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MAMOGRAFIA ANICARINE RIBEIRO LEÃO TECNÓLOGA EM RADIOLOGIA MÉDICA E-MAIL: ANICARINE@UMC.BR A mamografia é um exame de diagnóstico por imagem, que utiliza radiação ionizante com a finalidade de estudar o tecido mamário. MAMOGRAFIA DE ROTINA Conhecida em alguns países como "screening", ou rastreamento mamário é o exame das mamas realizado em mulheres assintomáticas. Mamografia de triagem ou rastreamento ▪ PREVENTIVO ▪ Muito importante para detectar estágio precoce MAMOGRAFIA DIAGNÓSTICA • É o exame realizado quando há a suspeita da existência de uma anormalidade, sendo que massas e microcalcificações são as duas mais comuns. • Esta suspeita se inicia quando há a descoberta de uma lesão palpável, por exemplo por meio de auto exame ou após o estudo de uma área previamente identificada em uma mamografia de rotina. MAMOGRAFIA DIAGNÓSTICA • Pode mostrar que a anomalia tem probabilidade de ser benigna ou características suspeitas de malignidade MAMOGRAFIA DIAGNÓSTICA Resolver problemas Avaliar achados anormais das mamas Massa palpável Secreção mamilar Retração mamilar Alterações da pele O EXAME ▪ Pacientes assintomáticas costumam causar menor ansiedade, mas em qualquer procedimento adicional ou repetição de uma radiografia pode mudar este estágio. O EXAME ▪ Pode incomodar se for realizado quando as mamas estiverem doloridas (por ex: antes da menstruação). ▪ Assim, deve ser feito cerca de uma semana após a menstruação. O EXAME ▪ O objetivo da mamografia é detectar o câncer enquanto ainda muito pequeno, ou seja, quando ainda não é palpável em um exame médico ou através do autoexame realizado pela paciente. ANSIEDADE O exame geralmente gera um stress muito grande à paciente: pelo medo da dor, medo de um diagnóstico desfavorável, vergonha de se expor e pela simbologia que a mama representa para a sensualidade feminina. PROTÓTIPO DO SENÓGRAFO PRIMEIRO SENÓGRAFO COMERCIALMENTE DISPONÍVEL • Um braço C giratório permitia que as pacientes fossem examinadas em varias projeções sentadas e com as costas eretas. • No final dos anos 60 Gershon-Cohen testou o senógrafo e relatou que o contraste havia melhorado comparadas as produzidas pelas unidades de raios-x gerais. Mas essa qualidade era conseguida aumentando a dose de radiação. • Distancia entre a fonte e a pele era pequena e causava distorção. Na década de 70 outras unidades destinadas exclusivamente a mamografia foram apresentadas incluindo o Mammomat (Siemens) No final dos anos 70, as unidades de raios-x para mamografia sofreram aperfeiçoamento que foi a inclusão de um pedal que permitia ao técnico ambas as mãos livres para posicioná-las melhor. Primeiro processador de transporte rolante 1956 - Processadora. AUTO EXAME DE MAMAS A mama é comprimida para que seu achatamento possibilite a redução das doses de raios-x, a uniformização dos tecidos, além de manter a mama imóvel. A dose de radiação é bem baixa e a exposição aos raios x é rápida. CONSIDERAÇÕES DO EQUIPAMENTO E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS Equipamento de Raios-X ✓ Gerador de Alta Tensão ✓ Tubo de Raios-X ( Anodo-Catodo) ✓ Tamanho do Ponto Focal (Foco Grosso e Fino) ✓ Colimação ✓ Filtração ( Ródio, Molibdênio ) ✓ Distância Foco-Filme ✓ Compressão ✓ Grade ✓ Controle Automático de Exposição ✓ Capacidade de Magnificação FATORES TÉCNICOS RADIOLÓGICOS ✓ Espessura ✓ Densidade ✓ Compressão ✓ Posicionamento Mama ✓ Modos de Exposição ✓ Seleção de Técnica (kV/mAs) TIPOS DE IMAGEM ❖Mamografia Analógica ❖ Filme ➢ Mamografia Digital ➢ CR ou DR ANATOMIA DA MAMA QUANTO AO FORMATO • As mamas femininas, já desenvolvidas, apresentam-se na forma de cones arredondados DESENVOLVIMENTO • Semelhante entre homens e mulheres até a puberdade, • Nas meninas começa a se desenvolver à partir dos 11 anos, • Se evoluindo cronologicamente, acompanhando o crescimento da mulher, • Pleno desenvolvimento – 20 anos de idade • As mamas podem crescer assimetricamente LOCALIZAÇÃO Extensão da 2ª ao 6ª arco costal Do esterno até a linha axilar média Se curva anteriormente aos músculo peitoral maior ESTRUTURA MAMÁRIA • Sua estrutura é composta por vários segmentos: Parênquima Mamário – Formado pelos Tecidos Mamários – Glandular - Fibroso - Adiposo ESTRUTURAS EXTERNAS • Pele • 0,5 a 2 mm de espessura • Mamilo ou Papila • Normalmente na altura do 4º espaço intercostal • contém terminações nervosas sensoriais e m. liso disposto circularmente • Superfície irregular – fendas contendo orifícios dos ductos ESTRUTURAS EXTERNAS • Aréola • Pele mais grossa e pigmentada • Fica marrom com a gravidez • Glândulas areolares ESTRUTURAS EXTERNAS ESTRUTURAS EXTERNAS • Na mulher a papila, o tamanho e consistência da mama podem variar de situação, de acordo com a idade gravidez, lactação e biotipo individual. ESTRUTURAS INTERNAS • Parênquima Mamário • Mm. Peitoral Maior, Menor e Axilar • Ligamentos • Lobos • Ductos • Seios Lactíferos • Alvéolos ESTRUTURAS INTERNAS: • Parênquima mamário - 15 a 25 LOBOS mamários ( =15 a 25 seios lactíferos) - 20 a 40 LÓBULOS mamários - 10 a 100 ALVÉOLOS ( leite ) ( células secretoras e células mioepiteliais) QUANTO A SUSTENTAÇÃO Tecido fibroso – Ligamentos de Cooper Rede entrelaçada Sustentam a rede de ductos e lóbulos Extensões superficiais – conectam o tecido mamário com a pele DESCRIÇÃO ANATÔMICA: DESCRIÇÃO ANATÔMICA: 1- PELE 2- ARÉOLA 3- MAMILO ou PAPILA 4 - CLAVÍCULA 5 - COSTELAS 6 - MÚSCULOS INTERCOSTAIS 7 - MÚSCULO PEITORAL MAIOR 8 - FASCIA PROFUNDA 9 - LIGAMENTO PROFUNDO 10 – LÓBULOS 11 – DUCTOS LACTÍFEROS 12 – SEIOS LACTÍFEROS 13 - GORDURA 14 - PLEURA PARIETAL Tipos de Tecidos Mamários CLASSIFICAÇÃO • De acordo com sua densidade, a Mama pode se classificar em três tipos: 1. Fibroglandular 2. Fibrogordurosa 3. Gordurosa FIBROGLANDULAR • Mama Jovem e muito densa; • Faixa etária entre pós-puberdade e 30 anos; • Mulheres com mais de 30 anos que não tiveram filhos; • Gestantes e Lactantes VISÃO RADIOGRÁFICA • Radiograficamente são mamas muito densas; • A exposição radiográfica é muito alta; o São mamas que possuem uma quantidade pequena de tecido gorduroso. FIBROGORDUROSA • Faixa etária dos 30 aos 50 anos; • O Tecido fibroso começa a sofrer alterações; • A mama já não é tão densa quanto no grupo mais jovem; • Pequena quantidade de tecido gorduroso começa a aparecer. VISÃO RADIOGRÁFICA • Radiograficamente essa mama é de densidade média; • Exige menor exposição radiográfica; • O número de gestações em fase precoce pode acelerar o desenvolvimento das mamas para esse tecido fibrogorduroso. GORDUROSA • Mulheres pós menopausa; • Começa a partir dos 50 anos; • Nessa fase se inicia um processo chamado involução, onde o tecido fibroso começa a dar lugar ao tecido adiposo(gordura). VISÃO RADIOGRÁFICA • Radiograficamente são mamas com grande quantidade de tecido adiposo; • Uma exposição ainda menor é necessária devido a falta de densidade; • Após a vida reprodutiva da mulher o tecido glandular mamário se atrofia e é convertido em tecido adiposo. MAMA INFANTIL E MASCULINA • As mamas de crianças e de homens contém principalmente gordura em sua composição se enquadrando tambémnesse grupo (gorduroso). • Por isso a denominação “involução”, é como se a mama voltasse ao seu tecido de origem. Métodos de localização e visualização QUADRANTES E RELÓGIO • Para um melhor estudo e como sistemas de localização de achados mamográficos das imagens são utilizados dois sistemas: dividir a mama em quadrantes e relógio. RELÓGIO • No sistema de relógio, se imagina um relógio sobre a mama, onde o centro é o mamilo. • Os achados são apontados utilizando as horas do relógio. Onde 12h está para cima, 6h para baixo, 3h parte interna 9h parte externa na mama direita; 9h parte interna, 3h parte externa na mama esquerda. QUADRANTES • No sistema de quadrantes a mama é dividida em quatro partes, onde se passa uma linha imaginária horizontal na altura do mamilo dividindo a mama em superior e inferior; e uma linha vertical, dividindo a mama em interna (parte da mama próxima ao osso esterno) e externa (parte próxima á axila). São muito utilizadas no cotidiano as siglas correspondentes. • QSE – quadrante superior externo (lateral) • QSI – quadrante superior interno (medial) • QIE – quadrante inferior externo (lateral) • QII – quadrante inferior interno (medial) INCIDÊNCIAS DE ROTINA Definição!!!... São incidências que serão realizadas em todas as pacientes anualmente ou de acordo com o caso clínico. CC = CRANIO CAUDAL MLO = MÉDIO LATERAL OBLÍQUA.. CRANIO CAUDAL A paciente deve estar posicionada de frente para o equipamento, de modo que todo o seu corpo fique alinhado, evitando-se erros posturais. A mama é projetada com o feixe de raios x indo da cabeça em direção aos pés. Toma-se o cuidado de tracioná-la para que não seja excluída nenhuma região. Como a mama possui uma certa mobilidade em relação à caixa torácica, devemos lançar mão desse recurso para um melhor posicionamento em CC. A radiografia com a mama na posição relaxada não possibilita um bom posicionamento. • A mama deve ser colocada na bandeja e tracionada (sempre com a mão espalmada). • Com a mama tracionada a compressão é feita até que a mama fique tensa e as estruturas espalhadas. • O mamilo deve estar perfilado e não deve haver pregas na pele. Nesta incidência, o mamilo deve estar centralizado no filme ou ligeiramente apontado para a região medial. • A imagem deve incluir todo o corpo glandular com a gordura retromamária medial e lateral. Nem sempre se consegue visualizar o músculo peitoral e a prega medial, pois depende da anatomia individual de cada paciente. MÉDIO-LATERAL-OBLÍQUA (MLO) A mama é projetada com o feixe de raios x indo da região medial para a lateral oblíqua. A angulação do tubo de raios x pode variar de 45 a 60 graus de acordo com a necessidade de cada paciente. Após a escolha da angulação, deve-se escolher o ponto onde será colocado o canto do bucky. Isso é importante para que se possa incluir boa parte da região axilar e do músculo peitoral na radiografia. A profissional se dirige para a frente da paciente tracionando a mama desde a sua porção mais lateral, tracionando e suspendendo-a, com a outra mão sobre o ombro da paciente tomando o cuidado para que o mesmo esteja bem relaxado. Inicia-se aí a compressão. Enquanto a mama não estiver totalmente comprimida a técnica não deve soltá-la, pois ela penderá e não ficará bem posicionada. INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES Definição!!!... São incidências que como o nome diz irão complementar o exame, auxiliando o médico no diagnóstico. MANOBRA DE EKLUND – PRÓTESE BI-RADS e CÂNCER DE MAMA BI-RADS • É um sistema de classificação de imagem mamográfica • Desenvolvido pelo colégio americano de radiologia para padronizar laudos e resultados. # BIRADS Nova Edição 2013 0 Exame Inconclusivo Imagens adicionais 1 Mamografia Normal (Negativo) Rastreamento 2 Achados Benignos Rastreamento 3 Achados Provavelmente Benignos Segmento Precoce 4 Anormalidades Suspeitas 4A Baixa Suspeita de Malignidade Diagnóstico Tecidual, biopsia deve ser feita na ausência de contra indicação clínica 4B Intermediária Suspeita Malignidade 4C Moderada suspeita, mas não clássicos para Malignidade 5 Achados Sugestivos de malignidade Excisão Cirúrgica quando clinicamente apropriada6 Malignidade Comprovada DEFINIÇÃO: Qualquer anormalidade ou irregularidade que venha a aparecer na mama. TIPOS DE ANOMALIA MAMÁRIA: • MAMA ACESSÓRIA – desenvolvimento de tecido mamário em outra região. Geralmente nas axilas. • Politelia – multiplicidade de mamilos. • Polimastia – multiplicidade de mamas • AMASTIA – ausência uni ou bilateral das mamas • ASSIMETRIA - diferença no tamanho de mama direita e esquerda.
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