201d , vamos abordar a questão do nível de produção e da maximi zação do lucro da empresa no longo prazo, ex plorando a ideia de equilíbrio competitivo, l ucro econômico, rend a ec onômica, do efeito dos impostos, a curva de oferta e sua elasticidade. Objetivos \u2022 Conhecer o comportamento dos mercados competitivos no longo prazo . \u2022 Verificar como se dá maximização do lucro a longo prazo. \u2022 Analisar o excedente do produtor, renda ec onômica e o feito de um i mposto a longo prazo. 1. Nível de Produção no Longo Prazo O longo prazo é um inter valo de tempo no qual t odos os fatores de prod ução e custos são vari áveis. No longo prazo, as empresas são capazes de ajustar todos os custos, mas, no curto prazo, só se pode influenciar os preços po r meio de regu lagem realizados nos níveis de produção. Além do mais , ao passo que uma empresa pode ser um monopólio no curto prazo, eles podem esperar concorrência a longo prazo. DICA Os c ustos variáveis mantêm relação dire ta com o volume de produção ou serviço, o valor absoluto de sses custos cresce \ue0f8 medida que o volume de atividades da em presa aumenta. Na maioria das vezes, esse c rescimento n o tota l avança na mesma proporção do acréscimo no volume produzido. 3 Em economia, os modelos de longo prazo podem se afastar do equilíbrio de curto prazo, no qual a oferta e a demanda reagem aos níve is de preços com mais flexibilidade. O longo prazo é um período d e tempo durante o qual um produtor é flexível em suas decisões de produção. EXEMPLO As empresas, no longo praz o, podem ampliar ou reduzi r a capacidade de produção, entrar ou sair de uma indústria com ba se nos l ucros esperados. Ma s, não se pode alterar os níveis de p rodução para alcançar um eq uilíbrio entre oferta e demanda. ATENÇÃO! No curto prazo, por outro l ado, os fatores de produção são fixos, menos o trabalho, que permanece vari ável. Na Macroeconomia , no l ongo praz o é o nível geral de preços, os salários contratuais e as e xpectativas se ajustam (totalmente) a conjuntura da economia , em contraste com o cur to prazo, essas variáveis podem não se ajustar completamente. Porém, c om relação aos lucros econômicos esperad os, as empresas podem alterar os níveis de produção. Neste caso, uma empre sa p ode realizar mudanças aumentando (ou diminuindo) a escala de produção em resposta a lucros (ou perdas), o que pode incidir a c onstrução de uma nova fábrica ou acréscimo de uma linha de produção. Por exemplo, uma empresa com um cont rato de leasing (contrato de arrendamento) de um ano terá seu longo prazo definido como qualquer período maior que um ano, já q ue não está vinculado ao contrato após esse ano. Também, no lo ngo prazo a quantidade de mão- de -obra, o tamanho da fábrica e o s p rocessos de produção pod em ser modificados, caso haja necessidade. 4 1.1. Custos no longo prazo No longo prazo, uma emp resa buscará a tecnologia para mel horar a p rodução, que possibilita prod uzir o nível desejado com o menor custo. Se uma empresa não está produzindo com o menor custo possível, ela pode perder fatias de mercado para concorrentes que são capazes de produzir e vender a um custo menor. FIQUE ATENTO ! O longo prazo está associado ao Custo Médio Total de Longo Prazo (CMeLP), o Custo Médio de Produçã o (CMeP) é viável quando todos os fatores de produção são variáveis. Assim, as empresas maximizam o lucro optando pelo nível de produção em que o pre ço se iguala a seu Custo Marginal no Longo Prazo (CMgLP) (Figura 1). 01 Figura 1 \u2013 Nível de produção no longo pra zo (Pi ndyck e Rubi nfeld, 2002, p. 270 ). A curva CMgLP é proveniente da interseção da curva de Custo Marginal d e Curto Prazo (CMgCP) com a projeção do CMe com o eix o horizontal, surgindo os pontos A, B, C, D. A maximização de lucros reside n o p onto on de CMg LP é igual a Receita Marginal (RMg) , Receita Média (RMe), P e demanda, de pois dos ajustes necessários exigidos pela economia. A medida que a produçã o aumentar e o custo por unidade cair, teremos as economias de escala, consequentemente tem-se as vantagens de custo que são alcançadas quando há uma exp ansão do ta manho da produção. Logo, tem-se maior eficiência na produção traduzi ndo- se em me nores custos e maiores lucros para o negócio. 5 FIQUE LIGADO! Dessa forma, a CM eLP é composta por um grupo de curvas CMgLP , cada uma representando um n ível esp ecífico de Custos Fixos (CF). A curva CMeLP será a me nos dispendiosa para qualquer nível de produção. A Figura 2 mostra o equilíbrio competitivo no longo prazo . 02 Figura 2 \u2013 Equilíbr io competitivo no lo ngo prazo (P indyck e Rubinfe ld, 2002, p. 27 2 ). Portanto, um equilíbrio c ompetitivo no longo prazo se dá sob as seguintes condições: todas as empresas do s etor estão elevando ao máximo os lucros ; não há estímulos por parte de qualquer empresa para entrar ou sair d o mercado e; o preço de equilíbrio d o produto é quando a quantidade ofertada p elas e mpresas do setor se iguala ao volume procurado pelos consumidores. O número de empresas em um setor é variável no longo prazo, u ma vez que os concorrentes podem entrar ou sair de u m setor dependendo dos níveis de lucro a ntes vistos pelas empresas que operam nesse setor. Uma empresa pode decidir entrar em Equilíbrio competitivo no longo prazo Lucro contábil : é a diferença e ntre a receita e os fluxos de caixa referentes ao pagamento de mão de obra e maté rias- primas e às despesas de juros e de depreciação. Lucro econômico : considera os custos de oportunidade. Lucro econômico zer o : se dá quando u ma empresa alcança um bom resul tado em cima de um investi mento realizado. Mercados competitivo s : lucro econômico tende a se igualar a zero. 6 um merc ado em re sposta aos l ucros e sperados, ou sair de um m ercado em resposta às perdas esperada s. As ex pectativas de lucro em um merc ado podem ser devidas a uma mudança na sensibilidade dos consumidor es às mu danças de preço, portanto, a elasticidade de preço da demanda a longo prazo pode variar. 1.2. Renda econômica, e xcedente do produtor, curva de oferta e elasticidade no long o prazo Por meio da renda econômica as empresas podem contabilizar as alterações no valor de um determinado ativo no mercado. Comumente , identifica ganhos n ão realizados, além de reconhecer os ganhos realizados. DICA Assim, o te rmo renda e conômica originou- se da necessidade de ren da contábil financeira versus comparações de renda econômica. EXEMPLO Uma mudança no valor de mercado, em vez do di nheiro recebido, é o exemplo de uma re nda e conômica. O resultado econômico reconhece todos os ga nhos e pe rdas, realizados ou não. Isso é diferente do lucro contábil que apenas conhece ganhos realizados (oriundos de uma transação comercial re al). Esse aspecto é a diferença entre os ganhos contábeis e os ganhos econômicos. Exemplo de renda econômica Suponha que a Empre sa Alpha compra terras e no ano passado comprou um terreno por R$ 100.000. N o ano seguinte, os membros da Alpha observaram que a terra está sendo vend ida por R$ 110.000. Qual é a receita ec onômica da A lpha? A Alpha não ve ndeu a terra. Como re sultado, experimentou uma receita econômica de R $ 10.000. Isso é comprovado pelo fato d e que a Alpha não teve uma transação em que o dinheiro au mentou em R$ 10 .000. O conceito de renda econômica gira em torno d o reconhecimento d a ren da, apesar do fato de que nenhuma venda foi realizada. 7 A renda econômica, em merc ados competitivos, assim c omo no curto e no longo prazo, é um val or fre quentemente positivo, mesmo o lucro sendo igua l a zero. Pois, a pre sença de renda econômica elucida por que há determinados mercados em que as empresas desejam entrar, p elas oportunidades de l ucro, porém não conseguem. FIQUE ATENTO ! Agora, suponha que um time de beisebol de uma cidade mé dia consegue vender ingressos ao preço R$ 8,50 (Figura 3b) send o igual aos CMg e CMe. Outro time em uma cidade maior consegue vender ingressos por preço de R$ 10,00 (Figura 3a). Figura 3a \u2013 Excedente d o pro dutor a longo prazo (Pindyck e Rubi nfeld, 2002, p. 27 5 ). 03 Figura 3b \u2013 Excede nte do produtor a longo pra zo (Pindyck e Rubinfeld, 2002, p. 275). Se todos os insumos são fo rnecidos para a indústria perfeitamente elástica, os preços desses insumos serão constantes. No longo p razo, a cur va de oferta de mercado é perfeitament e elástica, refletindo lucro zero e excedente do produtor zero. Com re lação ao excedente do produtor esse é o benefício do lado da p rodução por consequência de participar do mercado. O e xcedente do produtor consiste em lucros brutos e rendas e conômicas acumulados pe lo(s) proprietário(s) de insumos. É frequentemente representada como a área à esquerda da curva de oferta e abaixo da linha horizontal que representa o preço. 8 Se o número de empresas é fixo (como n o curto praz o), a oferta d o mercado é a soma horizontal d os excedentes individuais e o excedente do produtor é a soma dos excedentes de produção das empresas individuais. Todo o excedente do produtor se acumula nas empresas, uma vez que os insumos não geram alug uéis. Agora suponha que pelo menos uma c urva de of erta de entrada se inclina para cima. Isso dá ori gem a uma curva d e oferta de mercado c om inclinação para cima, porque o aumento da produção da indústria eleva os preços desses insumos com curvas de oferta inclinadas para cima. ANOTAÇÃO ! Agora, com um número fixo de emp resas (setor constante), a curva d e oferta de mercado é mais in elástica do que a soma horizontal das curvas de ofe rta (Figura 4) das emp resas individuais . Isto é, as empresas c onsideram os preços dos insumos como dados, mas estes são aumentados à medid a que a produção da indústria se expande. Em seguida, a área entre a curva de oferta de me rcado e a soma horizontal representa as rendas acumuladas para os proprietários de in sumos. 04 Figura 4 \u2013 Curva de o ferta do setor no lo ngo prazo (Pindyc k e Rubinfeld, 2002, p. 276 ). No longo prazo, a entrada gratuita g arante lucros zero, e os benefícios do lado da oferta do mercado se acumulam apenas para os proprietários de insumos cujos preços são elevados. A área abaixo do preço e da esquerda da curva de of erta mede as re ndas econômicas recebidas pelos proprietários dos insumos. 9 A Figura 5 mostra o comportamento do setor de custo crescente. Figura 5 \u2013 Curva de o ferta do setor de custo cresce nte (Pindyck e Rubinfeld, 2002, p. 276 ). No setor de c ustos decrescente s a curva de oferta no longo prazo tem inclinação descendente. Quanto a el asticidade da oferta de um setor no longo prazo é definida da mesma forma que a elasticidade no curto p razo , ou sej a : é a variação (%) do produto (\u0394Q/Q) q ue deriva d e uma variação (%) no preço (\u0394P/P) , num setor de custo constante, a elasticidade é infin itamente g rande , num s etor de cus to crescente, ela é positiva, mas finita e; a intensidade d a elasticidade d ependerá das elevações no s custos dos insumos segundo a expansão do mercado. 1.3. Efeito de um impos to a longo prazo A atividade econômica re flete um e quilíbrio entre o q ue os indivíduos , empresas e governos querem comprar e vender. No curto prazo, os fatores de demanda são grandes. No longo prazo, porém, a oferta desempenha o papel principal na determinação do potencial econômico. IMPOR TANT E! Dessa forma, a capacidade produtiva dep ende d o tamanho e das habilidades da força de trabalho; a quantidade e qualidade de máquinas , edifícios, veículos, computadores e outro capital fí sico que os trabalhadores usam; e o esto que de conhecimento e ideias . Ao influenciar os incentivos, os impostos podem afetar cada um desses fatores.

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