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Resumo Direito Penal. • Meu resumo 1.Objetivo 2.Conceito 3.Sanção Penal 4.Direito Penal Característica 5.Crime 6.Nomenclatura 7.História Direito Penal 8.Evolução Direito Penal Brasileiro 9. Normas Penais e Lei 10. Fontes do Direito Penal 11.Principios 11.1 Principio da intervenção mínima 11.2 Principio da legalidade ou reserva legal 12.Direito Penal Transitório 13.Princípio da Retroatividade 14.Tempo do Crime 15. Lei penal no espaço 15.1 Principio absoluto 16. Territorialidade 17. Extraterritorialidade 18. Pena cumprida no exterior 19. Eficácia da lei estrangeira 20. Contagem de prazo 21. Frações não computáveis de pena 22. Legislação especial 23. Conflito aparente de normas penais 24. Teoria geral do crime 24.1 Classificação do crime 25. “Inter criminis” 26. Tipo e tipicidade 27. Dolo e culpa 28. Erro 29. Exclusão de ilicitude 30. Estado de necessidade 31. Legitima defesa 32. Exercício regular do direito 33. Ofendículos. • Resumo da internet • Roteiros da aula Meu resumo: 1. Objetivo: Tutelar juridicamente um bem jurídico (vida, moral, imóvel ...) 2. Conceito: É o conjunto de normas jurídicas estabelecidas pelo Estado com o objetivo de proibir determinadas ações ou omissões sob a ameaça de sanções penais. 3. Sanção penal Medida de Segurança Pena I. Privativa de liberdade II. Restritiva de direito III. Multa Substituição de pena (PARA OS IMPUTAVEIS) por medida de segurança (PARA OS INIPUTAVEIS) Art. 98 CP. *INIPUTAVEIS -> Doença mental Art.27 CP. O Direito Penal é regido pelo Código Penal (CP) e o Código Penal Extravagante (L. P.e). 4. Direito Penal características: ➢ “ultima ratio regum”: Última alternativa quando os outros ramos do Direito são insuficientes. ➢ Fragmentado: não é homogêneo, só protege alguns bens fundamentais de certos ataques ➢ Possuir fundo ético ➢ O mais severo instrumento de controle social ➢ Ramo público. Tipo Penal Preceito Primário / Preceito Ex: Matar Alguém. Art. 121 CP. Preceito Secundário / Sanção Ex: Reclusão de 06 a 20 anos. 5. CRIME: Ofensa real ou potencial a um bem jurídico. Múltiplos fatores endógenos e exógenos. Fenômeno jurídico social. CRIME INSTANTANEO: consumação no instante (ex. matar alguém) CRIME PERMANETE: consumação acontece no final (ex. sequestro) CRIME MATERIAL: precisa que a conduta seja consumada (ex. matar alguém) CRIME FORMAL: não precisa do resultado para consumar o exaurimento CRIME DE MERA CONDUTA OU FALA DO COMPORTAMENTO: criminaliza a conduta (ex: invasão de domicilio, porte simples de arma) 6. Nomenclatura: DP objetivo: conjunto de normas jurídicas. DP subjetivo: é o direito de punir. DP fundamental: é o Código Penal. DP complementar: são as leis penais extravagantes. DP comum: coletividade. DP especial: para um grupo especial (Ex: militar). DP substantivo ou material: é o direito penal geral. DP adjetivo ou formal: é o direito penal processual penal. Art. 32 CP Art. 96 CP CPccCPccc pd CPCP 7. História do Direito Penal: Influência do Direito Germânico, Direito Romano, Direto Canônico. Influência Escola Clássica (pena retributiva), Escola Positiva (pena preventiva), Escola mistas ou eclética. 8. Evolução do direito no Brasil: 1830 – Código Criminal do Império 1990 – Código Penal Republicano 1932 – Consolidação das Leis Penais 1940 – Projeto Alcântara Machado( promulgada em 1942) 1984 – Anteprojeto de Francisco Toleto Nosso código penal é de 1940, com parte geral de 1984. 9. Norma penal e leis. - Normas penais incriminadoras - Normas penais não incriminadoras/ permissivas – Ex. legitima defesa, estado de necessidade e coação irresistível - Normas penais explicativas ▪ Características: exclusividade, imperatividade, generalidade, abstração e impessoalidade. NORMA LEI Conteúdo da lei fonte da norma ▪ Norma penal em branco: exige um complemento normativo. Ex: lei sobre drogas ilícitas exige uma defina o que são drogas ilícitas, no caso a ANVISA. ▪ Lei temporária: traz em seu corpo um período de validez ▪ Lei excepcional: sua vigência está condicionada a causa que lhe originou Ex: lei criada sobre a racionalidade de água, quando volta ao normal a lei é cessada. ▪ Lex tertia: combinação de leis sobre o mesmo assunto. 10. Fontes do Direito Penal: ▪ Material: Estado. ▪ Formais: Imediata -> Lei. Mediatas -> costumes. 11. Princípios 11.1 Intervenção Mínima: subsidiariedade “ultima ratio”. fragmentado. ofensividade ofensa a outro, não aceita o “auto”. 11.2 Legalidade ou reserva legal: Não haverá crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Isso resulta em uma garantia legal e uma maior segurança jurídica. “nullum crimen, nulla poena sine lege” PRAEVIA Lei Previa. SCRIPTA Escrita. STRICTA Estrita (afastando analogia). CERTA Taxatividade. Norma Penal Dispositivos legais: ARTº 5, XXXIX DA CF/88: não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem previa cominação legal. ARTº 1 CP “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem previa cominação legal.” 12. Direito penal transitório. Entrada em vigor Eficácia Revogação ab-rogação - total derrogação - parcial Revogação Tácita Revogação expressa Implicitamente uma nova lei revoga a antiga Prescrição penal: Quando o Estado perde o direito de punir pela demora no tempo (extinção de punibilidade) ART. 109 CP. 13. Princípio da Retroatividade. A Lei Penal não retroagirá, salvo para beneficiar do réu: RETROATIVIDADE BENEFICA ULTRATIVIDADE. Texto do Art.5, XL da CF/88 ▪ Retroatividade Benéfica. “Abolitio Criminis” – a “novato legis” (nova lei) cessou todos os efeitos penais (Descriminalizou/ extinção da punibilidade). Prevista no Art.2 CP ART.2 CP “Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtudes dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.” “Lex Mitior” – Aplicada aos fatos anteriores a sua vigência. Não houve descriminalização, mas a nova lei é mais benéfica ao réu. Prevista no parágrafo único do Art.2 CP Parágrafo único Art.2 CP: “A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.” ▪ Ultratividade. Quando a lei revogada, por outra mais severa, ainda gera efeito no julgamento por um crime cometido durante a sua vigência. ART.3 CP “A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duraçãoou cessadas as circunstâncias que a determinam, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.” 14. Tempo do Crime. O Brasil adota a teoria da atividade ou conduta, que considera praticado o crime no momento da ação ou omissão Art.4 CP “Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que o outro seja o momento do resultado” 15. Lei penal no espaço O sistema brasileiro utiliza a teoria da ubiquidade que considera o crime tanto no local onde ocorreu a conduta, como no local onde ocorreu o resultado com o objetivo de evitar um conflito negativo de jurisdição (evitando que o agente não seja punido pelo fato) garantido no: Art. 6 CP “ Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou a omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado” Ex: Crime no Paraguai, mas o resultado foi no Brasil ou vice-versa, se aplica a lei brasileira. 15.1 Princípios absolutos ou puros (que regem a aplicação da Lei no espaço): ▪ Princípio da Territorialidade: usasse a lei do território onde ocorreu o crime, independente da nacionalidade (Art.5 CP) ▪ Princípio da nacionalidade ou personalidade ativa e passiva: aplica-se a lei a brasileiros (agente nacional) onde quer que tenha ocorrido o crime seja o agente ativo (REU) ou agente passivo (VITIMA). (Art. 7, I CP) ▪ Princípio da defesa real ou proteção: usasse a lei para crimes cometidos contra bens jurídicos nacionais. (Art.7, I CP) ▪ Princípio da Justiça Universal, universalidade ou justiça cosmopolita: Crimes tratados por convenções devida sua gravidade. (Art. 7, II CP) ▪ Princípio da Representação ou da bandeira: se aplica a lei do Estado em que está registrada a embarcação ou aeronave ou cuja bandeira ostenta. (Art. 5 §1 CP) 16. Territorialidade Aplica-se a lei brasileira independente da nacionalidade dentro território brasileiro, respeitando tratados e convenções. Também é considerado território brasileiro, embarcações e aeronaves nacionais de caráter privado e público, independente do espaço (CRIME CONDICIONADO ART.7, II CP), e embarcações e aeronaves internacionais privadas no território brasileiro) Ex: Um estrangeiro cometeu um crime contra outro estrangeiro ou brasileiros no Brasil, leva-se em conta as leis do Brasil. Art. 5 CP “Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convecção, tratado e regras de direito internacional, ao crime cometido em território nacional” § 1º Sobre aeronaves e embarcações nacionais – públicas e privadas. § 2º Sobre aeronaves e embarcações internacionais privadas. 17. Extraterritorialidade incondicionada (sempre se aplica a lei brasileira) condicionada (exceções de aplicação da lei brasileira) Art. 7 CP “ Ficam sujeitos a lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro” INCONDICIONADA I- Os crimes a) Contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. b) Contra o patrimônio ou a fé publica da União, Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo poder público. Olhar o Art.7, II c) Contra a administração pública, por quem está a seu serviço d) De genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado. § 1º Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. CONDICIONADA II – Os crimes: a) Que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir b) Praticados por brasileiros c) Praticados por aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando o território estrangeiro e aí não sejam julgados. §2º Nos casos dos incisos II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições. A) Entrar o agente no território nacional. B) Ser o fato punível também no país em que foi praticado C) Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei autoriza extradição. * D) Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena E) Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a lei mais favorável. A LEI BRASILEIRA SÓ SERA APLICADA SE PRESENTE TODAS AS CONDIÇÕES EXTRADIÇÃO lei 13.445/2017 PERDÃO JURIDICO ART.107 CP §3º A lei brasileira se aplica também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se reunidas nas condições previstas no §2º A) Não foi pedida ou foi negada a extradição B) Houve requisição do Ministério da Justiça. SO SERA APLICADA A LEI BRASILEIRA A ESTRANGEIRO CONTRA BRASILEIRO FORA DO BRASIL SE TODAS AS CONDIÇÕES DO §2º E §3º FOREM DE ACORDO. SE O AGENTE TIVER CUMPRIDO PARCIALMENTE A PENA NO ESTRANGEIRO E SE ADEQUAR NO §2º, SE APLICA O ARTº8 CP 18. Pena cumprida no estrangeiro: ART.8 CP “ a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas” Ex: Paraguai -> o agente pegou 5anos por um crime X e no Brasil a pena pelo mesmo crime é 8anos. O agente ainda cumprira a diferença pelo crime no Brasil. No caso oposto (estrangeiro com pena maior) ou com a pena de mesma duração nos dois países, o agente já cumpriu a sentença no estrangeiro. 19. Eficácia da lei estrangeira ART.9 CP “ A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para:” I- Obriga o condenado á reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis. II- Sujeita-lo a medida de segurança. 20. Contagem de prazo: Art.10 CP “O dia do começo inclui-se no computo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum” Diferente do Processual Penal, que termina na véspera as 24h. 21. Frações não computáveis de pena Art. 11 CP “desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e na pena de multa, as frações de cruzeiros” Despreza as frações, sempre números inteiros para penas privativas e restritivas (ART. 32 CP) e idem para as multas (ART. 49 CP) Ex: 15dias + 0.5 -> 15dias ou R$535,99 -> R$535,00. 22. Legislação especial Art. 12 CP “ As regras gerais deste Código, aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso” No conflito entre regra geral e especial, se usa sempre a especial, mesmo sendo mais rígida, baseado no critério ou principio da especialidade Ex: Art. 168 – apropriação indébita Art. 312 – peculato (apropriação indébita por funcionários públicos) 23. Conflito aparente normas Existem quatro que tentam evitar o conflito entre as normas penais: ▪ Principio da especialidade: especificado na LINDB, a norma especial prevalece em relação a norma especial. ▪ Principio da subsidiariedade: quando não for possível utilizar o tipo penal maior, aplicaremos um tipo penal menor, subsidiário. Tácito – após a análise, há a desclassificação. Ex: Drogas -> uso próprio ou tráfico. Expresso – há expressamente a menção. Ex: Art.132 “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente. Pena: detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. ▪ Princípio da Alternatividade: Crimes plurinucleares. Apresentam dois ou mais verbo do mesmo tipo, o agente responde somente por um crime Ex: lei de drogas, na lei está especificado transportar, usar, traficar. Ou induzimento, instigação ou auxilio ao suicídio.▪ Princípio da Consunção ou absorção: Há a prática de um crime, mas ele é absolvido por um outro. O crime meio absolve o crime fim. O crime consumado irá consumir o tentado. CONCURSO DE CRIMES: Nome que se dá quando a agente prática mais de um crime CONCURSO MATERIAL: O crime meio não “precisa” do crime fim, o agente respondera pelos dois crimes Ex: Assaltar um banco, mas antes matar o segurança, para pegar a roupa e ter vantagem no assalto CRIME PROGRESSIVO: Para alcançar o resultado, o sujeito passa por uma conduta que produz um evento menos grave que aquele Ex: matar alguém. Antes há o crime de lesão corporal. APLIAÇÃO PELA CONSUNÇÃO: Realiza um crime para tornar possível outro. 24. Teoria geral do crime. É a parte da dogmática jurídica-penal que estuda o crime como fato punível. ILICITO PENAL Crime Contravenção Penal = Delito (infração penal menos grave) Reclusão isoladamente Prisão simples Detenção isoladamente Multa R. + D. e multa (cumulativo) P.S e multa (cumulativo) R. + D. ou multa (alternativo) P.S ou multa (alternativo) CRIME: Toda conduta positiva (ação) ou negativa (omissão) proibida, por lei, sob ameaça de sanção (sendo o sujeito culpado). O Brasil usa a teoria tri partidária, caracterizando o crime como uma conduta típica (movimento voluntario), antijurídica e culpável. Tipicidade + ilicitude + culpabilidade. 24.1 Classificação de crime Comissão descreve uma ação enquanto o omissivo uma não ação (omissão) ▪ Crime comissivo ou praticados mediante comissão ▪ Crime comissivo por omissão ou omissivo improprio ▪ Crime omissivo próprio TIPO CRIME comissiva comissivo comissivo omissivo omissivo puro CRIME omissivo comissiva omissivo impuro ou próprios CONDUTA Artº13 CP “ O resultado, de que, depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido” Condito sine pua non >> Condição sem a qual não. CAUSA: independente não tem relação com a conduta do agente. relativamente independente causa do agente + causa externa (ex: hemofílico, causa preexistente TENTATIVA independente concomitantes o agente só responde pelo resultado que os seus supervenientes atos, até então praticados produziram causa preexistente (ex. hemofilia) responde pelo resultado relativamente concomitante (ex. infarto) produzido, de acordo com a independente superveniente (ex. infecção hospital) sua vontade (dolo) linha de desdobramento natural. que não produziu por si só o resultado. Ex: o homem levou um tiro e no caminho ao hospital, a ambulância sofre um acidente e ele morre. O agente vai responder por uma causa relativamente independente superveniente, somente pela tentativa de homicídio. Resultado pode ser jurídico ou naturalístico. Todo crime produz resultado jurídico, mas nem todo crime produz resultado natural. Antes do resultado dos crimes temos uma conduta (antecedente causal) que é ligado pelo nexo causal (relação de causalidade) Nexo causal CONDUTA RESULTADO Quando o nexo causal é crime? Adotamos o método de eliminação de THYREN, o método/ processo hipotético de eliminação é nexo causal até o ato ser suprimido e modificar o resultado. §1º Superveniência de causa independente “A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu resultado, os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou” O parágrafo 1º se refere a teoria da causalidade adequada que consiste em escabele um nexo causal apenas a conduta antecedente §2º Relação de omissão “A omissão é penalmente relevante quando o comitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) Tenha por lei a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância (Ex: bombeiro) b) De outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado (Ex: Babá, não necessita de dinheiro ou contrato) c) Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado NÃO EXISTE NEXO CAUSAL NO TIPO COMISSIVO E SIM NEXO NORMATIVO. 25. Inter Criminis: Cogitação preparação execução consumação ou tentado. *preparação só é punida quando tipificada Art.14 Diz-se crime Crime consumado I- Crime consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. Tentativa II- Tentado, quando iniciado a execução não se consuma por circunstância alheias à vontade do agente. Pena de tentativa Parágrafo único salvo, disposições em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuindo de um a dois terços. *não se aceitam tentativa de crime nos casos de: crime culposos, contravenções, preterdolosos, omissivos próprios, insubsistentes (não permanece, nem continua como injuria ou calunia), habitual(manter algo ilícito), atentado. *norma de ampliação *Crime consumado ≠ crime esgotado (exaurido) ≠ tentativa perfeita ou acabada. Art. 15º CP Desistência voluntaria e arrependimento eficaz : “ o agente que voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados” Art 16º CP Arrependimento posterior “ Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça á pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denuncia ou da queixa, por ato voluntario do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.” Art.17º CP Crime impossível “ Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar o crime” O crime pode ser impossível pela ineficácia absoluta do meio empregado pelo agente ou por impropriedade absoluta do objeto material, ou do crime putativo ou imaginário (só existe na cabeça do agente) por erro de tipo ao revés ou crime putativo ou imaginário por obra de agente provocador, crime de ensaio, de experiencia, de flagrante provocado ou preparado. Sumula 145 STF “ Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação” 26. Tipo e Tipicidade Tipo penal modelo legal de comportamento proibido, formula que pertence a lei (doloso ou culposo) Tipicidade correspondência entre o fato e a descrição da lei penal, representa a legalidade Adequação típica de subordinação imediata ou direta Elementos do tipo: descritivos ou objetivos (dispensam valoração) normativos (dependem da norma, valoração jurídica subjetivos do tipo ou do injusto 27. Dolo e Culpa Previsível Vontade Assume o risco Dolo X X X Culpa XDOLO: é um elemento implícito, subjetivo do tipo. No Brasil adotamos o dolo natural. Previsto no Art.18,I CP. “Crime doloso I- Doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” Teorias a teoria da representação – basta que o agente tenha previsto Respeito do teoria da vontade – não basta prever, tem que querer Dolo. teoria do assentimento, consentimento ou anuência. – tem que ter querido ou assumido o risco. Dolo previsível vontade dolo direto assumiu o risco dolo eventual CULPA: no strictu sensu está prevista no Art.18, II CP “ Crime culposo OU II – Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Formas de manifestação da inobservância do cuidado devido: Imprudência é uma ação, negligência é uma omissão e imperícia por profissionais. Culpa previsível achou que poderia evitar culpa consciente não tinha à vontade culpa inconsciente Culpa própria: é a culpa comum, com o resultado não previsto, embora previsível Culpa impropria, culpa por extensão, assimilação ou equiparação: resultado previsto e querido pelo agente, que incide em erro de tipo inescusável ou vencível previsto no Art.20 §1º e Art.23º, parágrafo único. culpa consciente dolo eventual não prevê o resultado além de prever, assumiu o resultado acredita que não vai causar indiferente com o resultado o resultado DOLO + CULPA É UM CRIME PRETERDOLOSO DOLO NO CRIME E CULPA NO RESULTADO (ex: bater em alguém e essa pessoa cai e bate a cabeça, levando a morte. Você teve dolo na lesão corporal e culpa na morte.) Art.19 CP “Agravação pelo resultado Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente” Afasta a responsabilidade objetiva, respondendo somente pelo crime doloso *se a norma não falar se é doloso ou culposo, adota-se o dolo por ter sido o crime previsto *não existe tentativa no crime culposo e preterdoloso. *não existe compensação de culpas *auto lesão não é punível 28. Erro. 28.1 Erro sobre elemento do tipo Art.20 CP “O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição sobre crime culposo, previsto em lei.” Ocorre quando alguém não conhece ao cometer o fato, uma circunstância que pertence ao tipo penal. Falta consciência da prática da infração, sempre afastando o dolo. Ex: Apropriação indevida sem saber se o objeto era de alguém. Namoro entre menor de idade, sem o conhecimento de uma das partes. CONSEQUENCIAS DEVIDA AO ERRO DE TIPO: Erro de tipo invencível ou essencial - escusável, justificável, inevitável Não tinha como evitar o erro, qualquer pessoa faria o erro se estivesse na mesma circunstância exclui o dolo, a culpa e a tipicidade do fato. Erro de tipo vencível ou acidental - inescusável, injustificável, evitável. Exclui o dolo, mas não a culpa. Também prevista no Art. 73 CP Erro de tipo Essencial - “não sabia” exclui o dolo acidental Acidental - quando erra “ algo “ erro sobre objeto – “error in objeto” erro sobre pessoa Art.20 §3º erro na execução Art. 73 erro diverso do pretendido Art.74 Erro determinado por terceiro está no §2 do Art.20,” Responde pelo crime o terceiro que determina o crime” 29. Exclusão de ilicitude: Art. 23 CP “Não há crime quando o agente pratica o fato: I- Em estado de necessidade II- Em legitima defesa III- Em estrito comprimento do dever legal ou no exercício do regular do direito.” 30. Estado de necessidade: Se utiliza a teoria unitária, excluindo a ilicitude Art.24 CP “Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se §1º Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo §2º Embora razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços” Para alegar estado de necessidade são necessários os requisitos do caput (ameaça real, ameaça de direito próprio ou de terceiros, situação dolosa não provocado pelo próprio, inexistência do dever de enfrentar perigo), Conduta lesiva ou fato necessitado: inevitabilidade, inexigibilidade de sacrifico, conhecimento da situação ao fato. Deve-se existir dois bens jurídicos tutelados da mesma importância, conflito entre eles. EN x EN AUSENCIA DE QUALQUER FATO, NÃO É ESTADO DE NECESSIDADE. 31. Legitima defesa: Art 25 CP “Entende-se em legitima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Requisitos: agressão injusta, atual e iminente. Direito agredido ou de terceiros, uso moderado, elemento subjetivo (dolo) Legitima defesa putativa é quando o autor imagina que está em estado de legitima defesa, ao se defender de agressão inexistente. *não existe LD x LD *não existe LD x ED *existe LD rel x LD putativa ou LD putativa x LD putativa. 32. Exercício regular de direito. Exclui a ilicitude, não há crime. Ex: prisão, intervenção médicas e cirúrgicas, violência esportiva. 33. Ofendículos É um exercício regular do direito, são artefatos não inteligíveis utilizado para resguardar o patrimônio. Ex: murros com cactos de vidro, cerca elétrica.
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