Buscar

O IMPÉRIO BIZANTINO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO EDUCACIONAL PH3
DISCIPLINA: HISTÓRIA
PROFESSORA: ANDRÉA DE MENDONÇA SENA
TURMA: 6º C
PESQUISA SOBRE IMPÉRIO CAROLÍNGIO, IMPÉRIO BIZANTINO E FEUDALISMO
JOÃO VICTOR VASCONCELOS DA SILVA OLIVEIRA
PARNAMIRIM/RN - 2020
O IMPÉRIO BIZANTINO
O que foi o Império Bizantino?
O Império Bizantino, que também ficou conhecido como Império Romano do Oriente, foi uma das organizações políticas mais importantes e duradouras do mundo antigo e medieval, já que durou de 395 a 1453 d.C. A história do império bizantino começou com a fundação da cidade de Constantinopla sobre o que havia sido até então Bizâncio – uma antiga colônia grega, fundada em 657 a.C. O fundador de Constantinopla, Constantino, o Grande, filho de Constâncio Cloro, foi aclamado um dos imperadores romanos em julho de 306 d.C., após a morte de seu pai, Constâncio Cloro.
O Império Bizantino surgiu quando o imperador romano Constantino I decidiu construir sobre a antiga cidade grega de Bizâncio uma nova capital para o Império Romano, mais próxima às rotas comerciais que ligavam o Mar Mediterrâneo ao Mar Negro, e a Europa à Ásia.
Além disso, já havia algum tempo que Roma era preterida por seus imperadores que optavam por outras sedes de governo, em especial cidades mais próximas das fronteiras ou onde a pressão política fosse menor. Em geral, eles tendiam a escolher Milão, mas as fronteiras que estavam em perigo na época de Constantino eram as da Pérsia ao Leste e as do Danúbio ao norte, muito mais próximas da região dos estreitos.
· Divisão do Império Romano e guerras civis
Nessa época, toda a extensão do Império Romano estava vulnerável ao ataque de bárbaros do Norte e também de povos do Oriente, como a dinastia sassânida da Pérsia. No ano de 285, o imperador Diocleciano dividiu o império em duas partes, a oriental e a ocidental. Cada parte passaria a ser governada por duas autoridades, um Augustus e um Caesar (sucessor automático do primeiro), tendo o império, portanto, quatro chefes de Estado. Constâncio Cloro era um dos césares e governava as regiões da Hispânia, Gália e Britânia. Quando um césar morria, sucedia-o geralmente o herdeiro de sangue. Foi o que ocorreu em 306, com Constantino ascendendo ao poder na parte Ocidental.
Entretanto, o então Augustus da mesma parte, Maxêncio, declarou-se único imperador, desautorizando Constantino. Isso levou à primeira leva de guerras civis que marcaria os anos seguintes. Constantino venceu Maxêncio em outubro de 312, na batalha de Mílvio. Foi nessa ocasião que os soldados de Constantino apareceram com o símbolo da cruz e das letras gregas “Chi” e “Rô” (iniciais de Christos) em seus escudos. O uso desses símbolos nessa batalha tem a ver com o famoso sonho que Constantino teria tido, no qual Cristo apareceu a ele e lhe disse que com aquele sinal (a Cruz) ele venceria. O fato é que o jovem césar venceu e apossou-se da cidade de Roma. No ano seguinte, publicou o Édito de Milão, que declarava oficialmente a tolerância a qualquer credo religioso – uma forma de inibir qualquer perseguição aos cristãos.
O lado oriental do Império, a essa altura, havia sido unificado pelo cunhado de Constantino, Licínio. Todavia, já em 314 os dois imperadores tiveram seu primeiro conflito, do qual Constantino saiu com importantes vantagens, como a posse de regiões como a Macedônia e a Grécia. As rusgas entre um e outro imperador duraram dez anos até que, em 324, Constantino subjugou definitivamente Licínio na Batalha de Crisópolis.
· Constantinopla, a “Nova Roma”
Com a vitória sobre Licínio, Constantino conseguiu novamente reunificar as duas partes do Império Romano, divididas por Diocleciano. Mas, apesar de teoricamente dar continuidade ao legado tradicional latino (incluindo seus aspectos culturais e institucionais), Constantino anunciava também elementos novos. O principal desses elementos era a fundação de uma nova capital imperial no Oriente.
A fundação de uma nova capital tinha um papel estratégico, já que havia uma pressão enorme das hordas de bárbaros sobre a velha Roma, e outras cidades do Ocidente também poderiam ser alvos fáceis desses ataques. Mas havia também um elemento de inauguração de uma nova era. A cidade escolhida foi Bizâncio, onde confluíam as tradições intelectuais helenísticas – em que o grego era o idioma principal – e as tradições institucionais romanas. Além disso, estar situada na Anatólia (Ásia Menor), um dos berços da expansão cristã primitiva, fazia de Bizâncio um lugar para dar seguimento a uma espécie de “política cristã” com os bispos da Igreja – que já possuíam autoridade intelectual e espiritual bastante forte à época.
Bizâncio foi, de 326 a 331, inteiramente reformada e preparada para ser a “nova Roma”. Ao fim dessa preparação, foi renomeada, passando a se chamar Constantinopla, em homenagem ao imperador.
Constantino faleceu em 337. Sucedeu-o seu filho, Constantino II, e a este se seguiram mais seis imperadores até a ascensão de Teodósio I, que finalmente tornou o Cristianismo a religião oficial do Império Bizantino por meio de um decreto, em 380. Em 391, o paganismo foi completamente proibido nas extensões do Império Romano. Com a morte de Teodósio, em 395, o Império foi novamente dividido. Seus dois filhos, Arcádio e Honório, ficaram cada um com uma parte, a Oriental e a Ocidental, respectivamente.
· Desenvolvimento do Império Bizantino
Nos séculos seguintes, o Império Bizantino, concentrado apenas na parte oriental dos antigos domínios romanos, acabou por desenvolver alguns elementos que lhe seriam característicos e o distinguiriam da tradição ocidental. Entre esses elementos, estavam: 
1) a oficialização da língua grega em detrimento do latim; e 
2) o cesaropapismo, isto é, a convergência do poder político e do poder espiritual na pessoa do imperador.
Entre os grandes imperadores que o Império Bizantino teve, Justiniano foi um dos mais célebres. Foi esse imperador que, durante o século VI, confrontou os persas sassânidas a Oeste, conseguindo retomar pontos importantes do império; lutou contra a heresia ariana (que tinha muita força política dentre do império), ergueu o templo da Hagia (Santa) Sofia – até hoje de pé, na atual Istambul; solidificou as instituições imperiais, entre outros pontos.
O Império Bizantino também entrou em diversos conflitos com os cristãos ocidentais – como foi o caso da Quarta Cruzada – e contra os muçulmanos, que passaram a empreender uma agressiva expansão a partir do século VII. Foram esses últimos que, em 1453, sob o comando do sultão Mehmet II, conseguiram subjugar Constantinopla e dar fim ao Império Bizantino.
O Império Bizantino ou Reinado Bizantino, inicialmente conhecido como Império Romano do Oriente ou Reinado Romano do Oriente, sucedeu o Império Romano (cerca de 395) como o império e reinado dominante do Mar Mediterrâneo.
Sob Justiniano I, considerado o último grande imperador romano, dominava áreas no atual Marrocos, Cartago, sul da França e da Itália, bem como suas ilhas, Península Balcânica, Anatólia, Egito, Oriente Próximo e a Península da Crimeia, no Mar Negro. Sob a perspectiva ocidental, não é errado inserir o Império Bizantino no estudo da Idade Média, mas, a rigor, ele viveu uma extensão da Idade Antiga.
Os historiadores especializados em Bizâncio em geral concordam que seu apogeu se deu com o grande imperador da dinastia Macedônica, Basílio II Bulgaroctonos (Mata-Búlgaros), no início do século IX. A sua regressão territorial gradual delineou a história da Europa medieval, e sua queda, em 1453, frente aos turcos otomanos, marcou o fim da Idade Média.
O declínio
A maré de sorte do Império, entretanto, parecia ter acabado. Em 1071, o imperador bizantino Diógenes IV foi vencido e capturado pelos turcos seljúcidas na Batalha de Manzikert. Essa batalha marcou a desintegração do sistema defensivo que durante séculos protegeu a Ásia Menor e a entrada dos turcos na península anatólica. Com isso o Império perdeu até um terço de sua população e recursos.
Por mais que a dinastia subsequente, aquela dos Comneni, tentasserecuperar o Império, ataques do ocidente e do norte e a própria sorte dos imperadores impediram isso. A Península Itálica estava definitivamente perdida. O declínio do Império veio acompanhado de uma subserviência comercial aos interesses ora da República de Veneza (com a qual o próprio Basílio II assinou um tratado), ora da República de Gênova, até que finalmente Veneza desviou a Quarta Cruzada para Constantinopla, que caiu frente aos cruzados em 1204.
Três Estados com governantes bizantinos surgiram depois da primeira "queda" de Constantinopla:
· O Império de Niceia
· O Despotado do Épiro
· O Império de Trebizonda
Destes, é o Império de Niceia que é considerado o verdadeiro sucessor. Governado por imperadores fortes e bons, se tornou a primeira potência territorial na Ásia Menor. A agricultura se desenvolveu, assim como o comércio, e várias cidades na Europa foram recuperadas. Os Paleólogos, faltando com o seu juramento de lealdade, assassinaram o legítimo imperador e depuseram a dinastia dos Vatatzes-Laskaris. Miguel VIII Paleólogo fez uma aliança com Gênova e conseguiu reconquistar a antiga capital do Império Bizantino no dia 25 de julho de 1261.
Contudo a dinastia dos Paleólogos não conseguiu recuperar a antiga glória imperial. A retirada de tropas da Ásia para a defesa e reconquista da Europa abriu caminho para os vários emirados turcos, inclusive aquele dos Otomanos, se instalarem em antigos territórios do Império de Niceia.
Sem os territórios asiáticos e com a colonização comercial de Veneza e Gênova, o destino do Império estava selado. Especialmente prejudicial era colônia genovesa de Pera, que, instalada de frente a Constantinopla, dominava o comércio local, importante para os bizantinos. Apesar de várias tentativas de obter apoio ocidental, culminando com a promessa de união entre a Igreja Católica Romana, com sede em Roma, e a Igreja Católica Ortodoxa, com sede em Constantinopla, no Concílio de Ferrara/Florença, poucos foram os resultados. A cruzada pregada pelo papado para o resgate da Nova Roma foi vencida pelos otomanos. A viagem do imperador João VIII ao Ocidente não rendeu frutos, apesar dele ter sido muito bem tratado nos reinos ocidentais.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/imperio-bizantino.htm
https://www.sohistoria.com.br/ef2/bizantino/p2.php
O FEUDALISMO
O Feudalismo foi uma organização econômica, política e social baseada na posse da terra - o feudo - que predominou na Europa Ocidental durante a Baixa Idade Média.
As terras e títulos de nobreza eram doadas pelo rei como recompensa aos líderes por terem participado de batalhas.
O feudo era uma grande propriedade rural que abrigava o castelo fortificado, as aldeias, as terras para cultivo, os pastos e os bosques.
Teve origem no Império Carolíngio, quando o rei precisava de aliados defender suas extensas fronteiras. A partir do séc. IX quando o este império se desintegra, o que sobra são várias regiões independentes entre si governadas por um nobre.
Características do Feudalismo
Sociedade Feudal
A sociedade, no feudalismo, era denominada estamental porque era composta por camadas sociais que se diferenciavam pelos privilégios que possuíam.
Quase não existia mobilidade social e passar de um estamento social para outro era praticamente impossível.
Existiam três estamentos sociais – nobreza, clero e servos.
Nobreza
A nobreza era proprietária de terras e recebia o nome de senhores feudais. Estes aplicavam as leis, concediam privilégios, comercializavam com os vizinhos, administravam a justiça, declaravam a guerra e faziam a paz.
No topo da nobreza estava o rei, que concentrava pouco poder político, pois este era dividido entre o monarca e os senhores feudais. No entanto, o monarca tinha prestígio junto aos outros senhores feudais.
Clero
A Igreja se tornou a mais poderosa instituição feudal, pois era proprietária de vastas extensões de terra, além de influenciar as relações sociais.
Segundo ela, cada membro da sociedade tinha uma função a cumprir em sua passagem pela terra. A função do nobre era proteger militarmente a sociedade, a do clero, rezar e a do servo, trabalhar.
Além disso, os mosteiros medievais foram responsáveis pela conservação de manuscritos sobre literatura, filosofia e ciência, apoiavam os viajantes e acolhiam os doentes.
Servos
O trabalho estava fundamentado na servidão, com os camponeses presos à terra e subordinados a uma série de obrigações desde impostos e serviços.
Por outro lado, os senhores feudais deveriam protegê-los em caso de ataques.
Além dos servos havia outros trabalhadores como:
· Vilões: homens livres que moravam na vila, mas podiam prestar serviços ao senhor feudal e tinham permissão para trocar de propriedade;
· Ministeriais: ocupavam a administração da propriedade feudal e podiam ascender socialmente, chegando à condição membros da pequena nobreza.
· Escravos: em geral eram empregados no serviço doméstico. Nesta época era comum os cristãos escravizarem muçulmanos e vice-versa.
As condições de vida nos domínios feudais eram rudes e mesmo a nobreza não vivia luxuosamente.
A vida dos servos era miserável em todos os sentidos. Os servos e mesmo os senhores feudais não sabiam nem ler nem escrever, porém o clero era o único estamento social que tinha acesso ao estudo.
Economia feudal
A economia no feudalismo se caracterizava pela produção autossuficiente, pois se destinava ao consumo local e não ao comércio em larga escala.
Na época de boas colheitas, os excedentes eram trocados em feudos vizinhos ou nas feiras que ocorriam nas cidades. Muitas vezes o comércio ocorria através do intercâmbio de gêneros e não moedas; porém, estas existiam e eram emitidas por cada feudo.
Iluminura medieval em que servos oferecem peças de um animal ao senhor feudal.
Política feudal
O poder político no feudo era exercido pelo senhor feudal, que possuía exército, cobrava impostos e distribuía a justiça. No entanto, sua obrigação era proteger os servos e, para isso, construía um castelo fortificado, em torno do qual se desenvolvia a comunidade.
Quando um senhor feudal necessitava apoio para a guerra, fazia alianças com nobres menos poderosos. Através de um juramento de fidelidade - chamado "homenagem" - o senhor feudal com mais recursos se tornava suserano e o outro, vassalo. Em retribuição, este recebia terras ou as rendas de algum pedágio ou do moinho, por exemplo. Porém, por sua parte, o vassalo deveria defender o suserano e acompanhá-lo em caso de conflito.
Importante lembrar que os membros do clero poderiam ser senhores feudais. Os mosteiros, além do edifício religioso, possuíam grandes extensões de terra para seu sustento.
Como ocorriam as concessões de terra?
Um feudo podia ser obtido das seguintes maneiras:
· Concessão do rei ou de um senhor feudal: para compensar os serviços de um nobre ou de um cavaleiro destacado e assim conseguir a vassalagem;
· Casamentos: assegurava a fidelidade dos senhores feudais e garantia que a terra continuaria na mesma família;
· Guerras: quando os laços de vassalagem eram rompidos, uma família não tinha herdeiros ou mesmo por desejar expandir suas terras era comum fazer guerras para obter mais territórios.
Crise do feudalismo
O feudalismo sofreu grandes transformações a partir do século XIII.
Nesta época, o desenvolvimento do comércio e das cidades ampliaram as fontes de renda. À medida que o poder foi se concentrando nas mãos de um único rei, as vilas e cidades conquistaram mais autonomia. O soberano, então, lhes concedia diversas imunidades, como isenção fiscal e jurídica, o que diminuía a importância do feudo.
Com isso, o dinheiro começou a adquirir mais valor do que a terra e as relações de produção passaram a ser baseadas no trabalho livre e assalariado, e houve o surgimento de novas camadas sociais, como a burguesia.
O crescimento populacional foi um dos fatores responsáveis pelas mudanças no sistema feudal de produção. À medida que crescia a população, aumentava a necessidade de ampliar a área de plantio e desenvolvernovas técnicas agrícolas.
Para aumentar o terreno de cultivo, os senhores feudais passaram a cercar as terras comunais, ou seja, as áreas que eram utilizadas por todos os servos. Alguns deles arrendaram as terras, enquanto outros passaram a vender a liberdade aos servos ou a expulsá-los do feudo, colocando em seu lugar trabalhadores assalariados.
Isto acabou gerando revolta entre os camponeses que responderam de forma violenta. Outro fator de êxodo rural foi o próprio crescimento das cidades que se tornava mais atrativa para muitos servos.
O processo de mudança do sistema feudal pelo sistema capitalista foi lento e gradual, e ocorreu junto com o renascimento comercial, a centralização monárquica e o aparecimento da burguesia.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
https://www.todamateria.com.br/feudalismo/#:~:text=O%20Feudalismo%20foi%20uma%20organiza%C3%A7%C3%A3o,por%20terem%20participado%20de%20batalhas.
O IMPERIO CAROLÍNGIO
O Império Carolíngio foi formado a partir da coroação de Pepino, o Breve, em 751, embora se considere que seu pai, Carlos Martel, já era poderoso o suficiente, apesar de não ser rei. Os carolíngios eram uma dinastia que fazia parte do Reino dos Francos e substituiu a decadente dinastia merovíngia.
O principal reinado carolíngio foi o de Carlos Magno, caracterizado como uma real tentativa de restaurar um império grandioso tal qual o Império Romano do Ocidente. Carlos Magno reformou a administração do reino e realizou muitas conquistas territoriais. Após a morte de seu filho em 843, o Império Carolíngio nunca mais foi o mesmo.
Formação dos carolíngios
O Império Carolíngio é uma designação moderna para se referir à dinastia carolíngia, que governou territórios dos francos entre os séculos VIII e X. Então, quando falamos de carolíngios, estamos, na verdade, falando de francos, um povo germânico que se estabeleceu na região da Gália, por volta do século V, durante o processo de desagregação do Império Romano do Ocidente.
Pepino, o Breve, foi o primeiro rei carolíngio. Foi coroado após destituir o último rei merovíngio em 751.
A ascensão dos carolíngios ocorreu ao longo do século VIII à medida que os reis merovíngios se enfraqueciam. Tiveram como grande destaque o rei Carlos Magno, e historiadores como Jacques Le Goff consideram que os carolíngios realizaram uma das primeiras tentativas de unificar a Europa sob o comando de apenas um povo.
A história do Reino dos Francos se iniciou quando Clóvis I tornou-se rei em 481, dando início à dinastia dos merovíngios. Por meio dele as tribos francas foram unificadas sob seu comando, e o cristianismo se consolidou como a grande religião na Europa Central, quando Clóvis se converteu a essa religião. Clóvis foi filho de Quilderico I, rei de uma das tribos francas antes de sua unificação.
Os francos estabelecidos na Europa Central formaram esse reino, e a dinastia merovíngia se estendeu até o século VIII. Acontece que, nesse período, a ineficácia do comando de muitos reis merovíngios fizeram com que essa dinastia se enfraquecesse a ponto de que os últimos reis ficassem conhecidos como “reis inúteis” e “reis preguiçosos”, conforme diz Le Goff.
Com o passar do tempo, a administração do rei passou a ser realizada por figuras conhecidas como “mordomos do palácio”, também chamados como “prefeitos do palácio”. Carlos Martel, por exemplo, era considerado praticamente rei, uma vez que o poder era exercido plenamente por ele. Ele, assim como outros mordomos, pertenciam à família Pippinides, uma família que ocupava a função de mordomo de maneira hereditária.
Carlos Martel foi particularmente poderoso e influente porque ele havia liderado tropas francas na luta contra os muçulmanos na Batalha de Poitiers. A vitória franca marcou o fim do avanço muçulmano na Europa.
O filho de Carlos Martel, chamado Pepino, o Breve, aproveitou-se desse poderio legado a ele, aliou-se com a Igreja Católica e, por meio dos papas Zacarias e Estevão II, conseguiu tornar-se rei. Apoiado também pelos nobres francos, ele destituiu o último merovíngio do trono. Em 751, Quilderico III foi derrubado, e Pepino, o Breve, tornou-se rei franco. Era o início da dinastia carolíngia.
Pepino, o Breve, teve o seu poder sobre o trono franco reconhecido pela Igreja Católica e, em troca, ele reconhecia o direito da Igreja de deter terras ao redor de Roma. Foi um acordo que garantiu posses à Igreja e poder político e títulos para os carolíngios. Pepino reinou de 751 a 768, ano que seus filhos Carlomano I e Carlos Magno assumiram o trono, cada um dominando uma parte diferente do reino. A morte de Carlomano I em 771 permitiu a Carlos Magno unificar o reino sob seu comando.
Reinado de Carlos Magno
Trono de Carlos Magno que ficava na capital do Império, Aachen
Quando falamos de Império Carolíngio, é inevitável falarmos de Carlos Magno. Ele teve um longo reinado, foi um dos reis mais poderosos da Idade Média, obteve grandes conquistas territoriais, procurou reforçar o seu poder como rei, realizou importantes reformas em seu reino e representou uma tentativa de unificação da Europa Ocidental sob o comando dos carolíngios.
Na questão administrativa, Carlos Magno lidava com um grande problema: a fragmentação do poder real. O rei nesse período não era aquela figura absoluta que existiu durante a Idade Moderna, portanto era necessário que o rei usasse certos mecanismos para fazer valer o seu poder. Ele procurou reforçar suas ordens e os aparatos usados por seus enviados.
Para isso, ele apelou para a escrita, algo que não era comum entre os povos de tradição germânica. Parte das leis reais começou a ser escrita e enviada em documentos, que ficaram conhecidos como ordenanças ou capitulares. Ele também não hesitou em usar a força quando necessário, e Le Goff fala que ele chegou a ordenar a morte de 4500 pessoas em uma rebelião que aconteceu em Verden.
Para garantir o apoio dos nobres, Carlos Magno distribuía o poder e a riqueza entre esse grupo. As terras francas foram divididas em muitos condados, e a administração de cada uma dessas terras era atribuição dos condes. Essa prática de fornecer terras em troca de serviço e fidelidade deu origem à relação de suserania e vassalagem.
Manter os condes sob o seu controle era uma missão fundamental e, para isso, Carlos Magno contava com funcionários conhecidos como “missi dominici” ou “enviados do senhor”. Esses funcionários tinham a função de informar o rei sobre o que os condes faziam.
Carlos Magno também buscou reforçar o seu poder por meio de uma aliança com a Igreja Católica e buscava diferenciar-se a partir da erudição. Ele incentivou consideravelmente o desenvolvimento da alfabetização e das artes em seu reino. Alguns historiadores chegam a considerar o investimento de Carlos Magno como parte de uma “renascença carolíngia”.
· Expansão territorial
A guerra foi uma parte fundamental do sucesso do reinado de Carlos Magno.
Todas essas ações de Carlos Magno aconteceram com o objetivo de fortalecer o reino, dando unidade e reforçando a autoridade real. Isso porque Carlos Magno percebeu que o Império Carolíngio estava cercado de ameças. A sudoeste, os muçulmanos; ao sul, os lombardos; a nordeste, os saxões; a leste e sudeste, os ávaros e eslavos.
Como ameaças não faltavam, Carlos Magno, além de garantir o fortalecimento do reino para se proteger, partiu para o ataque. Seu reinado foi permeado de guerras do início ao fim e, somente em 2 anos (790 e 807), de 46 de reinado, não houve nenhum tipo de campanha militar. Para garantir o seu sucesso em guerra, Carlos Magno contava com todos os súditos possíveis. Le Goff diz que ele chegou a montar um exército de 50 mil homens, um número muito expressivo na Idade Média|4|.
Entre todas as guerras travadas pelos carolíngios no reinado de Carlos Magno, a mais significativa foi a vitória sobre os lombardos, um povo germânico que era cristão, mas que constantemente atacava as terras da Igreja Católica. Carlos Magno, em socorro a Roma, atacou os lombardos, derrotando o rei Desidério e se autoproclamando rei dos lombardos.
Adisposição de Carlos Magno para reforçar a influência do cristianismo ocorreu em outras demonstrações, como as conversões forçadas. Os que se recusavam a se converter eram mortos. Outras lutas travadas — e vencidas — por Carlos Magno ocorreram contra bretões, ávaros e saxões.
Interior da catedral que faz parte do Palácio de Carlos Magno, em Aachen.
Durante essa expansão, Carlos Magno escolheu Aachen (ou Aix-la-Chapelle, em francês) para ser a capital de seu império. Lá ele ordenou a construção de um grande palácio, símbolo de seu poder. Ele tentou tornar a capital um símbolo de sua autoridade, mas essa cidade entrou em declínio depois que ele morreu.
Carlos Magno também promoveu campanhas militares na Península Ibérica, mas as dificuldades nas lutas contra muçulmanos e bascos fizeram com que ele não tivesse grandes conquistas por lá. De toda forma, as grandes conquistas de Carlos Magno e seu esforço para defender a Igreja fizeram com que Leão III o nomeasse como Imperador do Ocidente em 800.
Decadência do Império Carolíngio
A morte de Carlos Magno aconteceu em 814 e, depois disso, o Império Carolíngio se enfraqueceu. O seu filho, Luís, o Piedoso, governou o reino até 843, mas como não tinha a mesma competência de seu pai, foi enxergado como um rei fraco e que contribuiu para enfraquecer o poder da dinastia carolíngia. Depois que ele morreu, o território carolíngio se fragmentou, e o último rei carolíngio foi substituído pelas Capetos no final do século X.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/imperio-carolingio.htm

Mais conteúdos dessa disciplina