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Victor Cruz Rodrigues – DRAA/IZ 36 5 MEDIDAS MORFOFUNCIONAIS A beleza de um animal reside no conjunto e nos detalhes, na relação adequada entre as regiões do corpo e na harmonia da conformação. O animal não pode ser desproporcional, embora a observação esteja limitada à apreciação visual sem a tomada direta das medidas no animal. Em bovinos, há entre machos, fêmeas e castrados de uma mesma raça diferenças mais evidentes do que nos equinos, por exemplo. Essas medidas ficam mais acentuadas a medida que o animal fica mais velho e sua aptidão mais nítida. O método das medidas morfofuncionais é um auxiliar nos julgamentos, uma vez que aumenta a precisão nas avaliações entre indivíduos, se comparado com o método de apreciação visual. É um método complementar realizado por meio de fitas métricas, hipômetros, bengalas métricas, compassos e outros apetrechos. Nos julgamentos este método pode ser associado à pontuação, obrigando o juiz a dar o valor que cada característica merece e tornando os julgamentos mais precisos. Para que as medidas possam ser realizadas com maior segurança é preciso que o animal seja colocado sobre uma superfície plana, bem aprumado, de modo que o bordo superior do pescoço e a cabeça fiquem no prolongamento da linha dorsal. Pode- se ainda marcar as extremidades das medidas com lápis próprio para diminuir o erro no momento da mensuração. Deve-se ter o entendimento que não existe uma simetria perfeita das partes de um animal. Por exemplo, há normalmente uma ligeira diferença a favor da altura do trem posterior de uma vaca em relação a altura do trem anterior em centímetros, enquanto no macho essa diferença é inversa, isto é, o trem anterior é ligeiramente mais alto que o posterior. Ambas as características são sexuais secundárias. Medidas absolutas não permitem comparações e é por esta razão que devem ser relacionadas a uma outra medida padrão para que se possa ter uma avaliação consistente em fração ou porcentagem, como por exemplo, as medidas de altura da cernelha ou de comprimento do animal. As principais mensurações em adultos estão descritas, a base óssea está exibida nas Figuras 1 e 2, enquanto as principais medidas morfométricas de comprimento e de largura estão delimitadas nas Figuras 3 e 4. 5.1 MEDIDAS DE COMPRIMENTO Comprimento occipito-isquial – distância entre a protuberância occipital (marrafa) até a tuberosidade isquiática. Comprimento do corpo – distância entre a extremidade anterior da espádua e a ponta ou extremidade posterior da nádega. Comprimento do peito – distância entre a ponta anterior da espádua até o ponto mais saliente da última costela (13ª). Comprimento da garupa – distância entre a borda anterior da anca até a extremidade das nádegas ou tuberosidade isquiática. Exterior e raças de bovinos e bubalinos 37 Os ossos de um bovino estão exibidos nas Figura 1 e 2, para que se possa notar as bases internas do exterior, bem como as bases para as medidas morfométricas. FIGURA 1 – Nomenclatura dos ossos de uma vaca, base do exterior (Millen, 1975) 5.2 MEDIDAS DE ALTURA Altura da cernelha – distância vertical entre a cernelha e o solo. No zebu, esta medida deve ser tomada imediatamente atrás do cupim. Altura ou profundidade do peito ou profundidade do tórax – distância entre a cernelha em sua porção mediana ao externo ou cilhadouro (atrás da ponta do cotovelo no esterno até o dorso). Altura nas ancas– distância do início da garupa ou extremidade superior das ancas ao solo. Altura do dorso – distância do centro dorso ao solo. Altura ou profundidade do corpo – distância da anca até a região inguinal. Victor Cruz Rodrigues – DRAA/IZ 38 FIGURA 2 – Ossos da cabeça de um bovinos (Millen, 1975). 5.3 MEDIDAS DE LARGURA Largura do peito – distância em linha reta entre os pontos atrás das espáduas ou na metade da profundidade do tórax. Largura nas ancas – distância de uma anca a outra ou entre os ângulos externos dos ílios. Largura nas articulações coxo-femurais ou da bacia – distância entre os ângulos externos das articulações coxo-femurais. Exterior e raças de bovinos e bubalinos 39 Largura na ponta das nádegas – entre as bordas externas das duas tuberosidades isquiáticas. Largura do tórax – distância entre as duas linhas laterais que passam pelos ângulos dorsais das espáduas. Largura do costado – distância entre dois pontos situados no meio dos costados. Perímetro torácico – linha que saindo da cernelha, passando pelo cilhadouro e retornando à cernelha um pouca atrás. Perímetro da canela – medido no meio do canela anterior, na sua parte mais fina. FIGURA 3 – Principais medidas de comprimento, altura e perímetro: 1-Comprimento occipito-isquial, 2-Comprimento do corpo, 3-Altura na cernelha, 4-Profundidade do peito, 5-Perímetro torácico, 6-Altura nas ancas ou rins e 7-Perímetro da canela. 5.4 MEDIDAS SUPLEMENTARES Comprimento do flanco – distância entre a borda posterior da última costela, próxima do ângulo com o processo transverso até a face externa da anca. Comprimento do lombo ou rim – distância entre a extremidade do lombo até a borda anterior do sacro. Comprimento do pescoço – distância entre a protuberância occipital até a dobra do garrote ou cernelha. Comprimento do dorso – distância entre a primeira e a última apófise espinhosa dorsal. Victor Cruz Rodrigues – DRAA/IZ 40 Comprimento do trem anterior – distância entre a ponta da espádua anterior a face posterior da espádua anconéia. Comprimento do corpo mediano – distância entre a borda posterior da espádua até a vertical rebaixada da borda anterior da anca. Largura do peitoral – distância entre as protuberâncias laterais anteriores das articulações das espáduas. Largura nos rins ou do lombo – Distância entre as apófises transversais das vértebras lombares. Largura da cauda – distância entre as bordas externas da base da cauda. Altura no cotovelo – medida vertical entre o cotovelo e o solo. Altura no joelho – distância vertical entre o meio do joelho e o solo. Altura do sacro – distância vertical entre o sacro e o solo. Altura da cauda – distância da face superior da cauda ao solo. Altura do esterno ao solo – distância vertical entre o esterno e o solo, atrás dos membros anteriores. Altura da articulação coxo-femural – distância vertical entre a rótula e o solo. Altura da ponta das espáduas – distância vertical entre a metade da articulação escápulo-umeral ao solo. Altura do jarrete – distância entre o meio da articulação do jarrete ao solo. Altura da soldra – distância entre a extremidade inferior da rótula e o solo. Comprimento do fêmur – distância entre a extremidade do trocanter até a ponta da rótula. Comprimento da cabeça – distância entre o meio da marrafa e o meio do lábio superior Comprimento da tíbia – distância entre a rótula até o meio do jarrete. Comprimento da canela – distância entre o meio do jarrete ou joelho até o meio do boleto. Comprimento da espádua – distância entre a borda superior desta até o meio da articulação escapular. Comprimento do braço – distância entre o meio da articulação escápulo-umeral até a tuberosidade superior externa do rádio. Comprimento do ante-braço – distância entre a tuberosidade superior externa do rádio até o meio da articulação do joelho. 5.5 MEDIDAS DE ÂNGULOS Para se executar as medidas, cuidados devem ser tomados para eliminar erros como a repleção do tubo digestivo e a gestação, devendo o animal estar em jejum. A medição deve ser feita com o animal sobre o piso horizontal, com a cabeça no prolongamento da linha superior do dorso. Uma medida possível de ser utilizada é o ângulo formado pela última costela com a horizontal ou processo transverso, estando este na horizontal. Esta medida deveser tomada com a 13a costela, mas pode ser formado com a 12ª costela, cujo ângulo é ligeiramente inferior ao obtido com a 13ª. Quanto mais vertical for a costela com a horizontal ou mais próximo de 900, menor será o arqueamento, Exterior e raças de bovinos e bubalinos 41 consequentemente, menor a capacidade respiratória e digestiva do animal. O gado de leite tem o arqueamento superior ao gado de corte. Ângulos também relativos aos membros são importantes como auxiliares na avaliação dos aprumos. O ângulo entre o solo e a quartela na sua face posterior pode variar entre 45 a 600, estando mais apropriado na média de 560, enquanto este mesmo ângulo com a quartela traseira varia entre 50 e 600. Ângulos muito inferiores ou superiores constituem defeitos de quartela ou de casco. O ângulo formado entre a linha da ponta anterior da espádua e cotovelo com a linha inclinada da própria espádua deve ser de 45 a 500, enquanto a inclinação máxima da garupa nos taurinos leiteiros é de 150, estando a normalidade nos 100. Para os zebuínos esta inclinação fica em torno de 20 a 250. A linha da garupa que sai do sacro até a ponta do ísquio com outra linha que sai do fêmur deve formar um ângulo de 900, considerado para o melhor aprumo. Os ângulos do membro posterior formados entre as referências descritas são: coxo-femural na faixa de 100 a 1150, fêmur-tibial de 130 a 1500, tíbio-tarsiano de 140 a 1600 e metatarso-falangeano de 140 a 1500. FIGURA 4 – Principais medidas de largura em bovinos: 8-Largura na ponta das nádegas, 9-Largura nas articulações coxo-femurais, 10–Largura nas ancas, 11–Largura do lombo ou rins, 12–Largura atrás das espáduas e 13–Largura na ponta das espáduas. 6 BARIMETRIA Barimeria é a determinação do peso vivo do gado através de medidas corporais. A melhor forma de se determinar o peso é pelo uso da balança, devidamente ajustada. Entretanto, em alguns locais de difícil acesso ou por problemas de ordem econômica o uso de balança se torna impraticável. Daí a necessidade de se adotar meios que possibilitem a estimativa do peso de animais sem se recorrer a balança. Alguns profissionais chegam muito próximos do peso apenas pela observação do perfil do Victor Cruz Rodrigues – DRAA/IZ 42 animal, mas essa prática deve ser condenada pelo risco de erros, às vezes grosseiros. Pior ainda, quando não se pode conferir posteriormente o peso pelo uso da balança. A barimetria é um método com menor risco de erros do que do que o da adivinhação pelo olho e pode ser usada para auxiliar o controle de crescimento dos animais jovens ou para avaliar a engorda de animais de estábulo, servindo ainda para educar a vista de modo a capacitá-lo a estimar o peso dos animais. Os métodos mais conhecidos são: 6.1 MÉTODO DE QUÉTELET Este método foi baseado no corpo do animal assemelhado a um cilindro, cujo volume, conseqüentemente, o peso é dado pela fórmula Volume = Peso = πr2h. O r da fórmula r é o raio do cilindro vivo e h é a altura do cilindro expresso pelo comprimento do corpo. O perímetro torácico “C” ou C = 2πr também serviu para dedução da fórmula. Com estas medidas e ainda deduzindo o peso da cabeça, pescoço e membros como 10 % do peso do tronco com densidade igual ao da água, a fórmula ficou definida como P = 87,5 C2. Foi sugerido que o valor do coeficiente fixo fosse de 87,5 a 94 para bois magros e de 100 para animais de corpo cilíndrico e muito alongado. 6.2 MÉTODO CREVAT Este método é aplicado o perímetro torácico elevado ao cubo e um coeficiente variando conforme a categoria: a) 1ª fórmula: P = 80 C3 • 100 para bezerros • 90 para as criações jovens • 85 para os bois magros • 80 para os bois em bom estado • 76 para os bois semi-gordos • 72 para os bois gordos • 68 para os bois muito gordos b) 2ª fórmula: P = C E V 80 • C - perímetro torácico • E - comprimento do corpo) • V - perímetro máximo do ventre na linha do umbigo c) 3ª fórmula: P = F340 Baseia-se em um perímetro especial em espiral obtido, partindo com uma fita da ponta do esterno, cruzando o meio do braço, chegando ao meio do dorso para se dirigir ao meio do períneo, passando sob a anca. O coeficiente será mais elevado para os animais jovens, ou seja, 40 para adultos, 45 para garrotes e 50 para bezerros. Exterior e raças de bovinos e bubalinos 43 6.3 MÉTODO DE MATIÉWITCH O peso é calculado com a metade do perímetro torácico (C/2), somado à metade do perímetro do ventre (V/2), elevando-se o resultado ao quadrado e multiplicando-o pelo comprimento (M) – do esterno, passa pela escápuloa e íleo e termina no ísquio. Multiplica-se pelo índice 62 ou 65, conforme seja adulto ou bezerro. P = (C/2 + V/2)2 x M x 62 • C = perímetro torácido • V = perímetro do ventre • M = comprimento esterno-íleo-isquial 6.4 FITA ZOOMÉTRICA JULES CREVAT Medindo o perímetro torácico (C), o número do lado A, onde chega esta medida é o peso vivo em kg para um boi adulto em bom estado nas condições normais. O peso encontrado pode variar de acordo com a tipologia, isto é, quando o peso é demasiado pode ter ocorrer em animal médio, curto, grosso, velho; se o peito for achatado ou o garrote levantado, a barriga pequena, o trem posterior leve, as extremidades finas, etc. Se o peso encontrado for muito baixo, é porque o o animal é comprido, magro, jovem; se o peito for cilíndrico, o garrote baixo e largo, a barriga grossa, o trem posterior pesado, a cabeça e os membros grosseiros. Nesses casos, faz-se a correção pela diminuição do peso encontrado em 5% para os bois meio-gordos e em 10% para os bois gordos; aumento em 5% para as vacas e bois jovens, em 10% para os de um ano; em 20% para os bezerros leiteiros. Usando a fita em espiral na face A, a fita dá diretamente o peso vivo expresso em libras (1/2 kg) para qualquer categoria. Entretanto, é necessário aumentar o peso encontrado em 10% para os bezerros e os tourinhos, e corrigi-lo convenientemente em alguns centímetros para mais ou para menos, de acordo com a grossura da barriga e a forma mais ou menos achatada do corpo. 6.5 MÉTODO GLATTLI Baseia-se em duas medições: o perímetro torácico cruzado e o perímetro longitudinal do tronco. A primeira é o perímetro enviesado do peito, ou seja, coloca-se a extremidade da fita por cima da cernelha e o faz passar entre os membros anteriores, para fazê-lo subir até a mão que segura a outra extremidade, no alto das espáduas. O perímetro longitudinal do corpo é obtido aplicando-se a fita em volta do corpo, desde a ponta do esterno e da espádua, passando obliquamente pelo flanco e pela ponta da nádega, sob a cauda. Divide-se o perímetro do tronco por 4 e se acrescenta o quociente ao perímetro torácico cruzado. Obtém-se assim o “número de base” por meio do qual se determina o peso a partir de tabelas e utilizando-se coeficientes variáveis como a idade, o sexo, etc. Victor Cruz Rodrigues – DRAA/IZ 44 O método Pressler utiliza as mesmas mensurações que o método de Glattli e fornece o peso vivo pela fórmula: P = B2 x T x 44 ou 47 • B = perímetro torácico cruzado • T = perímetro longitudinal do tronco 7 ÍNDICES E PROPORÇÕES Com as medidas sugeridas anteriormente é possível estabelecer índices ou proporções, em geral pegando-se uma medida padrão como denominador e a medida que se deseja relacionar no numerador da fração e multiplicando por 100 como no exemplo. Índice = a . 100 b Assim, o índice pode ser definido como a proporção entre duas ou várias mensurações de regiões do corpo que apresentam correlações fisiológica, anatômica ou mecânica e podem ser divididos em quatro: 7.1 ÍNDICES DE FORMATO OU DE CORPORAIS a) ÍNDICE CORPORAL LATERAL SE EXPRIME, VISTO DE PERFIL, POR: IC = Altura na cernelha x 100/comprimentodo corpo Nesta fórmula o maior o número índica animal alto sobre patas em relação ao comprimento do corpo, conseqüentemente, se aproximando da forma quadrada, que raramente se observa em bovinos, uma vez que geralmente a forma retangular é predominante. Através deste índice o bovinos é classificado como longilíneo, mediolíneo ou brevilíneo, indicativos de maturidade fisiológica. b) ÍNDICE CORPORAL TRANSVERSAL IT = Largura do peito x 100 / altura da cernelha Nesta fórmula, quanto maior o valor, mais a caixa torácica do animal é larga, observado pela frente ou por trás. As variações deste índice são muito grandes em conformidade com a tipologia. c) ÍNDICE DE FORMATO DO TRONCO DE PERFIL IP = Profundidade do peito x 100/comprimento do corpo Este índice indica a profundidade do corpo em relação ao comprimento, consequentemente, a precocidade do animal. Se o animal for também brevilineo (Índice corporal), mais precoce o animal será. Exterior e raças de bovinos e bubalinos 45 d) ÍNDICE CORPORAL TRANSVERSAL IL = Largura do peito x 100/profundidade do peito Quanto maior este índice, mais convexo será o tórax; quanto menor o índice, mais o tórax será achatado em corte transversal. e) ÍNDICE DE SUPERFÍCIE CORPORAL ILP =Largura do peito x 100/comprimento do corpo Quanto menor este índice, menor será o quadrado da base, sendo positivo o valor maior. f) ÍNDICE CORPORAL ICO = Comprimento do corpo x 100/perímetro torácico A finura do tronco pode ser considerada, isto é, quanto maior o índice, mais longo é o tronco. O índice corporal indica se o animal está mais próximo do tradicional ou moderno novilho de corte. g) ÍNDICE DE PROFUNDIDADE TORÁCA IPR = Profundidade do peito x 100/altura na cernelha Esta relação indica em quanto a altura de um paralelepípedo correspondente ao tronco é superior à altura dos membros. 7.2 ÍNDICES DE CONSTRUÇÃO OU MECÂNICOS a) ÍNDICE DE POSIÇÃO DO COTOVELO IPC = Posição do cotovelo x 100/profundidade do peito Este índice indica quanto o tórax desce entre os membros. Quanto maior o índice, mais o tronco é descido entre os membros anteriores e mais inclinada é a espádua. b) ÍNDICE DE ELEVAÇÃO IE = Altura no sacro � altura na cernelha x 100/altura no trocanter Quanto maior este valor, mais o animal tem o formato descendente. c) ÍNDICE DE COMPRIMENTO DA BACIA IB = Comprimento da bacia x 100/comprimento do corpo Quanto maior o índice, mais a bacia é comprida, dando idéia de amplitude. Esse valor deve ser verificado juntamente com a largura da bacia. Victor Cruz Rodrigues – DRAA/IZ 46 d) COMPRIMENTO DO ÍSQUIO CI = Comprimento do ísquio x 100/comprimento da bacia Quanto maior o índice, mais a articulação coxo-femoral está situada no meio da bacia. e) ÍNDICE METATARSIANO IM = Altura do cotovelo x 100/altura da soldra Quanto maior o índice, mais a articulação do joelho é baixa e mais o joelho é aberto, o fêmur mais inclinado e mais longo. 7.3 ÍNDICES ORGÂNICOS a) ÍNDICE DE COMPRIMENTO TORÁCICO ICT = Comprimento torácico x 100/(comprimento do corpo + comprimento da bacia) Quanto mais comprido o tórax, maior o índice. ICT’ = Comprimento do flanco x 100/comprimento do tórax Pode também ser substituído por: Índice torácico = profundidade do peito x 100/comprimento torácico b) ÍNDICE DE LARGURA DA BACIA ILB = largura isquiática x 100/largura das ancas Quanto maior o índice, mais a superfície do piso da bacia se aproxima do quadrado, dando indicação de amplitude. c) ÍNDICE DO COMPRIMENTO DA CABEÇA ICC = Comprimento da cabeça x 100/altura no garrote Quanto maior o índice, mais a cabeça é comprida em relação à altura. 7.4 ÍNDICES DE VOLUME a) ÍNDICE DE CARGA NA CANELA IPC = Perímetro do canela x 100/peso vivo Quanto maior o índice, mais sólido o osso em proporção do peso que o animal carrega. b) ÍNDICE DE SOLIDEZ DOS OSSOS DE BARON ISSO = Perímetro da canela x 100/perímetro torácico Exterior e raças de bovinos e bubalinos 47 Quanto maior o índice maior o perímetro torácico, porque as canelas não variam nas mesmas proporções. c) ÍNDICE DE COMPACIDADE DE ROHRER ICR = Peso do corpo x 100/cubo da altura na cernelha Quanto maior o índice, mais pesado o animal em proporção à sua altura. d) ÍNDICE DE VOLUME IV = Comprimento do corpo x profundidade do peito x largura do peito/10.000 Quanto maior o índice mais o animal é volumoso. e) ÍNDICE DE CRESCIMENTO IC = Comprimento do corpo x metade da profundidade do peito x 100/comprimento do corpo Quanto maior o índice, maior será o crescimento. f) COMPACIDADE Comp = Peso corporal / altura da cernelha x 100 Esta medida é vinculada a tipologia, ou seja, mais baixa aproxima-se do gado de leite e mais alta do gado de corte g) Anamorofose Anam = (Perímetro torácico)2 / altura da cernelha Esta medida estima a proporção de carne magra em animal vivo.
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