Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tecnologias de Usinagem – TUSS3 Prof. Dr. Geraldo Creci Filho gcreci@ifsp.edu.br Aula 03 TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 FLUIDOS DE CORTE Sólido? Líquido? Ou Gasoso? Os fluidos são materiais capazes de refrigerar, lubrificar, proteger e limpar a região da usinagem. Embora genericamente designados como “fluidos” de corte, os materiais que cumprem essas funções podem ser, na verdade, sólidos, líquidos ou gasosos. A diferença entre eles é que enquanto os gases só refrigeram e os sólidos apenas reduzem o atrito, os líquidos refrigeram e reduzem o atrito, daí a preferência pelos últimos. Fluido: Substância capaz de se acomodar de acordo com o formato do recipiente. TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 FLUIDOS DE CORTE LÍQUIDOS O grupo maior, mais importante e mais amplamente empregado é, sem dúvida, o composto pelos líquidos. Eles estão divididos em três grandes grupos: 1. O grupo dos óleos de corte integrais, ou seja, que não são misturados com água, formado por: óleos minerais (derivados de petróleo), óleos graxos (de origem animal ou vegetal), óleos compostos (minerais + graxos) e óleos sulfurados (com enxofre) e clorados (com cloro na forma de parafina clorada); 2. O grupo dos óleos emulsionáveis ou “solúveis”, formado por: óleos minerais solúveis, óleos solúveis de extrema pressão (EP); 3. Fluidos de corte químicos, ou fluidos sintéticos, compostos por misturas de água com agentes químicos como aminas e nitritos, fosfatos e boratos, sabões e agentes umectantes, glicóis e germicidas. TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 FLUIDOS DE CORTE LÍQUIDOS • Os óleos minerais são a base da maioria dos fluidos de corte. A eles são adicionados os aditivos, ou seja, compostos que alteram e melhoram as características do óleo, principalmente quando ele é muito exigido. • Os aditivos mais usados são os antioxidantes e os agentes EP. Os antioxidantes têm a função de impedir que o óleo se deteriore quando em contato com o oxigênio do ar. • Quando as pressões e as velocidades de deslizamento aumentam, a película de óleo afina até se romper. Para evitar o contato metal com metal, é necessário usar um agente EP. • Os agentes EP são aditivos que reagem quimicamente com a superfície metálica e formam uma película que reduz o atrito. TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 FLUIDOS DE CORTE LÍQUIDOS TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 TABELA DE FLUIDOS DE CORTE TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 TABELA DE SELEÇÃO DE FLUIDOS DE CORTE TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 VÍDEO SOBRE FLUIDOS DE CORTE TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 MANUSEIO E HIGIENE MANUSEIO DOS FLUIDOS E DICAS DE HIGIENE Os fluidos de corte exigem algumas providências e cuidados de manuseio que garantem seu melhor desempenho nas operações de usinagem: 1. Armazenamento – os fluidos devem ser armazenados em local adequado, sem muitas variações de temperatura. Além disso, eles devem ser mantidos limpos e livres de contaminações. 2. Alimentação – o fluido de corte deve ser aplicado diretamente à ponta da ferramenta com alimentação individual de cada ponta. A alimentação do fluido deve ser iniciada antes que a ferramenta penetre na peça a fim de formar uma película protetora nas superfícies envolvidas e eliminar o choque térmico/distorção. TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 MANUSEIO E HIGIENE 4. Controle de Odor – os fluidos de corte em forma de emulsão, por conterem água, estão sujeitos à ação de bactérias presentes no ar, na água, na poeira e que produzem maus odores. Esse problema pode ser diminuído por meio da constante da limpeza da oficina, pelo arejamento e pelo tratamento bactericida da emulsão. 3. Purificação e Recuperação – os fluidos de corte podem ficar contaminados por limalha, partículas de ferrugem, sujeiras diversas. Nesse caso, eles podem ser limpos por meio de técnicas de decantação e filtragem. Deve-se procurar fazer a reciclagem e seguir as normas vigentes para o descarte. TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 OPERAÇÕES E CUIDADOS COM O OPERADOR Os cuidados, porém, não devem se restringir apenas aos fluidos, mas também precisam ser estendidos aos operadores que os manipulam. Embora os processos de produção dos fluidos de corte estejam cada vez mais aperfeiçoados para eliminar componentes indesejáveis, não só no que se refere ao uso, mas também aos aspectos relacionados à saúde do usuário, o contato prolongado com esses produtos pode trazer uma série de problemas de pele, genericamente chamados de dermatite. TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 CUIDADOS COM O OPERADOR • Manter tanto o fluido de corte quanto a máquina- ferramenta sempre limpos. • Instalar nas máquinas protetores contra salpicos. • Vestir um avental/jaleco à prova de óleo. • Lavar as áreas da pele que entram em contato com os salpicos de fluido, sujeira e partículas metálicas ao menos duas vezes durante o dia de trabalho, usando sabões suaves ou pastas e uma escova macia. Enxugar muito bem com uma toalha de papel. • Aplicar creme protetor nas mãos e nos braços antes de iniciar o trabalho e sempre depois de lavá-los. • Tratar e proteger imediatamente cortes e arranhões. TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 TRAÇAGEM A traçagem, portanto, ajuda a prevenir falhas ou erros de interpretação de desenho na usinagem, o que resultaria na perda do trabalho e da peça. Por meio da traçagem são marcadas na peça pré- usinada as linhas e os pontos que delimitam o formato final da peça após a usinagem. É importante a usinagem de uma superfície de referência na peça para que a traçagem possa ser feita de forma mais precisa. Como a traçagem consiste basicamente em desenhar no material a correta localização dos furos, rebaixos, canais, rasgos e outros detalhes, ela permite facilitar a visualização das formas finais da peça. TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 TRAÇAGEM Para realizar a traçagem é necessário ter alguns instrumentos e materiais. Desempeno de Granito Solução Corante PEÇA COM TRAÇAGEM TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 INSTRUMENTOS PARA TRAÇAGEM Dependendo do formato da peça e da maneira como precisa ser apoiada, é necessário também usar calços, macacos, cantoneiras e/ou o cubo de traçagem. TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 INSTRUMENTOS PARA TRAÇAGEM Calibrador Traçador Suta Goniômetro TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 INSTRUMENTOS PARA TRAÇAGEM Compasso Escala TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 INSTRUMENTOS PARA TRAÇAGEM Martelo Punção Esquadro de Luz Esquadro de Base TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 VÍDEO SOBRE TRAÇAGEM TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 CORTAR E SERRAR Corte com Tesoura, Serra e Cinzel • Quando o material a ser cortado é mais duro, usam-se serras com mais dentes por polegada/comprimento, ou seja, uma dentição mais fina. • Quando o material a ser cortado é mais mole, usam-se serras com menos dentes por polegada/comprimento, ou seja, uma dentição mais grosseira. • Quando a espessura do material a ser cortado é menor, usa-se uma serra com mais dentes por polegada/comprimento, ou seja, uma dentição mais fina devido ao fator acabamento. TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 CORTE COM TESOURAS E GUILHOTINA . • Tesoura mecânica manual para chapas de cerca de 0,5 mm de espessura. • Tesoura de bancada para chapas de entre 1 e 1,5 mm de espessura. • Guilhotinas mecânicas para chapas de 3 mm ou maiores. TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 CORTE COM SERRA MANUAL TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 CORTE COM MÁQUINA DE SERRAR TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 CORTE COMMÁQUINA DE SERRAR TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 CORTE COM CINZEL E BEDAME Cinzel ou Talhadeira Bedame ou Buril Bedame Meia Cana TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 ÂNGULOS DE CORTE TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 LIMAGEM Apesar do uso das máquinas-ferramenta garantir qualidade e produtividade na fabricação de peças em grandes lotes, existem ainda operações manuais que precisam ser executadas em circunstâncias nas quais a máquina não é adequada. É o caso da limagem, realizada pelo ferramenteiro ou pelo ajustador e usada para reparação de máquinas, ajustes diversos e trabalhos de usinagem na ferramentaria para a confecção de gabaritos, lâminas, matrizes, guias, chavetas. TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 FERRAMENTAS DE CORTE Sempre que se realiza uma operação de corte qualquer, o resultado quase inevitável é o aparecimento de rebarbas que precisam ser retiradas. A limagem é a operação que retira essa camada extra e indesejável de material. Para isso, usa-se uma ferramenta chamada lima. A lima é uma ferramenta geralmente fabricada com aço-carbono temperado e cujas faces apresentam dentes cortantes chamados de picado. TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 CLASSIFICAÇÃO DAS LIMAS TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 CLASSIFICAÇÃO DAS LIMAS TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 LIMAS ESPECIAIS Limas-Agulhas Limas Diamantadas Limas Rotativas TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 TECNOLOGIA DE USO DAS LIMAS TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 VÍDEO SOBRE LIMAGEM TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 APLAINAMENTO Isso significa que o ciclo completo divide-se em duas partes: em uma (avanço da ferramenta) realiza-se o corte; na outra (recuo da ferramenta), não há trabalho, ou seja, é um tempo perdido. A plaina é uma máquina operatriz que apresenta movimento retilíneo alternativo (vaivém) que move a ferramenta sobre a superfície plana da peça retirando o material. Plaina de Mesa Plaina de Limadora TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 POSSIBILIDADES NO APLAINAMENTO TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 FERRAMENTAS E SUPERFÍCIES USINADAS TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 PLAINA LIMADORA A plaina se compõe essencialmente de um corpo (1), uma base (2), um cabeçote móvel ou torpedo (3) que se movimenta com velocidades variadas, um cabeçote da espera (4) que pode ter sua altura ajustada e ao qual está preso o porta- ferramenta (5), e a mesa (6) com movimentos de avanço e ajuste e na qual a peça é fixada. Plaina Limadora TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 PLAINA DE MESA A plaina de mesa é formada por corpo (1), coluna (2), ponte (3), cabeçotes porta- ferramentas (4) e mesa (6). O item de número 5 mostra onde a peça é posicionada. TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 CÁLCULO DE GOLPES POR MINUTO Para calcular o número de gpm (φ), emprega-se a fórmula: φ = 1000.Vc 2.c = 500.Vc c φ = 500.Vc c Onde: Vc é a velocidade de corte dada em m/min; c é o curso da ferramenta dado em mm. TECNOLOGIAS DE USINAGEM – TUSS3 VÍDEO SOBRE APLAINAMENTO
Compartilhar