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Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 IMUNODIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE CHAGAS Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 A MIGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA EUA > 300.000 EUROPA > 500.000 JAPÃO > 500.000 AUSTRALIA >100.000 Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Panorama da doença de Chagas América Latina e Central: 18.000.000 chagásicos Brasil: 2 a 3 milhões de infectados (2006) Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 5 Evolução epidemiológica da 1978 e 2004 Parâmetros considerados 1978 2004 Municípios c/ transmissão vetorial 2.800 <100 Municípios com T. infestans > 700 <10 Incidência anual estimada ________________________ Prevalência estimada 100.000 _________ 5.000.000 < 200 (?? __________ 2.000.000 Controle vetorial Incipiente Em vigilância Controle de bancos de sangue + 8% >98% Incidência anual em b. sangue ________________________________ _ Mortalidade Anual específica 10.000-15000 ____________ >7.000 <20 ______________ _ + 4.000 Mediana da idade de morte 45 anos 65 anos População rural 75% <25% Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Vias de transmissão do Trypanosoma cruzi ao homem Em junho de 2006, o Brasil recebeu uma certificação relativa à eliminação da transmissão da doença de Chagas pelo principal vetor (Triatoma infestans) e pela via transfusional, concedida pela Org PanAm.Saude/OMS. Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 8 Doença de Chagas – cenário epidemiológico atual Ano Casos Oral % Vetorial % Ignorada % 2005 33 27 82% 0 0% 6 18% 2006 118 107 91% 3 3% 8 7% 2007 161 119 74% 3 2% 39 24% 2008 131 74 56% 4 3% 53 40% 2009 256 165 64% 6 2% 85 33% 2010* 28 21 75% 1 4% 6 21% Total 727 513 71% 17 2% 197 27% *até 30/05/2010 Casos de DC aguda (casos novos) por tipo de transmissão - Brasil, 2005 a 2010* Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 9 ÁREA COM RISCO DE TRANSMISSÃO VETORIAL DA DOENÇA DE CHAGAS. BRASIL*. 1983 * Com exceção do Estado de SP Fonte: SILVEIRA A. C., ; REZENDE, D.F. (1984). Àrea de detecção domiciliar Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Doença de Chagas no Brasil– a vitória sobre o Triatoma infestans Resíduos do T.infestans no Brasil. 2003 . Certificação do Brasil: 2006 Fonte: MS/SVS : últimos focos Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 11 ÁREA CONHECIDA DE INFESTAÇÃO RESIDUAL. Triatoma infestans. Brasil. 2007. Fonte: SVS/MS Municípios: 11 Localidades: 13 Unidades domiciliares: 14 Exemplares capturados: 63 Municípios: 2 Localidades: 4 Unidades domiciliares: 7 Exemplares capturados: 142 Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 • Trypanosoma cruzi • Ordem: Kinetoplastida • Família: Trypanosomatidae Vetor • Familia: Reduvidae • Ordem: Hemiptera • Espécies: Triatoma infestans Panstrongilus megistus Rhodnius prolixus Triatoma brasiliensis Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Agente: Trypanosoma cruzi Vetor : Triatoma infestans Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Trypanosoma cruzi -morfologia Tripomastigota Amastigota Epimastigota Tripomastigota sanguineo Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Ciclo do Trypanosoma cruzi Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Mecanismos de transmissão • Vetorial – de maior importância epidemiológica. Forma infectiva: tripomastigota metacíclico • Transfusional – importante nas áreas urbanas. Forma infectiva: tripomastigota sangüícola • Congênita – importância relativa. Forma infectiva: tripomastigotas diferenciados a partir de ninhos de amastigotas na placenta • Acidental – inoculação por agulha ou contato com mucosa de material contendo tripomastigotas • Ingestão – leite materno, alimentos contaminados com fezes de triatomíneos, canibalismo. Forma infectiva: tripomastigotas • Transplante de órgãos – pode resultar em doença aguda grave. Forma infectiva: amastigotas Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 17 Apud Junqueira et al 2009 Um possível modelo de transmissão oral na Amazônia Brasileira a partir da contaminação de suco artesanal de açaí por triatomíneos silvestres advindos de palmeiras vizinhas 17 Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 18 Casa rural não infestada mas palco de transmissão oral Apud Neves Pinto, 2011 Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Resposta imune/inflamatória Interação parasita/célula Rompimento Liberação de fragmentos celulares e antígenos parasitários Inflamação focal aguda proporcional aos ninhos de parasitas Formação de Ac IgG e IgM Redução da parasitemia Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Sinais clínicos • Fase Aguda 3-8 semanas Caracteriza-se por alta parasitemia Sinal de Romaña (inchaço de ambas as pálpebras -10% casos) Chagoma ( lesão porta de entrada 10-15 dias após inoculação) Quando adequadamente tratada nesta fase pode haver cura Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Classificação clínica • A idade média em que se adquire a doença é de 4 anos; 85% dos casos agudos ocorre em crianças < 10 anos; a susceptibilidade é universal • Período de incubação: 5 a 14 dias da picada p/ a forma aguda, > 10 anos p/ forma crônica; 30 a 40 dias p/ aquisição transfusional • Apenas 10 a 30% dos que tem infecção por T.cruzi terão D.Chagas sintomática; a maior parte com cardiopatia, só 15 a 20% com megas • Mortalidade de 12% na forma aguda, < 1% em todas as formas Sinal de Romaña FASE AGUDA Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 - 1: Forma assintomática ou indeterminada • Corresponde a mais de 50% dos casos • Caracteriza-se pela presença de Anticorpos anti-T.cruzi • Presença ou ausência de tripanosomas circulantes • Ausência de sintomas da doença • Eletrocardiograma e exames radiológicos normais FASE CRÔNICA Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Sinais clínicos • Fase Crônica Baixa parasitemia 30% dos casos apresentarão – 2: Forma cardíaca : Cardiomiopatia: – 3: Forma digestiva : Megacolon Megaesófago Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 2. Forma cardíaca insuficiência cardíaca, distúrbios da condução Bloqueio de ramo direito + hemibloqueio anterior esquerdo cardiomegalia Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Fisiopatogenia das formas cardíacas • Substituição do tecido muscular por fibrose – diminuição da força contrátil do miocárdio – IC • Formação de trombos intracavitários – estase sangüínea nas áreas de flacidez muscular – aneurismas – fenômenos tromboembólicos • Comprometimento do sistema nervoso autônomo – Bloqueios de condução - arritmias, morte súbita. Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 • Cursam com disfagia, refluxo gastro-esofágico • Constipação intestinal 3. Forma digestiva – megaesôfago, megacólon Dilatação de alça intestinal Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Fisiopatogenia das formas digestivas • Destruição do plexomioentérico pelo infiltrado inflamatório • Alterações da peristaltismo • Estase do conteúdo do tubo digestivo Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Transmissão vertical Relacionada ao grau de parasitemia materna (1%) Transmissão pode ocorrer em qualquer época da gestação, podendo ser perinatal ou congênita Mais comum através da placenta entre o 4° e 9° mês. Depende do sistema imunológico materno Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 • Como se faz o diagnóstico • Clínicos • Epidemiológicos • Laboratoriais Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 • Como se faz o diagnóstico IgM IgG 2-3 semanas IgG Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Fase Aguda da Doença: Diagnóstico Parasitológico Xenodiagnóstico) aproximadamente 100% positividade Fase Crônica: Forma intermediária ( inaparente) -Sem clínica - sorologia positiva Forma cardíaca -cardiopatia -Sorologia positiva Forma Digestiva -Megacolon , megaesôgago -Pode ter sorologia negativa para IgG Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Detecção de T.cruzi Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Detecção de T.cruzi Sorologia para IgM não tem bom desempenho em RN Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 PCR NEGATIVA não exclui a patologia. Confirma ausência do parasita na “amostra testada” Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 PCR POSITIVA INDICA FALHA TERAPÊUTICA. 20 anos APÓS Tratamento: PCR neg em 73% ELISA neg 26% Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Testes Sorológicos: Vigilância epidemiológica Seleção de doadores de sangue Seleção de trabalhadores Seguimento terapêutico (negativa entre 1-5 anos) NÃO EXISTE TESTE “PADRÃO OURO” PARA O DIAGNÓSTICO SOLORÓGICO DA DOENÇA DE CHAGAS Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 OS MÉTODOS SOROLÓGICOS CONSTITUEM MÉTODOS INDIRETOS DE DIAGNÓSTICO, E DEPENDEM DA REATIVIDADE DO PACIENTE. Resultados sorológicos NEGATIVOS ou POSITIVOS, NÃO SIGNIFICAM OBRIGATORIAMENTE PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE INFECÇÃO CHAGÁSICA, MAS APENAS É UM ÍNDICE DE PROBABILIDADE. Esta probabilidade é tanto maior quanto mais confiável o teste. Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Limiar de reatividade: Os níveis de reatividade, ou títulos, tomados como discriminantes entre soros reagentes e não reagentes devem ser escolhidos de acordo com a finalidade do diagnóstico. -Triagem ( superior a 1/20, 1/40) -Diagnóstico (superior a 1/40, 1/80) . É preciso lembrar sempre que a probabilidade de infecção pelo T. cruzi é tanto maior quanto mais elevado o título da reação, sempre levando em conta a PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO NO GRUPO EM ESTUDO. Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Limiar de reatividade: Os níveis de reatividade, ou títulos, NÃO TEM RELAÇÃO COM A GRAVIDADE DA DOENÇA. Quanto mais elevado o título MAIOR A PROBABILIDADE DE DOENÇA. Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Testes sorológicos *cuidar presença de reação cruzada com leishmania. Fixação de complemento* – Machado Guerreiro em desuso Aglutinação direta Latex Hemaglutinação* Imunofluorescência* ELISA* Western blotting Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 HEMAGLUTINAÇÃO PASSIVA Hemácias possuem uma superfície complexa, o que facilita a ligação de muitos antígenos Mais usadas: hemácias de carneiro ou humanas do grupo O, fixadas com formaldeído ou glutaraldeído - resolve o problema da fragilidade e permite que sejam estocadas por longos períodos de tempo Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 + + Partícula carregadora antíg eno Partícula sensibilizada Partícula sensibilizada antic orpo aglutina ção AGLUTINAÇÃO PASSIVA OU INDIRETA Chagas Hematoxo Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 FLUOROCROMOS • Substâncias que absorvem luz de um comprimento de onda menor e, instantaneamente, emitem luz de comprimento de onda maior (menor energia) • Mais comuns: isotiocianato de fluoresceína, lisamina-rodamina B IMUNOFLUORESCÊNCIA Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 IMUNOFLUORESCÊNCIA Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 •FLUORESCÊNCIA Método indireto Antígeno -LAMINA (PARASITA) Anticorpo (soro) Anticorpo marcado conjugado Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA Trypanosoma cruzi Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Princípio Básico Imobilização de um dos reagentes numa fase sólida, enquanto outro reagente pode ser ligado a uma enzima, com preservação tanto da atividade enzimática como da imunológica do anticorpo ELISA Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Antígenos Recombinante Peptídeos sintéticos ELISA – Método Indireto Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Teste negativo Teste positivo p/ IgG antígeno A d ic io n a r S o ro anti-imunoglobulina marcada L a v a g e m + c o n ju g a d o L a v a g e m + s u b s tr a to substrato cromogênico antígeno Soro INCOLOR E anticorpo (amostra) E E Anti-IgG IgG anti- CHAGAS E E Anti-IgG E ELISA-Indireto Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 ELISA Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Doença de Chagas e transfusão sangüínea Norma 1376 M.S. 1993 - 2002: dois testes de princípios diferentes Prevalência sorológica 0,75% Com 2 testes temos de 1 a 2,0% de resultados inconclusivos Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Algoritmo para doença de Chagas 2 TESTES REAGENTES Amostra de soro 2 TESTES EIA/HA EIA/IFI IFI/HA INCONCLUSIVOS Reagente/Não Reagente REPETIR O TESTE “CHAGÁSICO” “NÃO CHAGÁSICO” 2 TESTES NÃO REAGENTES Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2009 WESTERN BLOTTING- em desenvolvimento reação antígeno- anticorpo Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y A B reação com conjugado revelação com substrato cromogênico Substrato cromogênico Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y Y E Y E Y E Y E Y E Y E Y E Y E Y E Y E A B conjugado A B visualização dos complexos antígeno-anticorpo formados Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 2 TESTES REAGENTES Amostra de soro 2 TESTES EIA/HA EIA/IFI IFI/HA Reagente TESAcruzi- em desenvolvimento INCONCLUSIVOS Reagente/Não Reagente REPETIR O TESTE “CHAGÁSICO” VPP = 98% “NÃO CHAGÁSICO” VPN = 100% Não Reagente Não Reagente INCONCLUSIVO Reagente “NÃO CHAGÁSICO” 2 TESTES NÃO REAGENTES Algoritmo para doença de Chagas Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 Sandra Beck/ DACT Doença de Chagas 2012 PATOLOGIAS QUE SÃO EVITADAS NA TRANSFUSÃO DESANGUE Portaria 1376 M.S. 1993/ modificada em 2002-2003. AIDS/SIDA (HIV 1+2) - Dois testes/ um teste imunoenzimático ou quimioluminescência/Biologia Molecular HEPATITES B e C (HBsAg – anti HBc – HCV) SÍFILIS – um teste treponêmico ou não DOENÇA DE CHAGAS - Dois testes um teste imunoenzimático de alta sensibilidade LINFOGRANULOMATOSE HTLV I/II
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