Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
IMPÉRIO FRANCO O IMPÉRIO CAROLÍNGEO ou REINO CRISTÃO DOS FRANCOS IMPÉRIO FRANCO 1) Características: Localização: atual França (parte das Alemanha e Itália); Único reino bárbaro relativamente duradouro (400 anos); Estabeleceu provisoriamente a ordem na Europa Ocidental, após as invasões bárbaras. IMPÉRIO FRANCO 2) História: Estabelecendo-se na Gália, os francos formaram e expandiram o reino sob o governo de duas dinastias: a merovíngia (séc. V ao VIII) e a carolíngia (séc. VIII ao IX). IMPÉRIO FRANCO Dinastia Merovíngea: Meroveu - venceu os hunos na batalha dos Campos Catalúnicos, sendo aclamado rei dos Francos. Unificou as tribos, dando origem ao Império Franco. IMPÉRIO FRANCO Clóvis (496) – Neto de Meroveu Conquista da Gália. conversão ao cristianismo. Ruralização. Distribuição de terras entre clero e nobreza: Fragmentação do poder. IMPÉRIO FRANCO A conversão de Clóvis: para a Igreja significou expansão européia e segurança, libertando-se da influência dos imperadores bizantinos. IMPÉRIO FRANCO A morte de Clóvis provoca a desagregação do Império, devido as disputas entre seus quatros filhos pela sucessão dinástica. A reunificação ocorreria mais tarde, durante o reinado de Dagoberto. IMPÉRIO FRANCO Entretanto, apesar dos esforços de Dagoberto seus sucessores, chamados Reis Indolentes, governaram com incompetência e desmazelo. Devido a falta de noção de Estado e Bem Público, o costume de distribuir terras entre o clero e a nobreza levou, aos poucos, ao enfraquecimento da dinastia, ficando sujeita aos senhores feudais. Intensificou-se a ruralização da economia e consolidou-se o feudalismo. O Império franco estava ameaçado. IMPÉRIO FRANCO O fim da dinastia se dá com o aumento dos poderes do Mordomo do Paço ou Prefeito do Palácio (espécies de “prefeitos” ou primeiro ministro), sobre quem os reis indolentes despejavam toda a responsabilidade do governo. O mais famoso deles foi Carlos Martel (732), que deteu o avanço árabe na Europa (Batalha de Poitiers). IMPÉRIO FRANCO Dinastia Carolíngea Pepino, o Breve (751 – 768): Fez uma aliança com a Igreja e depôs o último rei merovíngio, Childerico III, dando início a dinastia carolíngia. Em retribuição a Igreja, apoiou o papa na luta contra os lombardos e lhe cedeu o território de Ravena (Patrimônio de São Pedro). IMPÉRIO FRANCO Carlos Magno É considerado um dos maiores expoentes da história européia. Sua atuação marca seu governo em diversos níveis: IMPÉRIO FRANCO Expansão militar: restaurou a concepção de Império ao reconquistar parte do antigo Império Romano do Ocidente. Tornou seu reino o mais extenso da Europa, em parte graças ao apoio da Igreja, com a qual foi reforçado o laço de união. O papa Leão III chegou a coroá-lo imperador do novo Império Romano do Ocidente, com vantagens para ambos. IMPÉRIO FRANCO IMPÉRIO FRANCO Administração: divisão imperial em 300 partes (condados, ducados e marcas). Condes e Duques: responsáveis pelos territórios do interior (condados) e da periferia (ducados), faziam cumprir as capitulares, e cobravam impostos. Marqueses: defender e administrar as fronteiras do império (Marcas). Missi-dominici: inspetores reais, fiscalizavam os administradores. IMPÉRIO FRANCO Legislação: emitiu inúmeros decretos considerados as primeiras leis escritas da Idade Média, onde tentava uniformizar a administração do império como respeitar as tradições. Ficaram conhecidos como Capitulares, por terem sido divididos em capítulos. IMPÉRIO FRANCO Política: apesar de manter o sistema de doação de terras, dando continuidade ao processo de feudalização, manteve um temporário controle com forte centralização ao arrolar as doações de terras obrigações e compromissos de lealdade para com o rei-suserano (suserania e vassalagem). IMPÉRIO FRANCO Cultura: parte de seus decretos falavam do ensino. Compreendia que a cultura eterniza civilizações e deu início a um grande desenvolvimento cultural denominado Renascimento Carolíngio. Com a colaboração da Igreja, propiciou a fundação de escolas e deu novo impulso as artes, filosofias e ciências. Seu maior mérito se deve a preservação de diversas obras da Antigüidade Clássica, pacientemente copiadas pelos alunos das escolas eclesiásticas. IMPÉRIO FRANCO 3) O fim do Império Carlos Magno morre em 814, deixando o trono para seu filho, Luís, o Piedoso, que viria a morrer em 841. Este deixou três filhos cujas batalhas pela sucessão esgotaram o império. IMPÉRIO FRANCO A fim de solucionar a questão sucessória, assinaram em 843 o Tratado de Verdun, dividindo o império em três partes: França Ocidental (atual França) para Carlos, o calvo; França Central (do centro da atual Itália até o mar do Norte) para Lotário; França Oriental ou Germânica (atual Alemanha) para Luís, o germânico. IMPÉRIO FRANCO IMPÉRIO FRANCO Essa divisão contribuiu ainda mais para o enfraquecimento do poder real e conseqüente fortalecimento do feudalismo, reforçado pelas novas invasões bárbaras do séc. IX: NORTE - Normandos ou vikings: vindos da Dinamarca, atacavam o litoral norte da Europa. A pacificação se deu em 911, onde o rei Carlos, o Simples, cedeu a Normandia (beneficium) ao chefe viking em troca de sua fidelidade (vassalagem). LESTE - Magiares ou húngaros: pilhagem. SUL - Muçulmanos: a expansão árabe os levou ao controle do mar Mediterrâneo e da península Ibérica, isolando o resto da Europa da Ásia e da áfrica. IMPÉRIO FRANCO A FEUDALIZAÇÃO As invasões tornaram a Europa uma “região de ninguém”. A insegurança e a falta de poder dos reis levavam a fortificação individual de vilas e castelos. Os nobres tornam-se insubmissos a vontade monárquica enfraquecida após o Tratado de Verdun. O comércio torna-se impraticável e a sobrevivência vem da terra. A agrarização da economia é acompanhada pela ruralização da sociedade. Nesse sistema, o poder está na propriedade, e quem nela trabalha e submetido a vontade do proprietário: o senhor feudal. Num quadro assim sombrio, resta ao povo voltar-se para os céus, na busca de conforto e esperança. O problema, é que o céu já tinha dono...
Compartilhar