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Púrpura Hemorrágica Equina CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIMAX CLÍNICA MÉDICA DE EQUÍDEOS Beatriz Bueno - RA 51710597 Débora Pires - RA 51710626 Eva Maria Massesini - RA 51711067 Gabriele Canavezzi - RA 51710522 Juliana Lima - RA 51710637 Profª: Bianca Gerardi Trata-se de uma doença rara, aguda e não contagiosa. Origem imunomediada devido à deposição de imunocomplexos que contem IgA na parede dos vasos, induzindo à reação de hipersensibilidade do tipo III; É caracterizada pela presença de edema subcutâneo, hemorragias do tipo petéquias e sufusões; Pode estar relacionada aplicações de vacinas em especial a do garrotilho; O presente trabalho tem como objetivo descrever: etiologia, epidemiologia, sinais clínicos, diagnóstico e tratamento da púrpura hemorrágica em equinos. Desenvolver conhecimentos validos a partir da compilação de dados documentados para aperfeiçoar a prática veterinária, ajudando em um diagnóstico, tratamento e controle mais preciso desta afecção. . . . .. Introdução e Objetivo O antígeno (S. Equi ou outros) se liga à anticorpos específicos (IgA - proteina M) Ocorre a formação de imunocomplexos Estes se ligam nas paredes dos capilares Há ação de células inflamatórias e enzimas proteolíticas Como resultado temos a vasculite asséptica. Comumente relacionado à infecção por Streptococcus equi ou por exposição prévia ao seu antígeno. 1. 2. 3. 4. 5. Fisiopatogenia relacionado também à vacinação contra S. equi Fonte: Department of Veterinary Pathology, Freie Universitaet Berlin Se dá entre 2 a 4 semanas após a infecção e sua intensidade pode variar. Casos leves: -Edema leve de cabeça e porção ventral do abdômen; -Edema da porção distal dos membros; -Petéquias nas mucosas; Casos severos: Edema extremo generalizado; Exsudação e descamação da pele; Petequeias e equimoses; Febre, taquicardia, táquipneia; Anorexia e perca rápida de peso. Sinais Clínicos Em alguns casos pode afetar: Trato gastrointestinal, causando cólica sem diarreia ou constipação; Tecido muscular e pulmões, gerando dificuldade respiratória. Rins, ocasionando glomerulonefrite devido à deposição dos imunocomplexos. Fonte: Dr. Aznar - Ford Veterinary Surgery Center, Clovis, CA. Anemia moderada Leucocitose por neutrofilia com desvio à esquerda Neutrófilos tóxicos Hiperproteinemia Hiperglobulinemia Hiperfibrinogemia Trombocitopenia (raro) Exame de imunofluorescência com presença de anticorpos, antígenos ou complemento nas paredes dos pequenos vasos sanguíneos Hemograma: Biópsia de pele das áreas edematosas: vasculite asséptica com infiltrados inflamatórios. Aumento das enzimas musculares (CK- Creatinoquinase) devido à rabdomiólise. Lesões hepáticas decorrentes de processo inflamatório. No caso de extravasamento de sangue e plasma, há diminuição nos níveis de proteína total e albumina. Níveis séricos de IgA aumentados e de IgG e IgM normais. Patologia O diagnóstico presuntivo pode ser feito através dos sinais clínicos, na observação de edema ou hemorragia em mucosas, na exclusão de outras possíveis causas de vasculite e através de histórico ou existência de evidências de uma infecção recente ou ainda ativa por S. equi. Nos casos associados à S. equi, fazer o isolamento do agente e teste sorológico para demonstração de títulos elevados de IgA e IgG. O teste sorológico auxilia no diagnóstico quando não há material suficiente para cultura ou PCR. A técnica de ELISA mensura os níveis séricos de anticorpos contra a proteína M. *Hipersensibilidade tipo III* Diagnóstico Confirmação através de biopsia de pele isolamento do agente por cultura ou PCR Arterite viral equina Herpesvírus equino Anemia infecciosa equina Erliquiose granulocítica equina Diagnósticos diferenciais: Prognóstico e Prevenção Isolamento de animais infectados Boas práticas de higiene Não reutilizar materiais descartáveis A prevenção se baseia no controle da infecção. Deve-se realizar: Por 1 ano não vacinar contra S. equi, devido à possibilidade da indução de Púrpura Hemorrágica. O prognóstico é favorável desde que haja tratamento e cuidados de apoio precoce. O animal deve ficar isolado de 4 – 5 semanas ou até 3 culturas negativas de swabs nasais para garantia da sanidade do mesmo. Fonte: Blog de Gabriel Fernandes. Flunixina (AINES) Dexametasona (Corticoide) Penicilina procaína (Antibiotico) Deve-se utilizar antibióticos associados à corticoides para reduzir a chance de septicemia secundária. Também utiliza-se anti-inflamatório (AINES) de acordo com o quadro renal e a hidratação do animal. Tratamento Tem como objetivo reduzir a resposta imunitária e inflamatória. Duchas com água pressurizada, bandagem e caminhadas leves podem ser úteis para reduzir o edema das extremidades; Fluidos podem ser administrados por sonda nasogástrica ou intravenosa; Traqueostomia pode ser necessária em casos onde há dispneia severa resultante de edema de cabeça ou glote. Terapêutica Fonte: Blog El Alpino. Considerações Finais A púrpura hemorrágica é uma doença aguda não transmissível que afeta equinos e é considerada principalmente uma sequela da infecção por Sreptococcus equi. É causada por uma vasculite imunomediada, que é formada pela deposição de complexos imunes formados por IgA e antígeno estreptocócico (proteína M) em pequenos vasos sanguíneos e capilares, que desencadeia principalmente edema de epitélio nos membros distais, com sintomas clínicos de sangramento ou equimótica de mucosa e tecido subcutâneo. A doença raramente ocorre e, se tratada inadequadamente, pode levar o animal a óbito. Portanto, é considerada uma complicação da infecção por Streptococcus equi ou uma reação pós-vacinação contra o mesmo agente. Pelo rápido aumento do título de anticorpos promovidos por essas duas condições, sua prevenção torna-se importante e deve ser baseada no controle do Garrotilho. Siga adequadamente os protocolos de vacinação estabelecido para a espécie, respeitando as medidas de segurança no momento da vacinação. -PASSOS, Percílio Brasil; disfunção hemostática; Professor Adjunto III – DMV/EVZ/ UFG; Online, acesso em 11-2020. -COSTAS, R. A., Pozzobon, R., Lubeck I., Camargo, E. S., Anjos, B. L. Autor Correspondente: costa.ricardoalmeida@gmail.com (Costa, R. A.) Universidade Federal do Pampa. PDF. -YANG, H.Y. et al. The diagnosis and classification of Henoch–Schönlein purpura: An updated review. Autoimmunity Reviews. -COUTINHO, Italo dos Santos; Costa, Ana Paula Delgado da; Duarte, Bárbara Ribeiro; Gaiotte, Denise Glória; Gobbi, Francielli Pereira; Santos, Gabriel Carvalho dos; Graça, Flávio Augusto Soares; Medina, Rafael Mansur; Filippo, Paula Alessandra Di. R. bras. Med. equina ; 10(57): 04-08, jan. 2015. | VETINDEX -MORAES, Carina Martins; Vargas Agueda Palmira Castagna; Leite, Fábio Pereira Leivas; Nogueira, Carlos Eduardo Wayne; Turnes, Carlos Gil; Revisão bibliográfica microbiologia Revista online – Ciencia Rural vol.39 no.6 Santa Maria set. 2009 -GARCIA FILHO, Sérgio Grandisoli; TORMENA, Anália Angélica Machado; SILVA, Aurélio Rodrigues da; et al. Púrpura hemorragica infartiva em equino relato de caso. Anais.. Ribeirão Preto: Associação Brasileira dos Médicos Veterinários de Equídeos, 2015. -CAMPOS, S. B. S; SILVA, T. V.; BRAZIL, D. S.; BATISTA, B. P. S; BRANDSTETTER, L. R. G; SILVA, L. A. F. Púrpura hemorrágica em eqüino: relato de caso. Anais do 35º Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária – Sociedade de Veterinária do Rio Grande do Sul. Gramado – RS, 2008. -MORAES, C. M.; GONÇALVES, A. S.;ROCHA, A. S. R.; RIBAS, L. M.;CONCEIÇÃO, F. R.; VARGAS, A. P. C.;LEITE, F. P. L.; NOGUEIRA, C. E. W.; GILTURNES, C. Padronização de ELISA utilizando como antígeno proteína SeM recombinante de Streptococcus equi. Anais do XVI Congresso de Iniciação Científica – IX Encontro de Pós Graduação, UFPEL. Pelotas, RS, 2007. Referências Bibliográficas Obrigada!
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